sobre livros e a vida

13/08/2016

A criatividade nossa de cada dia nos dai hoje

Heeey, gente. Tudo bem??

Sabe quando você quer fazer alguma coisa, tem uma leve ideia do que quer, mas não consegue por em prática? A criatividade simplesmente some e você fica completamente preso no limbo do espaço sem criatividade. Uma morte horrível!
Quem trabalha com isso precisa estar em constante mudança e formas de aprendizado. É difícil amanhecer com mil e uma ideias na mente, mas o mais difícil é colocar as ideias em prática. Eu mesma sou rainha no quesito: pensar e não conseguir colocar em prática. Nota zero!

Se você acompanha o blog diariamente, percebeu que estou nessa zona do limbo. Socorro! Tá difícil sair ideias dessa cachola, mas eu decidi que está na hora de parar. Sou uma daquelas pessoas que tem medo de falar sobre tudo, mas decidi que não. O espaço aqui é para discutirmos sobre tudo o que gostamos, não é? Livro é o mais importante, mas existem outras coisas dentro disso. Então vamos falar sobre ela? Hehe ♥

Hoje vou dar algumas diquinhas que ajudam a aflorar a nossa criatividade. Seja para atualizar seu blog, canal, ou para escrever um trabalho da faculdade… Você quem sabe! Mas vamos lá ♥

Descanse!

Cara, isso parece a coisa mais escrota do mundo, mas é verdade. A gente não consegue por nada em prática quando estamos cansados. Essa noite mesmo eu dormi mais de 12 horas, recuperei todo o tempo perdido e estou cheia de novas ideias, incluindo este post aqui. Oba!!! A mente e o corpo descansados acalmam o nosso ânimo e nos inspira a ser melhores!

Arrume seu canto!

A verdade mais verdadeira do mundo é que temos que estar em um lugar confortável para que a criatividade seja exercida. Escolha um canto da tua casa, coloque nele coisas que te inspiram, toque uma playlist da sua banda favorita, coloque o canal da TV no seu programa favorito. Você pode fazer ene coisas para aflorar a sua criatividade no seu cantinho favorito. Tipo cantinho do castigo. haha. Ajuda muuuuuito!!

Se organize, criatura!

Já ouvi muita gente falar que pessoas criativas são bagunceiras. É verdade, sou bagunceira pra caramba! Porém, entretanto, todavia, não consigo exercer minha criatividade em lugares bagunçados. Eu realmente preciso por tudo em ordem antes de começar a trabalhar, ou fico louca! Organize sempre o seu cantinho. Acenda uma vela, faça as suas listas do dia. Mexendo nas sua coisas e as colocando no lugar você vai ter ainda mais ideias saindo da sua cachola! Fica a dica 🙂

Busque inspirações na rede!

Se ainda assim nada der jeito, pegue seu copo de coca-cola, sente em frente ao seu computador e abra os seus blogs favoritos. Se divirta, assista filmes, veja vídeos no YouTube (se inscreva no meu canal, haha), faça coisas que te deixam feliz. Felicidade é uma grande fonte de inspiração!

Pronto! Você já está preparada para se jogar nas ideias e criar coisas incríveis. Boa sorte! Depois passa aqui pra me contar tudinho.

Beijocas e até a próxima!!!

***
Esta postagem está concorrendo ao TOP COMENTARISTA.
Clique aqui e saiba como participar.

08/12/2015

Tá Na Estante :: ‘Neve na Primavera’ #484

Heeey, mates.

Estou de volta com a resenha de um livro emocionante que me conquistou logo de cara. Vamos conferir o que achei dessa belezinha?

Livro: Neve na Primavera
Autora: Sarah Jio
Editora: Novo Conceito
Páginas: 336
Sinopse: Seattle, 1933. Vera Ray dá um beijo no pequeno Daniel e, mesmo contrariada, sai para trabalhar. Ela odeia o turno da noite, mas o emprego de camareira no hotel garante o sustento de seu filho. Na manhã seguinte, o dia 2 de maio, uma nevasca desaba sobre a cidade. Vera se apressa para chegar em casa antes de Daniel acordar, mas encontra vazia a cama do menino. O ursinho de pelúcia está jogado na rua, esquecido sobre a neve. Na Seattle do nosso tempo, a repórter Claire Aldridge é despertada por uma tempestade de neve fora de época. O dia é 2 de maio. Designada para escrever sobre esse fenômeno, que acontece pela segunda vez em setenta anos. Claire se interessa pelo caso do desaparecimento de Daniel Ray, que permanece sem solução, e promete a si mesma chegar à verdade. Ela descobrirá, também, que está mais próxima de Vera do que imaginava.

Claire Aldridge é uma jornalista apaixonada pela sua carreira, mas ela tem passado por uma fase complicada em sua profissão. Sem nenhuma matéria lhe despertando interesse, ela começa a perceber que está perdendo a paixão. Sua escrita mudou e ela não é a única a pensar que outras coisas mudaram também.
Após sofrer um trauma, ela começa a perceber que não apenas a sua vida profissional foi tocada por isso, mas está também destruindo seu casamento.
Uma nevasca toma a cidade de Seattle, bem no final da primavera e o seu editor fica animado por uma matéria sobre o presente evento e um similar ocorrido há 77 anos. O país entrava na Grande Depressão, um período conturbado de perdas, não apenas financeiras. Um novo mundo estava nascendo e muitos acreditaram que esse era o fim, novamente. Claire opta por abordar sobre Daniel Ray. Com três anos ele desapareceu no dia da nevasca e tornou-se um caso sem solução até os dias atuais. 
Sua mãe mesmo conhecendo as dificuldades, resolveu ter a criança quando soube da gravidez, só não imaginava que seria tão conturbado, ainda mais pelo período. Não podendo perder seu emprego, ela deixa o filho sozinho em casa. Por mais que odiasse isso, ela odiaria muito mais se eles passassem fome e mesmo tendo um emprego eles não estavam muito longe disso.
É aí que tudo muda em sua vida. Ela retorna para casa no meio da nevasca e encontra sua casa vazia. Seu ursinho Max está largado na rua lateral, no meio da neve e essa é a única pista que seu filho deixou. Depois disso, Vera Ray busca desesperadamente pela criança.
A história é narrada em primeira pessoa, ora com Claire, ora com Vera, em capítulos alternados. E como esperado, Sarah nos entrega outro livro com uma história emocionante de crescimento e amor, com sua escrita simples e fluída. Não é difícil se encontrar envolvido com a história de Claire e Vera, e até mesmo se simpatizando pelas suas distintas buscas. Vera tem uma história dramática, mas Claire também está passando por um período delicado e as suas dúvidas, comparadas com as suas buscas, levam o leitor a questionar-se o que faria em seu lugar e simpatizar com sua história. É uma história emocionante.
Todavia, Vera e Claire são apenas algumas das personagens instigantes. Os personagens secundários colaboram para enriquecer a trama e também agraciar a história com seus próprios dilemas.
Eu sou apaixonada pelo trabalho da autora e acredito que ela tem um dom magnífico. Se você curte o trabalho dela, definitivamente vai se apaixonar por essa leitura, caso nunca tenha lido nada dela, eu recomendo começar por esse livro. Você não irá se arrepender.
Beijos e até a próxima!

19/04/2015

Tá Na Estante :: ‘Redenção de um Cafajeste’ #388

Heey, gente. Tudo bem??

Tem umas duas semanas que eu fui no evento da Nana Pauvolih, até postei aqui a entrevista que fiz com a autora. Bom, um dia antes desse evento eu já havia comprado o livro da autora e estava super empolgada. No evento fiquei mais empolgada ainda. As Nanetes são meninas convincentes! No dia seguinte ao evento eu li o livro, na verdade eu devorei e hoje vou contar tudo o que achei. Bora ver?

Livro: Redenção de um Cafajeste
Série: Redenção #01
Autora: Nana Pauvolih
Editora: Fábrica 321 (Rocco)
Páginas: 560
Sinopse: Redenção de Um Cafajeste – Pioneira da autopublicação no segmento erótico nacional, com mais de um milhão de visualizações de suas histórias na plataforma online Wattpadd e sucessivos primeiros lugares na lista dos e-books mais vendidos da Amazon, Nana Pauvolih estreia na Rocco com a trilogia Redenção, um de seus maiores sucessos. Lançamento da coleção Violeta, do selo Fábrica231, Redenção de um cafajeste, o primeiro volume da série, conta a história de uma garota simples, que sonha terminar a faculdade e ser professora, e se envolve com um empresário sem escrúpulos. Uma história que mistura doses certeiras de paixão, romantismo e erotismo, tendo o Rio de Janeiro como cenário. Em Redenção de Um Cafajeste, a autora narra a história de uma garota simples, que sonha terminar a faculdade e ser professora, e que conhece um empresário, dono de uma das revistas masculinas mais escandalosas do país. Uma história que mistura doses certeiras de paixão, romantismo e erotismo, tendo o Rio de Janeiro como cenário.



Redenção de um Cafajeste é um livro que já se vende pela capa. Começo a minha resenha falando sobre isso pois foi o que me alucinou quando vi esse livro. Tanto que pedi ao Léo de presente de aniversário (dia 26 de Abril, já estou aceitando presentes). Mas a Nana veio aqui antes do meu grande dia e eu tive que comprar a obra. Da Coleção Violeta, o livro traz uma capa que já traduz a obra, além de uma diagramação impecável. Observem nas fotos.

No primeiro volume da trilogia Redenção somos apresentados à Arthur Moreno, o reizinho. Esse apelido foi dado pela sua avó, mas é a definição total do cara. Ele é rico, bonito, inteligente e encantador; resumindo: dono do mundo. Entretanto, apesar de ter todas as qualidades para ser o homem perfeito, ele é um cafajeste. E não é pouco cafajeste, é muito cafajeste. 
Do outro lado da moeda temos Maiana Apolinário. A mulher mais exuberante do Universo. Ela poderia usar sua beleza para conseguir qualquer coisa que desejasse, mas é honesta demais para isso. Ela e sua irmã Julianne cresceram ouvindo da mãe sobre o poder que a beleza exerce nos homens, isso a inibiu de usar seu corpo para qualquer coisa, mas infelizmente não fez o mesmo com sua irmã. Julianne só pensa em homens e no dinheiro que eles podem lhe dar. Ela literalmente se vende, inclusive para Arthur.

É através de Julianne que Maiana conhece Arthur. No momento que vê a jovem loira em sua frente, o reizinho decide que a quer pra si, custe o que custar, Mas Maiana não é fácil, ela não se deslumbra com dinheiro ou status, e não está disposta a ir contra tudo o que acredita por uma noite com um cara gato. Arthur irá suar a camisa para conseguir essa que seria a foda da sua vida.

Mais uma vez somos apresentados ao clichê mundo da diferença social, onde um playboy cafajeste está a fim da linda e boazinha moça. Entretanto, Nana conseguiu transformar esse clichê em algo marcante e envolvente, a começar pelos personagens. 
Arthur é realmente um cafajeste, está no sangue e nos ensinamentos dele. Ele não se deixa envolver facilmente, e quando deixa, esquiva-se do sentimento como da bala de um revólver. Maiana é uma mocinha diferente. Ela sabe que não tema  vida perfeita, sabe que pode conseguir mais do que tem, mas suas conquistas tem que vir dos seus próprios méritos. 

Os personagens despertam diversas emoções no leitor. Devo confessar que pela primeira vez na vida eu não torci pelo mocinho, senti ódio dele. Arthur é um personagem detestável, em uma parte da trama você realmente deseja que ele se arrebente e que a Maiana não dê voz para ele. Mas, logo após ,você se vê completamente apaixonada pelo reizinho e querendo que eles fiquem juntos para sempre e sempre e sempre e sempre. A arte de causar sentimentos contraditórios no leitor, só para deixar a história ainda mais maravilhosa.
Antônio e Matt, personagens principais dos próximos livros da trilogia, são presenças importantes na narrativa. É legal conhecer os rapazes e já nos prepararmos para o que virá a seguir. Também temos a avó do Arthur, uma senhorinha detestável, mas ela tem suas razões para ser como é. Ah, e a Tereza, mãe de Maiana e vigarista da pior espécie.

Redenção de um Cafajeste é um livro maravilhoso e envolvente. Totalmente brasileiro, traz as nossas manias e trejeitos. Dá para, realmente, se sentir no papel do personagem, principalmente em se tratando da Maiana. 
Nana não teve medo de ousar. Ela acaba com o leitor, depois o reestrutura. Soube colocar elementos interessantes nos momentos certos, criou e resolveu problemas de uma forma maravilhosa. Dividiu a narrativa entre os personagens principais, deixando-nos, assim, a par de tudo o que acontece no decorrer da história. Ainda existem algumas puladas de tempo, de forma que percebemos que todo o romance não foi algo que surgiu do nada, mas que foi construído pouco a pouco.

Redenção de um Cafajeste é um livro que te fará rir e chorar. Odiar, amar, felicitar. Desperta os maiores picos de emoção que já tive em uma leitura. Com cenas de sexo bem feitas e bem calientes. Uma história que eu não tenho medo de recomendar, pois eu sei que quem ler vai vir falar comigo sobre a obra, da mesma forma que eu fui falar com quem me recomendou.
Depois desse livro, mal posso esperar para ler algo mais da Nana. Ela escreve de uma forma maravilhosa. Como é perceptível, mais que indico o livro. Se vocês quiserem mais detalhes da obra, conta aí que eu gravo um vídeo, lá eu me empolgo mais 😉

Beijocas e até a próxima!
Confira a resenha que fiz com a Nana:

20/09/2014

Na Telona #13 :: Sobre originais, remakes e releituras

Hey Turma!

Hoje eu vim conversar com vocês sobre um assunto que eu gosto bastante: filmes antigos! Não sou nenhuma especialista, mas gosto de debater sobre filmes como qualquer outra pessoa. E como estamos em meio a semana especial do nosso querido Stephen King, resolvi fazer um comparativo das três versões já lançadas de Carrie, A Estranha.

Carrie, como todos devem saber, foi o primeiro livro publicado pelo nosso rei do terror. A história retrata a vida de Carietta White, uma garota telecinética filha de uma mulher doentemente cristã e que sofre bullying na escola. Essa obra esteve presente nas telonas do cinema quatro vezes, no total. A primeira vez foi em 1976, em um filme dirigido por Brian de Palma. Em 1999, o filme Carrie ganhou uma continuação, totalmente desnecessária ao meu ver.

E como o homem adora reinventar a roda, em 2002 Carrie ganhou um remake, dessa vez dirigido por David Carson. E ano passado, todos ficaram eufóricos com a estreia da releitura estrelada por Chloe Grace Moretz.
Preparados para descobrir quais os pontos fortes e fracos de cada um deles?

Atenção: Pode conter spoilers!

2013 – A Releitura

No filme que estreou ano passado, somos apresentados a uma história de Carrie adaptada para os tempos atuais. Devo dizer que, de todos os filmes, esse é o que eu menos gostei. Não vou perder tempo aqui narrando toda a história, afinal, vocês já conhecem.

Achei que esse filme foi detalhista demais. Não em quesito de aprofundamento da história, mas sim no destaque de fatos óbvios. Acho que a produtora ficou com medo de não entendermos o filme se ela não explicasse tudo como se estivéssemos no jardim de infância. Não consigo nem colocar em palavras o quanto isso me irritou. Provavelmente é o fato que mais me desagradou no filme inteiro.
Produção e direção de lado, vamos falar do elenco. Julianne Moore simplesmente humilhou todas as outras atrizes que interpretaram Margaret White. Ela soube perfeitamente como desempenhar o papel de religiosa psicologicamente fanática e levou o papel da mãe de Carrie a um patamar totalmente novo.
Pena que não posso falar o mesmo da tão adorada Chloe Moretz. Não estou dizendo que ela não é uma boa atriz, pois ela é. Só não acho que seja a atriz certa para interpretar Carrie. Ela tem um ar doce no olhar que simplesmente não coincide com o perfil atormentado da nossa protagonista.
De resto, considero o filme muito bom em efeitos especiais. A clássica cena do baile foi muito bem explorada visualmente e gostei do que vi. Outro ponto forte são as mortes da vilã Chris Hargensen e de Margaret, que também foram bem visuais e contribuíram bastante para o clima macabro da trama.

2002 – O Remake

Eu geralmente sou totalmente contra remakes de filmes clássicos, mas esse até que me agradou um pouquinho.

O filme de 2002 originalmente seria uma série, porém não deu muito certo e o mesmo acabou sendo exibido como longa-metragem. Por esse motivo temos um filme mais extenso, com mais de duas horas de duração. Acho que a maior quantidade de tempo foi bem aproveitada explorando mais os personagens. Por exemplo, essa é a única versão que mostra a cena da chuva de meteoros que Stephen King descreveu bem no início do livro.
Também temos uma abordagem diferente da história. O livro, como alguns sabem, é constituído de trechos de jornais, revistas e qualquer outro meio de comunicação pelo qual a história de Carrie foi contada. No filme de 2002 temos um detetive entrevistando os sobreviventes da noite do baile e tentando entender o que realmente aconteceu lá. Acho que isso ajudou bastante no entendimento da história, embora tenha sido um pouco maçante em alguns pontos.
A maior parte do elenco brilhou. Emilie de Ravin deu vida a uma Chris Hargensen brilhante, embora não tão boa quanto a interpretada por Portia Doubleday em 2013. Pena que não posso falar o mesmo de Angela Bettis como Carrie. Embora sua interpretação tenha sido melhor que a da Chloe, ainda não consigo imaginar o que a produção tinha na cabeça ao escolhe-la para o papel principal!
Minha grande crítica a essa versão fica por conta do final. Como originalmente seria uma série, a produção optou por alterar o final, deixando-o em aberto para que tivesse uma sequência. Não consigo nem expressar o quanto isso me desagradou. Odeio adaptações que tentam ser independentes dos livros dos quais vieram. Em suma, é um bom filme com um péssimo final.

1976 – O Original

E, como dizem por aí, o original é sempre melhor. Com Carrie não poderia ser diferente. Em 1976 o mundo oficialmente conheceu Stephen King através da adaptação de seu primeiro romance publicado.

Confesso que sempre tive medo de assistir esse filme. Tive coragem apenas depois que li o livro e ainda assim tinha receio do que esperar. Quando finalmente assisti, me apaixonei e sempre que posso vejo novamente.
A adaptação dirigida por Brian de Palma é, na minha humilde opinião, a que melhor equilibra a história criada por King com a realidade do cinema na época.
Tudo bem que em 76 não tínhamos os recursos visuais que temos hoje e que a maioria das pessoas que assistem essa versão nos dias atuais a considera uma produção mal feita. Mas para mim não é nada disso.
Piper Laurie pode não superar Julianne Moore como Margaret White, mas não deve ser subestimada nem por um segundo sequer. Ela é o perfeito equilíbrio entre o fanatismo desesperado e doentio da Margaret de 2002 e a loucura assustadora da Margaret de 2013.
Quanto à Carrie dessa versão, a única coisa que tenho a dizer é que ela é a melhor de todos os três. Sissy Spacek criou uma Carrie tão fiel à descrição de King, conseguiu reproduzir perfeitamente bem a essência atormentada e confusa do personagem. Sem dúvida, Sissy virou a queridinha de todos os fãs de King após esse filme e até foi indicada ao Oscar por sua atuação. Afinal, até quando ela sorri consegue intimidar os espectadores!
Porém… sempre há um “porém”, um “mas”, um “só que”. Afinal, nenhuma adaptação consegue agradar totalmente os leitores da obra. O meu porém com relação a esse filme é o vilão bad boy Billy Nolan. Nessa versão ele é interpretado por John Travolta! Eu adoro o ator e sempre fui fã dele, mas convenhamos, ele como vilão é simplesmente lastimável! Não convence nem a um cego!
Quanto ao resto do filme, só tenho elogios e volto a afirmar que de todas as três adaptações cinematográficas de Carrie, essa é a minha favorita.
E para quem não sabe, a versão de 76 ganhou uma continuação em 1999 chamada A Maldição de Carrie. Ainda não assisti e não tenho certeza se verei. Pelo que pesquisei, o filme retrata a vida da meia-irmã de Carrie, Rachel Lang, 23 anos após a trágica noite do baile em que Carrie morreu.
Como não achei nada que ligasse esse filme à Stephen King, supus que ele é somente mais uma estratégia de marketing dessas onde se aproveita um sucesso mundial fazendo uma sequência desleixada e fora de contexto somente para arrecadar mais dinheiro.
Se algum de vocês tiverem assistido esse filme, poderiam me informar se ele é realmente bom ou se minha teoria sobre ele está certa?
De mais, me despeço de vocês por aqui. Espero ter esclarecido algumas dúvidas sobre todas as adaptações existentes dessa obra prima que é Carrie, A Estranha.
Beijinhos e até a próxima!
***
Este post está concorrendo ao TOP COMENTARISTA.
Clique AQUI e saiba como participar.

04/09/2014

Na Telona :: ‘Se Eu Ficar’ #10

Oi, gente. Tudo bem?

Na última terça-feira participei da cabine de imprensa do filme Se Eu Ficar aqui em Porto Alegre e hoje, data da estreia do longa, vim contar para vocês o que achei desse filme tão esperado. Vamos conferir?!

FILME: Se Eu Ficar
TÍTULO ORIGINAL: If I Stay
DIRETOR: R. J. Cutler
LANÇAMENTO: 04 de setembro de 2014
DURAÇÃO: 1h46min
DISTRIBUIDOR: Warner Bros
CLASSIFICAÇÃO: 12 anos
SINOPSE: A prodigiosa musicista Mia Hall (Chlöe Grace Moretz) tem uma vida perfeita: Pais amorosos e dedicados, uma amiga fiel e um namorado apaixonado. Sua maior dúvida é se é necessário se dedicar integralmente à carreira na famosa escola Julliard ou se pode também aproveitar mais o tempo ao lado de seu grande amor. Até que um dia, após sofrer um acidente de carro e perder a família, Mia fica à beira da morte. Em coma, ela começa a refletir sobre toda a sua vida e o que fará caso sobreviva. Será que ela fica?

Mia Hall é uma jovem violoncelista de dezessete anos. Ela, os pais e o irmão mais novo vivem em uma pequena cidade do Oregon. Mia e sua melhor amiga Kim gostavam de ser invisíveis, mas tudo mudou depois que Mia começou a namorar com Adam, o vocalista de uma banda com um futuro promissor.
Juntos há mais de um ano, Mia e Adam não estão na melhor fase. O garoto está em turnê com a banda e as únicas notícias que Mia tem do namorado são através de pequenos trechos sobre seus shows no jornal local. 
Num certo dia de inverno, as aulas são canceladas por causa da neve. Com isso, Mia, Teddy e seu pai, que é professor, ficariam em casa de bobeira. A mãe, achando injusto que a família divirta-se sem ela, liga para o trabalho fingindo estar doente e também consegue o dia de folga. Decididos a aproveitar esse feriado em juntos, os quatro saem de carro para visitar alguns amigos.
No trajeto, Mia está centrada, ouvindo Beethoven e pensando nas mudanças em sua vida quando um acidente acontece. A garota acorda, jogada na neve e vê um caos na estrada: ambulâncias, um aglomerado de pessoas e o carro de sua família completamente destruído. Desesperada, Mia passa a procurar por seus familiares, mas não há sinal dos pais ou do irmão. Ela tenta falar com as pessoas ao seu redor, mas estas agem como se ela fosse invisível.
As coisas começam a fazer sentido quando Mia vê seu próprio corpo sendo levado para uma ambulância. A partir dali ela começa a entender o que aconteceu, mas se recusa a acreditar no pior. O estado de saúde de seu corpo é crítico, necessita passar por diversas cirurgias e nada faz com que Mia saia do coma. Uma enfermeira lhe diz ao pé do ouvido que a decisão está em suas mãos, que ela deve decidir se fica ou não.
Com isso, Mia começa a pesar os prós e os contras que terá que enfrentar caso acorde e isso será fundamental em sua decisão para decidir se vai ficar. Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir.
Minha ansiedade pelo filme se deu logo que anunciaram Chloe Grace Moretz como a protagonista. Adoro a atriz e procuro assistir todos os filmes em que ela atua. Após um tempo, descobri que Se eu Ficar era adaptação de um livro e fiquei com mais vontade ainda de assistir. Porém, como todo amante da literatura, resolvi ler o livro antes de me aventurar no cinema e a decepção foi tão grande que ao chegar na sessão minhas expectativas estavam completamente no chão.
Mas é claro que fui surpreendido. E muito, devo acrescentar. Para mim, o longa superou o livro de lavada e é muito raro de isso acontecer (comigo só ocorreu uma vez, com A Fera). Com o filme, criei uma ligação maior com os personagens e finalmente pude sentir uma empatia para com a Mia, que no livro não despertou tanto isso em mim.
O longa se divide em duas histórias paralelas. Em uma parte podemos conferir flashbacks, onde conhecemos mais a respeito de Mia, a garota tímida, fã de música clássica, que fez uma audição para a Julliard e namora Adam, o garoto mais velho e com uma popularidade considerável. Do outro lado acompanhamos a trajetória de Mia em busca de respostas, sua luta pela sobrevivência e a constante indecisão entre partir e ficar.
Praticamente todas as minhas opiniões formadas pelo livro se alteraram ao assistir o filme. A cena que mais me emocionou no livro não me provocou reação alguma no filme, mas uma cena que me arrancou muitas lágrimas no filme passou batida no livro. O mesmo em relação aos personagens. Odiei Adam desde a sua primeira aparição, mas no filme ele não se mostrou tão babaca assim. Já com Kim foi diferente. Eu me identifiquei muito com os trejeitos da garota no livro, mas no filme ela ficou tão apagada que nem consegui criar uma conexão.
O filme pode ser considerado fiel ao livro, embora tenha feito diversas alterações. É tão bom quando encontramos referências ao livro nos diálogos dos personagens, que faz com que revivamos a emoção ao lermos determinada passagem. Tiveram duas cenas que não apareceram no longa que me deixaram um pouco chateado, mas compreendo todas as alterações feitas. Seria bem difícil você entender a relação de Mia com os pais e o irmão se não houvessem mudanças.
Um diferencial, para mim, foi que o filme segue a narrativa em primeira pessoa do livro. Durante o período no hospital, só podemos ver o que Mia vê, ou seja, não sabemos o que acontece nos outros núcleos em que a personagem não está. Isso foi bem interessante de se ver, pois aí podemos avaliar as decisões de Mia através de sua própria visão.
Posso elogiar diversos fatores do filme, mas nada supera a relação familiar dos Hall. O pai, Danny, era baterista de uma banda de rock e a mãe, Kat, era uma roqueira convicta. Mia desde pequena viveu nesse mundo com os pais, mas após o nascimento de Teddy as coisas mudaram. Danny largou a banda e virou um homem sério, assim como Kat, mas ambos ainda tem a influência do rock em suas vidas e não entendem o motivo de Mia ser tão apaixonada por música clássica e querer tocar violoncelo. Porém, o casal apoia a filha em todas as suas decisões, sempre com muito amor, além de altas doses de bom humor, ironia e sarcasmo. Já gostava deles no livro, mas vendo-os representados na telona foi mais prazeroso ainda.
Quanto ao elenco, não posso fazer reclamação alguma. Como disse anteriormente, sou apaixonado pela Chloe, mas claro que isso não me impede de apontar defeitos em sua atuação (o que não foi o caso em Se Eu Ficar). Como Mia é a personagem central, Chloe aparece em todas as cenas e realmente consegue convencer com seu lado dramático aflorando com o drama pessoal da personagem. Sim, eu chorei com ela após o recebimento de uma notícia ruim. 
Jamie Blackley, o Adam, até que me convenceu. Já disse que achava Adam um babaca e não há nada que possa me fazer mudar de ideia. No filme, a personalidade do personagem foi meio alterada, acho que para arrancar suspiros das meninas, mas a mudança foi para melhor. Ainda o acho um babaca, mas um babaca apaixonado e que não tem nada a perder quando se trata do amor. Não lembro de ter assistido nenhum outro trabalho de Jamie para comparar, então posso dizer que gostei dele sim.
Quanto à química do casal principal, achei que foi beeeem mediana. Não foi tão apagada quanto a de Shailene e Theo em Divergente, mas também não chega aos pés da de Shailene e Ansel em A Culpa é das Estrelas
Mas, é claro, que nada supera Joshua Leonard e Mireille Einos, que interpretam Danny e Kat. Os dois incorporaram os personagens com força total. Quando o filme acabou, a coisa que eu mais queria era correr até Hollywood, dar um abraço enorme em Mireille e dizer: “por favor, me adote”. Kat é uma mãe incrível e Mireille conseguiu passar isso com sua atuação. Amei demais!
A trilha sonora também está impecável. A mistura feita com rock e música clássica deu um toque a mais à trama. Só senti que exageraram na dramatização dos efeitos sonoros nas cenas de maior emoção. Sabe quando colocam aquela musiquinha de fundo que te deixa com mais vontade ainda de chorar? Então, acontece bastante. Falando em música, a paixão de Mia pelo violoncelo foi muito bem estruturada no filme. Achei que o foco não seria dos maiores, mas até quem não leu o livro consegue entender. 
Ah, não posso deixar de citar que temos algumas cenas com o show da banda de Adam onde ele canta algumas músicas, de verdade. Aliás, Adam passa praticamente o filme todo cantando. Algumas vezes bem, outras nem tanto.
Já estou falando há horas aqui e parece que tenho mais tanta coisa a dizer. Porém, vocês vão morrer de tédio enquanto eu narro todo meu amor pelo filme (que pretendo ir ver novamente na primeira oportunidade). O último ponto que quero abordar é a maldita comparação que fazem com A Culpa é das Estrelas. Já li em diversas críticas pelo mundo afora que a trama dos dois filmes aborda praticamente os mesmos empecilhos de um casal de jovens e que Se Eu Ficar é uma versão pobre do roteiro de ACEDE. Gente, Se Eu Ficar já era bestseller antes de ACEDE ser lançado. Se foi algum deles foi “cópia” como dizem por aí, eu apostaria em ACEDE. Pronto, falei.
Enfim, Se Eu Ficar entrou para minha lista de filmes favoritos e no meu Top 05 Adaptações com certeza. É uma pena que o livro não seja tão bom (resenha logo mais para vocês). Nem preciso dizer que recomendo, preciso? Esse é um filme para você assistir de cabeça e coração abertos, sem julgamentos e sem comparações. Tenho certeza que você sairá da sessão cheio de pensamentos profundos e com aquele famoso “e se”, que vão te acompanhar por um bom tempo.

TRAILER

BEIJOS E ATÉ A PRÓXIMA!

Este post está concorrendo ao TOP COMENTARISTA.
Clique AQUI e saiba como participar.

03/06/2014

Tá Na Estante :: ‘Os Três’ #234

Oi, gente. Tudo bem?

Faz tempo que não apareço com resenhas aqui e hoje vim mudar isso trazendo a minha resenha sobre um livro que tem gerado bastante divergência de opiniões na blogosfera recentemente. Vamos conferir?!

Livro: Os Três
Autora: Sarah Lotz
Editora: Arqueiro
Páginas: 400
Sinopse: Quinta-Feira Negra. O dia que nunca será esquecido. O dia em que quatro aviões caem, quase no mesmo instante, em quatro pontos diferentes do mundo. Há apenas quatro sobreviventes. Três são crianças. Elas emergem dos destroços aparentemente ilesas, mas sofreram uma transformação. A quarta pessoa é Pamela May Donald, que só vive tempo suficiente para deixar um alerta em seu celular: Eles estão aqui. O menino. O menino, vigiem o menino, vigiem as pessoas mortas, ah, meu Deus, elas são tantas… Estão vindo me pegar agora. Vamos todos embora logo. Todos nós. Pastor Len, avise a eles que o menino, não é para ele… Essa mensagem irá mudar completamente o mundo. 

Minha atração inicial pelo livro se deu pela capa. Amei o ar sombrio e a simplicidade do design. Quando vi que era um lançamento mundial, fiquei mais animado ainda. Pedi pra Barbara solicitar o livro para mim, com as expectativas lá no alto. O livro não foi nada do que eu esperava. Pelo contrário, foi muito melhor!
A narrativa se inicia quando quatro aviões caem em quatro lugares diferentes no mundo, deixando apenas quatro sobreviventes. Entretanto, Pamela Donald morre logo em seguida, mas deixa uma mensagem misteriosa em seu celular que muda o rumo dos acontecimentos. Com isso, restam apenas três crianças sobreviventes. Bobby, Hiro e Jess, que passam a ser conhecidos como Os Três.
O que era pra ser um milagre se torna uma confusão. Podemos ver a imprensa publicando matérias sensacionalistas e a Igreja anunciando que o fato de essas crianças terem sobrevivido ao acidente seria o primeiro sinal do apocalipse, onde os justos e tementes a Deus seriam levados para o Céu, enquanto os sem fé padeceriam nas mãos do Anticristo. Essas declarações fazem com que o caso tome proporções enormes e se torne o assunto mais polêmico da história.
Os Três é sem sombra de dúvida muito diferente de qualquer outro livro que eu tenha lido, uma vez que a narrativa é feita através de relatos publicados na obra “Da Queda à Conspiração”, de Elspeth Martins. Em seu livro, Elspeth fala sobre a tragédia e toda a polêmica que se iniciou após o acidente. Também é possível conferir entrevistas de pessoas que foram afetadas pelo fenômeno d’Os Três
O livro é dividido em várias partes, em algumas temos os relatos da vida das crianças após o acidente, informando sobre como seus parentes estão se virando para cuidar delas e sobre o ataque da imprensa em cima deles e tudo mais. Em outras partes acompanhamos as teorias sobre como as crianças sobreviveram ao acidente, que vão desde o início do Apocalipse, como citei antes, até o fato de elas serem alienígenas ou estarem possuídas pelo demônio.
O fato de Sarah Lotz ter usado essa forma de narrativa um tanto complexa fez com que eu demorasse a engatar na leitura. Porém, depois que me acostumei, não consegui largar o livro e passei a encará-lo como se todos os acontecimentos fossem reais, pois a autora conseguiu introduzir diversos fatores que nos fizeram acreditar que tudo pode acontecer quando menos esperamos.
As partes onde a convivência das crianças com seus parentes era abordada foram, sem dúvida, as mais interessantes, visto que após o acidente elas estavam diferentes e seus familiares já não as reconheciam e, em alguns casos, ficaram com medo dessa mudança. A relação de Jess com o tio foi a mais surreal. Paul sofreu de alguns transtornos mentais quando mais jovem e as atitudes de Jess o faziam duvidar de sua própria sanidade. Confesso que sentia medo da menina. Ela dizia cada coisa estranha e assustadora que não sei como Paul pôde aguentar tanto tempo.
Outro ponto positivo de Os Três foi o fato de o leitor poder interpretar o livro de sua própria maneira. Não se pode afirmar com certeza se existe realmente algo de sobrenatural na sobrevivência das crianças ou se é só uma interpretação errônea dos fatos. Sarah nos apresentou diversas teorias e deixou o final em aberto, para que tivéssemos a opção de decidir no que acreditar.
Os Três é um livro perfeito que aborda temas polêmicos com muita habilidade, sem estereotipar ou ofender. Quem curte esse tema mais sombrio e misterioso vai gostar da história tanto quanto eu. Pode ser que muitos achem o livro uma doideira sem tamanho, mas leiam e tirem suas próprias conclusões. Eu com certeza recomendo.
*Este livro foi uma cortesia da editora Arqueiro.

***

Essa postagem está concorrendo ao TOP COMENTARISTA.
Clique AQUI e saiba como participar.