sobre livros e a vida

30/04/2014

Tá Na Estante :: ‘A Filha do Louco’ #214

Oi, gente. Tudo bem?

Caramba, que saudade de vocês. Faz alguns dias que não apareço por aqui, mas vou mudar isso. Hoje vim trazer minha opinião sobre um dos lançamentos de março da Novo Conceito. Meu exemplar foi cedido pela editora. Vamos conferir?!

Livro: A Filha do Louco
Série: The Madman’s Daughter
Autora: Megan Shepherd
Editora: Novo Conceito
Páginas: 419
Sinopse: Juliet Moreau construiu sua vida em Londres trabalhando como arrumadeira – e tentando se esquecer do escândalo que arruinou sua reputação e a de sua mãe, afinal ninguém conseguira provar que seu pai, o Dr. Moreau, fora realmente o autor daquelas sinistras experiências envolvendo seres humanos e animais. De qualquer forma, seu pai e sua mãe estavam mortos agora, portanto, os boatos e as intrigas da sociedade londrina não poderiam mais afetá- la… Mas, então, ela descobre que o Dr. Moreau continua vivo, exilado em uma remota ilha tropical e, provavelmente, fazendo suas trágicas experiências. Acompanhada por Montgomery, o belo e jovem assistente do cirurgião, e Edward, um enigmático náufrago, Juliet viaja até a ilha para descobrir até onde são verdadeiras as acusações que apontam para sua família.

Confesso que meu interesse inicial em A Filha do Louco se deu quando vi a capa americana, que por sorte a Novo Conceito manteve. Não sabia nada sobre o enredo, nem a sinopse li, só ouvi dizer que era baseado no clássico inglês “A Ilha do Dr. Moreau”, de H. G. Wells.
O livro conta a história de Juliet Moreau, uma menina de dezesseis anos que trabalha como faxineira. Nem sempre Juliet foi pobre. Alguns anos antes sua família se viu em um escândalo quando seu pai, um grande médico, foi acusado de ser louco e cruel após descobrirem sobre suas experiências com animais. O Dr. Moreau sumiu após esse estouro, abandonando a mulher e a filha.
A mãe de Juliet começou a trabalhar como prostituta, para garantir seu sustento e o da filha. Ela conseguiu encontrar um homem rico, que lhe deu um apartamento e bancava as contas da casa. Quando a mãe faleceu, Juliet foi colocada pra fora de casa e precisou procurar um emprego e um lugar para ficar. Nisso descobriu que a faculdade onde seu pai dava aulas estava precisando de faxineiras e vai atrás da vaga.
A história começa a engrenar quando Juliet descobre uma pista que pode levá-la até seu pai, que ela julgava estar morto. Essa pista lhe leva a uma pensão, onde encontra Montgomery. O homem foi seu criado antes do escândalo, mas agora parecia outra pessoa, com vestes impecáveis e um estudante de medicina. Juliet descobre que Montgomery sabe o paradeiro de seu pai e decide ir com ele até a ilha onde ele se escondeu. Claro que a menina quer reencontrar o pai, mas o principal motivo é saber se ele é realmente um louco.
À caminho dessa ilha, em algum lugar perto da Austrália, o navio que transporta Juliet e Montgomery encontra um náufrago. Edward Prince está fugindo de algo e é um homem extremamente misterioso. Esse seu mistério desperta vários sentimentos em Juliet e também muitas dúvidas. Logo os três chegarão à ilha e precisarão lidar com situações assombrosas e extremas.
A Filha do Louco é um livro genial. A narrativa da autora é simplesmente fantástica, contada de tal forma que desperta nossa curiosidade a cada virada de página. Demorei um pouco a engrenar na narrativa, pois o livro se passa no século XIX. Porém, a autora conseguiu inserir na trama um lado bem sombrio, que foi muito bem trabalhado e me fez ignorar alguns problemas.
Digamos que eu teria aproveitado muito mais a leitura se Juliet Moreau não fosse a protagonista. Caramba, que menina insuportável! Ela quer sempre pagar de boa moça, mas seus pensamentos não condizem com suas atitudes. Juliet é simplesmente chata, histérica e irritante, isso elogiando, é claro! Seu único ponto positivo é a incessante busca pela verdade, querendo saber o que seu pai realmente fez.
Infelizmente, tivemos um triângulo amoroso. Montgomery é a paixão de infância de Juliet e, agora que se reencontraram, essa paixão renasceu… Ou reapareceu. Montgomery é um cara bem centrado, mas a autora não soube desenvolvê-lo muito bem. Até hoje, uma semana depois de ter lido o livro, ainda não entendi quem ele é. Edward é o cara misterioso, que tenta conquistar Juliet e se diz apaixonado horas depois de conhecê-la… Okay! Não decidi qual dos dois é meu favorito. Assim que descobrir vou torcer para ele NÃO ficar com a Juliet, pois ela é um porre (sim, já disse isso, mas preciso dar ênfase, hahaha).
O clímax do livro e o desfecho foram simplesmente sensacionais. Megan Shepherd conseguiu me surpreender e me deixar ansiando pela continuação. Sim, temos mais uma trilogia. Tenho uma vaga ideia do que será trabalhado no segundo volume, intitulado “Her Dark Curiosity”, que saiu lá fora em janeiro.
O livro só perdeu uma estrela por causa da chatice da Juliet. O livro vale muito a pena e eu recomendo a todos. Leiam, vocês não vão se arrepender.

11/04/2014

Tá Na Estante :: ‘The 100’ #204

Oi, gente. Tudo bem?

Barbara está dodói e não pôde aparecer por aqui nesses últimos dias então fiquei responsável por atualizar o blog enquanto ela está fora. Hoje vim trazer a resenha de um livro que estava na minha wishlist há eras. Vamos conferir?!

Livro: The 100

Série: Os Escolhidos
Autora: Kass Morgan
Editora: Galera Record
Páginas: 288
Sinopse: Desde a terrível guerra nuclear que assolou a Terra, a humanidade passou a viver em espaçonaves a milhares de quilômetros de seu planeta natal. Mas com uma população em crescimento e recursos se tornando escassos, governantes sabem que devem encontrar uma solução. Cem delinquentes juvenis — considerados gastos inúteis para a sociedade restrita — serão mandados em uma missão extremamente perigosa: recolonizar a Terra. Essa poderá ser a segunda chance da vida deles… ou uma missão suicida.

Meu interesse inicial por The 100 surgiu logo depois de ouvir falar sobre a série, que seria lançada esse ano na nova MTV. Fui buscar mais a respeito da produção e acabei tropeçando no livro, que não fazia ideia da existência. A Galera Record foi super rápida em trazê-lo para o Brasil e ainda me deu a oportunidade de lê-lo antes do lançamento.
Se você, assim como eu, já é fissurado no seriado The 100 e quer ler o livro, esqueça tudo o que já viu na série. A série foi baseada no livro, então é claro que tem algumas semelhanças, mas a maior parte do enredo é nova, o que é super normal quando se trata de adaptação de livros para a TV. 
Para quem ainda não conhece, The 100 se passa num futuro pós-apocalíptico. A Terra foi dizimada por uma guerra nuclear e os poucos sobreviventes embarcaram em uma nave para orbitar o planeta até que ele estivesse habitável novamente. Essa nave se subdivide em três estações: Phoenix, Arcadia e Walden. Phoenix representa a Capital, onde vivem as pessoas com melhores condições de vida e que não precisam racionar mantimentos, pois têm tudo de sobra. Arcadia e Walden fazem parte do subúrbio, sofrendo de grande escassez de diversos produtos e usufruindo de água corrente por apenas uma hora por semana.
De acordo com a lei na nave, qualquer crime é punido com execução. Os menores de 18 anos vão para o Confinamento até que atinjam a maioridade. Assim que isso acontece, eles passam por um novo julgamento, podendo ser absolvidos ou finalmente sentenciados à morte 
A nave está passando por problemas e não tem muito mais tempo de vida, colocando em risco toda a raça humana. Assim, o Conselho decide enviar 100 jovens delinqüentes para a Terra, numa tentativa de saber se o planeta pode ser habitado novamente. Os 100 já estavam condenados mesmo, talvez assim pudessem ter uma nova chance, já que, se tudo corresse bem, todos os seus crimes seriam perdoados.
The 100 se divide em quatro pontos de vista. Inicialmente somos apresentados à Clarke. Ela era estudante de medicina e foi presa acusada de traição depois de seu namorado, Wells, entregar o projeto secreto de seus pais para o seu próprio pai, o Chanceler. Os pais de Clarke foram executados e a menina, ao tentar defendê-los, foi acusada de ser cúmplice, indo parar no confinamento até seu aniversário.
Wells se arrepende mortalmente do mal que causou a Clarke. Ao saber que ela será enviada na missão para a Terra, o garoto dá um jeito de ser confinado, pois tinha algumas regalias por ser filho do Chanceler, para partir junto com ela e tentar reconquistá-la. 
Bellamy já tem 20 anos e não cometeu nenhum crime, mas quer embarcar para a Terra a todo custo. Sua irmã, Octavia, foi presa e estará na missão. A menina é tudo para Bellamy, que está acostumado a protegê-la desde criança. Na nave é preciso pedir autorização para se ter um filho e a mãe de Bellamy conseguiu esconder a gravidez de Octavia até o fim. Porém, quando foram descobertos, as crianças foram enviadas para lares de custódia diferentes em Walden e sua mãe executada. Agora Bellamy tem nas mãos a chance de recuperar sua irmã. O problema é que, para embarcar, ele faz o Chanceler de refém, que acaba baleado, fazendo com que o garoto fique em maus lençóis.
Bellamy de vilão a mocinho
Glass é a melhor amiga de Wells. Demoramos bastante para descobrir o motivo de sua prisão, só sabemos que ela precisou dizer adeus ao namorado cruelmente, para que poupasse sua vida. No meio da confusão causada por Bellamy, Glass consegue escapar da nave que ia para a Terra e vai se encontrar com Luke, seu ex-namorado. O problema é que agora ele está com outra garota e tem um ódio muito grande por ela. Agora Glass tentará refazer sua vida na nave sendo uma fugitiva.
A viagem para a Terra foi muito melhor no livro do que na série. Durante a queda, os passageiros passam por diversos problemas. A nave se parte e vários são arremessados no ar. Quando finalmente pousam, os 100 já foram reduzidos e contavam com vários feridos. Boa parte dos mantimentos foi comprometida, inclusive os remédios, dificultando alguns tratamentos.
Clarke logo assume o papel de médica. Sua melhor amiga, Thalia, está muito machucada e os mantimentos perdidos poderiam salvar sua vida. Bellamy é o caçador. Embora um pouco esquentado, ele mostra conhecer bastante sobre a floresta e é um exímio atirador de flechas. Wells tenta ser o pacificador, mas por ser quem é, perde muito crédito com todos os jovens que seu pai condenou à morte.
Ação é o que não falta em The 100, mas senti que o romance ficou um pouco a desejar. Clarke e Wells tem uma relação conturbada, podemos ver que ela ainda é apaixonada por ele, mas seu ódio afoga o sentimento no seu íntimo. A menina se aproxima bastante de Bellamy durante as buscas pelos mantimentos, iniciando algo que pode se tornar um romance. Sim, o triângulo amoroso está formado.
A escrita de Kass Morgan é excelente. Cada capítulo segue um ponto de vista e a maioria conta com flashbacks dos narradores para compreendermos o porquê de suas ações. A narrativa flui deliciosamente. Tudo bem que o livro é curto, mas só consegui largar depois de virar a última página, que teve um final de matar, digno do piloto da série – morram de curiosidade, hahaha.
Os personagens principais foram muito bem desenvolvidos, mas enquanto na série temos vários personagens coadjuvantes, no livro só temos o foco nos principais e em Octavia. Outro que aparece bastante é Graham, um valentão que tenta a todo custo se aproveitar dos outros e só pensa em se dar bem na Terra. Mas só.
Octavia é minha personagem favorita na série, porém no livro é só uma criança. Muito chata às vezes, por sinal. Personagens que brilham na série, como Finn, Jasper e Atom, não aparecem no livro e alguns personagens do livro, como Graham e Glass, não existem na série.
Queen Octavia
Como disse no início da resenha, sou apaixonado pela série. Se conseguir separar um do outro, você vai amar os dois. Se não, escolha um só, para evitar decepções. Eu recomendo sim o livro, acho que deve ser lido por todos, mas não espere que seja como a série, que ainda é minha favorita.
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09/04/2014

Tá Na Estante :: ‘Duelo ao Luar’ #203

Oi, gente. Tudo bem?

Hoje vim trazer pra vocês a resenha do terceiro e último livro da trilogia Nightshade, encerrando o especial sobre a série. Vamos conferir?!

Livro: Duelo ao Luar
Série: Nightshade
Autora: Andrea Cremer
Editora: Galera Record
Páginas: 448
Sinopse: Calla finalmente conseguiu salvar Ren e convencê-lo a se unir aos Inquisidores. Mas, depois que ele se juntou à matilha, as coisas ficam estranhas entre ela e Shay, o novo progênito. Tanto Ren quanto Shay vão disputar entre si pelo amor de Calla, colocando-a em uma situação bem difícil. E para piorar, agora que os poderes de Shay estão se desenvolvendo, ela sente uma distância crescente entre eles. Dividida entre dois amores intensos, Calla nunca esteve tão confusa. Mas antes que possa fazer sua escolha, ela tem outras prioridades que precisam ser atendidas. Como a iminente guerra contra os Defensores. A única chance da matiha Nightshade sair vitoriosa é encontrando as diversas espadas da Cruz Elementar, e para isso, a ajuda de Shay é imprescindível. Mas será que Calla conseguirá liderar em meio a tantas desavenças? E qual dos dois pretendentes ela vai escolher? Neste último volume da trilogia Nightshade, a autora campeã de vendas segundo o New York Times, Andrea Cremer, cria um romane com reviravoltas e surpresas que vão deixar você com os nervos à flor da pele até a última página. 

Calla finalmente se reuniu com sua matilha e conseguiu convencer Ren a se aliar a ela. Agora os lobos e os Inquisidores estão se preparando para a batalha de suas vidas, contra os Defensores e Bosque Mar, o terrível Precursor.
Para derrotar Bosque, o Progênito, Shay, deve encontrar as outras peças da Cruz Elementar, que é a única forma de matar o homem que se dizia ser seu tio. Cada pedaço da Cruz, que na verdade são duas espadas, representa um elemento. Lá no primeiro livro, Calla e Shay recuperaram Haldis, o fragmento da terra. Agora Shay precisa encontrar Pyralis, Tordis e Eydis, que estão espalhadas por vários lugares do mundo.
A vida de Calla está uma confusão total com essa batalha iminente. Pra piorar, agora que Ren se juntou a eles, ela precisa agüentar suas constantes brigas com Shay e sabe que precisará escolher um dos dois para ser seu Alfa, antes que eles acabem se matando. 
Shay libertou Calla da ignorância e lhe deu a chance de viver quando os dois fugiram, mas agora que assumiu seu papel como Progênito, parece estar se distanciando da Alfa Nightshade. Ren sempre foi o destino dela e, mesmo que não gostasse que tivessem escolhido seu futuro por ela, Calla sentia algo pelo alfa Bane. Qual será a escolha dela?
Com a ajuda de sua matilha e de um grupo seleto de Inquisidores, Calla partirá ao lado de Shay em busca da Cruz. Nessas viagens os Guardiões enfrentarão diversos perigos e se aproximarão mais uns dos outros, mas também sofrerão algumas perdas, muito tristes por sinal.
Duelo ao Luar encerra a trilogia Nightshade com chave de ouro. O livro possui um ritmo bem acelerado, já que três fragmentos devem ser encontrados. Achei que isso seria um enorme problema, que Andrea acabaria se perdendo e deixando o livro ruim. Porém não foi isso que aconteceu. A autora soube desenvolver o enredo com maestria e, como esse é o último livro, muita coisa aconteceu, fechando todas as pontas.
O livro é recheado de cenas de ação. O drama do triângulo amoroso não foi muito bem construído nesse livro, pois sempre soube quem seria a escolha da protagonista. O fato de ela demonstrar ter dúvidas me irritou um pouco. Tenho certeza que muitas pessoas vão odiar esse final. Não posso dizer que amei, mas adianto que é único e totalmente imprevisível.
Tivemos alguns novos personagens apresentados, mas ninguém de suma importância. Porém, sofri um pouco com a perda de alguns personagens, tanto novos quanto veteranos. Quando comecei a ler Nightshade, já sabia que meu personagem favorito morreria, mas ver isso acontecer e da forma que aconteceu foi um choque e tanto.
Adorei ler esses livros, do começo ao fim. Duelo ao Luar pode não ter sido o melhor livro da série, mas com certeza será o que eu mais lembrarei futuramente. A série possui uma prequel e um spin-off, que lerei com certeza. Não sei muito sobre a prequel, mas o spin-off é sob o ponto de vista de Adne, a tecelã dos Inquisidores e irmã de Ren.
Recomendo a todos essa série e não vejo a hora de ter outros livros da autora em mãos. Andrea Cremer tornou-se uma das minhas autoras favoritas.

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08/04/2014

Tá Na Estante :: ‘Lua de Sangue’ #202

Oi, gente. Tudo bem?

Ontem trouxe para vocês a minha opinião sobre Sob a Luz da Lua, um dos meus livros queridinhos. Hoje vim contar pra vocês o que achei da sua continuação. Vamos conferir?!

Livro: Lua de Sangue
Série: Nightshade
Autora: Andrea Cremer
Editora: Galera Record
Páginas: 406
Sinopse: Um romance juvenil arrebatador. Ao misturar opressão social e feminismo com um mundo fantástico de feiticeiros e lobisomens, Andrea Cremer chegou à cobiçada lista do New York Times. Neste segundo volume da série Nightshade, que acompanha as aventuras de Calla, líder da alcatéia homônima, acompanhamos os acontecimentos logo após Sob a luz da lua. Quando Calla acorda no quartel-general dos Inquisidores, seus maiores inimigos, ela acredita que seus dias estão contados. Mas quando estes oferecem ajuda salvar sua matilha, ela deve decidir em quem confiar. Se nos mestres que a traíram ou nestes novos ‘amigos’. Cabe a Calla lidar com a liberdade de finalmente escolher as próprias batalhas e trilhar seu destino.

Até onde você iria por amor?
Calla, ao transformar Shay em lobo, infringiu uma das regras mais importantes dos Guardiões, tornando-se uma traidora perante eles. Calla, Alfa Nightshade, estava de casamento marcado com Ren, Alfa Bane, e essa união formaria uma nova alcatéia, Haldis, mas ao se apaixonar por Shay, a loba deixou essa vida para trás. 
Shay é a peça mais importante para encerrar a guerra entre os Defensores e os Inquisidores, uma guerra que acontece desde os primórdios e acarreta diversas perdas para ambos os lados. Agora Calla e Shay foram capturados pelos Inquisidores, pessoas que Calla cresceu aprendendo serem seus inimigos, e são apresentados a outra versão da história.
O problema é que a alcatéia de Calla ainda está em Vail, nas mãos dos Defensores, sendo torturados pelos terríveis Espectros. Emile Laroche, pai de Ren, um homem sem caráter algum e totalmente egoísta, espera conseguir capturar Calla e forçá-la a se casar com seu filho, não se importando com os meios necessários para isso e fazendo questão que a morte de Shay esteja no seu currículo.
Agora Calla precisa reavaliar tudo aquilo que ouviu durante toda sua vida sobre os Inquisidores e decidir ao lado de quem vai lutar nessa guerra que atravessa gerações. Seria ela capaz de se aliar aos seus maiores inimigos contra sua própria família? E quanto ao seu coração? Embora ame Shay, a garota ainda sente algo por Ren, mesmo que não queira assumir isso nem pra si mesma.
Lua de Sangue inicia exatamente onde Sob a Luz da Lua terminou. Nesse segundo volume nós acompanhamos as conseqüências das decisões de Calla e seus novos problemas e confusões. Calla continua sendo aquela protagonista pra quem eu tiro o chapéu, de verdade. Embora sofra muito com suas constantes indecisões, ela não se deixa abater por isso, fazendo-se de vítima, como muitas protagonistas do gênero. Ela é uma personagem forte e cheia de atitude.
A narrativa desse segundo livro permanece igual a do volume anterior. Sob o ponto de vista de Calla, com capítulos um tanto extensos. A leitura fluiu ainda mais rápido, embora tenha sentido que as cenas de ação não foram muito bem elaboradas dessa vez. Andrea Cremer adicionou uma pitada a mais de emoção e romance, o que ajudou a esquecer a diminuição na ação.
Somos apresentados a novos personagens, os Inquisidores, que foram muito bem construídos. Já criei um grande laço com seu líder, Monroe, e sua filha, Adne. Shay foi um personagem crucial para o desenvolvimento do enredo, mas não teve tanto destaque. Ele se mostrou um tanto egoísta diante da vontade de Calla em resgatar sua alcatéia e não tem receio nenhum de se aliar aos Inquisidores. Não tenho mais dúvidas de que sou Team Ren.
Sou apaixonado pelas capas dessa série. A capa de Lua de Sangue, logo que foi divulgada, não me convenceu. Porém, em mãos, o livro é perfeito. A diagramação e a revisão da Galera Record estão impecáveis. Estou super ansioso pelo final, pra saber o que vai acontecer, embora tenha me decepcionado um pouco com esse livro. Amanhã trago para vocês a resenha do terceiro volume da série.
Recomendo a todos!

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07/04/2014

Tá Na Estante :: ‘Sob a Luz da Lua’ #201

Oi, gente. Tudo bem?

Hoje trouxe pra vocês a resenha de um livro que inovou bastante no gênero e me conquistou logo de cara, tornando-se um dos meus favoritos. Vamos conferir?!

Livro: Sob a Luz da Lua
Série: Nightshade
Autora: Andrea Cremer
Editora: Galera Record
Páginas: 462
Sinopse: Calla Thor não é uma menina normal, e sempre soube que seu destino seria se unir a Ren Laroche, sendo sua fiel companheira até o último dia de suas vidas. Só que Calla, assim como Ren, é tão humana quanto loba. Alfa dos Nightshades, ela é responsável pelo bem estar e segurança dos outros integrantes de seu grupo e deve obediência aos Defensores, feiticeiros que vigiam os humanos desde tempos imemoriais. Tudo estaria a salvo se não fosse Shay Doran, um misterioso humano que faz Calla transgredir as severas leis que regem seu mundo e colocar em risco não só a sua vida, mas a de todos aqueles que ama.

Sob a Luz da Lua aborda um tema inovador, ao menos pra mim. Chega de vampiros, anjos caídos ou zumbis, o tema agora são lobos.

O livro gira em torno dos Guardiões, dois grupos de humanos que podem se transformar em lobos que devem proteger os humanos e seus próprios segredos dos Inquisidores e ainda levar uma vida normal, com direito a escola, pais, romance e melhores amigos.

Calla Thor é a alfa da matilha Nightshade. Desde que se conhece por gente, Calla sabe que deve se unir a Ren, alfa da matilha Bane, para juntos liderarem uma nova matilha mais forte. Calla não está de pleno acordo com a situação, mas já está conformada… isso até conhecer Shay.

Enquanto está na floresta, vigiando os perímetros da cidade, ainda na forma de loba, Calla acaba salvando a vida de Shay e cometendo um deslize. Mas tudo bem, já que ela nunca mais o veria novamente, certo? Claro que não! Shay é o novo aluno da escola e os Guardiões devem protegê-lo a todo custo, mas nenhum deles, nem o próprio Shay, sabe o motivo.

Shay é um garoto estudioso e muito sensível e logo Calla se vê interessada nele. O problema é que essa relação dos dois não tem futuro, já que ela está prometida a Ren e não seria capaz de descumprir esse acordo, não é mesmo? Só que, ao lado do garoto, Calla vai descobrindo coisas a seu respeito, sobre sua matilha e também a verdade por trás dos temíveis Defensores. Seria ela capaz de se rebelar em nome do amor?

A escrita de Andrea Cremer é sensacional. Essa série me foi apresentada por uma amiga e confesso que no início não dei muito crédito, mas depois que comecei a ler, não consegui mais largar. Andrea conseguiu me prender da primeira à última página e me fez clamar por mais.

Os personagens foram muito bem estruturados. Calla é um exemplo de força e coragem, embora seja bem insegura com relação ao seu relacionamento. O triângulo amoroso formado por ela, Shay e Ren não é aquele clichê dos livros, pelo menos na minha opinião. Claro que muitos devem ficar divididos entre os dois garotos, mas eu já tinha meu favorito antes da metade do livro e nada consegue me fazer mudar de opinião. É uma pena que, talvez, ele não seja o escolhido de Calla.

A diagramação desse livro é incrível e o design gráfico dá vontade de chorar de tão perfeito. A revisão está excelente, com pequenos erros de digitação, mas nada tão gritante. O livro pode ser bem grosso, mas depois que você entra na narrativa, nem percebe o número de páginas.

Recomendo esse livro a todos. Estou doido pra ler o terceiro, Duelo ao Luar, que em breve terá resenha aqui no SEA, assim como o segundo, Lua de Sangue.

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02/04/2014

Tá Na Estante :: ‘Tamanho Não Importa’ #198

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Como prometido, estou de volta com mais uma resenha. Dessa vez vou contar pra vocês o que achei do terceiro volume dessa série incrível. Vamos conferir?!

Livro: Tamanho Não Importa
Série: Os Mistérios de Heather Wells
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Páginas: 334
Sinopse: A ex estrela do pop Heather Wells não tem do que reclamar: seu pai finalmente vai se mudar do apartamento que ela divide com Cooper; ela arrumou um namorado que quer ajudá-la a emagrecer e as coisas no emprego de inspetora de alojamento na Universidade de Nova York vão… Bem, as coisas por lá continuam esquisitas como sempre. O Dr. Owen Broucho, diretor interino do alojamento Fischer Hall e seu terceiro chefe em menos de um ano, acaba de ser assassinado. Mais uma vez, Heather precisará usar seus excepcionais talentos de investigação se quiser livrar Sebastian Blumenthal, líder estudantil e principal suspeito do assassinato, de uma acusação aparentemente falsa. Tamanho Não Importa é a continuação de Tamanho 44 Também Não é Gorda. Meg Cabot é a rainha das adolescentes com mais de 1 milhão de exemplares vendidos no Brasil.

Essa resenha pode conter spoilers dos livros anteriores

Heather está mais contente do que nunca: arrumou um namorado que se preocupa com sua saúde e é muito bom de cama, seu pai finalmente vai embora da casa que divide com Cooper e as coisas no Conjunto Fischer andam calmas desde a resolução do último assassinato.
Tom, o antigo chefe de Heather, foi promovido e logo ela ganhará um novo chefe. Eis que surge em sua vida Owen Broucho, seu terceiro chefe em menos de um ano. Owen é completamente diferente de Rachel e Tom, é todo certinho e burocrático… talvez isso tenha sido o motivo de ter sido assassinado com um tiro na cabeça dentro do escritório no alojamento.
Sim, Heather tem mais um assassinato nas mãos e quer a todo custo evitar participação nesse novo caso. Porém, precisará de todas as suas artimanhas para livrar Sebastian Blumenthal, um líder estudantil e interesse amoroso de Sarah, que é o principal suspeito do assassinato, mas ao que parece a acusação é falsa e Heather odeia injustiças.
Agora ela se enfiará cada vez mais fundo na vida de seu ex-chefe pra tentar encontrar o verdadeiro assassino, enquanto tenta conciliar sua vida ao lado de Tad, seu professor de recuperação de matemática e namorado, seu trabalho no Conjunto Fischer e ao mesmo tempo retomar sua carreira depois de receber uma proposta de seu pai e seu novo sócio de voltar a cantar.
Tamanho não Importa é o terceiro volume da série Os Mistérios de Heather Wells. Esse livro deveria encerrar a série, mas Meg decidiu dar continuidade a história e escrever mais dois livros. Deu pra perceber pelo final desse terceiro livro que as continuações não foram planejadas antecipadamente, já que podemos encontrar todos os elementos característicos de encerramento de séries à lá Meg Cabot.
A narrativa é em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Heather. Ela continua sendo aquela Heather dos outros volumes, que é viciada em bagels, tem sarcasmo nas veias, alguns quilos a mais no corpo e que sente o útero cair toda vez que corre… Bem, Heather continua sendo Heather.
Os personagens coadjuvantes deixaram de brilhar mais uma vez. Cooper é o único que tem um destaque maior e Sarah também ganha um enfoque maior, mas os outros deixam de ser trabalhados como aconteceu no segundo livro. O detetive Canavan aparece algumas vezes, mas não se parece em nada com o inspetor dos outros livros.
O mistério dessa vez foi muito bem elaborado. Meg Cabot conseguiu me fazer suspeitar de várias pessoas, exceto do verdadeiro culpado. A cena final, quando o culpado é descoberto, foi uma das melhores de todos os livros, pois alguns acontecimentos que eu estava esperando desde Tamanho 42 não é Gorda finalmente se desenrolam.
Como eu disse antes, esse livro seria o último, então podemos ver várias pontas se fechando, várias histórias tendo seu fim, ficando com aquele gostinho de quero mais após ler a última linha. Graças a Zeus que teremos mais dois livros, pois não conseguiria me despedir tão cedo assim de Heather e nem com um final daqueles.
Recomendo a todos mais uma vez essa série brilhante.

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