sobre livros e a vida

05/12/2023

Xeque-Mate, de Ali Hazelwood

Mallory Greenleaf abandonou o xadrez! Mesmo sendo apaixonada pelo esporte, algo em seu passado a afastou do jogo e há quatro anos ela não toca mais em um tabuleiro, tendo como única preocupação manter seu emprego para cuidar da mãe doente e das irmãs mais novas.

Contudo, para ajudar a melhor amiga, Mallory aceita participar de um torneio beneficente e mostra todo o seu talento com as peças. O que ela não esperava é que isso deixaria sua vida de cabeça para baixo, já que um dos competidores que ela derrotou foi ninguém menos que o atual campeão mundial, Nolan Sawyer.

E é claro que a partir disso o mundo do xadrez colocaria Mallory em evidência, querendo saber mais sobre a garota que derrotou Sawyer e tentando entender como aquela novata era tão boa, sem estar nos rankings ou participar de torneios.

Mesmo tendo prometido nunca mais voltar a jogar, Mallory se vê obrigada voltar para o mundo do xadrez, principalmente quando altíssimos prêmios em dinheiro, que podem mudar sua vida, são oferecidos. Ela só não sabia que além disso, ela descobriria muitas coisas que mudariam tudo aquilo em que acredita.

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!

***

Meu primeiro contato com a escrita de Ali Hazelwood foi através de A Razão do Amor, que li no ano passado e me apaixonei. A autora sabe como entreter o leitor, entregando um bom romance, cenas engraçadas e personagens cativantes. Então, quando ela anunciou o lançamento do seu primeiro Young adult, eu fiquei bem curioso, para saber como ela se sairia num gênero diferente.

Apesar de fugir dos personagens do mundo da ciência, em Xeque-Mate temos o mundo do xadrez explorado do início ao fim. 80% dos personagens estão ligados ao esporte de alguma forma e terminei a leitura sabendo muuuita coisa que não sabia sobre xadrez e até com vontade de jogar, mesmo sendo péssimo.

Mallory é uma personagem muito interessante. Ela abriu mão do seu futuro para cuidar da mãe e das irmãs após a morte do pai e apesar de achar que isso é algo certo a fazer, se sente mal por ver sua melhor amiga indo pra faculdade, seus colegas crescendo e evoluindo e ela estagnada em um emprego que não gosta para poder manter sua família.

O romance é bem desenvolvido, mas está longe de ser o foco principal da história. A relação de Nolan e Mallory é gradual e gosto muito dos dois juntos, mas principalmente de como Mallory se descobre e enfrenta seus fantasmas após Nolan ajudá-la a entender o quanto é boa. Ela precisa enfrentar o machismo que é gigante no mundo do xadrez e não tem medo de nada.

Terminei a leitura muito satisfeito e, confesso, querendo mais. Eu leria tranquilamente mais livros desse universo e queria ter visto um pouco mais de Mallory e Nolan juntos, como enxadristas. Tenho certeza de que quem der uma chance, vai se apaixonar por essa história também. Recomendo de olhos fechados!

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