sobre livros e a vida

12/08/2023

A Empregada, de Freida McFadden

Millie Calloway passou uma década atrás das grades e agora finalmente pode desfrutar de sua tão sonhada liberdade. O problema é que Millie não possui uma base familiar e nem recursos para bancar suas necessidades mais básicas. Por isso, ela reside temporariamente em seu carro, enquanto procura um emprego estável para reconstruir sua vida.

A chance de mudar essa realidade surge quando Millie é convidada para uma entrevista na mansão de Nina Winchester. A vaga a ser ocupada é de empregada doméstica e além de cuidar da casa, ela precisará apoiar os Winchesters com os cuidados que envolvem Cecelia, filha do casal. Com a remuneração atrativa ofertada e a possibilidade de se acomodar na residência luxuosa, essa parece ser a oportunidade perfeita. Mas será que tudo é realmente tão perfeito assim?

O primeiro passo para se manter no emprego é trabalhar incansavelmente, e Millie está disposta a isso. O que ela não imaginava seria ter que lidar com as mudanças de temperamento de Nina, que se mostra cada vez mais exigente, frequentemente dizendo coisas e, em seguida, negando tê-las dito, deixando Millie sempre confusa. E como se não bastasse, Cecelia não demonstra qualquer respeito por Millie, e Andy, o marido de Nina, observa as atitudes de sua esposa à distância, intervindo apenas quando necessário.

Aos poucos, Millie começa sentir uma atração por Andy, que parece estar sempre disposto a apoiá-la nos momentos de desgaste emocional. E é então que ela começa a questionar os motivos pelos quais um homem tal lindo e gentil consegue suportar Nina, ao mesmo tempo em que percebe estar se apaixonando pelo marido de sua empregadora.

A história se desenrola de forma frenética, envolvendo o leitor em um grande suspense psicológico. A principio a narrativa é pelo ponto de vista de Millie, mas logo temos também a visão de Nina, que ajuda a preencher lacunas nesse emaranhado de acontecimentos que fazem o leitor questionar quem é o mocinho e quem é o vilão da trama.

E com a tensão que se intensifica a cada virada de página, Freida McFadden consegue entregar ao leitor uma história repleta de mistério e reviravoltas impactantes. Para além dos temas comuns relacionados ao gênero, a autora também consegue aborda temas sensíveis, incluindo violência doméstica, tanto física quanto psicológica. Portanto já fica o aviso gatilhos existentes na trama.

Vale dizer que minha única ressalva nesse livro fica por conta de algumas conveniências que acontecem no final, no entanto, conclui a obra já na expectativa para ler o segundo volume, que espero que seja lançado no Brasil em breve.

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