sobre livros e a vida

06/06/2018

Na Telinha :: Aggretsuko

OLÁ, MATES! Tudo bem?

Eu não sei vocês, mas eu não resisto a um anime e, esses dias, estava perambulando na Netflix e encontrei um tão gostosinho de assistir que, tornou-se a minha missão compartilhar ele com todos os seres humanos (e alienígenas) desse universo. Conheçam Aggretsuko.


Frustrada com o emprego, Retsuko, a panda vermelha, encara os problemas do dia a dia, como não achar que tem um lugar no mundo, um trabalho enfadonho, um chefe machista e a falta de um namorado em sua vida, para desestressar, ela cantar death metal em um karaokê depois do expediente.

Sim, Retsuko essa pandinha fofinha e adorável canta death metal quando o seu estresse bate no teto. Me relacionei muito com ela? ÓBVIO! E ela não canta qualquer death metal não! As suas letras tratam diretamente com as situações que ela vive nos episódios, como quando o chefe tem uma postura machista com ela e Retsuko tem algumas coisinhas que gostaria de dizer a ele com seu super microfone do karaokê e muita raiva no coração.

O anime também trata dos problemas do cotidiano com um tom atual e divertido. A primeira temporada está disponível na Netflix e tem só dez episódios e cada um dura uma média de quinze minutos. SIM, é rapidinho. Um anime ideal para assistir na hora do almoço ou depois de um dia de trabalho que você só quer relaxar e dar umas boas risadas.
XOXO!
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05/01/2018

Tá Na Estante :: ‘Graça e Maldição’ #740

OLÁ, AMIGOS! Tudo bem com vocês? 

Nesse inicio de ano gostoso, trago para vocês uma resenha de um livro para lá de surpreendente. Vocês estão preparados para a história de River?

LIVRO: Graça e Maldição
AUTORA: Laure Eve
EDITORA: Galera Record
PÁGINAS: 350
SINOPSE: Um thriller que mantém a magia ambígua até a narrativa ganhar asas e levar o leitor por uma viagem intensa, estranha e envolvente. Como todos os outros na pequena cidade, River é obcecada pelos Grace. Fenrin, Thalia e Summer Grace são carismáticos, charmosos e ricos — e há boatos de que sua influência se estende aos mais altos degraus da política mundial. Se você não ama um deles, quer ser exatamente como um deles. Especialmente River, a nova aluna da escola local… Que de repente é acolhida pela família que todos reverenciam e temem em igual medida. Ela é diferente. Mas o que os Grace não sabem é que a garota não está na cidade por acaso; ela sabe exatamente o que está fazendo. Ou não?

River é nova na cidade. Seu relacionamento com a sua mãe é fraturado. Após o desaparecimento do seu pai, ela encontra-se cada vez mais afastada da mãe que parece se afundar mais em segredos. Como em toda cidade pequena, a fofoca se espalha rápida e River ouve falar sobre os Graces, uma família rica que comanda a cidade. Misteriosa e reservada, os moradores acreditam que eles sejam bruxos.
Curiosa, River não mede esforços para desvendar o enigma por trás da família. A todo custo, ela tenta chamar atenção de Summer e seu grupo para ganhar um lugar cativo entre eles. Ela e Summer se tornam amigas, mas, no entanto, gradativamente o seu interesse pelos Graces alcança um nível obsessivo ao ponto de não sabermos dizer se ela de fato vê Summer como uma amiga ou só como um convite para transitar em sua família. River tem como meta conseguir de algum modo usufruir dessa magia, e conseguir assim encontrar o paradeiro do seu pai.

Por muitos momentos, eu senti que conhecia essa trama e que já li ela algumas vezes no decorrer dos anos: a garota nova numa cidade pequena que é comandada por uma família rica e misteriosa. Até aí, não vejo problema algum. Podemos aproveitar ideias similares e adorná-las com novas ideias e personagens cativantes, mas infelizmente, não é isso que senti nessa trama. 
River não é cativante. Por alguns momentos a sua obsessão a torna cega, manipuladora e repetitiva. Para alguns isso pode soar cansativo ou até sem profundidade. Para mim, soou como se ela fosse muito obstinada e por vezes sem personalidade. Por outro lado, os personagens secundários são interessantes e tem uma profundidade que falta na protagonista. Você acaba se simpatizando facilmente pela família Grace e aqui a autora acerta. Se essa família precisa despertar o interesse da garota nova – e de uma cidade inteira – eles precisavam enebriar os leitores.
Por horas, a leitura soa um pouco infantil, com diálogos pobres. No entanto, isso é facilmente esquecido com a transição dos eventos. Não é difícil você querer saber como River vai conseguir o que busca, e quando isso é dispersado, unicamente para desenvolver outros personagens e histórias, você ainda se sente compelido pela história. 
Estamos falando de um romance fantástico, onde os personagens são bruxos. A magia é tratada aqui similarmente ao que conhecemos no Universo Wicca, onde há uma admiração por rituais e símbolos. Se a magia normalmente é tratada com o uso de varinhas e invocações, aqui temos algo mais perto da nossa realidade. E, para mim, também foi algo bem aproveitado na história. Só senti falta da autora especificar o que ela criou para trama e o que é de fato real em nosso mundo.
Sendo o primeiro livro de uma duologia, o final de Graça e Maldição levará os seus leitores a ansiarem desesperadamente pela sua continuação. Esse é um livro que dividirá os leitores. É um livro divertido se você ler despretensiosamente, mas caso você pegue esse livro cheio de expectativas a decepção pode ser eminente. Os personagens não são em sua maioria cativantes e a instabilidade emocional da protagonista é um problema. 
O enredo é curioso e interessante, mas por muitas vezes, passa uma sensação de despreparo da autora, como se ela se sentisse pressionada a surpreender a cada capítulo, invés de deixar a narrativa acontecer naturalmente. Não se tem muitas informações sobre a continuação, mas ao que tudo indica, a autora está escrevendo ele. Recomendo para todos os bruxinhos de coração e alma. 

Beijos e até a próxima!!!

29/12/2017

Tá Na Estante :: ‘Quando a Bela Domou a Fera’ #733

Heeeey, gente. Tudo bem?

Hoje estou aqui para contar pra vocês sobre uma leitura recente. O livro em questão é um romance de época bem gostosinho, que é o primeiro volume de uma série.

Livro: Quando a Bela Domou a Fera
Série: Contos de Fadas (#01)
Autora: Eloisa James
Editora: Arqueiro
Páginas: 320
Sinopse: Eleito um dos dez melhores romances de 2011 pelo Library Journal, Quando a Bela domou a Fera é uma deliciosa releitura de um dos contos de fadas mais adorados de todos os tempos. Piers Yelverton, o conde de Marchant, vive em um castelo no País de Gales, onde seu temperamento irascível acaba ferindo todos os que cruzam seu caminho. Além disso, segundo as más línguas, o defeito que ele tem na perna o deixou imune aos encantos de qualquer mulher. Mas Linnet não é qualquer mulher. É uma das moças mais adoráveis que já circularam pelos salões de Londres. Seu charme e sua inteligência já fizeram com que até mesmo um príncipe caísse a seus pés. Após ver seu nome envolvido em um escândalo da realeza, ela definitivamente precisa de um marido e, ao conhecer Piers, prevê que ele se apaixonará perdidamente em apenas duas semanas. No entanto, Linnet não faz ideia do perigo que seu coração corre. Afinal, o homem a quem ela o está entregando talvez nunca seja capaz de corresponder a seus sentimentos. Que preço ela estará disposta a pagar para domar o coração frio e selvagem do conde? E Piers, por sua vez, será capaz de abrir mão de suas convicções mais profundas pela mulher mais maravilhosa que já conheceu?

Quando a Bela Domou a Fera conta a historia de Piers, o conde de Marchant e médico rabugento e Linnet, uma belíssima jovem com uma reputação arruinada. Depois de um mal entendido causado por um vestido de acabamento suspeito, uma infecção estomacal e uns beijos no momento errado, Linnet tem sua fama arruinada na sociedade. 
Sem saber o que fazer e sem a perspectiva de conseguir um bom casamento, a jovem se vê obrigada a aceitar a ideia de se casar com o conde de Marchant, porém eles não se conhecem e a única coisa que a jovem sabe é que ele tem um péssimo temperamento e a fama de “fera”. 
Piers vem fugindo de casamento há anos, mas como sua linhagem é muito importante, ele passa uma lista da esposa perfeita com quem aceitaria se casar, acreditando que o pai não encontraria uma dama tão impecável. Com um tanto de desespero e ignorando a recente fama de Linnet, o pai de Piers a leva como possível noiva do filho para sua casa fora da cidade.

O jovem conde acredita que a afastará fácil, sendo sarcástico, rude e deixando claro que não a quer como esposa. No entanto, ao contrário do que ele imagina, Linnet não é uma jovem tão sensível e se mostra uma dama forte e com muita personalidade, não facilitando a vida de Piers. 

O livro já me conquistou nas primeiras páginas, porque definitivamente ele é hilário! A forma como Linnet conquista a má fama e como a família lida com isso é muito bem construído, com muita comédia, e foge de tudo que lemos em outros livros de romance de época.  
Por tudo que ela passou na vida, Linnet se torna uma jovem forte e que não aceita desaforos. Com essa atitude e mais sua beleza arrebatadora, isso a torna tão diferente das jovem da época e Piers acaba sentindo aquela forte atração que nós tanto esperamos para ler. 
O médico sofre de um problema na perna e sente dor constantemente. Com isso um dos hábitos que adquiriu e alivia sua dor é praticar natação, o que lhe conquistou um belíssimo corpo. Além disso, a natação também é uma forma de atrair Linnet para mais próximo dele, mesmo sem ele “querer”. Este personagem foi inspirado na série Dr. House. Imagine um personagem de época na mesma vibe de House? Eu amo a série, então não tinha como dar errado! Hehehe.

“— Ah, mas eu acho que somos perfeitos um para o outro — disse ela, só para cutucá-lo.
— Um médico totalmente maluco — esse sou eu — e uma beldade terrivelmente conivente — essa é você — mancando juntos rumo a vida de felicidade? Duvido muito. Você tem lido contos de fadas demais.”

O que gostei muito nesse livro é o fato de ele possuir o romance, a comédia, o drama (sim, o final me deixou desesperada) e personagens muito bem descritos e construídos. É uma leitura que prende e flui! Além da pegada conto de fadas que eu tanto amo! 
Nesse livro vemos bem a semelhança entre o conto original e o livro, porém esta “fera” é muito mais popular. O auge do livro é simplesmente de parar o coração e surpreendente, deixando aquela ansiedade para terminar de ler e descobrir o que acontece o mais rápido possível. 
Beijos e até a próxima!

26/12/2017

Tá Na Estante :: ‘Mulher Maravilha: Sementes da Guerra’ #730

OI, AMIGOS! Tudo bem com vocês?

Depois de 84 anos, eu estou de volta ao blog com uma leitura para lá de Maravilhosa! Pegaram a referência? Vamos conversar sobre Sementes da Guerra e eu tenho algumas coisas para falar sobre esse livro!

LIVRO: Mulher Maravilha: Sementes da Guerra
SÉRIE: Lendas da DC (#01)
AUTORA: Leigh Bardugo
EDITORA: Arqueiro
PÁGINAS: 400
SINOPSE: Antes de se tornar a Mulher-Maravilha, ela era apenas Diana. Filha da deusa Hipólita, Diana deseja apenas se provar entre suas irmãs guerreiras. Mas quando a oportunidade finalmente chega, ela joga fora sua chance de glória ao quebrar uma lei das amazonas e salvar Alia Keralis, uma simples mortal. No entanto, Alia está longe de ser uma garota comum. Ela é uma semente da guerra, descendente da infame Helena de Troia, destinada a trazer uma era de derramamento de sangue e miséria. Agora cabe a Diana salvar todos e dar seu primeiro passo como a maior heroína que o mundo já conheceu.

Diana é filha da Deusa Hipólita e sofre pressão para ser a altura de sua mãe. Ela não demonstra ser uma mãe amorosa e incentiva a filha a ser a melhor, mesmo que com ressalvas. Uma ingênua e decidida Diana luta para conquistar o seu espaço entre as Amazonas, mas por conta de sua origem pouco favorecida, ela é desprezada. 
Se as amazonas treinam duramente, ela treina duas vezes mais, com o objetivo de provar o seu lugar entre elas em uma competição. Focada, Diana tem tudo em mãos para ganhar, no entanto, um barco naufragando a leva a abandonar o seu proposito para seguir um ímpeto.
Nos escombros, ela encontra uma jovem ainda respirando e, mesmo contra as regras de sua mãe, deixa a garota em uma caverna para se recuperar. Pretendendo retornar, Diana teme por decepcionar sua mãe, mesmo que em seu coração saiba que tomou a decisão certa. Após as terras de Themyscira demonstrarem uma rejeição a presença de Alia, Diana precisa tomar uma decisão que a levará ao exílio de seu lar e certamente, condenará a sua mãe. 
O que acontecerá com Diana Prince? Você terá que continuar essa resenha para saber.

Se você assistiu ao filme sentirá que esse livro conta uma história de origem da heroína. Diana encontra-se nos primórdios de seu heroísmo, ainda é ingênua e curiosa com os humanos e o mundo terreno desconhecido e ela ainda não usa o manto de Mulher Maravilha. 
A chegada de Alia me lembrou muito a situação de Steve Trevor no filme – e nos quadrinhos. Só que se Diana se encontrou na Primeira Guerra Mundial, nesse livro a presença de Alia a conduz para uma realidade no mundo atual. Sabendo que o destino de sua casa e do mundo está por um triz, Diana faz o possível e impossível para proteger Ali e acabar com a maldição por trás das Sementes da Guerra. 
Se em alguns momentos, ela se vê sem entender o que está acontecendo, não se pega em nenhum momento questionando o porquê disso e daquilo. A jovem simplesmente braça aquilo que considera a sua missão e não desiste do seu ideal nem mesmo quando se encontra na pior das situação. Pragmática e justa, aqui assistimos não o nascimento de Diana Prince, mas acompanhamos a mulher que ela era, mas precisa, através dessa missão, encontrar-se.
Alia é uma personagem cativante, energética e espontânea. Se Diana é contida, perdida em um mundo desconhecido e firme, como aço, o seu contraponto consegue arrancar sorrisos dos leitores e nos levar a torcer por ela e querer desvendar os mistérios por trás do seu passado.
E se alguns personagens surgem na trama como um alivio cômico ou buscando criar tensão, a decisão final está nas mãos de Diana e de Alia. Elas são as duas forças: uma pode conter a guerra das guerras e a outra é quem pode causá-la, só por existir. 
Sobre a escrita de Leigh, essa foi a minha primeira experiência e não será a última. Mesmo que em alguns momentos a escrita soe um pouco mecânica e Leigh pareça um pouco contida em expor mais camadas de Diana, além daquelas conhecidas pelo público, ela se liberta na criação dos seus personagens originais e também busca trazer representatividade para a história através de Alia, uma jovem afrodescendente que aponta por diversos momentos o preconceito em seu mundo. 
O enredo também é cativante, o mistério por trás das Sementes de Guerra, por mais que pareça simples, tem profundidade. Tem muito sobre a Mitologia Grega e se você acabou de assistir o filme da Mulher Maravilha (ou até mesmo Liga da Justiça) você se sentirá novamente acompanhando as aventuras de Diana Prince em sua melhor representação. É uma narrativa gostosa de ler para quem é fã ou não da Mulher Maravilha.
Beijinhos e até mais!

21/08/2017

Tá Na Estante :: ‘Shift’ #685

OLÁ, MATES!

Tudo bem com vocês? Prontos para investigar se a sua vida está sendo possuída por um monstro?

LIVRO: Shift
AUTORA: Em Bailey
EDITORA: Fundamento
PÁGINAS: 292
SINOPSE: Olive Corbett não é louca. Ela já foi bonita, divertida e a melhor amiga de Katie, a garota mais popular da escola. Agora, Olive não se reconhece mais… Depois do “incidente”, o que ela mais quer é ficar sozinha e evitar problemas. E tudo vai bem até a chegada da estranha e misteriosa Miranda Vaile. Olive sabe que o mais sensato a fazer é se afastar de Miranda e de seu passado assustador. Mas ela não consegue… Miranda está manipulando Katie, o que inclui roubar as roupas, o namorado e a identidade dela. Além de drenar toda sua vitalidade, como um parasita… E ninguém, nem mesmo Katie, percebe isso. Será que, mais uma vez, Olive está perdendo o controle sobre a realidade? Ou Miranda está realmente “sugando” a vida de Katie, transformando-a em uma sombra? Quem ou o que Miranda realmente é? Há algo muito perigoso no ar e, para descobrir o que é, Olive tem que ir realmente fundo nessa história. Mas como fazer isso se ela mesma é uma vítima? Como proteger quem ela ama?
Olive se culpa pelo divórcio dos pais. Ela já foi uma das garotas mais populares do colégio e melhor amiga de Katie, mas após esse caos em sua vida, cansou dessa futilidade e afastou-se daquela vida. As pessoas tratam ela diferente e isso a leva a reclusão, evitando socializar com os colegas. Após o incidente que a levou a mudar de comportamento, Mia é a sua nova amiga. Ela acabou de chegar no colégio e o boato que corre nos corredores é que ela matou os pais e isso só deixa Olive mais curiosa em conhecer a garota. 

Mas, quando as pessoas acabam por perceber que tudo é apenas uma fachada e ela é apenas uma garota inexpressiva. Ela passa muito tempo sozinha, até que se aproxima de Katie e torna-se sua amiga. 
Mia e Olive desconfiam dessa amizade, por Miranda mudar de temperamento de um dia para outro. De uma pessoa sem cor, ela ganha vida, parecendo mais espontânea e saudável já Katie parece cada dia mais doente. Miranda também passa a usar as roupas da amiga, rouba o seu namorado e pouco a pouco imitar o seu jeito, conquistando os amigos dela e ganhando destaque no colégio.

Olive acha que Miranda pode ser uma metamorfa e está sugando a vida de Katie, até tornar-se ela. Agora, será que isso é verdade ou está acontecendo apenas na cabeça de Olive? 

O enredo é instigante. A escrita de Em é fluida. Você é guiado a desvendar o mistério com a protagonista e em muitas das vezes, duvidar da sua sanidade. As reviravoltas ajudam nisso e a autora soube aplicá-las muito bem, sem que parecesse forçado ou um gatilho para prender o leitor. É direcionado ao público Young Adult, tem um relacionamento abusivo entre os arcos, o que pode ser um gatilho.
É um livro maravilhoso. O mistério funciona e o suspense impressiona. Miranda é uma incógnita e a autora não consegue entregar a personagem durante a narrativa, acabando nas mãos do leitor decidir o que ela de fato, é.

O trabalho da editora é ótimo. Eu sou apaixonada por essa capa e ela imprime muito bem a história. A edição é um primo, é uma das melhores que vi nesse ano. Fundamento sempre arrasando. 
No geral, é uma boa introdução para o gênero suspense para quem está iniciando nesse meio. É uma leitura gostosa e aos poucos, você começa a devorar as páginas e sente-se emergida entre os personagens, inclusive Olive.

Beijos e até mais!

16/08/2017

Tá Na Estante :: ‘Um Tom Mais Escuro de Magia’ #684

Oi, gente. Tudo bem?

Ando meio sumido, eu sei, mas hoje voltei pra falar para vocês a minha opinião sobre uma das minhas melhores  leituras do ano, que foi o livro de Janeiro do Vórtice Fantástico aqui de Porto Alegre. Vamos conferir?!

Livro: Um Tom Mais Escuro de Magia
Série: A Darker Shade of Magic (#01)
Autora: V. E. Schwab
Editora: Record
Páginas: 420
Sinopse: Entre em um universo de aventuras audaciosas, poder eletrizante e Londres múltiplas. Kell é um dos últimos Viajantes — magos com uma habilidade rara e cobiçada de viajar entre universos paralelos conectados por uma cidade mágica. Existe a Londres Cinza, suja e enfadonha, sem magia alguma e com um rei louco — George III. A Londres Vermelha, onde vida e magia são reverenciadas, e onde Kell foi criado ao lado de Rhy Maresh, o boêmio herdeiro de um império próspero. A Londres Branca: um lugar onde se luta para controlar a magia, e onde a magia reage, drenando a cidade até os ossos. E era uma vez… a Londres Negra. Mas ninguém mais fala sobre ela. Oficialmente, Kell é o Viajante Vermelho, embaixador do império Maresh, encarregado das correspondências mensais entre a realeza de cada Londres. Extra-oficialmente, Kell é um contrabandista, atendendo pessoas dispostas a pagar por mínimos vislumbres de um mundo que nunca verão. É um hobby desafiador com consequências perigosas que Kell agora conhecerá de perto. Fugindo para a Londres Cinza, Kell esbarra com Delilah Bard, uma ladra com grandes aspirações. Primeiro ela o assalta, depois o salva de um inimigo mortal e finalmente obriga Kell a levá-la para outro mundo a fim de experimentar uma aventura de verdade. Magia perigosa está à solta e a traição espreita em cada esquina. Para salvar todos os mundos, Kell e Lila primeiro precisam permanecer vivos.

Nesse universo criado por V. E. Schwab, vamos conhecer quatro versões da mesma Londres, localizadas em dimensões diferentes. Nosso protagonista, Kell, é um Antari, um dos últimos de sua espécie e que tem a habilidade de atravessar as dimensões, indo de uma Londres para a outra.
Foto por Estante Diagonal
Para diferenciar as cidades, Kell atribuiu cores a cada uma delas, de acordo com a quantidade de magia presente nas mesmas. A Londres Cinza é a que conhecemos, onde não existe mais magia. A Londres Vermelha, lar de Kell, tem a magia bem ativa, com um reino civilizado. Na Londres Branca,  a magia ainda existe, mas é escassa e seus habitantes são famintos por ela. Por fim, existe a Londres Preta, mas esta não é mencionada por ninguém.
Por Kell ter a habilidade de viajar entre as Londres, ele se tornou embaixador da Londres Vermelha. A população em geral não sabe da existência das outras dimensões, apenas a realeza, e cabe a Kell transmitir mensagens entre as cortes.

Porém, há algo que Kell faz que contraria todas as leis. Ele tem o hábito de contrabandear itens de um reino para outro, utilizando seu dom para obter vantagens, o que desagrada o príncipe e seu melhor amigo, Rhy Maresh. As Londres estão separadas por algum motivo e os hábitos de Kell podem ser um perigo.

Em sua última missão, voltando da Londres Branca, Kell cai em uma armadilha e se vê carregando  consigo um item misterioso, originário da Londres Preta. Esse item é extremamente perigoso e pode colocar todos os reinos em risco, assim como a vida do Antari.

A partir daí, Kell começa a ser perseguido por todos os lados e fugir é sua única saída.  É aí que seu destino esbarra com o de Dalilah Bard, uma ladra extremamente astuta. À princípio os dois entram em atrito, mas logo acabam tornando-se aliados em uma perigosa jornada para consertar seus erros e salvar o mundo do caos.

Foto por Estante Diagonal
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
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Acho que já não é mais novidade pra ninguém aqui que Victoria Schwab é uma das minhas autoras queridinhas da atualidade. Meu primeiro contato com ela foi em A Guardiã de Histórias, mas o amor se consolidou aqui, com Um Tom Mais Escuro de Magia. Então, percebam meu choque quando reparei que ainda não havia feito resenha dele para vocês. Já está mais do que na hora de vocês  conhecerem essa trama sensacional.
O universo construído pela autora é sensacional. Temos a magia como uma protagonista onipresente. Tudo gira em torno dela, tudo depende dela, tudo leva a ela. Amei que Schwab soube desenvolver isso muito bem e me prendeu logo nas primeiras páginas. Sabe aquele livro que você pega e sabe que vai amar?  Então. Aconteceu isso aqui e eu não poderia estar mais contente.
O livro é narrado em terceira pessoa e outra característica marcante dos livros de Schwab é que ela sabe desenvolver muito bem seus personagens. Alternando as perspectivas dos mesmos, a autora soube atar bem os detalhes e criar protagonistas únicos. Kell e Lilah são simplesmente incríveis e tenho certeza que todos que leram se apaixonaram pelos dois como eu.
O cenário das Londres também foi bem caracterizado. Schwab detalhou super bem e em vários momentos da trama consegui me ver nos ambientes, me aventurando ao lado dos personagens. Isso traz uma forte gratificação para mim, pois estar cem por cento imerso em uma obra só a torna mais grandiosa.
O final foi de tirar o fôlego, apesar de um tanto previsível. Conforme o clímax foi se desenvolvendo, já sabia mais ou  menos onde tudo iria acabar, mas mesmo assim a tensão não foi menor. V. E. sabe muito bem conduzir seu leitor para onde ela quer, sem deixar que o ritmo acelerado estanque. Estou completamente ansioso pela continuação, que será lançada pela Record na Bienal. Cadê setembro que não chega??

Foto por Estante Diagonal

A edição física está muito bem trabalhada. A capa é uma adaptação da original e que, particularmente, acho sensacional. A diagramação é simples, a fonte tem um bom tamanho para leitura, as páginas são amareladas e a revisão está muito boa.
Um Tom Mais Escuro de Magia é um ícone da fantasia e merece ser mais conhecida e divulgada. Sendo assim, deixo aqui meu apelo: LEIAM e se apaixonem também. Garanto que vale muito a pena!
Beijos e até a próxima!