sobre livros e a vida

02/03/2017

Na Telona :: ‘Logan’ #57

Oi, gente. Tudo bem?

Na semana passada participei de mais uma cabine de imprensa aqui em Porto Alegre, em parceria com a Espaço/Z, e vim contar para vocês, com a ajuda do Well, que assistiu o filme em cabine lá em Brasília, o que achei do filme em questão, que é a nova sequência de Wolverine e chega às telonas de todo país hoje. Vamos conferir?!

Filme: Logan
Diretor: James Mangold
Distribuidora: Fox Filmes
Duração: 2h17min
Lançamento: 02 de março de 2017
Classificação: 16 anos
Gênero: Ficção
Sinopse: Em 2029, Logan (Hugh Jackman) ganha a vida como chofer de limousine para cuidar do nonagenário Charles Xavier (Patrick Stewart). Debilitado fisicamente e esgotado emocionalmente, ele é procurado por Gabriela (Elizabeth Rodriguez), uma mexicana que precisa da ajuda do ex-X-Men para defender a pequena Laura Kinney / X-23 (Dafne Keen). Ao mesmo tempo em que se recusa a voltar à ativa, Logan é perseguido pelo mercenário Donald Pierce (Boyd Holbrook), interessado na menina.

O ano é 2029. Os mutantes, que todos acreditavam ser a evolução da espécie, pararam de nascer e os que viviam foram mortos. Os únicos que ainda restam são Logan e o Professor Xavier, agora um homem nonagenário. Xavier está cada vez mais senil e uma mente como a sua entrando em colapso pode causar um tremendo estrago.
Para evitar que o Professor machuque as pessoas com seus poderes, Logan o mantém medicado e passa seus dias trabalhando como chofer de limousine, para conseguir os remédios que seu mestre precisa e juntar dinheiro para comprar um barco, de modo que eles possam viver no oceano, longe de todos.
Tudo que Logan quer agora é paz e sossego até atingir seus objetivos. O tempo está cumprindo seu papel sobre o corpo do mutante e este está cada vez mais debilitado, passando mais tempo alcoolizado do que qualquer outra coisa. E quando Gabriela cruza seu caminho, ele sabe que a encrenca está para chegar.

Gabriela era enfermeira na Transigen, uma empresa geneticista que fazia experiências para criar novos mutantes. Ela está tentando proteger uma criança que foi criada nesses laboratórios e está sendo perseguida por um grupo de mercenários. Gabriela acha que Logan é a última chance de Laura e deseja a ajuda dele a todo custo.

A última coisa que Logan quer é se envolver nisso, mas as coisas não saem como esperado. Quando se dá conta, o mutante e Xavier já estão enfiados até o pescoço nessa história. Eles precisam levar Laura em segurança até um abrigo na Carolina do Norte, onde, supostamente, existem outros mutantes que podem protegê-la.
A viagem não será nada fácil. Laura não conhece o mundo do lado de fora dos laboratórios e ela é uma arma selvagem. Conforme mais tempo vai passando com a menina, mais Logan vai se afeiçoando, mesmo que não queira admitir. Os dois tem muito em comum e essa jornada pode ser mais significativa do que qualquer um esperava.
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir!

Assim como qualquer outro fã desse universo dos mutantes, eu não posso ver o anúncio de um filme sobre os X-Men que imediatamente enlouqueço. Quando Logan foi anunciado, a ansiedade pelo filme chegou rapidamente e com ela a preocupação, pois não é segredo que as duas primeiras tentativas de filmes solo do herói não foram lá tão bem sucedidas.

Logan, ao contrário do que todos esperavam, não parece a finalização da trilogia do mutante, o filme que deixa para trás todos os desastres dos seus antecessores poderia ser considerado um filme único com início, meio e fim. O longa se distancia completamente dos filmes de super-heróis dos últimos anos, principalmente os do universo Marvel, e nos apresenta uma história recheada de personagens que podemos nos identificar, lutas extremamente bem coreografadas e uma carga emocional muito mais real do que estamos acostumados em filmes do gênero.

O filme é inegavelmente mais pesado que qualquer outro filme da franquia, porém isso não se resume em mortes cruéis e partes de corpos pulando para todos os lados (não que isso não aconteça). James Mangold conseguiu criar uma espécie de velho-oeste moderno onde o Wolverine e o Professor foram deixados para trás em um mundo que um dia os viram como o futuro da humanidade.

Essa sensação de tristeza e abandono é transmitida perfeitamente através da narrativa, das cores, da incrível trilha sonora composta por Marco Beltrami e principalmente pela atuação de Hugh, que mesmo interpretando com maestria o personagem há 17 anos somente agora parece ter conseguido chegar no que o personagem realmente deveria ser.

Se tratando de atuações o filme também não deixa a desejar. Patrick Stewart, que também deu vida ao seu personagem pela primeira vez há 17 anos, nos presenteia com uma performance maravilhosa e extremamente emocionante. Dafne Keen com certeza foi uma surpresa para muitos. A atriz inglesa-espanhola de 11 teve sua estréia no cinema com Logan e não poderia ter sido melhor, pois mesmo com pouquíssimas falas durante todo o filme a atriz consegue dizer tudo o que precisa ser dito apenas com sua linguagem corporal.

Logan é um filme nunca visto quando se trata de super-heróis e é com certeza um filme que veio para marcar a história do gênero. O longa veio para agradar aqueles que gostaram dos filmes anteriores, aqueles que odiaram os filmes anteriores e até mesmo aqueles que nunca assistiram os filmes anteriores.

12/01/2017

Na Telona :: ‘Assassin’s Creed’ #53

Oi, gente. Tudo bem?

Segunda-feira participei de mais uma cabine de imprensa em parceria com a Espaço/Z aqui em Porto Alegre e agora vim contar para vocês o que achei do filme em questão, que chegou aos cinemas de todo país hoje. Vamos conferir?!

Filme: Assassin’s Creed
Diretor: Justin Kurzel
Distribuidora: Fox Filmes
Duração: 1h56min
Lançamento: 12 de janeiro de 2017
Classificação: 14 anos
Gênero: Ação
Sinopse: Por meio de uma tecnologia revolucionária que destrava suas memórias genéticas, Callum Lynch (Michael Fassbender) experimenta as aventuras de seu ancestral, Aguilar, na Espanha do século XV. Callum descobre que é descendente de uma misteriosa sociedade secreta, os Assassinos, e acumula conhecimentos e habilidades incríveis para enfrentar a organização opressiva e poderosa dos Templários nos dias de hoje.

Quando o filme de Assassin’s Creed foi anunciado, eu não sabia muito bem o que esperar. Gosto muito do jogo e sou completamente apaixonado por Michael Fassbender, mas me perguntava: será que uma adaptação para as telonas vai funcionar? A história do game combina muito com o cinema, mas será que eles conseguiriam manter a essência? Se você também se pergunta isso, a resposta é: SIM!

Callum Lynch foi condenado à morte após ter assassinado um homem. Chega o dia de sua sentença ser cumprida e a injeção letal é feita em sua corrente sanguínea. Entretanto, ao invés de morrer, o homem acorda em Abstergo, uma organização que no passado era conhecida como Ordem dos Templários.

A Dra. Sophia Rikkin é uma das administradoras do local e tem como objetivo para sua vida extinguir a violência das pessoas. Para isso, precisa de um artefato que está perdido há centenas de anos, a Maçã do Éden. Ela então desenvolveu uma máquina, a Animus, que desbloqueia as memórias genéticas e Callum é uma peça fundamental em seu plano.

No século XV, a Maçã era protegida pela Ordem dos Assassinos, que não podiam deixá-la cair em mãos erradas. O último homem que soube-se conhecer o paradeiro do artefato fora Aguilar, ancestral direto de Callum e, através da Animus, Rikkin quer que este encontre a Maçã.
As sessões na Animus são muito extenuantes e Callum demora a se acostumar com a máquina. Mas, aos poucos, ele vai absorvendo as informações necessárias e adquirindo habilidades e conhecimento que podem auxiliá-lo nos dias de hoje, começando a se perguntar qual seu real papel ali e qual o real objetivo da Abstergo.
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir!
Quando recebi o convite para a cabine de imprensa, confirmei presença imediatamente. A sessão seria realizada em sala IMAX, o que tornaria a experiência do filme ainda mais imersiva. Não assisti nenhum trailer ou pesquisei críticas sobre a obra, queria ser surpreendido – para o bem ou para o mal – e foi o que aconteceu. Para o bem, é claro.
A película segue num ritmo alucinante, sempre recheando o espectador com ação e informação, o que impossibilita a perda de atenção. Os elementos cruciais do jogo, como as lutas e o parkour, estão brilhantemente inseridos e os figurinos estão impecáveis.

Sobre os efeitos especiais, devo tirar o chapéu para a produção. Cada detalhe foi bem pensado e desenvolvido, dando um “quê” a mais pra história. Não ficou aquela coisa forçada, onde você consegue ver que é computação gráfica, até porque a grande maioria do filme foi produzida com movimentos reais da equipe de atuação, sejam atores ou dublês. Incrível.
Falando em atuação, dizer que Michael Fassbender está maravilhoso é pouco. Acho ele um dos melhores atores do cinema hollywoodiano atual e ele está perfeito como Callum, passando uma sensação de verdade com o personagem. Já Marion Cotillard e sua Dra. Rikkin, apesar de importantes para a trama, estão bem apagadas e sem sal. Mas isso não é novidade…
A trilha sonora está impecável e foi um dos destaques do filme. Claro que, ao comentar com as meninas, reparamos que ela estava um tanto modernizada, já que grande parte da obra se passa no século XV. Mas, deixando esse fator de lado, pode-se notar que as músicas combinam muito bem com as cenas em que foram inseridas.

Assassin’s Creed é um filme com bastante ação e uma história de tirar o fôlego. Com toda certeza recomendo para vocês. Corram para a sala de cinema mais próxima e se aventurem nesse universo fantástico. Vale muito a pena!

Beijos e até a próxima!
***
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29/09/2016

Na Telona :: ‘O Lar das Crianças Peculiares’ #47

Oi, gente. Tudo bem?

Nessa terça-feira participei de mais uma cabine de imprensa aqui em Porto Alegre, em parceria com a Espaço/Z, e hoje vim contar para vocês o que achei de mais uma adaptação literária que está chegando às telonas. Vamos conferir?!

Filme: O Lar das Crianças Peculiares
Título Original: Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children
Diretor: Tim Burton
Distribuidora: Fox Filmes
Duração: 2h07min
Lançamento: 29 de setembro de 2016
Classificação: 12 anos
Sinopse: Após uma tragédia familiar, Jake (Asa Butterfield) vai parar em uma ilha isolada no País de Gales buscando informações sobre o passado de seu avô. Investigando as ruínas do orfanato “Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children”, ele encontra um fantástico abrigo para crianças com poderes sobrenaturais e decide fazer de tudo para proteger o grupo de órfãos dos terríveis etéreos.

Decepção. Essa é a definição que mais expressa o que senti vendo o filme. Em seguida vem a vergonha alheia e por fim a raiva.

Todo mundo já passou pela situação de ver seu livro favorito virando filme e a adaptação ser um horror, é uma das fases da vida. Você nasce, cresce, se reproduz, vê péssimas adaptações e morre. Fim. Mas quando seu livro favorito é sombrio e anunciam Tim Burton como diretor da adaptação, você só espera maravilhas. Só que não foi o que aconteceu aqui. Não vou me prender a resumir história, porque já resenhei o livro no blog e se vocês quiserem conferir é só clicar aqui.

Tenho um amigo que sempre diz “livro é livro, filme é filme” e devemos vê-los e consumi-los como vertentes completamente diferentes. Para nós, como leitores ávidos, fica um tanto complicado, mas eu tentei. Tentei mesmo. E não deu. Foi impossível, na verdade. Mas vamos por partes.

Logo no primeiro trailer pudemos perceber que algumas crianças tiveram suas peculiaridades modificadas. Emma devia ter poder de fogo, mas ficou mais leve que o ar; quem era mais leve que o ar era a pequena Olive, mas na adaptação ela está maior e com o poder de fogo de Emma; já Bronwyn manteve sua peculiaridade de força, mas ficou pequena, assumindo então o tamanho de Olive. Praticamente uma dança das cadeiras de poderes e idades. E isso não fez sentido algum. Foi uma alteração nem um pouco necessária.
No decorrer da primeira hora de filme, tudo seguia nos conformes. Houveram algumas alterações, mas os elementos principais da história de Ransom Riggs estavam presentes. O problema foi quando tudo começou a decair, até atingir o fundo do poço. Quer dizer, o subsolo do poço. Mudaram tantas coisas e inseriram elementos até de Cidade dos Etéreos e Biblioteca de Almas, segundo e terceiro livros da série, assim dando vários spoilers para quem ainda não os leu.

O pior para mim foram os efeitos especiais. É um filme do Tim Burton com bastante orçamento até, caramba. A computação gráfica ficou tão visível que a vergonha alheia bateu outra vez. Pareceu algo desleixado, mal-feito. Uma grande decepção para um estúdio com tanto nome que é a Fox. Sério. Se vocês assistirem uma das cenas finais, onde etéreos lutam contra esqueletos, vão entender do que estou falando.
Falando em Fox, sabemos que ela tem o dom de estragar séries literárias ao adaptá-las. Percy Jackson e Maze Runner não me deixam mentir. Mas após o sucesso das adaptações dos livros de John Green, achei que eles estivessem se redimindo com os leitores e O Lar das Crianças Peculiares só prova que isso não aconteceu. E já perdi minhas esperanças de que um dia vá acontecer.
Mas claro que não tenho só reclamações. Preciso elogiar um pouco, se não vou parecer um rebelde amargurado. As atuações estão, em grande parte, impecáveis. Eva ‘Dona da Minha Vida’ Green está maravilhosa no seu papel de Senhorita Peregrine. Ela totalmente roubou a cena e ganhou mais destaque que o protagonista.

Asa Butterfield tem algo que não me deixa gostar dele. Parece que depois que cresceu ele só tem uma faceta e todos os seus papéis são iguais. O que, nesse caso, o favoreceu, já que ele combinou muito com Jacob e me fez gostar um pouco mais do personagem. Ella Purnell também está ótima como Emma e seu sotaque britânico só a deixou mais incrível (sotaque britânico é uma delícia de ouvir).
Agora vamos falar de Samuel L. Jackson e entrar mais uma vez no tópico vergonha alheia. Ele interpretou Barron, o líder dos acólitos, e fez isso de uma forma tão caricata, tão “?”, que não sabia se ria ou se chorava. Ele devia ser o grande vilão da história, responsável por grande dor e sofrimento dos peculiares, mas parecia aqueles pseudo-vilões de filmes de comédia da Sessão da Tarde. Esperava muito mais dele.

Em suma, O Lar das Crianças Peculiares não serve como filme de entretenimento e nem como adaptação, assim garantindo o título de decepção do ano. Eu não recomendo, mas se vocês quiserem arriscar, vão completamente sem expectativas pra não se decepcionarem como eu.

Beijos e até a próxima!

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28/07/2016

Na Telona :: ‘Os Caça-Noivas’ #44

Oi, gente. Tudo bem?

Assisti uma comédia divertidíssima no cinema e vim correndo contar pra vocês sobre ela. Bora conferir o que achei?!

Filme: Os Caça-Noivas
Título Original: Mike and Dave Need Wedding Dates
Diretor: Jake Szymanski
Distribuidora: Fox Films
Duração: 1h39min
Lançamento: 28 de julho de 2016
Classificação: 16 anos
Sinopse: Os irmãos Mike (Adam Devine) e Dave (Zac Efron) tem fama de arruinarem as festas da família. Sabendo disso, sua irmã, que está de casamento marcado, decide que eles só irão ao casório se encontrarem parceiras que os controlem. Depois de colocarem um anúncio online, duas meninas dos sonhos (Anna Kendrick, Aubrey Plaza) aparecem. O que eles nem desconfiam é que as duas são as suas versões femininas – fazendo de tudo para manter a classe e ganhar uma viagem de graça para o Havaí. 

Mike e Dave são dois irmãos festeiros. Eles trabalham como vendedores de bebidas e são conhecidos por sua animação. Só que sua família não vê isso com bons olhos. Os dois já arruinaram diversas festas com suas fanfarrices, além do fato de darem em cima de todas as garotas disponíveis. Quando sua irmã, Jeanie, anuncia que vai casar, Mike e Dave ficam animados, mas se quiserem participar da festa, precisarão entrar nos eixos e, para isso, Jeanie quer que os dois encontrem pares que os controlem para levar à cerimônia que será no Havaí.
Como fazem tudo pela irmã, Mike e Dave não têm outra escolha se não acatar o pedido. Assim, a dupla de irmãos põe um anúncio na internet, não esperando muito retorno. Porém, o anúncio viraliza e tem mais de duas mil respostas, deixando os dois conhecidíssimos, indo até participar de um programa de TV.

Alice e Tatianna são duas amigas que adoram uma festa regada à bebidas e confusão. Elas trabalham como garçonetes em um bar e acabam demitidas quando Alice vai trabalhar bêbada. Tatianna está preocupada com a amiga, que ainda sofre por ter sido abandonada pelo noivo no altar. Então, quando vê Mike e Dave na televisão, arma um plano para que ela e Alice sejam as escolhidas, uma forma de esfriarem a mente e terem as férias dos sonhos no Havaí.

O plano de Tatianna dá certo. Ela finge ter sido atropelada e é resgatada por Mike, que logo a convida para uma bebida. Durante o papo, Tatianna finge ser uma professora do primário e Alice uma corretora de seguros. Os irmãos tem certeza de que elas são garotas boas, perfeitas para serem suas acompanhantes no casamento e atenderem o pedido de Jeanie.
Chegando ao Havaí, Mike e Dave só não esperavam que Tatianna e Alice seriam seu pior pesadelo. As duas são suas versões femininas e tendem a causar muitos problemas. Quando um acidente com um quadriciclo deixa o rosto de Jeanie marcado poucos dias antes da cerimônia, Mike e Dave precisarão fazer de tudo para se impedirem de estragar ainda mais a festa. Mas tendo Alice e Tatianna como companhia, essa tarefa pode não ser nada fácil…
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir!
Quando o Well me falou sobre esse filme, confesso que fiquei bem receoso em assistir. Sou apaixonado por Anna Kendrick e a acho uma atriz bem versátil, mas não conseguia imaginá-la em um filme de besteirol no nível de Os Caça-Noivas. E não é que fui surpreendido.
Anna interpreta Alice, uma garota que sofre pelo ex-noivo, é fraca para bebida e mente compulsivamente. De longe é a personagem mais divertida da história e me arrancou inúmeras risadas. A atriz está fantástica na interpretação e ainda nutre uma enorme química com seus colegas de elenco, Zac Efron e Aubrey Plaza, o que dá mais veracidade à trama.

Falando em Aubrey: que atriz fantástica. Não conhecia seu trabalho e ela roubou a cena como a desbocada Tatianna. Trabalhando com Anna, a atriz chamou mais atenção que Efron e Devine, que deveriam ser os protagonistas e mostrou ser melhor na arte de interpretação que eles. Efron até que consegue se sair bem no papel do irmão burro (acho que só esse tipo de papel que ele faz bem), mas Devine está péssimo. Se dependesse de mim, ele não seria escalado pra nenhuma outra comédia, pois parece fazer sempre o mesmo personagem. Não consegui deixar de compará-lo com seu Boomer, em Pitch Perfect.
Sobre o enredo, não esperem nenhuma história profunda. Os Caça-Noivas abusa de piadas grosseiras e foi feito apenas para entreter o espectador e render boas gargalhadas – e cumpre muito bem o seu papel. Me vi rindo do começo ao fim da exibição e os erros de gravação durante os créditos só deixaram tudo ainda mais hilário. Se parar pra pensar, o filme é mais do mesmo, mas é tão divertido que nem me importei com isso.
A trilha sonora está perfeita, dando um tom ainda mais divertido à trama. E é claro que teremos alguma cena de canto entre os protagonistas, porque né: unir Adam Devine, Anna Kendrick e Zac Efron no mesmo filme e não colocá-los para cantar seria um sacrilégio, já que os três atores são conhecidos por suas participações em filmes musicais (como Pitch Perfect, Caminhos da Floresta, High School Musical e Hairspray).
Os Caça-Noivas é um filme divertido, envolvente e que rende boas risadas. Com certeza recomendo a todos. Infelizmente, parece que aqui no Brasil serão poucas salas que o exibirão, mas se ele estiver passando em sua cidade, dê uma chance. Não vai se arrepender!
Beijos e até a próxima!

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07/07/2016

Na Telona :: ‘A Era do Gelo – O Big Bang’ #43

Oi, gente. Tudo bem?

Terça-feira participei de mais uma cabine de imprensa aqui em Porto Alegre – em parceria com a Espaço/Z – e hoje vim contar para vocês o que achei do quinto filme dessa que é uma das minhas franquias de animação queridinhas. Vamos conferir?!

Filme: A Era do Gelo – O Big Bang
Título Original: Ice Age – Collision Course
Diretor: Mike Thurmeier
Distribuidora: Fox Filmes
Duração: 1h34min
Lançamento: 07 de julho de 2016
Classificação: Livre
Sinopse: Depois que o esquilo Scrat, involuntariamente, provoca um acidente espacial em sua incansável perseguição pela noz, um enorme meteoro entra em rota de colisão com a Terra, ameaçando o lar de Manny, Diego, Sid e cia. Sem saber o que fazer para reverter a situação, eles terão que confiar em Buck, a elétrica doninha caolha do terceiro filme – único do grupo que realmente tem um plano para evitar o trágico fim de todos. Paralelamente, Mannie e Ellie têm que lidar com iminente saída de Amora de casa, ao passo que Diego e Shira pensam em aumentar a família e Sid finalmente parece encontrar o amor.

Scrat segue em sua implacável busca pela noz em meio ao gelo. Quando acidentalmente cai em um buraco e encontra uma nave espacial, seu ímã para problemas fica ainda mais forte. O pequeno esquilo vai parar no espaço sideral e causa diversas confusões que se revertem na formação do Universo e levam muitos problemas à Terra.


No nosso planeta, Manny está tendo que lidar com o namoro de Amora. Ele sempre foi um pai excelente para a menina, mas agora a está vendo crescer e se afastar, o que deixa o mamute sem reação. Por isso, Manny implica muito com Julian e faz de tudo para destratá-lo, mesmo que involuntariamente.

Diego e Shira estão curtindo sua paixão um pelo outro e tem o forte desejo de terem filhos. Só que, aparentemente, nenhuma criança gosta deles e o medo começa a rondar seus pensamentos. Já Sid continua o mesmo. Ele está em busca de um amor, mas ninguém tem paciência pelo seu jeito sentimental demais (seria Sid canceriano? Provável. Haha).

Um grande dia chegou para Ellie e Manny. Eles deviam comemorar as bodas e Ellie preparou uma grande surpresa para o marido, só que Manny esqueceu. O que deveria virar uma grande confusão torna-se uma grande comoção quando fogos de artifício pipocam pelo céu e Ellie acredita que foi uma surpresa de Manny.

Após o show de fogos – que também foram culpa de Scrat – uma chuva de meteoros se inicia e o grupo precisa se esconder em uma caverna para se proteger. Ao saírem, encontram uma grande destruição causada pelas rochas espaciais e pensam em seguir com suas vidas. Até porque uma chuva de meteoros não é tão incomum, certo?

Errado! Buck, a doninha caolha domadora de dinossauros que apareceu no terceiro filme, retorna à vida de Manny e seus amigos com uma bombástica notícia. Ele encontrou no subsolo onde vive uma profecia que afirma que um enorme meteoro cairá na Terra e levará à extinção dos mamíferos, como aconteceu milhões de anos antes com os dinossauros. Porém, como alguns dinossauros sobreviveram no subsolo, Buck acredita que ele e o grupo podem mudar o curso da profecia e salvar a Terra do seu fim.

Com isso, o grupo parte para o local onde aparentemente o meteoro cairá – o mesmo que caiu outras vezes – para tentar entender o que o atrai até lá. Eles precisarão enfrentar muitos perigos no caminho (grande parte por culpa de Scrat, é claro), mas principalmente uma família de dinossauros alados que quer impedir que eles salvem o planeta para então dominá-lo e vingarem-se de Buck, que lhes trouxe muitos problemas no mundo inferior.

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir!

Quando recebi o convite pra cabine de imprensa desse filme, pensei bastante antes de aceitar. Tenho um carinho enorme pelos mamíferos que protagonizam a história, mas depois de um filme mediano e outro bem ruinzinho, minhas expectativas estavam baixíssimas sobre esse quinto volume da franquia. E não é que fui surpreendido?!

Com uma montagem fluida e irreverente, O Big Bang conseguiu me conquistar logo nos primeiros minutos e me arrancou muitas risadas. As mensagens por trás do enredo, as referências a outros filmes e a personalidades, o contexto histórico da trama… Tudo isso unido transformou a película em um dos melhores da franquia, perdendo apenas para o primeiro, que traz uma abordagem totalmente única e sincera.

Fiquei bastante animado em ver o crescimento de Amora e o quanto a menina amadureceu. Amora quer viver a própria vida ao lado de seu amado, mesmo que isso implique em se afastar dos pais. Ela quer desbravar o mundo com Julian e acredita que juntos poderão encontrar a felicidade onde quer que esteja e está determinada a tudo para tal.

Sid não teve tanto destaque nesse filme, mas suas poucas aparições foram mais uma vez hilárias. A desajeitada preguiça aprontou poucas e boas, como sempre, mas ele continua sendo a cola que deixa o grupo unido. Também amei ver um pouco mais da relação de Diego e Shira. O dentes-de-sabre sempre foi fechado e um tanto distante, mas desde que conheceu a amada está cada vez mais sentimental.

Os dubladores mais uma vez deram um show. Diogo Vilela, Márcio Garcia e Tadeu Melo já são as vozes características de Manny, Diego e Sid – respectivamente – e seria estranho mudar isso nessa altura do campeonato. Tivemos a participação de Ingrid Guimarães, como a preguiça Brooke que conquista o coração de Sid – e que foi ótima; e do YouTuber Whindersson Nunes, como um dos dragões que perseguem Buck e que foi… bem, prefiro não comentar.

Visualmente, o filme está lindo. A produção se preocupou com cada detalhe, apesar de um ou outro erro de continuidade de cena, que só dão pra perceber se você prestar muita atenção. A trilha sonora está fantástica, apesar de esse ser o primeiro filme da franquia com um novo responsável pela mesma. E os efeitos 3D também estão ótimos, palmas para a produção.

A Era do Gelo – O Big Bang é um filme que cumpre seu papel de entreter crianças e adultos e ganhou um lugar cativo no meu coração. Super recomendo! O filme entra em cartaz hoje nos melhores cinemas, então não deixem de assistir!

Beijos e até a próxima!
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19/05/2016

Na Telona :: ‘X-Men – Apocalipse’ #40

Oi, gente. Tudo bem?

Nesta terça-feira eu participei de mais uma cabine de imprensa aqui em Porto Alegre, em parceria com a Espaço/Z Entretenimento, e hoje vim contar o que achei do filme, terceiro da nova franquia estrelada pelos mutantes. Vamos conferir?!

Filme: X-Men – Apocalipse
Título Original: X-Men – Apocalypse
Diretor: Bryan Singer
Distribuidora: Fox Filmes
Duração: 2h24min
Lançamento: 19 de maio de 2016
Classificação: 12 anos
Sinopse: Também conhecido como Apocalipse, En Sabah Nur (Oscar Isaac) é o mutante original. Após milhares da anos, ele volta a vida disposto a garantir sua supremacia e acabar com a humanidade. Ele seleciona quatro Cavaleiros nas figuras de Magneto (Michael Fassbender), Psylocke (Olivia Munn), Anjo (Ben Hardy) e Tempestade (Alexandra Shipp). Do outro lado, o professor Charles Xavier (James McAvoy) conta com uma série de novos alunos, como Jean Grey (Sophie Turner), Ciclope (Tye Sheridan) e Noturno (Kodi Smit-McPhee), além de caras conhecidas como Mística (Jennifer Lawrence), Fera (Nicholas Hoult) e Mercúrio (Evan Peters), para tentar impedir o vilão.

O ano é 1983. Uma década se passou desde que Mística impediu Magneto de matar o presidente e evitou a guerra entre humanos e mutantes, tornando-se então uma heroína aos olhos dos seus. Mas ela não deseja esse título nem um pouco. Tudo que Raven faz agora é encontrar mutantes desgarrados que correm perigo e dar-lhes uma chance de viver dignamente.
Erik está vivendo na Polônia, com sua esposa e filha, tentando esquecer seu passado e assumir uma nova identidade. Ele trabalha em uma indústria siderúrgica e quando um acidente quase mata um de seus colegas e Erik precisa usar seus poderes para salvá-lo, sabe que logo será descoberto e tenta escapar, mas é tarde demais para isso.
A agente da CIA Moira MacTaggert está no Cairo, investigando uma ordem secreta que adora En Sabah Nur (Apocalipse, que acredita-se ser o primeiro mutante da história. Ele ficou aprisionado por milhares de anos, mas agora está retornando para cumprir sua missão de limpar a Terra da raça humana, considerada fraca por ele, e deixar os mutantes então governarem o mundo.

Para isso, Apocalipse recruta quatro cavaleiros, mutantes poderosos para ajudá-lo em seus planos. Tempestade, Anjo, Psylocke e o atormentado Magneto aliam-se ao poderoso mutante, tendo assim seus poderes aumentados e a chance de se vingarem de todos aqueles que lhes fizeram mal.

Ao descobrir o retorno de Apocalipse, o Professor Xavier vai ao encontro de Moira para descobrir mais detalhes sobre En Sabah Nur e tentar descobrir uma forma de impedir seus planos. Ao retornar para casa, surpreende-se com a visita de Mística, que ficou sabendo que Magneto corria perigo e queria salvá-lo.
O problema é que Xavier é uma peça fundamental para o plano de Apocalipse e é raptado pelo mutante e seus cavaleiros. Agora, cabe a Mística liderar os X-Men para a batalha que se aproxima. Auxiliada por Moira, Fera, Mercúrio, Ciclope, Jean Grey e Noturno, ela fará de tudo para salvar aqueles com quem se importa e impedir Apocalipse, nem que seja a última coisa que faça.
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir!
Eu sou um fã inveterado de X-Men e esse terceiro capítulo da franquia Primeira Classe era o filme mais aguardado de 2016 para mim. Assim que recebi o convite para a cabine, tratei de confirmar presença. O shopping em que a exibição aconteceu fica super longe da minha casa, mas isso não me impediu de ir conferir.
O filme se inicia dez anos após os acontecimentos de Dias de um Futuro Esquecido, dando continuidade a linha temporal dos mutantes já conhecidos e apresentando novos personagens importantes. Como por exemplo Scott Summers, que descobre seus poderes em uma tarde na escola e então é levado para o Instituto Xavier por seu irmão, Alex, e lá conhece Jean Grey e outros.

Confesso que esperava um pouquinho mais da película. A real ação foi acontecer depois da metade do enredo e deixou a desejar em alguns aspectos. Os efeitos não ficaram nada bons, parecendo super forçados em certas partes (assisti em uma sala IMAX) e o número excessivo de personagens novos não deixou que eles fossem desenvolvidos corretamente.
Entendo que o filme é um produto no mercado e precisa ser vendido, mas aumentar tanto assim o foco na personagem de Jennifer Lawrence só para atrair mais dinheiro faz a obra perder um pouco do seu propósito. Não que sua atuação seja ruim ou Mística não mereça tanto destaque, pelo contrário, mas os outros incríveis mutantes mereciam tanta atenção quanto.

O vilão Apocalipse foi o que mais me desapontou. A caracterização do personagem o deixou parecido com vilão dos Power Rangers e mesmo com a boa atuação de Isaac, foi totalmente ofuscado pelo Magneto de Michael Fassbender, que, convenhamos, é o brilho de toda franquia. Magneto é um dos meus mutantes preferidos e o ator só consegue aumentar meu amor pelo “vilão” – entre aspas mesmo, porque consigo entender grande parte das ações de Magneto.
A única nova mutante que teve seu potencial representado foi Jean Grey, que foi uma peça fundamental para o desfecho do filme. Queria ter visto mais de Tempestade, que é uma das mutantes mais importantes dos filmes anteriores, e de Psylocke, que compete quase lado a lado com Magneto como dona do meu coração. 
O final fecha o ciclo, apesar de não tão bem quanto eu esperava, mas deixa a esperança de uma continuação, que é quase certo que vai acontecer. Ah, lembrando que tem sim cena pós-créditos e peço um pouquinho de paciência para vê-la, porque os créditos finais são beeeem longos.

X-Men: Apocalipse é um bom filme, mesmo não alcançando o nível de seus predecessores e caindo na mesmice de filmes de heróis. Porém, ainda assim recomendo que assistam, pois é viciante. Como fã, esperava mais, mas como espectador leigo, me apaixonei.

Beijos e até a próxima!

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