sobre livros e a vida

03/05/2019

Tá na estante :: ‘Dizem por aí…’

Oi gente!

Livro de hoje é mais um chick-lit leve e muito bom para resseca literária. Vem conhecer Dizem por aí… da Jill Mansell.

Um fim de relacionamento da maneira mais inesperada que deixaria qualquer pessoa desolada. O namorado de Tilly Cole retira todas as coisas que pertencem a ele do apartamento em que viviam e volta para casa dos pais. Tudo isso sem Tilly ao menos imaginar e, um dia, ao voltar do trabalho – bam! – metade das coisas que existiam naquele apartamento foi levada embora.

Tentando se distrair, Tilly resolve visitar sua amiga Erin, na pequena cidade de Roxborough, durante o fim de semana. Para quem terminou desastrosamente um relacionamento, Tilly não está realmente triste. Como acaba desabafando para sua melhor amiga, ela até está aliviada, já que nunca consegue por um ponto final em seus relacionamentos.

Após ler um jornal, descobrir uma proposta de emprego interessante e ser aceita Tilly muda-se de vez para Roxborough onde passará a trabalhar como garota faz-tudo na casa de Max Dinee, um pai homossexual que vive com sua filha, Lou, de 13 anos. E é nesse local de trabalho irá conhecer Jack Lucas, o galã da cidade, que, como todos dizem, já saiu com todas as garotas dali.

A história se desenrola sem muitas complicações nessa pequena cidade de Roxborough, onde a população é movida à fofoca. Ao lado da história principal de Tilly, acompanhamos também as aventuras e desventuras da vida amorosa de Kaye, ex-mulher de Max e atriz de Hollywood, e também a história de Erin.

Em Dizem por aí… percebemos histórias de personagens que procuram aceitação a todo custo ou que apenas querem não mais estar no foco do assunto da pacata cidade, além de demonstrar as várias histórias de amor possíveis. Jill Mansell desenvolveu o enredo muito bem, fazendo com que o leitor queira acompanhar a leitura que é cheia fluída e leve, como um bom chick-lit.

O livro me prendeu do começo ao fim, e teve um plot twist que eu não imaginava. Eu amei a família de Max Dineen, desde o relacionamento sincero e aberto que ele tem com sua filha, até a amizade e o cuidado que ainda permanece em relação a sua ex-mulher. Max é um personagem cômico, mas não por ser gay, e sim por sua sinceridade e ironia. Além de Lou, a menina esperta de 13 anos que é tão sincera quanto o pai e tão amável com Tilly.

É uma leitura que recomendo a todos que buscam algo mais leve e é boa para curar a ressaca literária. Para quem ama chick-lits, fica a dica. Está entre os meus livros favoritos do gênero.

Vocês já leram Dizem por aí…? Conhecem Jill Mansell? Vamos conversar mais sobre nos comentários.

Beijão e até mais!

01/03/2019

Tá Na Estante :: ‘O Milésimo Andar’

Nessa distopia, vamos conhecer a Torre, um prédio de mil andares. Ela é praticamente uma versão de Nova Iorque em forma de edifício, contendo até mesmo os pontos turísticos da cidade e abrigando uma enorme população. Lá, quanto mais alto você vive, maior é seu padrão de vida – e também ao contrário. E é neste cenário que vamos conhecer nossos protagonistas.

Avery Fueler é a garota perfeita. Moradora do milésimo andar, ela foi geneticamente modificada para nascer linda, unindo os melhores genes de seus pais. Popular, amiga de todos e tendo tudo que deseja, é de se esperar que Avery esteja sempre feliz, mas não é bem o que acontece. A verdade é que Avery é apaixonada por seu irmão adotivo, Atlas, que fugiu para um ano sabático.

Leda Cole também é apaixonada por Atlas. Durante uma viagem de esqui, os dois tiveram um envolvimento, mas as coisas desandaram com a viagem do garoto. Depois disso, Leda começou a usar entorpecentes e, por isso, precisou passar o verão em uma clínica de reabilitação. Agora ela está de volta à Torre, tentando voltar à sua vida normal e ficar longe das drogas.

Eris Dodd-Radson também tem uma vida perfeita. Ela é a melhor amiga de Avery e está sempre ao lado da garota, organizando e curtindo as melhores festas com a alta sociedade. Só que o mundo de Eris cai quando um segredo do passado de sua mãe volta para atormentá-la. De repente ela se vê obrigada a viver nos andares mais baixos da Torre, abrindo mão de todo o luxo ao qual estava acostumada e tentando se reerguer nessa nova vida.

Watt Brakadi vive mais abaixo na torre. Um grande hacker de computadores, ele criou um sistema de inteligência artificial próprio, o que é crime, e o usa para fazer pequenos serviços e juntar dinheiro para a faculdade. Graças a esse sistema, ele é excelente com as garotas e consegue as maiores conquistas. Só que ele está em busca de algo diferente e quando Avery surge em seu caminho, talvez seja ela a escolhida.

Rylin Meyers perdeu a mãe muito cedo e desde então trabalha muito para manter as contas da casa em dia e dar uma vida tranquila para a irmã mais nova. Seu trabalho paga pouco, então quando surge a oportunidade de ela ganhar mais servindo como garçonete em uma festa da elite, ela nem pensa duas vezes antes de aceitar. Mal sabia a garota que sua vida mudaria radicalmente quando ela se envolvesse com o dono dessa casa, o órfão bilionário mais cobiçado da Torre.

Essas pessoas parecem não ter nada em comum, mas quando Atlas retorna, suas vidas se colidem. Entrelaçados em uma rede de mentiras, os jovens verão seus segredos mais obscuros vindo à tona e precisarão de todo um jogo de cintura para impedir as consequências de seus atos. O problema é que na Torre, quando se está no alto, pra baixo pode ser a única saída…

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!

***

O Milésimo Andar foi lançado pela editora Rocco em março de 2018 e desde seu lançamento me chamou atenção. Com a promessa de ser um Gossip Girl futurista, eu tinha certeza que esse livro seria o que eu estava precisando. Então, esse ano resolvi solicitar o livro e conferir o que me aguardava. Só que, infelizmente, o livro não atendeu minhas expectativas.

A escrita de Katharine McGee é muito fluida e isso é um dos pontos altos do livro. Iniciei a leitura sem pretensão de ler muito e quando percebi já estava quase na metade. O que me desencantou na história foi que passamos boa parte das suas quatrocentas páginas sem nada acontecer, deixando todo o conflito pra se desenvolver aceleradamente nas páginas finais.

Quando cheguei ao clímax da história, entendi onde a autora quis chegar com tanta ambientação. São muitos personagens para conhecer e se familiarizar, vivendo em diferentes níveis da Torre e em algum momento eles precisavam se encontrar. Só acho que a autora se perdeu um pouco nisso, dando foco demais para coisas supérfluas e deixando o que é realmente interessante de lado.

A trama se passa toda em uma Nova Iorque futurista e as tecnologias apresentadas aqui me lembraram outros livros, como as trilogias Never Sky e The 100. Também me iludi achando que isso seria de suma importância dentro do contexto da história, mas estava ali apenas de pano de fundo para os dramas adolescentes dos protagonistas.

Mas acreditem quando digo que esse não é o maior dos problemas. O que realmente me fez diminuir a nota do livro foi o fato de que 95% dos problemas poderiam ter sido resolvidos com algo muito simples: diálogo. O livro se inicia com um prólogo que mostra alguém caindo do telhado da Torre (4 km de altura, socorro!) e isso só vai ser abordado quase no final do livro.

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Quando percebi para onde Katharine estava encaminhando os rumos da narrativa, não consegui acreditar. Primeiro ela matou um dos personagens que mais me cativou durante o livro. Segundo que toda a resolução da queda se deu em cima das mentiras que os outros personagens se embolaram anteriormente e que, se tivessem DIALOGADO e resolvido, nada seria do jeito que foi.

Mesmo com todas as ressalvas, eu terminei o livro querendo saber o que estava por vir. O Milésimo Andar é o primeiro volume de uma trilogia, que já foi concluída nos Estados Unidos. Espero que a Rocco não tarde em trazer o próximo volume para nós, pois vou dar uma nova chance. Sendo assim, deixo aqui a minha recomendação, mas fica o alerta de que não estamos falando de nenhuma obra prima…

21/11/2018

Tá Na Estante :: ‘A Revolução dos Bichos – HQ’ #824

Em A Revolução dos Bichos vamos conhecer a história da Granja Solar, uma fazenda numa região pacata da Inglaterra. Administrada pelo Sr. Jones, dono da propriedade, a granja já viu dias melhores e os animais que ali vivem estão cada dia mais insatisfeitos com tudo aquilo que precisam fazer para conseguirem tão poucas recompensas.

Percebendo os anseios dos seus colegas, o porco Major coloca na mente dos animais a ideia de uma revolução. Ele sabe que unidos os bichos tem melhores condições de administrar a fazenda do que qualquer humano. Quando Major morre, o seu discurso segue na mente dos outros animais e os porcos Bola de Neve e Napoleão logo conseguem convencer seus companheiros que está na hora de tomarem a posse da fazenda.

“A liberdade, se é que significa alguma coisa, significa o nosso direito de dizer às pessoas o que não querem ouvir.”

O plano é armado com bastante empenho pelos porcos, que são considerados os animais mais inteligentes do celeiro. Não demora muito para que este seja executado e não há chance para o Sr. Jones, que se vê expulso de sua própria casa. Logo os animais ficam felizes com a independência e trabalham em harmonia, para melhorar as condições da granja. A regra mais importante é aquela onde todos aqueles com duas patas são considerados inimigos. Continue reading “Tá Na Estante :: ‘A Revolução dos Bichos – HQ’ #824”

30/10/2018

Tá Na Estante :: ‘Opostos’ #822

Oi, gente. Tudo bem?

 

Recentemente concluí a leitura do último volume de uma das minhas séries queridinhas e hoje vim contar pra vocês o que achei deste final. Vamos conferir?
Confira aqui as resenhas de Obsidiana, Ônix, Opala e Originais.
No final de Originais, uma horda de Luxen invadiu a Terra e Daemon, Dawson e Dee não conseguiram resistir aos seus instintos e se juntaram aos seus. Agora é a vez de Katy se ver sem seu amado, sem saber o que está acontecendo e correndo mais perigo do que pode imaginar. O mundo que ela conhece está prestes a desabar e o amor da sua vida pode ser sua ruína.
Acontece que os Luxen querem fazer da Terra sua casa e acham que a raça humana deve ser extinta, por ser inferior. Katy, Archer e Luc precisam unir forças para detê-los, mas em uma emboscada a garota acaba capturada e mal sabe ela o que isso pode acarretar.
Os Luxen que vieram de fora não conhecem muito sobre os humanos e a relação entre Daemon e Katy ainda os intriga, principalmente a transformação dela em híbrida. Os inimigos querem usar Katy como uma arma contra todos os Luxen que se opõe a eles e a garota pode não encontrar uma saída dessa situação.
Agora, com a Terra sendo o palco de uma guerra entre Luxen e humanos, resta a Katy unir forças com todos os seus aliados, incluindo os mais improváveis, se quiser salvar aqueles que ama. Contudo, estará ela preparada para enfrentar a família do seu grande amor, custe o que custar?
Querem  saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!

***

Acho que não é novidade para ninguém que a Saga Lux é uma das minhas favoritas da atualidade, não é mesmo? Desde o primeiro livro me encantei com a escrita da autora e a cada lançamento era uma ânsia até conseguir colocar as mãos no meu exemplar e iniciar a leitura. Com Opostos não foi diferente, ainda mais esse sendo a conclusão da série. E devo dizer que toda a espera valeu a pena.
Jennifer L. Armentrout tem um dom de escrita fantástico. Ela é aquela autora que eu sei que pode me tirar de qualquer ressaca literária. Já estava há algum tempo sem conseguir ler nada, mas quando resolvi tentar ler Opostos, tudo fluiu tão rápido que terminei o livro em uma tarde. E QUE LIVRO, meus irmãos. Que livro!
A narrativa segue em primeira pessoa, mais uma vez alternando as perspectivas de Katy e Daemon. Gosto de como a autora consegue intercalar isso muito bem e não perder a voz dos personagens. Além disso, nesse desfecho da série, ver os diferentes lados de uma mesma guerra foi crucial para o desenvolvimento da história. Achei excelente.

Os  personagens seguem cativantes como sempre. Daemon é maravilhoso e ai de quem discorde. Seu jeito debochado, mas ao mesmo tempo sexy e provocante, é simplesmente irresistível. Katy também é ótima, com sua personalidade forte e instinto protetor com aqueles que ama. Também preciso dar um destaque para Archer e Luc, os Originais que roubaram a cena.

 

Minha única decepção foi com Dee. Desde a morte de Adam que ela estava diferente e deixando a desejar no quesito amizade, mas achei que no livro anterior ela estava voltando a ser quem era. Contudo, me enganei. Entendo a influência que os Luxen estavam tendo sobre ela, mas vê-la agir como agiu no início me fez pegar um enorme ranço – e olha que ela era uma das minhas favoritas!
O final foi de tirar o fôlego. Jennifer construiu um clímax eletrizante e a cada virar de página era um tiro que eu levava. As últimas páginas foram lidas voando, tamanha minha ansiedade em saber como a autora desenvolveria o desfecho. E sim, foi tudo maravilhoso. Não posso dar spoilers, óbvio, mas digo que essa série foi encerrada com chave de ouro.
Opostos é uma excelente conclusão para uma série espetacular e já quero mais livros da Jennifer com essa vibe sendo publicados pela Valentina aqui no Brasil. Fica a dica, editora. Covenant tá disponível no mercado, haha. E quando a vocês, se joguem em Lux, porque vale muito a pena!
Beijos e até a próxima!

17/10/2018

Tá na estante :: ‘A Origem do Mundo’ #820

Oi gente!

Hoje vamos falar sobre vulva e vagina. Sem vergonhas pessoal.

 

Livro: A Origem do Mundo

Autora: Liv Strömqusit

Editora: Quadrinhos na Cia
Páginas: 144
Sinopses: Por que as sociedades alimentaram uma relação tão esquizofrênica com a vagina ao longo dos séculos? Por que a menstruação é um tema apagado de nossa cultura quando costumava ser algo sagrado para os povos ancestrais? A origem do mundo escancara interditos e desafia mitos e tabus. Um livro genial, catártico e absolutamente necessário. Se “o pessoal é político”, como dizia o slogan da segunda onda feminista, iniciada nos anos 1960, Liv Strömquist criou um livro radical. Com humor afiado, a artista sueca expõe as mais diversas tentativas de domar,castrar e padronizar o sexo feminino ao longo da história. Dos gregos antigos a Stieg Larsson, das mulheres da Idade da Pedra a Sigmund Freud, de Jean-Paul Sartre a John Harvey Kellogg (o inventor dos sucrilhos), da fábula da bela adormecida a deusas hindus, de livros de biologia ao rapper Dogge Doggelito, A Origem do Mundo esquadrinha nossa cultura e vai até o epicentro da construção social do sexo. Para Liv, culpabilizar o prazer é um dos mais efetivos instrumentos de dominação – graças à culpa, a maçã é venenosa e o paraíso mantém seus portões fechados. Um crítica hilária, libertadora e intrusiva sobre o sexo feminino.

Em seu livro, Liv Strömquist apresenta a história da vulva, da vagina e da sexualidade feminina ao longo dos séculos. Em forma de quadrinhos, a autora traz como a visão do mundo sobre as mulheres e seu órgão sexual mudou.

Cultuado na Antiguidade e respeitado por todos, o órgão genital feminino passa, durante a Idade Média, por uma mistificação, e, consequentemente, o lugar da mulher na sociedade também é modificado. Após esta longa Idade das Trevas, a sexualidade feminina nunca mais foi vista como natural, como a do homem, por exemplo. Não sendo assunto de conversas cotidianas, não podendo se expor a intimidade da mulher, apresentada como motivo de vergonha.

O bom humor da autora e as críticas ácidas ao “interesse do patriarcado sobre a vagina e vulva” fazem com que a leitura seja leve, descontraída, ao mesmo tempo que nos traz um ótimo acervo histórico, político e crítico, além de nos motivar a conhecer nosso corpo, além de trazer o questionamento do porque isso aconteceu, de como essa interferência masculina deturpou a imagem da mulher.

O título do livro em português remonta ao quadro de Gustave Coubet “A Origem do Mundo”, no qual o artista pinta o nu feminino em sua forma mais natural. O quadro traz a representação do órgão feminino exterior.

Como feminista que sou, achei sensacional a forma de abordagem da autora para o tema. As críticas que Liv apresenta e retomada da influência de certos personagens históricos nesta mudança da visão da sexualidade feminina de ser cultuada, tida como importante, para uma visão vergonhosa, de extremos esquecimento.

A leitura é fácil e fluida, para quem gosta de quadrinhos, vai se deliciar com este, que tem um tamanho grande, ilustrações lindas (tanto em preto e branco quanto coloridas). Um ponto negativo da versão que chegou até nós é o papel que não é fotográfico, é um sulfite mais grosso (e para quem gosta do cheirinho de livros, bom, esse me retomou o cheiro de jornal, que particularmente não gosto). Em suma: mulheres e homens, leiam esse livro!
BEIJÃO E ATÉ MAIS!

08/10/2018

Tá Na Estante :: ‘Sem Escolha’ #815

Oi, gente. Tudo bem?

Como foram de eleição? Votaram conscientes? Após fazer várias tretas no Facebook, resolvi relaxar com meu Kindle e concluí uma leitura bem gostosinha. Hoje vim falar mais um pouquinho sobre a série Sea Breeze. Vamos conferir?!

Livro: Sem Escolha
Série: Sea Breeze (#02)
Autora: Abbi Glines
Editora: Arqueiro
Páginas: 230
Sinopse: Está cada vez mais quente na cidade litorânea de Sea Breeze, e Marcus Hardy encontrou o abrigo perfeito para passar os próximos meses de calor: o frequentado apartamento de Cage York. As garotas estão sempre entrando e saindo de lá, em sua maioria mulheres lindas que nunca ficam mais de uma noite. Quando Marcus chega, está apenas buscando curar seu coração ferido. Só que uma das frequentadoras mais assíduas da nova casa logo chama sua atenção. Willow – ou apenas Low – é a mulher com quem Cage pretende se casar. Mas os dois são completamente diferentes, e Marcus não entende como ela pode lidar tão bem com a infidelidade de Cage. No fundo, Low precisa mesmo é de um homem de verdade… bonito e sensível como Marcus. Porém, as coisas não são tão simples, e esse relacionamento vai se complicar de um dia para o outro, assim que um grande segredo for revelado. Em Sem escolha, segundo livro da série Sea Breeze, Abbi Glines continua a atiçar a imaginação dos leitores com personagens sedutores e romances apimentados.

Após perder para Jax Stone a disputa pelo coração de Sadie, tudo que Marcus Hardy queria era ficar longe de Sea Breeze, focando nos estudos. Contudo, uma questão familiar o obriga a voltar antes do que gostaria para a cidade. Assim, ele vai morar com Cage York, um cara mulherengo até dizer chega, mas com um bom coração.
Certo dia, Willow bate à porta de Cage e Marcus se surpreende com aquela garota. Ela é completamente diferente dos tipos que o colega de apartamento costuma levar  para a cama. Ela é linda, meiga e parece completamente sem rumo. E, para surpresa de Marcus, Cage diz que essa é a mulher com quem ele pretende se casar.
Willow é uma garota que sofreu muito na vida. Depois da morte da mãe, ela passou a viver com a irmã mais
velha e as constantes brigas com Tawny tornavam esse relacionamento cada dia mais complicado, fazendo até com que ela precise passar as noites em abrigos. Cage é seu porto seguro e faz de tudo para mantê-la em segurança.

Marcus e Willow tem muito em comum, mas vem de mundos completamente opostos. Ele é filho do maior vendedor de Mercedes do Alabama, ela vem de um lar desestruturado e sem garantia nenhuma de um teto sobre sua cabeça. Porém, a atração entre os dois é inegável e não demora muito para eles se renderem a esses sentimentos. Mas o que acontece quando dois mundos se colidem? Estarão eles preparados para as consequências?

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
***
No começo do ano, fiz a leitura de Sem Fôlego, primeiro volume da série Sea Breeze e me decepcionei bastante, após ouvir inúmeros comentários positivos sobre a escrita de Abbi Glines. Mas quando a Arqueiro anunciou o lançamento de Sem Escolha, decidi dar uma nova chance. Assim que meu exemplar chegou, passei na frente da pilha de leitura e devo dizer que foi bom ter tomado essa decisão.
Minha maior reclamação sobre o primeiro volume foi a quantidade de clichês que a autora inseriu para desenvolver a trama. Aqui não foi muito diferente, é clichê do começo ao fim. Só que Abbi conseguiu me convencer e encaixar muito bem cada detalhe, tornando a trama fluida e satisfatória. Li o livro em uma sentada e fiquei querendo mais.
A narrativa é feita em primeira pessoa, alternando os pontos de vista dos protagonistas. Marcus já tinha me conquistado no primeiro livro, mas aqui, tendo sua voz inserida na história, me deixou ainda mais apaixonado. Ele é um verdadeiro gentleman e por mais que tome decisões erradas no percurso, não deixa de demonstrar seu amor por Willow em momento algum.
Falando nela, Willow é uma personagem sensacional. A quantidade de sofrimento pelo qual essa menina passou durante toda a vida derrubaria qualquer pessoa, mas ela segue firme. Sua relação de cumplicidade com Cage é belíssima e não posso deixar de citar tudo que ela faz pela sobrinha, a pequena Larissa, que também conquistou meu coração.
Nesse livro conseguimos ver um pouco mais sobre os outros personagens e, quem gostou, matar a saudade de Jax e Sadie. Agora estou ansioso pelo próximo volume da série, que será protagonizado pelo Cage. Ele despertou em mim diversas emoções e quero saber um pouco mais sobre sua vida. Espero que ele também encontre seu final feliz.
Em suma, Sem Escolha é muito melhor que seu predecessor e me deu um fôlego para seguir adiante com a série. Espero que a Arqueiro não demore em trazer os próximos volumes para o Brasil e que Abbi não me decepcione outra vez. Sendo assim, deixo aqui minha recomendação. É um livro leve, fluido, divertido e apaixonante que vai conquistar o coração de vocês.

Beijos e até a próxima!