sobre livros e a vida

05/02/2016

Tá Na Estante :: ‘A Educação de Sebastian’ #501

Hey, mates!

Hoje estou aqui a pedido do Léo pra falar de um livro que li recentemente e gostei bastante. Vamos conferir?!

Livro: A Educação de Sebastian
Série: The Education of… (#01)
Autora: Jane Harvey-Berrick
Editora: Novo Século
Páginas: 382
Sinopse: Presa num casamento frio e sem paixão, Caroline Wilson, de 30 anos, muda-se para San Diego depois que seu marido militar é promovido. Sentindo-se perdida e sozinha, Caroline reencontra uma antiga amizade: Sebastian, que ela conhecera ainda menino, um jovem inteligente e sensível, com pais alcoólatras e violentos. Sebastian, agora com 17 anos, tem mais do que apenas amizade em sua mente. Juntos, experimentam o despertar de uma paixão intensa e arrebatadora. Mas esse romance proibido pode ameaçar a vida de ambos.

Caroline está casada com David há 11 anos. Ele é um médico militar controlador que trata a esposa como uma empregada e um objeto sexual, unicamente para satisfazê-lo. Com uma vida regrada vivendo de cidade em cidade, Caroline não questiona o seu marido, apenas o obedece e acredita que é esse o seu papel como esposa. Ela desistiu de se arrepender de ter casado sem amá-lo e resolveu aceitar sua vida. 
Depois de algum tempo, o casal retorna para San Diego e Caroline fica feliz, por eles já terem vivido ali anos atrás e ela ter boas recordações do lugar. Nos primeiros dias ela reencontra Sebastian, um rapaz que conheceu há nove anos quando ele ainda era uma criança. Ele aprendeu a se cuidar desde pequeno, pois seus pais não lhe deram muito cuidado e carinho como esperado e quando Caroline partiu com seu marido, ele foi obrigado a amadurecer. 
O reencontro entre eles é forte. O sentimento de carinho é resgatado e eles compartilham lembranças de seus passados e presentes. Apesar da pouca idade, Sebastian é um rapaz maduro e decidido que acaba sentindo uma necessidade de tê-la muito mais do que como uma amiga. Caroline até tenta resistir, mas acaba se vendo envolvida pelo jovem. 
Todavia, ele tem apenas 17 anos, logo tal relação seria inapropriada e até mesmo ilegal. Então o casal precisa ter paciência e esperar ele atingir a maioridade, o que acontecerá em quatro meses, para depois disso eles resolverem tais sentimentos, sem causar problemas para ela. 
O problema é que quatro meses nunca pareceram demorar tanto. Com o medo e as incertezas, o amor entre eles é colocado à prova e torna-se impossível esconder tais sentimentos aos olhos públicos, como também da percepção de David. E isso poderá se tornar um grande problema.
Narrado em primeira pessoa, A Educação de Sebastian é um livro envolvente, intenso, polêmico e impactante. Não é uma leitura para qualquer pessoa. É uma história de amor além dos olhos da idade, é uma história de amor onde várias partes são magoadas e traídas, é uma história de amor além do que é considerado correto na sociedade, além do que é considerado certo para Caroline e Sebastian.
Caroline trai o marido para estar com Sebastian. David não é a melhor pessoa, muito menos marido, entretanto Caroline não tinha outra forma de se portar quanto aos seus sentimentos com David? A falta de voz da personagem é algo que me incomodou e atormentou durante a leitura. Se ela apenas tivesse dito o que sentia a David, talvez tudo teria sido melhor tanto para a sua consciência quanto para sua história com Sebastian. Acaba que Caroline é infantil e imatura e Sebastian que é mais jovem é muito mais decidido e resoluto, o que não escapa em nada da nossa realidade.
Abordando um tema polêmico, A Educação de Sebastian é um ótimo romance que deve ser lido com mentes e corações abertos. A sua continuação é A Educação de Caroline e foi lançado pela Novo Século recentemente. Recomendo sim a leitura!

Beijinhos e até mais!

28/01/2016

Tá Na Estante :: ‘Vingadores – Todos Querem Dominar o Mundo’ #500

E aí, gente. Como estão?

Meu nome é Ellen, sou colaboradora dos blogs Recanto da Mi e Guardiã da Meia-Noite e estou aqui hoje pra resenhar para vocês um livro do selo Marvel, da editora Novo Século, a pedido do Leo. Vamos conferir?!

Livro: Vingadores – Todos Querem Dominar o Mundo
Autor: Dan Abnett
Editora: Novo Século
Páginas: 320
Sinopse: Quantos vilões são necessários para dominar o mundo? A Hidra desenvolve um patógeno sintético para o qual apenas ela tem a cura. Enquanto isso, a I.M.A. (Ideias Mecânicas Avançadas) está prestes a contaminar o suprimento mundial de água com um letal composto nanotecnológico. Ultron dispõe da mais avançada tecnologia da Terra nas pontas de seus dedos metálicos. O demônio Dormammu tem um plano ímpar para o planeta: reivindicá-lo para si próprio. Alto Evolucionário está reescrevendo o genoma humano, numa tentativa de transformar a humanidade numa raça eugênica de escravos. TODOS QUEREM DOMINAR O MUNDO. Mas somente os Vingadores poderão salvá-lo. Serão eles capazes de resistir quando não apenas um, mas muitos desses vilões atacarem ao mesmo tempo? Essa crise está longe de ser mera coincidência. Há alguém por trás desses ataques simultâneos. Uma grande sombra paira sobre os heróis mais poderosos da Terra, e, mais uma vez, a raça humana se encontra à beira da aniquilação.

 – Ultron? Ele queria dominar o mundo.
– Todos querem dominar o mundo – observou Fury.

Se você quer ler a romantização do filme dos Vingadores, desista da leitura. O livro não é uma cópia do filme! É uma história nova, diferente, que ainda merece sua atenção. Todos os Vingadores estão presentes e cada um está em um canto do mundo, enfrentando uma ameaça distinta. E todos eles estão sem comunicação com o resto do mundo. Sim, a comunicação foi cortada. Telefones não funcionam, nada mais.
Capitão América, nosso Steve Rogers, ou simplesmente Cap, como é bastante chamado no livro, está na Alemanha enfrentando a HIDRA, uma organização do mal que quer dominar o mundo. O Homem de Ferro, Tony Stark, está em Washington enfrentando uma ameaça tecnológica que quer dominar o mundo: Ultron
Gavião Arqueiro e Viúva Negra estão em um lugar meio incomum, desconhecido, onde os dinossauros ainda vivem. Lá, eles invadem a central da I.M.A. procurando informações. Na Sibéria, nosso asgardiano Thor está com Wanda, a Feiticeira Escarlate, tentando descobrir o que está acontecendo e enfrentando um ser muito poderoso que quer dominar o mundo. E por último, mas não menos importante, Dr. Banner, está em Madripoor em uma missão secreta. Todos eles estão enfrentando ameaças que querem dominar o mundo. 

As histórias seguem separadas até o 2/3 do livro, onde eles finalmente começam a entender tudo e encaixar as peças que cada um colheu em suas batalhas. Junto deles surgem os outros vingadores que faltavam: Mercúrio, irmão de Wanda, e Visão
Liderados pelo capitão Fury, da S.H.I.E.L.D., pelo Capitão América e pelo Homem de Ferro, os heróis se unem para enfim tentar salvar o planeta do inimigo que talvez eles não conheçam.

– Você quer fazer isso ou eu posso? – perguntou.
– Fique a vontade – falou Cap.
– Acho que é a sua vez – disse Stark.
– Apenas prossiga – disse Cap.
– Deve vir de você – disse Stark. – Soa melhor vindo de você.
– Senhores… – rosnou Fury.
Stark sorriu e assentiu para Cap.
– Tudo bem – concordou o Capitão América. – Avante, Vingadores!

Eu esperava ler a história parecida do filme. Mas ainda bem que isso não aconteceu. Nesse livro nós temos uma nova aventura do time dos Vingadores. Inclusive, heróis que morreram nos filmes aparecem vivos por aqui (viva!) e heróis que ainda não tiveram chance de mostrar quem são tem tanta importância quanto os mais antigos Vingadores. 
Todas as histórias acontecem exatamente no mesmo tempo. Os capítulos são intercalados, ora um herói, ora outro, sempre seguindo a mesma ordem. Cada final de capítulo nos faz ansiar desesperadamente para que o chegue logo o capítulo daquele herói de novo. Isso deixou a narrativa bem fluída, pois diminuía o tamanho dos capítulos, e tornava a leitura mais dinâmica.
O final me surpreendeu, pois eu realmente não conseguia decifrar quem estava por trás do ataque maior. Foi um final divertido e correto, que teve a presença ilustre de um herói que todos nós amamos! (Mas vocês vão ter que ler para saber de quem estou falando!).
Exceto pelo Capitão América, todos os heróis são aqueles que conhecemos do cinema. O Capitão America fala um pouco mais de palavrão do que deveria, mas toda a essência dele continua ali presente. De todos, o herói que mais me cativou e arrancou risos da minha boca foi o Thor. Aquele jeito de deus superior que ele tem é encantador! E gente, tem algumas revelações que eu não conhecia, eu nunca acreditei muito no Visão, mas me surpreendeu positivamente (segredos, segredos). E falando no Visão, sua aparência não é igual ao do filme. Ele é o Visão dos quadrinhos, verde e amarelo.

– Que parte disso é uma boa ideias – perguntou o Homem de Ferro.
– A parte em que nós ganhamos – respondeu Thor.

Thor e Wanda tem um papel muito importante no livro e no entanto não aparecem na capa. Mercúrio que também está na história, não está na capa. Mas ela não deixa de estar lindíssima. A ilustração de Will Conrad está magnifica. Mas infelizmente a Novo Século pecou um pouco na revisão. Durante a leitura, alguns erros de digitação apareceram. Mas as páginas amareladas, a fonte escolhida, e claro, as páginas pretas internas, dão um toque a mais no quesito design.
Existem partes que queremos matar os heróis. Existem partes que não sabemos quem está mentindo. Existem partes engraçadas. Existem partes com mortes. E toda essa combinação resultou num ótimo livro de heróis! E um time de heróis que deu certo, cada um da sua maneira, cativa e cumpre seu papel na equipe. 
Para quem curte, é uma ótima pedida. Inclusive vale a pena acompanhar os outros livros da Novo Século, que tratam das histórias dos heróis individualmente, ou outros heróis da Marvel. E para quem ainda não gosta muito, vale dar uma chance. O livro não conta como cada nada herói nasceu, mas isso não influencia na leitura. E com certeza você vai se conectar com algum personagem.

Juntos, combinavam magia, tecnologia, velocidade, pontaria e habilidades de combate incomparáveis. Moviam-se como um só. Um time. Os mais poderosos heróis da Terra.

Beijinhos e até mais!

23/04/2015

Tá Na Estante :: ‘Doce Entrega’ #389

Heey, gente. Tudo bem??

Minhas estantes chegaram hoje, estou tão animada. Não vejo a hora de montar tudinho no escritório e mostrar cada detalhe para vocês. Claro que teremos muitos vlogs o/ Semana de feriadão é sempre uma preguiça, né? Queria dormir até às 12 todos os dias. Vida difícil, haha. Mas chega de enrolação e vamos para a resenha o/

Livro: Doce Entrega
Série: Doce #01
Autora: Maya Banks
Editora: Figurati (Novo Século)
Páginas: 352
Sinopse: O policial Gray Montgomery tem uma missão: achar o homem que matou seu parceiro e fazer justiça. Ele, então, encontra uma ligação entre o assassino e Faith – e se Gray precisa se aproximar dela para pegar o assassino, que seja. Faith é doce e feminina, tudo o que Gray deseja em uma mulher. Porém, ele suspeita que ela o está enganando. Quanto a Faith, sem chance de ela permitir que um homem mande na relação. Ou será que há?Faith vê em Gray o homem forte e dominante de que precisa, mas ele está determinado a não sentir nada por ela. No entanto, ela está determinada a se entregar ao homem certo, e Gray pode ser esse homem. Mas encontrar o criminoso é a prioridade de Gray – até Faith ser ameaçada e ele perceber que fará qualquer coisa para protegê-la.



Às vezes, o primeiro passo para assumir o controle é se render…



Confesso que a primeira coisa que me chamou a atenção em Doce Entrega foi a capa. Achei interessante a forma como criaram uma capa sutil e sexy ao mesmo tempo, entre as letras do título do livro é possível visualizar a silhueta de uma mulher, dando a entender, completamente, o contexto da história.

Doce Entrega conta a história de Gray Montegomere, ele é um polícia que está na busca do assassino do seu parceiro. Como a companhia não move quase palha alguma para desvendar o assassinato, ele e Mick, pai do Alex – o parceiro de Gray, partem em uma investigação por conta própria. Eles só sabem de um nome e sabem que para chegar a esse nome terão que ir em busca de Faith Malone
Faith é, aparentemente, a garotinha do papai. Filha adotiva de Pop, que já foi seu padrasto, ela trabalha na firma do pai junto com o irmão Connor e mais alguns amigos. A menininha entre os homens. Protegida e subjugada. Uma garota normal, não fossem seus desejos obscuros.

Gray aproxima-se de Faith na procura do assassino de Alex. Ele investiga a garota de todas as formas possíveis a fim de descobrir algo sobre o paradeiro do cara que é o então namorado da mãe de Faith. Entretanto, essas investigações não descobrem apenas o paradeiro de Samuel, mas um grande desejo que acende no corpo de Gray.
Faith não é nada inocente. Seus desejos sexuais são os mais obscuros. Ela deseja alguém que a controle, que a domine, e vê em Gray a pessoa certa para isso. Ele manda só com o olhar, e isso a excita muito. Mas, aparentemente, Gray não está muito na vibe dela, ou nega-se a isso. Porém a possibilidade de perder Faith faz com que ele reveja seus conceitos.

Eu estava sentindo falta de um livro que envolvesse tanto suspense como esse. Acho que sou uma fã de policias enrustida. Sério. Fiquei tensa do início ao fim, tanto que li bem rápido. Maya Banks conseguiu criar um mistério e um erotismo surpreendente em um só livro. Dois gêneros que, aparentemente, não casam muito bem.
Amei a Faith. Ela é uma personagem bem construída e muito forte. Destemida, parecia querer enfrentar tudo de peito aberto. Achei legal ela não ter se rendido em nenhum momento ao Gray, mesmo querendo se submeter a ele, ela não deixou de ser uma mulher altiva e de personalidade forte. Isso foi sensacional, deu uma cara ainda mais interessante e diferente para o livro.

Gray é um mocinho diferente, daqueles que dá raiva. Por vezes me peguei querendo ralar a cara dele no asfalto, parecia que tudo estava na frente dele e só ele não via. Mas ele também foi um personagem bem construído. Ele dominava a situação e o ambiente em que estava, tornando a premissa da história ainda mais real no decorrer da trama.
Alguns pontos me ficaram vagos, principalmente os relacionados à espionagem de Gray. Fiquei me perguntando como ele conseguiu fazer tudo o que fez em um escritório de segurança. Mas desapeguei desse ponto e foquei somente e só no romance.

É um romance interessante, repleto de cenas picantes (bem picantes), mas que não tomam toda a trama. Tem uma história envolvente e surpreendente. Confesso que estava esperando uma coisa, mas veio outra, que foi ainda melhor. Uma primeira experiência maravilhosa com Maya Banks, estou bem ansiosa para os próximos livros dela. Ah, e claro que eu indico.
Beijocas e até a próxima!

03/12/2014

Tá na Estante: ‘Fangirl’ #339

Heeeeey, mates!
Olha eu por aqui trazendo uma resenha fresquinha de uma das grandes surpresas literárias desse ano para minha pessoa ruiva e cegamente nerd: Fangirl de Rainbow Rowell. Prontos para se apaixonarem?

Livro: Fangirl
Autora: Rainbow Rowell
Editora: Editora Novo Século
Páginas: 424
Sinopse: Cath é fã da série de livros Simon Snow. Ok. Todo mundo é fã de Simon Snow, mas para Cath, ser fã é sua vida – e ela é realmente boa nisso. Vive lendo e relendo a série; está sempre antenada aos fóruns; escreve uma fanfic de sucesso; e até se veste igual aos personagens na estreia de cada filme. Diferente de sua irmã gêmea, Wren, que ao crescer deixou o fandom de lado, Cath simplesmente não consegue se desapegar. Ela não quer isso. Em sua fanfiction, um verdadeiro refúgio, Cath sempre sabe exatamente o que dizer, e pode escrever um romance muito mais intenso do que qualquer coisa que já experimentou na vida real. Mas agora que as duas estão indo para a faculdade, e Wren diz que não a quer como companheira de quarto, Cath se vê sozinha e completamente fora de sua zona de conforto. Uma nova realidade pode parecer assustadora para uma garota demasiadamente tímida. Mas ela terá de decidir se finalmente está preparada para abrir seu coração para novas pessoas e novas experiências. Será que Cath está pronta para começar a viver sua própria vida? Escrever suas próprias histórias?

Sabe aqueles romances bem bem bem bobinho que você lê a sinopse e ignora por achar super simples? Sua amiga recomenda e você entorta os lábios? Você sabe que é um livro para ler em qualquer ocasião, então não dá muita consideração. É ‘Fangirl’. Ele tem tudo que se enquadra como uma romance simples: protagonista diferente, par romântico apaixonante e uma história comum. MAS, mesmo assim, Rainbow conseguiu transformar essa formula de bolo de chocolate feita por muitas mãos em uma obra de arte.

O livro começa com Cath e sua irmã gêmea Wren dando um dos passos mais difíceis no futuro de qualquer jovem: ir embora de casa para começar a faculdade. Para Wren esse é um salto a liberdade. Vinda de uma família pequena e muito apegada a irmã gêmea, ela quer desbravar o mundo sem Cath. Infelizmente, nossa heróina não pensa assim. Então, quando Wren a informa que ela vai ter que dividir o quarto durante um ano inteiro com uma total estranha, Cath entra em parafuso. Wren é tranquila, comum e casual, Cath é cheia de regras, atitudes e anti social por natureza. Ela ama escrever e vive para as suas fanfics da série de grande sucesso ‘Simon Snow‘ – que tem uma grande pegada Harry Potter. Ela não quer de modo algum ter que socializar, conhecer novas pessoas, mudar a pessoa conformada que ela se tornou. Isso começa com o convívio inicial com Reagan, sua colega de quarto, ela já é uma veterana e não está nem aí para o mundo, muito menos para Cath, sempre mostrando ser indiferente a existência da colega de quarto. Não que Cath se importasse. O oposto ocorre com Levi um garoto feliz demais para os padrões de Cath e que se mostra receptivo, amigo e sempre disponível, nem que seja para algumas piadas e sarcasmos. 

De inicio, Cath tenta de qualquer jeito não ter uma vida fora do seu quarto. Evita o refeitório, dedica-se a sua fanfiction e as suas matérias na faculdade em especial a matéria da escritora e professora Piper, praticamente sua musa inspiradora. Nessa turma ela conhece Nick que é esse rapaz bonito, charmoso que atrai a atenção de Cath, não pela sua beleza, mas pelo interesse em escrever. Ela começa a frequenta a Biblioteca Amor (nome curioso e divertido) para escreverem uma história juntos, que no futuro, se desenvolve como um problema, mas até chegarmos aí, Cath passa por uma longa jornada onde irá descobrir que viver mudanças é natural, fazê-las acontecer, por mais apavorante que seja, é mais natural ainda e que se desafiar é necessário. 

Você precisa ler esse livro!

O que o livro tem de tão especial? Os seus personagens. Eles tem tanto a contar com uma simplicidade e naturalidade que enche o seu coração. Cath, mesmo sendo atípica e anti social, é uma heroína divertida, inteligente e cheia de dúvidas, como qualquer outro jovem adulto. Não é complicado se sentir próximo a ela, seja por ser parecida com ela ou ter alguma insegurança similar. Sua irmã, Wren busca encontrar respostas para os defeitos em sua bebida através de rapazes, bebida e festas, acaba se distanciando da irmã por medo de estereótipos e insegurança. Cath jamais pensaria que sua irmã é tão insegura quanto ela. A relação com o pai é divertida e delicada. Ele sofre de uma condição delicada, que não é explicada, mas mostrada em um momento da história que serve como uma importante transição para Cath e Wren. O retorno de um parente na vida das jovens também delimita as personalidades das personagens e até onde elas iriam por elas e pelo bem dos outros. Abel é uma presença distância. Está na vida de Cath através de mensagens e raros telefonemas, em alguns momentos, suponho que ele nem existe e que é fruto da imaginação de Cath. O que falar de Reagan? Ela é como Cath. É diferente. Não se enquadra em nenhum estereotipo. Ela é um pouco de tudo: um pouco de Wren, Levi, Cath, Simon, Baz, Art e gosta de ser assim. Expansiva, social, mal humorada e direta. Ela é o melhor tipo de pessoa para entrar na vida de Cath, depois, é claro, de Levi. O que falar do Levi? Uma palavra: sorriso. Ele é um sorriso na vida de alguém. Levi tem algo de especial: seu grande sorriso. Sua felicidade contagiante, seus trejeitos, cabelo perfeitamente moldado, sua roupa gótica do Starbucks e blusas de flanela. Ele é adorável. É impossível não se apaixonar por ele e por tudo que ele faz por Cath. Existem garotos como Levi nesse mundinho real? Eu espero que sim!

Rainbow tem uma delicadeza e simplicidade na sua escrita que é deliciosa de ser lida. É fácil amar seus personagens, mais fácil ainda se envolver com eles a ponto de terminar um capítulo e seguir para o próximo capítulo como se estivéssemos seguindo um cotidiano. Eles se tornam parte de nossas vidas. Uma curiosidade legal é que esse livro foi escrito em um NaNoWriMo (National Novel Writing Month, algo perto de: Escrita nacional de romance mensal).
A capa é simples, mas combina TANTO com o livro que é impossível olhá-la e não suspirar: Cath! Levi! <3 Confesso que não gosto de livros com poucas descrições. Me incomoda. Me faz sentir que algo está faltando. Seja um aprofundamento do personagem ou da construção da história, fica aquela sensação no ar de ‘e…?’. Por um lado positivo isso é bom, a história se torna apenas minha, já que a descrição da autora é aberta para cada imaginação, mas não me deixa de incomodar. Sinto falta de um olhar mais amplo da autora, pois a minha mente viajou, mas queria ter conhecido a mente de Rowell. Seguindo sempre um caminho estável de um ponto ao outro, o livro é bem redondinho, contudo senti que algumas pontas ficaram soltas, tipo: Nick e sua proposta no final do livro? Foi só aquilo mesmo? Qual teria sido a reação de Piper ao saber a resposta de Cath? E o parente que surgiu na vida de Cath e Wren? E é claro, Cath e Levi. Foi aquele final? Tipo, sério? Não tivemos nadinha à mais? Aquela foi a despedida? Não sei o que eu esperava do final, mas senti um nó na garganta. Algo faltava. Do mesmo modo que Cath sentia que tinha algo fora do lugar, sabe? Talvez esperasse algo mais, algo mágico, algo Simon Snow ou simplesmente, não queria deixar esses personagens. No final das contas, o nó na garganta era ter que dar adeus a Levi e Cath.
Recomendo esse livro a todos que querem se apaixonar.  

Beijos e até a próxima!
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06/09/2014

Lançamento Novo Século :: “Entre o amor e o silêncio”

Heey gente, tudo bem??

Vocês sabem que quando eu recebo kits lindos fico doidinha para fotografar para vocês. Hoje chegou aqui o exemplar de Entre o amor e o silêncio, da superfofa Babi A. Sette. Fiquei louca quando vi aquele pacote imenso, afinal só esperava um livro. Mas fui bem surpreendida…

Sobre a história:

Francesca Wiggs sofreu uma grande decepção amorosa e, desde então, está decidida a não se relacionar mais. Além de se dedicar a escrever o seu livro, ela resolve preencher os dias com um trabalho voluntário – a leitura para pacientes em coma proporcionaria para ela a distância para problemas com o coração. No entanto, um grande imprevisto ocorre quando ela passa a se sentir atraída pelo paciente. Mitchell, descrito como um poderoso magnata, seria a antítese de tudo o que ela busca em um homem… se não estivesse em coma. Precisar de alguém inconsciente seria um absurdo, não seria? Amar uma pessoa que nunca responde parece loucura! Francesca já havia entendido e sentia-se quase segura diante disso. Mas, e se Mitchell acordasse? A aproximação desses personagens tão diferentes revela um romance encantador e divertido, repleto de reviravoltas. Entre a vida e a morte, a ilusão e a realidade, o amor pode ser realmente o milagre que faz tudo mudar?

A história de como esse livro veio parar em minhas mãos é bem engraçada. Eu recebi um e-mail do marketing da editora perguntando se eu iria para a Bienal, especialmente para o lançamento desse livro. Como vocês sabem, não fui para a Bienal #chateada. Fiquei triste porque o livro havia me interessado e eu acho bem legal conversar com a autora sobre a obra, as visões daqueles que escrevem são bem mais interessantes, não?

Já tinha superado a perda, mas qual foi a minha surpresa ao receber um e-mail da autora, pouco tempo depois, me informando que iria me enviar um Kit do Livro. Fiquei rosa chiclete de felicidade. O kit chegou hoje e dele esse post surgiu.

Adoro quando os autores tem essa delicadeza com seus livros. Deixa o leitor que recebe o press kit ainda mais curioso quanto a história.

Babi, muito obrigada pela surpresa. Espero me apaixonar pelo seu livro. P.s: É Babi de Barbara? Haha.

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10/06/2014

Tá Na Estante :: ” Eleanor & Park ” #239

Hey Folks!

Hoje vim trazer para vocês uma resenha que estou devendo à muito tempo. O livro foi uma cortesia da Editora Novo Século e já adquiriu uma certa fama na blogosfera. Já sabem de qual bebê estou falando? Quem disse Eleanor & Park acertou. Vamos conferir o que achei?

Título: Eleanor & Park
Autora: Rainbow Rowell
Editora: Novo Século
Páginas: 328
Sinopse: Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.

Eleanor & Park é o típo de livro que atrai muita atenção da mídia. E acho que justamente por conta de todo o alvoroço midiático que esse livro causou, minhas expectativas para ele estavam bem altas antes mesmo de começar a minha leitura.

O livro nos apresenta ao típico esteriótipo de adolescente americano: não muito popular, mas não chega a sofrer bullying. O típico invisível que toda turma tem. Esse é o Park. Com descendência asiática, Park é um garoto quieto, prefere ler gibis e escutar rock a se enturmar com seus colegas de classe.

E é nesse cenário que Eleanor aparece. Ela é a garota nova. Grande e desajeitada, com problemas em se enturmar. Logo se torna o principal alvo de gozações da turma do ônibus. E por serem parceiros de banco no ônibus da escola, Eleanor e Park começam a desenvolver um estranho afeto.

Park percebe o interesse de Eleanor por seus gibis e logo passa a emprestar os mesmos para a garota e a compartilhar o seu fone de ouvido no caminho de ida e volta da escola. E é assim que o romance dos dois se desenvolve: em meio a personagens de quadrinhos e artistas de punk rock.

A premissa do livro me pareceu bastante interessante quando li a sinopse pela primeira vez, afinal, como uma boa amante de rock, nunca deixo passar um livro que aborde o assunto. Porém toda a minha esperança acabou se provando inútil.

Sei que muitas pessoas já leram esse livro e o consideram um dos queridinhos em sua estante. Comigo não poderia ser mais diferente. Acho que a minha expectativa em alta contribuiu bastante para o meu desapontamento com esse livro.

Achei Park um personagem sem graça e não muito envolvente. Como o livro é narrado pelos dois, alternando os capitulos, sempre me dava sono quando estava lendo um capítulo narrado pelo Park. A autora pecou na composição desse personagem, ao meu ver, e isso acabou tirando um pouco do fascínio inicial que senti pelo livro.

Já com Eleanor, o que senti foi completamente diferente. Ela é uma personagem curiosa, que foge do comum e não se encaixa no esteriótipo de garota perfeita. Ela tem seus defeitos e inseguranças e, ao contrário de muitas pessoas, não tenta escondê-los. Senti mais sinceridade nela do que em Park e acho que a autora poderia ter explorado melhor o personagem.

No geral, é um livro de leitura fluida e rápida, que consegue prender o leitor do começo ao fim. Devorei as páginas em uma velocidade incrível para mim, mas mesmo assim não pude evitar o desapontamento. A história dos dois é bem inocente, de um modo que a muito tempo não encontramos na literatura. Mas mesmo assim, senti muita falta de um desenvolvimento maior para os dramas adolescentes e até para o conflito familiar de Eleanor.

Ainda não tenho muita certeza se recomendo ou não esse livro. Não sei se o problema está no livro ou na minha preferência literária. Então deixo esse julgamento para vocês, na esperança que gostem do livro e me provem que eu estou apenas sendo crítica demais.

Me despeço de vocês como sempre, com uma das citações que mais me chamou a atenção durante a leitura. Não se esqueçam de me contar o que acharam nos comentários, okay?

Se você mesma não pode salvar sua própria vida, vale a pena alguém salvar?

Beijinhos e até a próxima!

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