sobre livros e a vida

18/05/2018

Tá Na Estante :: ‘A Sede’ #783

Oi gente!

Quer um livro policial muito bom? Só vem então!

Livro: A Sede 
Série: Harry Hole (#11)
Autor: Jo Nesbø
Editora: Record
Páginas: 532
Sinopse: Harry Hole está de volta para enfrentar o único criminoso que escapou de suas garras. Um assassino está a solta e tem sede de sangue. Uma mulher é morta em seu apartamento depois de um encontro marcado pelo Tinder. As marcas no corpo mostram que a policia está lidando com um assassino peculiar, quase sobrenatural. No pescoço, uma mordida brutal, e em toda parte, indícios de que o criminoso bebeu o sangue da vítima. Logo em seguida, outra mulher morre em condições semelhantes. A equipe de investigação, agora liderada por Katrine Bratt, se vê pressionada pela mídia. A repercussão é tamanha que o chefe de polícia, Mikael Bellman, precisa resolver os crimes o mais rápido possível para que sua reputação permaneça inabalada. Sua única saída é chantagear Harry Hole para trazê-lo de volta à Divisão de Homicídios. Ele não parece disposto a ajudar, mas semelhanças com casos passados o colocam frente a frente com o único monstro que já escapou de suas caçadas.
A Divisão de Homicídios recebe um caso de assassinato. A vítima, Elise Hermansen. O assassino, alguém cruel, capaz de dilacerar sua vítima apenas pelo prazer sexual de vê-la sofrer e sangrar. Enquanto Katrine Bratt e sua equipe investigam o caso, mais uma vítima é acometida, encontrada da mesma forma. Enquanto notícias vazam para imprensa e a equipe roda em círculos sem achar o culpado, Mikael Bellman sente sua reputação ameaçada, o que abalaria a sua conquista do cargo de Ministro da Justiça.
Harry Hole, fora dos trabalhos na polícia, está satisfeito com sua vida com Rakel e seu emprego de professor na Academia de Polícia. Mas essa tranquilidade acaba quando Mikael o procura para pô-lo na investigação desses novos assassinatos. Hole não quer, mas a chantagem de Bellman fala mais alto.
Harry montará um equipe a parte da equipe principal de Bratt e irá investigar, de todas as formas, quem está por trás desses crimes.

O autor apresenta aos poucos a ambientação do livro e faz isso com um primazia sem igual. Você sente-se envolvido na áurea da cidade de Oslo, no frio do outono, na tempestade que está chegando. Em várias partes da história, entramos no ponto de vista do assassino, sabemos o que ele está fazendo e pensando, tudo isso intercalado com a narrativa da investigação. 
Essa entrada é tão sutil que às vezes você pode achar que é aquele seu herói do livro, ou o mocinho que está tendo aqueles pensamentos absurdos. Essa jogada de alteração dos focos da narração entre os personagens e as situações que estão vivendo, faz com que desconfiemos de todo mundo ali.
“Nada é para sempre. A vida é efêmera por definição, está sempre em movimento. É terrível, mas também é o que a torna suportável.”

O assassino, tratado como vampirista, é descoberto no meio do livro sem grandes suspenses. Contudo, nós também estamos sendo enganados a leitura toda (quem leu entendeu a referência). E isso é o que dá a necessidade ao leitor de não parar de ler, pois ficamos intrigados em saber o que vai acontecer, quando o real culpado será desmascarado.
“O ser humano é notório – disse Bjørn. – Eles repetidamente cometem os mesmos erros.”

Este foi meu primeiro contato com o autor e eu já estou querendo ler tudo que esse homem escreveu. Que livro sensacional! Ele não me deu vontade de parar de ler, me deixou sem fôlego em várias partes, me enganou certinho sobre quem era o culpado e a continuação (sim, teremos uma continuação) promete.
***
Já leram Jo Nesbø? Já leram A sede? Gostam desse tipo de leitura? Comentem aqui embaixo e deixem dicas de livros nesse estilo.
BEIJÃO E ATÉ MAIS!

24/04/2018

Tá Na Estante :: “A Lua de Mel” #778

Oi gente!

O livro de hoje é A Lua de Mel da autora Sophie Kinsella. Bora?

Livro: A Lua de Mel
Autora: Sophie Kinsella
Editora: Record
Páginas: 496
Sinopse: Lottie está cansada dos namorados de longa data que não querem se comprometer e se casar. Quando seu antigo namorado Ben reaparece e a lembra do pacto firmado entre ambos de que eles deveriam se casar caso ainda estivessem solteiros aos 30 anos, ela não pensa duas vezes e agarra a chance. Não haverá data marcada e nem noivado, apenas um casamento direto para o altar! Em seguida, virá a lua de mel na ilha grega onde se conheceram. Mas nem todo mundo está entusiasmado com o casamento apressado de Lottie e Ben, e a família e os amigos estão determinados a intervir. Será que Lottie e Ben terão uma noite de núpcias para ser lembrada ou esquecida?

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Em A Lua de Mel iremos conhecer Lottie, uma mulher de 30 anos que está ansiosa para se casar com seu namorado Richard. Quando ele a convida para um encontro no qual quer falar sobre algo importante com Lottie, ela simplesmente acha que o grande dia chegou e se precipita para comprar um anel de noivado para Richard. Mas não era bem o que Richard tinha em mente e ela se decepciona, guarda o anel que nunca mostrou e termina com ele.

Naquela mesma semana, Lottie é convidada para um jantar com uma ex paixão de sua vida: Ben. E após uma noite agradável de conversas rememorando o passado, Ben recorda a promessa que haviam feito: se nenhum dos dois houvesse se casado até os 30 anos, eles se casariam um com o outro. E Lottie aceita se casar com Ben, porém, com uma condição: nada de sexo antes do casamento.
Mas nem todo mundo gostou dessa decisão, principalmente Fliss, sua irmã mais velha, e Lorcan, que além de trabalhar na empresa de Ben, é seu melhor amigo. Fliss acha que a irmã mais nova enlouqueceu e irá fazer de tudo para que a mesma mude de ideia sobre se casar com Ben, evitando que Lottie se decepcione como ela se decepcionou. Junto com Lorcan, que teme que este casamento acabe por destruir a empresa, Fliss tentará impedir a união.

Mas algo sai errado no plano dos dois, e Ben e Lottie se casam mesmo sem a presença dos padrinhos (Fliss e Lorcan). Com o plano de impedir o casamento perdido por água a baixo, Lorcan e Fliss descobrem que havia um trato entre Ben e Lottie sobre sexo somente depois do casamento. Pensando nisso, Fliss fará de tudo para impedir a consumação da união e irá sabotar a lua de mel da própria irmã.

Este foi meu primeiro contato com a tão aclamada autora de chick-lits, Sophie Kinsella. Devo dizer que estava com altas expectativas por ouvir o que todos falam sobre seus livros. Mas, acabei achando A Lua de Mel uma leitura morna.
A escrita é fluida e a leitura torna-se rápida. Mesmo tendo quase 500 páginas, li ele em menos de 2 dias. A história prende o leitor, sim, mas a gente fica na expectativa de saber se Ben e Lottie irão conseguir ou não ter sua noite de sexo (a qual eles estão aflitos para ter), e se Fliss e Lorcan conseguirão impedir.

Os capítulos mais engraçados não foram os da personagem principal, Lottie, e sim de Fliss. Fliss é uma mulher recém divorciada que tem um filho, o pequeno Luca, que traz mais comicidade a história. A brigas e discussões entre ela e o ex-marido, os desabafos dela com o advogado, e as trapalhadas para cuidar de Luca, do emprego e conseguir impedir o casamento da irmã, rendem muitas risadas. E quando Lorcan entra em cena, a gente se diverte mais ainda. Porém, nos capítulos de Lottie, a leitura cai um pouco de nível. Tudo fica mas lento, mais bobinho, e a gente fica se questionando “quem, com 30 anos, vai fazer isso?”.
Fazendo uma análise mais profunda do enredo, este é um livro que traz uma narrativa sobre perdas, sobre fins e começos/recomeços, e como as pessoas lidam com isso. Teremos personagens que viveram o fim não apenas de um relacionamento, mas fins de ciclos da vida, como a morte, por exemplo. A autora vai tratar isso de uma maneira descontraída e leve.

Apesar dos pesares, é uma leitura de entretenimento que vale a pena. Não foi uma de minhas favoritas mas também não é a algo que eu não gostei. Foi mediana. Entre 0 e 5, vale 3,5. É um livro bom para a ressaca literária
***
E vocês, já leram A Lua de Mel? O que acharam? E sobre Sophie Kinsella, qual outro livro vocês me recomendam? Deixem comentários.
BEIJÃO E ATÉ MAIS!

10/01/2018

Tá Na Estante :: ‘O Silêncio das Águas’ #745

Heeey, gente. Tudo bem??

Estamos recheados de resenhas esses dias e hoje eu vim trazer mais uma pra vocês. Vamos comentar sobre uma das leituras mais maravilhosas do meu 2017?

Livro: O Silêncio das Águas
Série: Elementos (#03)
Autora: Brittainy C. Cherry
Editora: Record
Páginas: 364
Sinopse: Da autora de O ar que ele respira e A chama dentro de nós, uma história de amor que precisará vencer todos os obstáculos. Quando a pequena Maggie May presencia uma cena terrível à margem de um rio, sua vida muda por completo. A menina alegre que vive saltitando de um lado para o outro e tem uma paixonite por Brooks Griffin, o melhor amigo de seu irmão, sofre um trauma tão grande que acaba perdendo a voz. Sem saber como lidar com o problema, sua família se vê em uma posição difícil e tenta procurar ajuda, mas nenhum tratamento vai adiante. Ao longo dos anos, Maggie aprende sozinha a conviver com os ataques de pânico e, sem conseguir sair de casa, encontra refúgio nos livros. A única pessoa capaz de compreendê-la é Brooks, que permanece sempre ao seu lado. A cumplicidade na infância se transforma em amizade na adolescência, até que um dia eles não conseguem mais negar o amor que sentem um pelo outro. Mas será que o forte sentimento que os une poderá resistir aos fantasmas do passado e a um acontecimento inesperado, que os forçará a navegar por caminhos diferentes?

Maggie May era uma tímida garota de seis anos quando seu pai se casou novamente. Não era a primeira vez que a inocente menina mudava para a casa de uma desconhecida, mas ela esperava que fosse a última. Katie era diferentes das outras namoradas de seu pai, sua casa também era diferente de todas as outras casas em que Maggie já esteve e ela se sentiu confortável ali.

Acompanhado de Katie, Maggie ganhou dois irmãos: Calvin e Cheryl. A partir de sua mudança, a vida de Maggie May nunca mais foi a mesma. Contrariando a todas as expectativas de livros clichês e relações entre madrastas e enteadas, Maggie e Katie se deram muito bem e pela primeira vez ela teve uma família além de seu pai.
Além de uma nova mãe e seus novos irmãos, Maggie ganhou de presente Brooks, melhor amigo de Cal e amor da vida da pequena garota. Ela fazia planos de casar e morar com o Brooks Tyler numa cabana e ter um gato e um cachorro. Mas todos estes planos lhes são roubados quando, no dia anterior ao casamento infantil, aos dez anos, Maggie vê uma mulher sendo assassinada. Às margens do lago onde ela sempre brincou com seus irmãos, Maggie perde a inocência e junto com ela a sua crença na vida, a sua voz.

Brookes deveria se encontrar com Maggie naquela noite, mas acabou se atrasando ao escolher a gravata para o ensaio do casamento e chegou após todo o ocorrido. Mesmo sem compreender muito bem o que aconteceu, o garoto de pouco mais de dez anos se sente culpado pelo atual estado de Maggie e a partir de então decide que será seu melhor amigo, o protetor da garota, e que sempre estará ao lado dela.

Desde o ocorrido, Maggie perdeu a fala. A garota simplesmente não consegue verbalizar o que pensa e passa a se comunicar através de gestos e anotações, mas além disso, Maggie cresce cercada por um medo, que a impede até de sair de casa.

Os anos vão passando e enquanto todos seguem sua vida, Maggie segue estudando em casa, ainda sem falar. Brooke se torna seu confidente e a música é a peça-chave que une os dois em um relacionamento que poucas pessoas conseguem entender. A verdade é que nem eles dois conseguem entender muito bem que tipo de relação os domina, só sabem que não conseguem desgrudar. 
Até que em determinado momento percebem o inevitável, se amam além da amizade. Agora terão que lidar com as consequências de um relacionamento amoroso na atual conjuntura dos dois, enquanto se esquivam de pensamentos externos que possam vir a macular este relacionamento.
***
Intercalando a narrativa em primeira pessoa entre Maggie e Brookes, Brittainy criou mais um romance arrebatador onde os temas principais são divididos entre amizade e família, tornando isso a base para um relacionamento amoroso entre protagonistas que gerenciam seus próprios demônios. A forma como o leitor se conecta com os personagens desta trama fazem a leitura ser ainda mais emocionante e coerente. 
O que mais me impressionou foi a forma real como a história foi contada, personagens nada perfeitos, mas que convivem em harmonia e, de certa forma, ajudam uns aos outros a se manterem de pé diante das adversidades.
Maggie e Brookes faz a linha do casal que nasceu para estar juntos. Desde as brigas na infância, passando pelo apoio após o acontecido e toda a cumplicidade da fase adulta mostram que eles, acima de tudo, se respeitam como pessoas e se amam independente de estarem em um relacionamento amoroso ou não. A forma como um compreende o outro e como abre mão de resoluções próprias para estar presente na vida do outro é prova chave de tudo isso.

Um livro especialmente focado na violência doméstica sem aplicabilidades ao domicílio, mas mostrando constantemente a que ponto ela pode chegar e como, de certa forma, ela é encoberta dentro da sociedade quando a vítima se acha culpada pelos atentados que sofre. Foi forte a autora abordar um tema tão intenso e trazer protagonismo para uma criança. Faz o leitor refletir sobre o quão traumatizadas ficam as crianças que sofrem diariamente com este tipo de violência dentro de suas próprias casas.
Pela primeira vez na série a Brittainy focou em família. Sem absolver os problemas, discussões e adversidades, a autora trouxe o real significado do termo em uma família nada perfeita, mas muito unida e confidente. Foi interessante observar, durante o desenrolar da trama, como cada um foi necessário para o desenvolvimento do outro e como cada um ajudou o outro a superar traumas e se tornar alguém melhor.
Para mim este foi o livro mais impactante da série até o momento. Consegui me conectar com os personagens e me senti parte da história. Adorei a forma como tudo foi contado e como a autora apresentou a resolução dos “problemas” de uma forma muito natural e real. Estou super ansiosa para ler o próximo livro da série e, obviamente, indico muito a leitura.

***

Já leu algo da Brittainy? O que achou? Me conta nos comentários.

Beijocas e até a próxima!!!

01/01/2018

Tá Na Estante :: ‘O Diabo Ataca em Wimbledon’ #736

E aí, pessoal. Tudo bem?

Aqui é a Ellen, do Blog Guardiã da Meia-noite, e hoje vim contar para vocês o que achei do novo livro da autora de O Diabo Veste Prada, lançado esse ano pela editora Record

Livro: O Diabo Ataca em Wimbledon
Autora: Lauren Weisberger
Editora: Record
Páginas: 400
Sinopse: Quando a tenista queridinha dos americanos, Charlotte “Charlie” Silver, faz um pacto com o diabo — o treinador carrasco Todd Feltner —, é catapultada para um mundo de estilistas famosos, festas exclusivas, jogos beneficentes a bordo de iates gigantescos e encontros românticos com a realeza hollywoodiana. Sob a nova direção impiedosa de Todd, Charlie, a menina boa, já era. Todd só quer saber de Charlie, a “Princesa Guerreira”. Afinal de contas, ninguém chega ao topo sendo bonzinho. Revistas e blogs de fofocas seguem Charlie freneticamente em suas viagens pelo mundo perseguindo vitórias em Grand Slams e manchetes no Page Six. Mas, quando a estrela da Princesa Guerreira ascende dentro e fora das quadras, há um preço a pagar. Num mundo obcecado por aparências e celebridades, estaria Charlie Silver disposta a se perder para vencer a todo custo? De Wimbledon ao Caribe, do US Open ao Mediterrâneo, O diabo ataca em Wimbledon é um passeio sexy e perversamente divertido por um mundo em que as apostas são altas — e as regras do jogo nem sempre são respeitadas.

Nesse livro vamos conhecer a história de Charlotte Silver, uma tenista que nasceu para o esporte. Desde pequena ela teve paixão pelas quadras, incentivada pelo seu pai, e não foi surpresa nenhuma quando ela decidiu fazer do tênis sua profissão e foi apoiada pela família. 
Quando a mãe de Charile morreu, quem assumiu como figura maternal em sua vida foi sua treinadora, que a elevou ao nível profissional que ela tanto almejava. Não demorou muito para Charlie ser reconhecida e tornar-se a tenista sensação do momento, a queridinha dos americanos. 
Mas em 2015, uma lesão colocou tudo a perder. Suas chances de voltar às quadras eram poucas, mas ela não ia desistir do seu sonho tão facilmente. E é aí que ela sela um pacto com Todd Feltner, conhecido por recuperar tenistas lesionados e os transformar em sensações outra vez. Contudo, os métodos de Feltner não são nada agradáveis e ele insere Charlie em um mundo onde toda mídia se volta para ela.

Luxo e opulência nunca fizeram parte da vida de Charlotte e agora ela se vê cercada de pessoas famosas, estilistas e tabloides. Mas será que pagar esse preço vale a pena para ter sua carreira de volta, mesmo que isso vá contra tudo aquilo que ela acredita? 
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler! 
* * * 
Quem nunca assistiu O Diabo Veste Prada que atire a primeira pedra. Eu sempre fui curiosa sobre a obra que deu a origem ao filme, mas nunca tive a oportunidade de lê-la. Então, quando a Record anunciou o lançamento de O Diabo Ataca em Wimbledon, percebi que seria o momento perfeito de conhecer a escrita de Lauren Weisberger. 
Apesar do título, não pensem que essa história tem alguma relação com a de Miranda Priestly e companhia. Ambas tem uma certa base em comum, mas não tem nenhum tipo de conexão. Isso não foi um problema para mim, que não li O Diabo Veste Prada. Pelo contrário, só me fez gostar mais da obra. 
A escrita de Lauren Weisberger é leve, fluida e envolvente. Não sabia o que esperar do livro, porque nem li a sinopse quando solicitei. Amei a forma como a autora desenvolveu a história e as mais de quatrocentas páginas passaram num pulo. Amo quando os enredos me prendem dessa forma. 
A narrativa é focada toda em Charlotte e em sua ascensão. Lauren aborda diversas questões sobre limites e princípios e nos faz pensar em tudo que fazemos para alcançar nossos objetivos. Vale a pena abandonar algo em que acreditamos em nome do sucesso? 
Existe sim um romance no enredo, mas não é esse o foco. A autora até desenvolveu um triângulo amoroso e eu saí shippando loucamente, mas fiquei bem contente por não ficar presa apenas nisso. Charlotte é uma personagem tão sagaz que queria ver mais dela e de sua evolução como pessoa do que um relacionamento. 
O Diabo Ataca em Wimbledon é um livro com mensagens bem importantes, muito bem escrito e divertido. Sendo assim, deixo aqui minha recomendação a todos vocês. Espero que se apaixonem por essa história tanto quanto eu.

Beijinhos e até qualquer hora!

23/08/2017

Tá Na Estante :: ‘O Ar Que Ele Respira’ #686

Heeey, gente. Tudo bem??

Hoje trago a resenha de um livro muito indicado por vocês. Adoro quando vocês percebem que um livro vai me encantar e me indicam a leitura loucamente, haha. Vamos lá descobrir mais sobre ele?

Livro: O Ar Que Ele Respira
Série: Elementos (#01)
Autora: Brittainy C. Cherry
Editora: Record
Páginas: 308
Sinopse: Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém, ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar dele, mas Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço para um novo começo. Ou talvez sim.

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Tristan e Elizabeth são duas pessoas atormentadas por tragédias passadas que as impedem de ter uma vida feliz novamente. Ele ainda mais que ela, e quando a jovem moça volta para a cidade que marcou sua vida, os destinos dos dois se encontram e talvez essa seja a chance de recomeçar.

Elizabeth volta à pequena Meadows Creek um ano após perder seu marido. Ela e Steven se conheceram na faculdade e, mesmo sendo completamente opostos, se apaixonaram e logo se casaram, construindo uma vida e feliz na pequena cidade natal dele. Os anos se passaram e o amor só aumentou, até que Steven morreu em um trágico acidente de carro e junto com ele levou um pedaço de Lizzie.

Após a morte do marido, Lizzie passa um ano na casa da mãe, uma senhora que sente a morte do marido de forma intensa e para esquecer isso, vive uma vida boêmia, entrando e saindo de relacionamentos com caras que não vale um vintém. Cansada da vida na casa da mãe, Lizzie decide voltar para a cidade e enfrentar os fantasmas do passado na casa onde viveu com o marido.

O que ela não esperava era encontrar um novo vizinho. A casa ao lado é ocupada por Tristan, um homem muito julgado pela sociedade da cidade por ser muito fechado. Taxado como criminoso e até psicopata, Lizzie fica intrigada pelo rapaz e o final descobre que ele, assim como ela, é atormentado por uma grande tragédia na vida.
Agora Lizzie toma para si a vontade de tirar Tristan do casulo e descobrir mais sobre esse homem tão misterioso e intrigante, mas para isso terá que driblar toda a sociedade da pequena cidade, assim como seus parentes e amigos, mas principalmente o próprio Tristan. Será que ela vai conseguir?
***

Narrado em primeira pessoa e trazendo as visões de ambos os protagonistas, O Ar Que Ele Respira é uma trama que te arrebata num piscar de olhos. Concluí a leitura durante uma viagem e quando fechei o livro só conseguia suspirar de amores pelo mesmo.

A história de Tristan e Elizabeth é tragicamente bonita e bem feita. Gostei, em especial, de acompanhar a vontade dela de se reerguer e de ajudar um cara que, até então, era desconhecido a encontrar seu ponto de luz.
O romance foi se desenvolvendo de uma forma diferente e eu confesso que a princípio não entendi muito bem qual era a intenção da autora com aquilo, mas com o decorrer da leitura compreendi que ambos precisavam de um choque de realidade para poder retomar a vida e compreender seus próprios sentimentos.

A pequena filha de Lizzie dá um charme extra a trama que parecia tão pesada. A forma leve como a criança compreende as coisas e as pitadas de magia que ela vê em tudo, tira a nuvem escura que sobrepõe a história. Além disso, a forma como Lizzie se mantém firme por ela dá uma visão bem ampla de como os sentimentos de uma mãe estão ligados aos do seu filho.
Do meio pro final, Brittainy conseguiu me surpreender ainda mais, acrescentando uma pitada de mistério na história. Fiquei ansiosa para descobrir como as coisas iriam se desenrolar não só com relação ao casal, mas a outros fatos que iam surgindo.

Quando concluí a leitura fiquei minutos pensando no quão genial a Brit é em seus livros. É uma mistura de romance, drama, comédia e mistério que nos prendem e nos intrigam, quase como se estivéssemos colados às páginas do livro. Além disso, é um daqueles livros que nos deixam pensando sobre o propósito da vida e o que estamos fazendo com ela.
Só posso dizer que eu amei e que indico a leitura para todos vocês. Uma história que te faz acreditar no poder do amor e da amizade como nenhuma outra. Um livro que clama para ser lido, assim como o ar clama para ser respirado. Leiam!

♥♥♥

Espero que tenham gostado da resenha, não se esqueçam de comentar me contando se ficaram interessados no livro ou se já leram e o que acharam. A resenha do segundo volume dessa série já está disponível e vocês podem ler clicando aqui.

Beijocas e até a próxima!!!

16/08/2017

Tá Na Estante :: ‘Um Tom Mais Escuro de Magia’ #684

Oi, gente. Tudo bem?

Ando meio sumido, eu sei, mas hoje voltei pra falar para vocês a minha opinião sobre uma das minhas melhores  leituras do ano, que foi o livro de Janeiro do Vórtice Fantástico aqui de Porto Alegre. Vamos conferir?!

Livro: Um Tom Mais Escuro de Magia
Série: A Darker Shade of Magic (#01)
Autora: V. E. Schwab
Editora: Record
Páginas: 420
Sinopse: Entre em um universo de aventuras audaciosas, poder eletrizante e Londres múltiplas. Kell é um dos últimos Viajantes — magos com uma habilidade rara e cobiçada de viajar entre universos paralelos conectados por uma cidade mágica. Existe a Londres Cinza, suja e enfadonha, sem magia alguma e com um rei louco — George III. A Londres Vermelha, onde vida e magia são reverenciadas, e onde Kell foi criado ao lado de Rhy Maresh, o boêmio herdeiro de um império próspero. A Londres Branca: um lugar onde se luta para controlar a magia, e onde a magia reage, drenando a cidade até os ossos. E era uma vez… a Londres Negra. Mas ninguém mais fala sobre ela. Oficialmente, Kell é o Viajante Vermelho, embaixador do império Maresh, encarregado das correspondências mensais entre a realeza de cada Londres. Extra-oficialmente, Kell é um contrabandista, atendendo pessoas dispostas a pagar por mínimos vislumbres de um mundo que nunca verão. É um hobby desafiador com consequências perigosas que Kell agora conhecerá de perto. Fugindo para a Londres Cinza, Kell esbarra com Delilah Bard, uma ladra com grandes aspirações. Primeiro ela o assalta, depois o salva de um inimigo mortal e finalmente obriga Kell a levá-la para outro mundo a fim de experimentar uma aventura de verdade. Magia perigosa está à solta e a traição espreita em cada esquina. Para salvar todos os mundos, Kell e Lila primeiro precisam permanecer vivos.

Nesse universo criado por V. E. Schwab, vamos conhecer quatro versões da mesma Londres, localizadas em dimensões diferentes. Nosso protagonista, Kell, é um Antari, um dos últimos de sua espécie e que tem a habilidade de atravessar as dimensões, indo de uma Londres para a outra.
Foto por Estante Diagonal
Para diferenciar as cidades, Kell atribuiu cores a cada uma delas, de acordo com a quantidade de magia presente nas mesmas. A Londres Cinza é a que conhecemos, onde não existe mais magia. A Londres Vermelha, lar de Kell, tem a magia bem ativa, com um reino civilizado. Na Londres Branca,  a magia ainda existe, mas é escassa e seus habitantes são famintos por ela. Por fim, existe a Londres Preta, mas esta não é mencionada por ninguém.
Por Kell ter a habilidade de viajar entre as Londres, ele se tornou embaixador da Londres Vermelha. A população em geral não sabe da existência das outras dimensões, apenas a realeza, e cabe a Kell transmitir mensagens entre as cortes.

Porém, há algo que Kell faz que contraria todas as leis. Ele tem o hábito de contrabandear itens de um reino para outro, utilizando seu dom para obter vantagens, o que desagrada o príncipe e seu melhor amigo, Rhy Maresh. As Londres estão separadas por algum motivo e os hábitos de Kell podem ser um perigo.

Em sua última missão, voltando da Londres Branca, Kell cai em uma armadilha e se vê carregando  consigo um item misterioso, originário da Londres Preta. Esse item é extremamente perigoso e pode colocar todos os reinos em risco, assim como a vida do Antari.

A partir daí, Kell começa a ser perseguido por todos os lados e fugir é sua única saída.  É aí que seu destino esbarra com o de Dalilah Bard, uma ladra extremamente astuta. À princípio os dois entram em atrito, mas logo acabam tornando-se aliados em uma perigosa jornada para consertar seus erros e salvar o mundo do caos.

Foto por Estante Diagonal
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
***
Acho que já não é mais novidade pra ninguém aqui que Victoria Schwab é uma das minhas autoras queridinhas da atualidade. Meu primeiro contato com ela foi em A Guardiã de Histórias, mas o amor se consolidou aqui, com Um Tom Mais Escuro de Magia. Então, percebam meu choque quando reparei que ainda não havia feito resenha dele para vocês. Já está mais do que na hora de vocês  conhecerem essa trama sensacional.
O universo construído pela autora é sensacional. Temos a magia como uma protagonista onipresente. Tudo gira em torno dela, tudo depende dela, tudo leva a ela. Amei que Schwab soube desenvolver isso muito bem e me prendeu logo nas primeiras páginas. Sabe aquele livro que você pega e sabe que vai amar?  Então. Aconteceu isso aqui e eu não poderia estar mais contente.
O livro é narrado em terceira pessoa e outra característica marcante dos livros de Schwab é que ela sabe desenvolver muito bem seus personagens. Alternando as perspectivas dos mesmos, a autora soube atar bem os detalhes e criar protagonistas únicos. Kell e Lilah são simplesmente incríveis e tenho certeza que todos que leram se apaixonaram pelos dois como eu.
O cenário das Londres também foi bem caracterizado. Schwab detalhou super bem e em vários momentos da trama consegui me ver nos ambientes, me aventurando ao lado dos personagens. Isso traz uma forte gratificação para mim, pois estar cem por cento imerso em uma obra só a torna mais grandiosa.
O final foi de tirar o fôlego, apesar de um tanto previsível. Conforme o clímax foi se desenvolvendo, já sabia mais ou  menos onde tudo iria acabar, mas mesmo assim a tensão não foi menor. V. E. sabe muito bem conduzir seu leitor para onde ela quer, sem deixar que o ritmo acelerado estanque. Estou completamente ansioso pela continuação, que será lançada pela Record na Bienal. Cadê setembro que não chega??

Foto por Estante Diagonal

A edição física está muito bem trabalhada. A capa é uma adaptação da original e que, particularmente, acho sensacional. A diagramação é simples, a fonte tem um bom tamanho para leitura, as páginas são amareladas e a revisão está muito boa.
Um Tom Mais Escuro de Magia é um ícone da fantasia e merece ser mais conhecida e divulgada. Sendo assim, deixo aqui meu apelo: LEIAM e se apaixonem também. Garanto que vale muito a pena!
Beijos e até a próxima!