sobre livros e a vida

27/06/2018

Tá Na Estante :: ‘A Festa da Insignificância’ #795

Oi, gente!

Pensa num livro pequeno que faz a gente refletir bastante… Esse é o Festa da Insignificância do autor tcheco Milan Kundera.

Livro: A festa da insignificância
Autor: Milan Kundera
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 136
Sinopse: Este romance de Milan Kundera coloca em cena quatro amigos parisienses que vivem numa deriva inócua, característica de uma existência contemporânea esvaziada de sentido. Eles passeiam pelos jardins de Luxemburgo, se encontra numa festa sinistra, constatam que as novas gerações já se esqueceram de quem era Stálin, perguntam-se o que está por trás de uma sociedade que, ao invés dos seios ou das pernas, coloca o umbigo no centro do erotismo. Na forma de uma fuga com variações sobre um mesmo tema, Kundera transita com naturalidade entre a Paris de hoje em dia e a União Soviética de ontem, propondo um paralelo entre essas duas épocas. Assim, o romance tematiza o pior da civilização e lança luz sobre os problemas mais sérios com muito bom humor e ironia, abraçando a insignificância da existência humana.

Trazendo filosofia, críticas e melancolia, o romance A festa da insignificância, aborda a erotização do umbigo, suicídio, assassinato, aborto, falsas identidades, falsas doenças e Stálin e seus subordinados. Durante a leitura, esses temas parecem desconexos e sem qualquer significação quando apontados dessa forma, o que nos leva a refletir sobre a pequinês e a insignificância da vida humana.
A história é narrada em Paris através de recortes da vida de quatro amigos (Alain, Charles, Calibã e Ramon). O livro começa com o questionamento de Alain sobre a moda de usar roupas que deixam à mostra o umbigo, sua erotização no lugar de coxas, peitos ou bumbuns. Esse questionamento vai ser abordado em vários pontos do livro. 
Alain também traz, além desse questionamento curioso, um trauma de infância: ele foi abandonado pela mãe quando criança, e cresceu sem saber muito sobre ela. Com isso, em vários momentos do livro ele tem diálogos com essa mãe desconhecida, imaginando o que ela diria a ele nas situações que está vivendo.
D’ardelo é o cara que quer ter as atenções para ele. Voltando de uma consulta médica, descobre que está curado de um câncer, mas, ao encontrar um conhecido, Ramon, ele inventa que está com o câncer e que tem pouco tempo de vida.

E para celebrar a vida (ou seus falsos últimos dias), D’ardelo quer dar uma grande festa. Com esse encontro, Ramon fica comovido pela luta de D’ardelo contra a doença, mesmo sem ter lá muito gosto pelo conhecido. Este encontro leva Ramon a refletir sobre o narcisismo e as pessoas insignificantes.
Charles está lendo o livro “Memórias” de Nikita Khruschóv, que relata os bastidores do que era ser um subordinado de Stálin. Com esse personagem, Kundera conseguiu inserir críticas ao stalinismo de forma muito sutil (a saber: Kundera é tcheco e foi perseguido pelo regime stalinista, por isso mudou-se para França, onde continua residindo e publicando seus livros).
Calibã é um ator frustrado que trabalha como garçom junto com Charles. Para deixar as coisas mais interessantes, ele sempre finge, durante seu trabalho, ser um paquistanês que França e que não sabe nada de francês.
O livro ruma para que todos esses personagens se encontrem na festa de D’Ardelo, que é a maior descrição da insignificância e do tédio humanos.
Este foi meu primeiro contato com a escrita de Milan Kundera e, devo dizer, que por mais que o livro seja curto (136 páginas), ele não foi tão simples de ler. Talvez se você não parar para refletir sobre o que está sendo contado, talvez você leia o livro rápido, mas vai ficar com o sentimento de “acho que perdi algo, porque isso não fez muito sentido”. Em alguns momentos, precisei ler com mais calma, voltar, refletir sobre os parágrafos, sobre os capítulos (que são bem curtos), para entender o que o autor queria transmitir com aquilo.
O autor traz personagens tão cotidianos que podem ser histórias encontradas em qualquer esquina do mundo. Este ponto é interessante pois faz com que cada leitor interprete a história de uma forma diferente, a partir da aproximação ou distanciamento dos personagens com sua realidade. Pensando bem, geraria uma boa discussão em grupo sobre o livro, já que diversas constatações serão feitas de formas tão diferentes.

“A insignificância, meu amigo, é a essência da existência. Ela está conosco em toda parte e sempre. Ela está presente mesmo ali onde ninguém quer vê-la: nos horrores, nas lutas sangrentas, nas piores desgraças.”

Durante minha leitura, algo que me marcou foi a salientamento de como nosso probleminhas cotidianos, que parecem tão grandes e difíceis, são, na verdade, insignificantes e que essa insignificância faz de nós seres humanos. A insignificância está contida em nossa essência, em nosso dia-a-dia, como se fôssemos pequenas insignificâncias ambulantes que se reúnem, se aglutinam, formando a humanidade.

“A vida é uma luta de todos contra todos. (…) As pessoas não podem se atirar umas sobre as outras sempre que se encontram. Em vez disso, tentam jogar no outro o constrangimento da culpabilidade. Ganhará aquele que conseguir tornar o outro culpado.”

Outro ponto marcante, para mim, é quando nos deparamos com o que Alain chama de “desculpante”. Como é retratado a culpa em nossas relações sociais cotidianas. Durante a narrativa, Alain vai chegar ao ponto do porquê nos tornamos “desculpantes” ou não, e ele, em si, irá descobrir porque se tornou um.

“- O ser humano é apenas solidão.
– Ah, como isso é verdadeiro – exclamou a jovem D’Ardelo.
– Uma solidão cercada de solidões – acrescentou La Franck (…)”

Mas acima de tudo, a maior das reflexões que tive foi sobre a vida. Ou o que chamamos de vida. Em toda seu esplendor, em todas as suas insignificâncias e horrores, nas felicidades enormemente pequenas, que existe, tudo isso, dentro de um pequeno e insignificante ser humano. Somos tão completos e cheios de emoções e atividades, nos relacionando com tanta gente o tempo todo, mas no fim, somos só nós mesmos.

***

Vocês já leram A Festa da Insignificância? Já leram alguma outra obra de Milan Kundera? Vamos conversar mais nos cometários.
BEIJÃO E ATÉ MAIS!

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Este post é válido para o Comentário Premiado.
Clique aqui para mais informações.

04/05/2018

A PARTE QUE FALTA e o desejo de estar completo

Heeey, gente. Tudo bem??

Alguns meses atrás vi um vídeo da Jout Jout sobre o livro A parte que falta, no momento o livro estava sendo relançado pela Companhia das Letrinhas, um selo infantil do grupo Companhia das Letras. Não pensei duas vezes antes de solicitar o livro e ler eu mesma tudo aquilo que ouvi no vídeo.

Antes de falar sobre este livro, gostaria de associar a um post que fiz recentemente sobre o conceito de solidão, vocês podem clicar aqui para ler. A parte que falta vai falar basicamente sobre isso, de uma forma bem lúdica e dinâmica.


O protagonista dessa trama busca uma coisa: a parte que falta nele. Ele quer ser um ser completo e para isso precisa encontrar a peça que se encaixa exatamente no seu buraco. Parte, então, para uma busca desenfreada por aquele pequeno pedaço que o deixará completo, que o fará ser inteiro.

Durante essa busca, nosso protagonista descobre um mundo diferente, conhece pessoas, ri, se completa, mas não percebe isso. Vai encontrando peças que pode o completar, mas que na real só tapavam aquele buraco que ele tinha, e ele segue nessa busca, até que encontra um pedaço que se encaixa exatamente em si, que o completa.

A partir daquele momento a felicidade do protagonista é estupenda, ele está vivendo o momento da mais plenitude da sua vida, até que percebe que não consegue mais observar as coisas que observava durante sua busca. Ele já não consegue cantar, rir, apreciar pequenos momentos, conversar com os amigos que fez ao longo da jornada. Então percebe que estar completo não é tão maravilhoso assim. Ou melhor: percebe que talvez nunca esteve completo, que sequer poderá ser completo.

Apesar de trazer um premissa simples, o livro é um tapa na cara de todos nós. É digno do ser humano sempre estar procurando uma parte que falta, nunca estar satisfeito com o que se tem, por isso acabamos perdendo coisas incríveis que aparecem durante esta busca desenfreada por algo que na verdade nem sabemos o que é.

Falar sobre se aceitar e aprender a viver bem com si próprio, ainda mais em um livro que é direcionado para crianças, é uma excelente forma de criar adultos mais maduros e confortáveis com sua própria situação. Pessoas que estejam buscando o melhor, mas que compreendam que o têm e quem são pode já ser suficiente. Mas acima de tudo, mostra que devemos aproveitar a caminhada pela busca daquilo que queremos, o trajeto é o que faz tudo mais belo.

É uma leitura incrível, dotada de sentimento e de aprendizados. Curto, leve, fácil. Quando você fechar a capa no final, com certeza dará um suspiro e repensará muitas coisas da sua vida. Boa sorte na sua jornada, espero que este livro faça com que ela seja mais leve.

Beijocas e até a próxima!!!

22/12/2017

Tá Na Estante :: ‘Suicidas’ #727

Oi, gente. Tudo bem?

Acho que não é novidade para ninguém que Raphael Montes é um dos meus autores nacionais favoritos. Leio tudo que esse cara escreve e, sendo assim não podia deixar de ler seu primeiro livro lançado. Vamos conferir o que eu achei?!

Livro: Suicidas
Autor: Raphael Montes
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 342
Sinopse: Antes que o mundo pudesse sonhar com o terrível jogo da baleia azul, que leva jovens a tirar a própria vida, ou que a série de televisão Thirteen Reasons Why fosse lançada e se tornasse o sucesso que é hoje, Raphael Montes, então com 22 anos, já tratava do tema do suicídio entre jovens, com a ousadia que virou sua marca registrada. Em seu primeiro livro, que a Companhia das Letras agora relança acrescido de um novo capítulo, conhecemos a história de Alê e seus colegas, jovens da elite carioca encontrados mortos no porão do sítio de um deles em condições misteriosas que indicam que os nove amigos participaram de um perigoso e fatídico jogo de roleta russa. Aos que ficaram, resta tentar descobrir o que teria levado aqueles adolescentes, aparentemente felizes e privilegiados, a tirar a própria vida.

Em um porão escuro de uma mansão, nove jovens foram encontrados mortos. As investigações indicaram que eles todos haviam participado de um jogo de roleta russa que não deu muito certo, já que todos morreram ao invés de apenas um. Mas essa não é a única questão. O estado dos corpos estava deplorável, o que indica que algo mais aconteceu ali, que não está bem explicado.

Um ano depois, o mistério ainda ronda essa tragédia. Determinada a encontrar uma explicação plausível para este crime, a delegada Diana convida as mães dos jovens mortos para uma reunião com um novo fato que foi escondido pela polícia na investigação original.
Ao lado dos cadáveres foi encontrado um livro, escrito por Alê, que narrava as mortes dos colegas em tempo real. Diana acredita que as mães podem ter uma luz sobre os motivos de todo esse caos, já que, mesmo com esse livro, não se sabe ainda a explicação para o estado em que os corpos foram encontrados. O que realmente aconteceu naquela noite?

***
Após ter lido Dias Perfeitos, O Vilarejo e Jantar Secreto, Raphael Montes se tornou um dos meus autores queridinhos. Cada obra que ele publica é um tiro no meu peito, pois ele consegue explorar diversos temas de uma forma única, que choca o leitor, mas também mostra a realidade do ser humano sem as máscaras que ele usa para viver em sociedade.

Em Suicidas não foi diferente. Montes explora toda essa questão do suicídio com um ar de mistério que só ele consegue englobar. Temos uma narrativa dividida em três momentos: o diário de Alê, o livro escrito por ele e uma transcrição da gravação da conversa de Diana com as mães. Já iniciamos o livro sabendo o que havia acontecido, mas acompanhar pela visão de Alê cada uma das mortes só deixa tudo ainda mais chocante.
Os personagens foram muito bem caracterizados. Vemos todo o contexto pela visão de Alê, o que pode tornar nosso julgamento um tanto equivocado. O rapaz não tinha atitudes muito legais e eu não via motivos concretos o suficiente para o ranço que ele parecia ter dos outros suicidas. Sabe quando você conhece aquele personagem que ama odiar? Então, foi o que senti quando conheci o Alê. Ele é o tipo de pessoa que eu odiaria se conhecesse na vida real.

O que mais gosto na narrativa de Montes é que ele não tem medo de abusar das cenas fortes e polêmicas. Se você tem o estômago fraco, garanto que as obras do autor não são para você. Eu, por mais acostumado que esteja com seus livros, precisei dar uma pausa na leitura uma vez para me recuperar de uma cena. Acho isso sensacional.

Depois da leitura de Suicidas, estou ainda mais encantado com Raphael Montes. Não sei se quero ser seu melhor amigo ou se devo ter medo dele, mas posso garantir que suas obras têm lugar cativo na minha estante. Deixo aqui minha recomendação àqueles que desejam  se aventurar fora de sua zona de conforto e para os fãs do gênero.
Beijos e até a próxima!

20/12/2017

Tá Na Estante :: ‘O Iluminado’ #725

Oi, gente. Tudo bem?

Esse ano tive mais uma experiência com Stephen King e hoje vim contar pra vocês minha opinião sobre um de seus maiores clássicos, O Iluminado. Vamos conferir?!

Livro: O Iluminado
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Páginas: 520
Sinopse: “O lugar perfeito para recomeçar”, é o que pensa Jack Torrance ao ser contratado como zelador para o inverno. Hora de deixar para trás o alcoolismo, os acessos de fúria, os repetidos fracassos. Isolado pela neve com a esposa e o filho, tudo o que Jack deseja é um pouco de paz para se dedicar à escrita. Mas, conforme o inverno se aprofunda, o local paradisíaco começa a parecer cada vez mais remoto… e mais sinistro. Forças malignas habitam o Overlook, e tentam se apoderar de Danny Torrance, um garotinho com grandes poderes sobrenaturais. Possuir o menino, no entanto, se mostra mais difícil do que esperado. Então os espíritos resolvem se aproveitar das fraquezas do pai… Um dos livros mais assustadores de todos os tempos, O iluminado é um clássico de Stephen King. Edição especial com tradução revisada e prólogo e epílogo inéditos.

Jack Torrance tinha muitos problemas relacionados ao álcool, o que o deixava extremamente agressivo e assustador. Após perder o emprego na escola em que dava aulas, ele se vê desesperado tentando encontrar uma nova forma de sustentar a esposa, Wendy, e o filho de cinco anos, Danny.
E é aí que Al Shockley, um velho amigo de Jack, lhe faz uma proposta praticamente irrecusável. Ele deveria se tornar zelador do Hotel Overlook durante o inverno, quando o hotel fecha para hóspedes e os funcionários saem de férias. Durante as nevascas típicas da estação, o acesso ao local torna-se bem complicado, o que deixaria a família Torrance praticamente isolada durante este período.
Jack, que é aspirante a escritor, pensa que essa tranquilidade do isolamento pode ser boa para sua inspiração. Além disso, Wendy e Danny teriam toda a imensidão da propriedade para se divertirem e se distrairem. Sendo assim, ele aceita o emprego e parte com a família para as montanhas do Colorado.

Os primeiros dias são tranquilos, mas aos poucos coisas estranhas começam a acontecer. Como todo local antigo, o Overlook tem seus próprios fantasmas, que tentam atormentar a vida da família que está habitando-o. Danny é o primeiro a perceber os sinais, mas é em Jack que os efeitos vão ser maiores. 

Aos poucos, as forças que habitam o hotel vão entrando na mente de Jack e ultrapassando a linha tênue que mantinha a sanidade do escritor. Ele vai se tornando cada vez mais agressivo, o que deixa sua família em perigo. Quando uma tempestade os isola na propriedade, Wendy e Danny precisarão usar de toda sua coragem e determinação se quiserem escapar de lá com vida.
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
***
A adaptação de O Iluminado foi um dos meus primeiros contatos com Stephen King. Assisti o filme há uns dois anos e sempre tive curiosidade em ler a obra, mas nunca tive a oportunidade. Então, quando a Suma relançou o livro nessa edição maravilhosa da coleção Biblioteca Stephen King, não pude deixar de solicitar e me aventurar na obra. E não é que valeu a pena?
A escrita de Stephen King é, como muitos sabem, bastante prolixa, principalmente em suas obras mais antigas. Aqui não foi diferente. O autor demorou a desenvolver os fatos, fazendo com que em cem páginas os protagonistas nem tivessem chego ao hotel ainda, que é onde toda a trama vai se desenvolver. E, até o terror finalmente aparecer, muitas páginas se passaram.
Contudo, não pensem que isso diminui o brilhantismo da obra. O livro é narrado em terceira pessoa, alternando as perspectivas de Jack, Danny e Wendy. É tão interessante ver como eles vão mudando a cada capítulo, evoluindo e amadurecendo com as situações que se apresentam (no caso de Wendy e Danny) e ficando cada vez mais perigosos (no caso de Jack).
Achei bem interessante essa questão de Danny ser o iluminado. Ele tem apenas cinco anos e não entende muitas coisas sobre o mundo, mas consegue captar diversas nuances de personalidade, além de ter uma enorme sensibilidade para o mundo do além. Ele foi o primeiro a perceber que ir para o Overlook poderia não ser uma boa ideia, quando seu amigo imaginário, Tony, colocou imagens sombrias do hotel em sua cabeça.
É difícil falar mais sobre o livro, que já é praticamente um clássico. Sobre o filme, posso acrescentar que é uma adaptação brilhante. Claro que os efeitos, comparados aos que temos atualmente, deixam um  pouco a desejar, mas todo contexto da trama está presente e a atuação de Jack Nicholson está sensacional. Vale muito a pena.
O Iluminado é um livro que desperta todo tipo de emoção no leitor, daquelas que deixam seu psicológico alterado. Não posso não recomendar essa obra a todos. Estou cada vez mais apaixonado por King e quero que todos conheçam suas histórias!
Beijos e até a próxima!

26/10/2017

Lançamentos de Outubro

Oi, gente. Tudo bem?

Nesse feriadinho maravilhoso, estamos todos colocando as leituras em dia, não é mesmo? E pensando nisso, vim trazer aqui para vocês os lançamentos mais legais do mês de outubro, pra você já ir fazendo sua wishlist e preparando sua TBR. Vamos conferir?!

Livro: O Silêncio das Águas, de Brittainy C. Cherry
Editora: Record
Páginas: 364
Sinopse: Quando a pequena Maggie May presencia uma cena terrível à margem de um rio, sua vida muda por completo. A menina alegre que vive saltitando de um lado para o outro e tem uma paixonite por Brooks Griffin, o melhor amigo de seu irmão, sofre um trauma tão grande que acaba perdendo a voz. Sem saber como lidar com o problema, sua família se vê em uma posição difícil e tenta procurar ajuda, mas nenhum tratamento vai adiante. Ao longo dos anos, Maggie aprende sozinha a conviver com os ataques de pânico e, sem conseguir sair de casa, encontra refúgio nos livros. A única pessoa capaz de compreendê-la é Brooks, que permanece sempre ao seu lado. A cumplicidade na infância se transforma em amizade na adolescência, até que um dia eles não conseguem mais negar o amor que sentem um pelo outro. Mas será que o forte sentimento que os une poderá resistir aos fantasmas do passado e a um acontecimento inesperado, que os forçará a navegar por caminhos diferentes?

Livro: Sonhos de Avalon – A Última Profecia, de Bianca Briones
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 424
Sinopse: O mito do Rei Arthur recontado de maneira totalmente original e com protagonistas jovens femininas. Quem nunca sonhou em viver na Idade Média com Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda? E se todas as versões já retratadas fossem uma tentativa de Merlin, poderoso feiticeiro do rei, de mudar o destino? O primeiro volume de Sonhos de Avalon traz a história de Melissa, uma jovem do século XXI, predestinada a voltar à Idade Média para se casar com Arthur e salvar a Britânia e a magia. Porém, quando sentimentos são envolvidos os resultados podem ser imprevisíveis. Dividida entre a responsabilidade que lhe foi dada e a voz de seu coração, Melissa terá que tomar uma decisão que mudará sua vida e a de todos que a cercam.

Livro: Corte de Asas e Ruína, de Sarah J. Maas
Série: Corte de Espinhos e Rosas (#03)
Editora: Galera Record
Páginas: 686
Sinopse: Em Corte de Asas e Ruína a guerra se aproxima, um conflito que promete devastar Prythian. Em meio à Corte Primaveril, num perigoso jogo de intrigas e mentiras, a Grã-Senhora da Corte Noturna esconde seu laço de parceria e sua verdadeira lealdade. Tamlin está fazendo acordos com o invasor, Jurian recuperou suas forças e as rainhas humanas prometem se alinhar aos desejos de Hybern em troca de imortalidade. Enquanto isso Feyre e seus amigos precisam aprender em quais Grãos-Senhores confiar, e procurar aliados nos mais improváveis lugares. Porém, a Quebradora da Maldição ainda tem uma ou duas cartas na manga antes que sua ilha queime.

Livro: A Ascensão do Mal, de Danielle Paige
Série: Dorothy tem que Morrer (#02)
Editora: Rocco Jovens Leitores
Páginas: 240
Sinopse: Em Dorothy tem que morrer, Amy Gumm é uma garota do Kansas levada por um tornado para o mundo encantado de Oz. O que ela encontra por lá, porém, é uma paisagem bem diferente da descrita no clássico de L. Frank Baum, governada com mão de ferro por uma certa Dorothy Gale. Para fazer de Oz uma terra livre novamente, Amy precisa remover o coração do homem de lata, roubar o cérebro do espantalho e tomar a coragem do leão. E aí Dorothy morreria. Mas, em A ascensão do mal, aguardada sequência da série de Danielle Paige, ela continua viva. E o passado de Oz guarda muitos segredos que Amy ainda desconhece. Em quem ela poderá confiar para cumprir sua missão?

Livro: Vidas Muito Boas, de J. K. Rowling
Editora: Rocco
Páginas: 80
Sinopse: “Como podemos aproveitar o fracasso?” “Como podemos usar nossa imaginação para melhorar a nós e os outros?”. J.K. Rowling responde essas e outras perguntas provocadoras em Vidas muito boas, versão em livro do famoso discurso de paraninfa da autora da série Harry Potter na Universidade de Harvard, que chega às livrarias brasileiras no dia 7 de outubro. Baseado em histórias de seus próprios anos como estudante universitária, a autora mundialmente famosa aborda algumas das mais importantes questões da vida com perspicácia, seriedade e força emocional. Um texto cheio de valor para os fãs da escritora e surpreendente para todos que buscam palavras inspiradoras.

Livro: Tartarugas até lá Embaixo, de John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 256
Sinopse: Depois de seis anos, milhões de livros vendidos, dois filmes de sucesso e uma legião de fãs apaixonados ao redor do mundo, John Green, o autor do inesquecível A culpa é das estrelas , lança o mais pessoal de todos os seus livros: Tartarugas até lá embaixo. A história acompanha a jornada de Aza Holmes, uma menina de 16 anos que sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido – quem encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro – enquanto tenta lidar com o próprio transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Repleto de referências da vida do autor – entre elas, a tão marcada paixão pela cultura pop e o TOC, distúrbio mental que o afeta desde a infância –, Tartarugas até lá embaixo tem tudo o que fez de John Green um dos mais queridos autores contemporâneos. Um livro incrível, recheado de frases sublinháveis, que fala de amizades duradouras e reencontros inesperados, fan-fics de Star Wars e – por que não? – peculiares répteis neozelandeses.

Livro: O Navio dos Mortos, de Rick Riordan
Série: Magnus Chase e os Deuses de Asgard (#03)
Editora: Intrínseca
Páginas: 368
Sinopse: O destino dos mundos está de novo nas mãos de Magnus Chase. Será que ele vai conseguir derrotar Loki de uma vez por todas? Nos dois primeiros livros da série, Magnus Chase, o herói boa-pinta que é a cara do astro de rock Kurt Cobain, ex-morador de rua e atual guerreiro imortal de Odin, precisou sair em algumas jornadas árduas e desafiar monstros, gigantes e deuses nórdicos para impedir que os nove mundos fossem destruídos no Ragnarök, o fim do mundo viking. Em O navio dos mortos, Loki está livre da sua prisão e preparando Naglfar, o navio dos mortos, para invadir Asgard e lutar ao lado de um exército de gigantes e zumbis na batalha final contra os deuses. Desta vez, Magnus, Sam, Alex, Blitzen, Hearthstone e seus amigos do Hotel Valhala vão precisar cruzar os oceanos de Midgard, Jötunheim e Niflheim em uma corrida desesperada para alcançar Naglfar antes de o navio zarpar no solstício de verão, enfrentando no caminho deuses do mar raivosos e hipsters, gigantes irritados e dragões malignos cuspidores de fogo. Para derrotar Loki, o grupo precisa recuperar o hidromel de Kvásir, uma bebida mágica que dá a quem bebe o dom da poesia, e vencer o deus em uma competição de insultos. Mas o maior desafio de Magnus será enfrentar as próprias inseguranças: será que ele vai conseguir derrotar o deus da trapaça em seu próprio jogo?

Livro: Jogo de Espelhos, de Cara Delevigne
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
Sinopse: Naomi, Rose, Leo e Red são adolescentes enfrentando aquela fase em que se relacionar no colégio é tão difícil quanto encarar os próprios problemas. Red tem uma mãe alcoólatra e um pai ausente; o irmão de Leo está na prisão; Rose usa sexo e drogas para mascarar traumas antigos e Naomi se esconde atrás de peruca e maquiagem pesada. Quatro adolescentes tão diferentes viram melhores amigos quando são obrigados a formar uma banda. O que era uma tarefa chata vira a famosa e popular Mirror, Mirror. Através da música, eles encontram um caminho para encarar o mundo de outra forma. Mas tudo desmorona quando Naomi some misteriosamente e é encontrada, dias depois, entre a vida e a morte. O acidente desestrutura a banda e, consequentemente, a vida de todos. A sólida relação de amizade que eles achavam estar construindo tinha uma rachadura, e tudo o que restam são dúvidas e vazios. O que aconteceu com Naomi? Foi um acidente ou um ataque? Por que ela fugiria e deixaria a banda para trás? Por que esconderia segredos dos seus melhores amigos? Para desvendar o mistério por trás dessa história, Red e os amigos entram em uma investigação que vai desenterrar seus próprios segredos obscuros e fazê-los confrontar a diferença entre o que eles realmente são de verdade e a imagem que passam para o mundo. Em seu romance de estreia, a modelo e atriz Cara Delevingne revela mais um talento ao apresentar um olhar fresco e sagaz sobre questões atuais da juventude: amizade, bullying, identidade, gênero, transtornos emocionais, a influência perigosa das mídias sociais nas relações e o poder destruidor da imagem.

Livro: Lady Whistledown Contra-Ataca, de Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 352
Sinopse: Quem roubou o bracelete de lady Neeley? Terá sido o caça-dotes? O apostador? A criada? Ou o libertino? Londres está fervendo com as especulações, mas, se ainda restam muitas dúvidas, pelo menos uma coisa é certa: um desses quatro está envolvido no crime. Crônicas da sociedade de lady Whistledown, maio de 1816. Julia Quinn encanta… Um belo caçador de fortunas foi enfeitiçado pela debutante mais desejada da temporada. Agora ele precisa provar que o que deseja é o coração da jovem, não o dote dela. Mia Ryan delicia… Uma criada adorável e espirituosa está deslumbrada com as atenções românticas que tem recebido de um charmoso conde. Mas um relacionamento entre eles seria escandaloso e poderia arruinar a reputação dos dois. Suzanne Enoch fascina… Uma jovem inocente que passou a vida evitando escândalos de repente se vê secretamente cortejada pelo maior libertino de Londres. Karen Hawkins seduz… Um visconde que vaga sem destino volta para casa para reacender o fogo da paixão de seu casamento, mas descobre que sua linda e decidida esposa não será conquistada tão facilmente.

Livro: Belas Adormecidas, de Stephen King & Owen King
Editora: Suma
Páginas: 728
Sinopse: Pelo mundo todo, algo de estranho começa a acontecer quando as mulheres adormecem: elas são imediatamente envoltas em casulos. Se despertadas, se o casulo é rasgado e os corpos expostos, as mulheres se tornam bestiais, reagindo com fúria cega antes de voltar a dormir.

Livro: Minha Versão de Você, de Christina Lauren
Editora: Hoo
Páginas: 352
Sinopse: Há três anos a família de Tanner Scott se mudou da Califórnia para Utah, fazendo com que sua bissexualidade voltasse para o armário. Agora, com apenas mais um semestre até o fim das aulas no colegial e seu tão sonhado futuro em uma universidade longe da família, ele só deseja que o tempo passe mais depressa. Quando Autumn, sua melhor amiga, se inscreve na aula de escrita e o desafia a participar, Tanner não consegue recusar o convite, afinal de contas, quatro meses é tempo mais do que suficiente para escrever um livro, certo? O garoto está mais certo do que imagina, pois leva apenas um segundo para que ele note Sebastian Brother, o prodígio mórmon que, nas aulas de escrita do ano anterior, escreveu e publicou o próprio livro, e agora orienta a turma. Se quatro meses é muito tempo, um mês pode não ser. E é exatamente esse tempo que leva para Tanner se apaixonar por Sebastian. Mais uma vez assinando como Christina Lauren, Christina Hobbs e Lauren Billings (The House) abordam religião, identidade e sexualidade, entrelaçando perfeitamente as aulas de escrita de Tanner, sua paixão por Sebastian e os problemas surgidos quando os sentimentos de Sebastian entram em conflito com o que a igreja espera dele. Uma emocionante história de esperança e amor.

Livro: Só Escute, de Sarah Dessen
Editora: Seguinte
Páginas: 352
Sinopse: Ano passado, Annabel era a típica “garota que tem tudo” — inclusive era esse o papel que interpretava no comercial de uma loja de departamentos da cidade. Este ano, porém, ela é a garota que não tem nada: não tem mais a amizade de Sophie; não tem uma família feliz desde a descoberta do distúrbio alimentar de uma de suas irmãs; e não tem ninguém com quem passar a hora do almoço na escola. Até conhecer Owen Armstrong.

Beijos e até a próxima!

23/10/2017

Tá Na Estante :: ‘Querido Dane-Se’ #703

Oi, gente. Tudo bem?

A atriz e youtuber Kéfera Buchmann já lançou dois livros ‘autobiográficos’, que foram os mais vendidos em sua categoria por um bom tempo. Dessa vez, ela resolveu se arriscar na publicação de um romance. Eu já li e hoje vim contar pra vocês o que achei. Vamos conferir?!

Livro: Querido Dane-se
Autora: Kéfera Buchmann
Editora: Paralela
Páginas: 224
Sinopse: Sara tem muitos sonhos, mas também vários problemas para enfrentar. Para começar, seu namorado acabou de uma hora para outra com ela e por WhatsApp. Pouco depois, ela descobriu que o desgraçado está namorando uma socialite linda e admirada. Parou por aqui? Não: Sara, que é estilista de formação, mas trabalha como costureira, atualmente está de plantão na casa dessa socialite, arrumando as roupas dela. Enquanto lida com o ressurgimento do ex e tenta voltar a achar graça na solteirice, Sara sofre com seu maior medo: fazer trinta anos sem achar a sua cara-metade. Entre lágrimas e muita risada, no entanto, Sara começa a repensar sua vida. E a perceber que está diante de uma pessoa cujos anseios e gostos conhece pouco: ela mesma. Querido dane-se é a primeira ficção de Kéfera Buchmann, que, sem abandonar o bom humor de sempre, fala sobre autoestima, empoderamento e a importância de compreender os próprios desejos para se tornar alguém feliz.

Jussara, mais conhecida como Sara, tem uma vida boa, até onde se possa perceber. Quer dizer, tirando o fato que seu ex terminou o relacionamento de três anos com ela por WhatsApp. Ah, também tem o fato de que ela se formou em moda para criar seus próprios modelos, mas acabou trabalhando como costureira para uma renomada estilista. Okay, talvez sua vida não seja tão boa assim.
Tudo que Sara quer é realizar seu sonho de conhecer Paris. E formar uma família antes do trinta, é claro. Ela acredita que com 26 já está quase uma solteirona e precisa encontrar um marido logo, antes que seja tarde demais.

Quando sua chefe manda Sara ser a costureira particular da admirada socialite Gio Bresser, a moça acha que tem em suas mãos uma chance, mas ela não contava com uma coisa. Seu ex, Henrique, é o novo namorado de Gio e Sara precisará conviver com ele todos os dias enquanto trabalha. Não é o máximo? Ainda mais quando Henrique começa a dar incertas de que está arrependido e quer voltar…

Determinada a esquecer o ex o mais rápido possível, Sara resolve tomar medidas drásticas e instalar o Happn. Logo de cara ela conhece Thiago e os dois se envolvem rapidamente, o que faz Sara ter a certeza de que ele é o homem dos seus sonhos. Mas será que é mesmo? Quando o bofe começa a sumir sem dar notícias e a recusar misteriosas ligações, Sara começa a questionar o que tem de errado…

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
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Logo que o canal 5inco Minutos, estrelado por Kéfera, surgiu no YouTube, eu acompanhava. Ansiava por novos vídeos e me divertia em frente à tela do computador. O tempo passou, o canal mudou um pouco o foco e acabei perdendo o interesse. Ainda vejo novidades sobre Kéfera pela internet, mas deixei de acompanhá-la com frequência.
Quando soube do lançamento de Querido Dane-se, fiquei ao mesmo tempo curioso e receoso. Li os livros anteriores dela e foram experiências bem controversas. Mas agora, com ela se arriscando em um romance, eu não podia deixar de conferir. E não é que foi melhor do que eu pensava?

A obra é narrada em primeira pessoa, sob a perspectiva de Sara, e logo de cara você percebe que ela tem muito da Kéfera. O jeito atrapalhado, o uso de palavrões, as analogias sem sentido… Tudo que representa a personalidade da autora está ali descrito e por isso acabei imaginando Sara como Kéfera, o que talvez tenha feito com que eu não gostasse muito da personagem, hehe.
Somando as poucas páginas com a fluidez e a comicidade da narrativa, concluí a leitura em poucas horas. Foi algo bem interessante, porque atualmente é raro eu conseguir sentar e concluir um livro  tão rapidamente. Tirei o chapéu para Kéfera.

O final em si foi bem previsível. Contudo, a autora inseriu um epílogo que me surpreendeu e me fez gostar ainda mais do livro. Quando as coisas foram apontando para uma direção que deixaria o livro cair no clichê, comecei a revirar os olhos, mas Kéfera foi lá e deu uma reviravolta que melhorou consideravelmente o desfecho da trama.
Querido Dane-se é uma obra divertida, leve e perfeita para ler no intervalo daquelas leituras mais densas, para descontrair a mente. Sendo assim, deixo aqui a minha recomendação a vocês. Espero que gostem também!
Beijos e até a próxima!