sobre livros e a vida

17/06/2017

Dear Evan Hansen

E aí, pessoal. Tudo bem?

Hoje eu vim compartilhar com vocês um musical que me conquistou há alguns meses e se recusa a sair daquele cantinho especial no meu coração.

Na segunda metade de 2016, um dos youtubers que costumo acompanhar, Tyler Oakley, postou em suas redes sociais sobre um musical que ele tinha acabado de assistir e recomendou que todo mundo que tivesse a oportunidade também assistisse. Sendo apaixonado por musicais, eu obviamente já fui dar aquela pequena pesquisada para saber exatamente sobre o que se tratava o musical.

Dear Evan Hansen é um musical escrito por Benj Pasek e Justin Paul (compositores de La La Land) e conta a história de Evan Hansen (uau), um adolescente que sofre com um transtorno de ansiedade social, que por indicação médica precisa escrever cartas positivas para si mesmo. A enfermeira e mãe de Evan, Heidi Hansen, tenta de diversas maneiras se aproximar do filho mas nenhuma delas chega a apresentar resultados significativos.

Do outro lado da cidade, a família Murphy passa por algo parecido. O filho mais velho, Connor, também sofre de ansiedade social, mas diferentemente de Evan, Connor utiliza as drogas como uma forma de tentar escapar do mundo, mesmo que seja apenas por um curto período de tempo. Sua irmã Zoe e seu pai Larry constantemente o repreendem por suas atitudes, enquanto Cynthia, sua mãe, apenas espera que de alguma forma ela consiga se conectar a Connor.

Durante um encontro inesperado no laboratório da escola, uma das cartas de Evan vai parar nas mãos de Connor, que durante uma leitura rápida acaba achando que um dos trechos havia sido escrito puramente com a intenção de magoá-lo.

Isso faz com que grandes mudanças aconteçam na vida da família Murphy, e para tentar se explicar, Evan decide criar uma pequena mentira, que com o passar do tempo vai virando uma grande bola de neve e derrubando todos os que tiverem em sua frente.

Como eu obviamente não tinha a menor condição de simplesmente embarcar no primeiro voo para os Estados Unidos e assistir ao musical na Broadway, a minha procura por bootlegs ilegais começou imediatamente. Após meses de procura sem nenhum resultado, eu já havia desistido de assistir ao musical e para sem bem sincero eu nem lembrava mais dele.

Porém na virada de ano eu recebi um presente maravilhoso de uma grande amiga minha, um link para assistir ao musical. Com aquele pequeno medo de tirarem o link do ar, eu imediatamente corri para assistir ao espetáculo naquele mesmo momento, e eu posso garantir que não havia maneira melhor de iniciar o ano.

O musical que possui pouco mais de duas horas me fez sorrir, chorar, chorar, chorar e chorar mais um pouco. As atuações estão fantásticas, Ben Platt é capaz de transmitir com perfeição todos os sentimento do personagem de uma maneira muito real e forte. Rachel, Mike, Laura, Will e Kristolyn também não deixam a desejar. Cada fala, cada nota alcançada é carregada com um temporal de emoções que te impossibilita de chegar ao fim do espetáculo sem lágrimas nos olhos.

Mas obviamente as estrelas são as músicas compostas por Pasek e Paul, afinal, estamos falando de um musical.

A primeira música divulgada para o público foi Waving Through a Window. A música é o nosso primeiro contato com os sentimentos de Evan, nela podemos ver que o garoto sofre com esse sentimento de que talvez ser ignorado pelo resto do mundo faça parte de sua identidade e que talvez isso nunca irá mudar.

Outras músicas que se destacam dentro no musical são For Forever e You Will Be Found, que para mim, são os dois momentos do espetáculo onde é impossível segurar aquela lágrima.

Dear Evan Hansen é com certeza um musical que merecer ser assistido por todos mas que infelizmente não é tão acessível para aqueles que não residem nos Estados Unidos. Mas se você ficou interessado e acha que vale a pena dar uma conferida, o bootleg do musical é facilmente encontrado com uma pequena pesquisada no Google.

Vou deixar uma playlist com todas as músicas de Dear Evan Hansen aqui embaixo para que você, que ainda não se convenceu, possa também se apaixonar por essa linda obra.



Abraços e até a próxima!!!
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19/01/2017

Na Telona :: ‘La La Land – Cantando Estações’ #54

E aí, pessoal! Tudo bem?

Na semana passada participei de mais uma cabine de imprensa aqui em Brasília em parceria com a Espaço/Z, e vim contar para vocês, com a ajuda do Leo, que assistiu o filme em cabine lá em Porto Alegre, o que achei do filme em questão, que é o recordista de estatuetas do Globo de Ouro e favorito ao Oscar 2017. Vamos conferir?!

Passageiros-FilmeFilme: La La Land – Cantando Estações
Diretor: Damien Chazelle
Distribuidora: Paris Filmes
Duração: 2h08min
Lançamento: 19 de janeiro de 2017
Classificação: 12 anos
Gênero: Musical
Sinopse: Em Los Angeles, Sebastian (Ryan Gosling) é um pianista de jazz cheio de marra e vaidoso que acaba se apaixonando por uma atriz aspirante, a sonhadora Mia (Emma Stone). Mas esse amor passa por várias provações, já que começam a se dedicar mais e mais ao trabalho à medida em que vão se tornando bem-sucedidos.

Nas últimas semanas de 2016 e no inicio de 2017 o assunto mais comentado sobre nós do SEA foi o lançamento do extremamente aguardado La La Land. Quando recebemos o convite da Espaço/Z para assistirmos a obra na cabine de imprensa nós obviamente confirmamos presença sem ao menos pensarmos duas vezes.

Se você tem vivido sob uma pedra durante os últimos meses e não tem ideia de que filme é esse que todos estão falando, La La Land é o novo longa de Damien Chazelle, diretor de Whiplash (outro filmaço). O musical conta a história de Mia e Sebastian, ela é uma atriz aspirante e ele um pianista de jazz. Com um romance vivido na cidade dos sonhadores, os dois precisam se esforçar em dobro para realizar seus sonhos sem deixar a chama de seu amor apagar.

O longa foi o ganhador de 7 Globos de Ouro, batendo o recorde anterior, foi indicado a 11 categorias no BAFTA e é também o favorito ao Oscar de Melhor Filme.Isso se deve ao fato de que La La Land não é simplesmente mais um musical qualquer ou uma simples adaptação de uma peça teatral para o cinema e sim um filme original que traz novamente para as telonas mundiais toda aquela magia contida nos musicais da década de sessenta e que rapidamente encontra o caminho para o seu coração com emocionantes e divertidos números de jazz.

Somente a ideia de um número musical no meio de uma congestionada rodovia de Los Angeles pode parecer extremamente ridícula para aqueles que não são muito fãs de musicais, porém nas mãos de Chazelle essa ideia se transforma no colorido, perfeitamente coreografado e incrivelmente contagiante falso plano-sequência inicial que nos da uma clara noção do que está por vir nas próximas duas horas de filme.

Já no elenco eu não poderia estar mais surpreso. Emma Stone e Ryan Gosling, que já contracenaram anteriormente, possuem química e carisma para dar e vender. Mesmo enquanto eles cantam sobre como não são um casal, seus corpos contam uma história completamente diferente.

É claro que eles não possuem técnicas vocais impressionantes e nenhuma extraordinária habilidade na dança, porém durante as cenas vai ficando bem claro que essa era a intenção desde o início pois são esses pequenos detalhes que dão aquele toque de espontaneidade e genuinidade que o filme carrega.

A escolha de J. K. Simmons para interpretar Bill, o ex-chefe de Sebastian, foi uma jogada extremamente inteligente pois o personagem representa o extremo oposto do personagem de J.K. em Whiplash, seu primeiro trabalho com Damien.

La La Land veio para nos lembrar que filmes ainda podem ser uma experiência mágica e podem nos mostrar a verdadeira magia que existe ao nosso redor. Nos mostra que mesmo que amanhã não seja um lindo dia de sol como é dito no número inicial, nós ainda podemos acordar e realizar os sonhos que nos fazem querer cantar e dançar.

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