sobre livros e a vida

01/02/2018

Na Telona :: ‘A Forma da Água’ #65

E aí, pessoal! Tudo bem?

Na semana passada eu tive a oportunidade de participar de mais uma cabine de imprensa em parceria com a Espaço/Z aqui em Brasília. Vamos conferir o que eu achei?!

FILME: A Forma da Água
TÍTULO ORIGINAL: The Shape Of Water
DIRETOR: Guillermo del Toro
DISTRIBUIDORA:  Fox Film
DURAÇÃO: 2h03min
LANÇAMENTO: 01 de fevereiro de 2018
CLASSIFICAÇÃO: 16 anos
GÊNERO: Fantasia
SINOPSE: Década de 60. Em meio aos grandes conflitos políticos e transformações sociais dos Estados Unidos da Guerra Fria, a muda Elisa (Sally Hawkins), zeladora em um laboratório experimental secreto do governo, se afeiçoa a uma criatura fantástica mantida presa e maltratada no local. Para executar um arriscado e apaixonado resgate ela recorre ao melhor amigo Giles (Richard Jenkins) e à colega de turno Zelda (Octavia Spencer).

A temporada de premiações está a todo vapor, a lista de indicados ao Oscar já foi divulgada e agora é o momento em que muitos começam a imensa maratona para assistir a maior quantidade de filmes indicados até o dia da grande premiação cinematográfica. Para aqueles que, assim como eu, não perdem uma oportunidade assistir a essas grandes obras na telona, alguns dos títulos indicados nas principais categorias começam a chegar agora em fevereiro aos cinemas brasileiros. O primeiro deles é A Forma da Água, filme que é o grande indicado do Oscar de 2018 com 13 indicações.

O filme se passa no início dos anos 60, durante a Guerra Fria, e conta a história de Elisa (Sally Hawkins), uma mulher muda que trabalha na limpeza de uma base militar secreta e está sempre acompanhada de Zelda (Octavia Spencer), sua colega de trabalho e também sua voz durante boa parte do filme.

Durante uma das noites de limpeza no laboratório, Elisa descobre que uma estranha criatura está sendo mantida em um tanque no laboratório e imediatamente se sente atraída por essa criatura. Com o passar dos dias, Elisa percebe que a criatura é capaz de muito mais do que todos imaginam e decide fazer de tudo para ganhar sua confianca.

A criatura em questão é um Homem-Anfíbio que foi encontrado pelo cientista Robert Hoffstetler (Michael Stuhlbarg) na Floresta Amazônica e era adorado como um deus e agora está preso nessa base militar para ser utilizado como objeto de estudo.

Porém nem todos os envolvidos nesse projeto compartilham da mesma admiração que Elisa possui pela ‘forma’ (termo utilizado pelos cientistas para se referirem a criatura). Com medo dos russos conseguirem colocar as mãos na ‘forma’, Richard Strickland (Michael Shannon), o sádico e responsável pelo comando do laboratório, ordena que a criatura seja exterminada.

Elisa precisa então juntar forças com Hoffstetler para conseguir retirar a criatura do laboratório antes que seja tarde demais.

Entre todos os filmes que estão dominando a temporada de premiações, A Forma da Água é com certeza o que eu mais queria assistir. O longa é o único filme de fantasia que está concorrendo nas categorias princiapais do Oscar e é dirigido pelo incrível Guillermo del Toro, reponsável pela direção de filmes como O Labirinto do FaunoCírculo de Fogo, HellboyA Colina Escarlate.

Além da direção sensacional, o elenco também é composto por um time incrível. Sally Hawkins, que dá vida a personagem principal, nos presenteou com uma atuação sublime sem precisar falar uma palavra durante todo o filme. Michael Shannon encarnou tão bem o papel de antagonista que é impossível você sair do cinema sem odiar o seu personagem.

Octavia Spencer também merece ser citada. A atriz dá vida a uma personagem que mesmo durante um filme com momentos muito densos consegue nos fazer rir com seus comentários.

Nas partes técnicas o filme também está de parabéns. A Direção de Arte de Paul D. Austerberry está sensacional. Toda a atmosfera do laboratório, o apartamento de Elisa sobre o cinema, o universo submerso. Tudo isso misturado com a Fotografia de Dan Laustsen dá ao filme uma pegada mágica que fará qualquer um se apaixonar.

Roteiro, edição, figrino, trilha sonora, edição e mixagem de som e tudo o que você puder imaginar foi executado com uma qualidade incontestável.

A Forma Da Água, que chega hoje aos cinemas de todo o país, é um conto de fadas moderno que merece ser assistido por todos os amantes da sétima arte.

Beijos e até a próxima!

25/12/2017

Na Telona :: ‘O Rei do Show’ #64

E aí, pessoal! Tudo bem?

Na semana passada eu tive a oportunidade de participar de mais uma cabine de imprensa em parceria com a Espaço/Z aqui em Brasília. Vamos conferir o que eu achei?!

FILME: O Rei do Show
TÍTULO ORIGINAL: The Greatest Showman
DIRETOR: Michael Gracey
DISTRIBUIDORA:  Fox Film
DURAÇÃO: 1h45min
LANÇAMENTO: 25 de dezembro de 2017
CLASSIFICAÇÃO: 10 anos
GÊNERO: Musical
SINOPSE: Nos anos 1800, P.T. Barnum (Hugh Jackman) perde o emprego. Ele então tem a ideia de criar um museu de curiosidades, tendo como artistas pessoas nada comuns. Barnum inaugura o universo do show business, transformando a magia em um grande espetáculo circense.

No fim do ano passado quando eu descobri que um musical com Hugh Jackman e Zac Efron chegaria às telonas no fim de 2017 eu imediatament comecei a listar mentalmente todas as maneiras que esse projeto poderia dar errado. Quando o primeiro trailer saiu eu continuei pensando que seria um desastre e estava bem feliz de não ter criado expectativas. Isso mudou há algumas semanas quando lançaram oficialmente a trilha sonora do filme e eu resolvi ouvir. Em menos de 30 segundos eu já fui completamente conquistado pelas composições de Pasek e Paul (La La Land e Dear Evan Hansen).

O filme conta a história de Phineas Taylor Barnum, um homem de meia idade que devido a forças da natureza acaba sendo demitido da empresa onde trabalha. Com uma casa, esposa e duas filhas para manter, Barnum decide se arriscar abrindo seu próprio negócio.

Com a ajuda de um pequeno empréstimo, Phineas abre então um museu de bonecos de cera na esperança de um bom retorno financeiro. Após perceber que o retorno financeiro desejado provavelmente nunca será alcançado dessa maneira, Barnum precisa pensar em algo novo e incrível para atrair público para o seu museu.

Quando suas filhas pedem para que ele traga para seu museu coisas extraordinárias e com vida, como sereias e unicórnios, Phineas decide então criar o primeiro show de ‘aberrações’ (como eram tratadas no século IX todas as pessoas que fossem diferentes do que era considerado normal).

Porém mesmo com o ‘sucesso’ de seu show, Barnum ainda não se sente aceito pela alta sociedade e decide arriscar tudo aquilo que contruiu para tentar provar para si mesmo que pode alcançar o que um dia disseram que ele não era capaz.

Após o desastre cinematográfico que foi Os Miseráveis (2012) eu estava com os dois pés atrás em relação a ter Hugh Jackman no papel principal de um musical. No fim da sessão eu pude respirar aliviado por estar completamente errado. O ator que foi eternizado no papel do mutante Wolverine consegue carregar o filme de uma maneira incrível e mostrando que ainda carrega no sangue os seus tempos de teatro musical.

O restante do elenco também não deixa a desejar. Zendaya e Zac Efron (que finalmente não tirou a camisa) dão vida a um casal improvável para a época, Michelle Williams interpreta a esposa de Hugh e faz o que nasceu para fazer, cara de choro. O destaque vai para a talentosíssima Keala Settle no papel de Mulher Barbada. O que nos leva ao primeiro ponto negativo do filme.

Keala Settle é uma atriz que já esteve no elenco de shows como Os MiseráveisPriscilla, a Rainha do DesertoWaitressHairspray; já foi indicada a diversos prêmios por suas performances no teatro e simplesmente foi ignorada durante o filme, perdendo inclusive alguns solos que possui na trilha sonora.

A trilha sonora é com certeza o maior ponto positivo do filme. Com uma pegada bem mais pop do que eu esperava, a trilha sonora composta por Benj Pasek e Justin Paul é perfeita para aqueles que não gostam muito ou não são acostumados com musicais pois deixa de lado aquelas melodias clássicas que encontramos em grandes musicais da Broadway e aposta nas batidas mais populares que ouvimos diariamente.

Visualmente o filme também está muito agradável, mesmo com o excesso de CGI em diversas cenas.

Infelizmente nem tudo saiu tão bem executado como deveria. Infelizmente o maior exemplo disso foi a direção do filme que estava extremamente perdida. Na tentativa de criar um filme bem dinâmico o diretor acabou pecando muito no ritmo do filme, deixando algumas partes extremamente corridas e deixando muita coisa de fora. O acréssimo de pelo menos uns 15 minutos e ajustes em algumas das cenas fariam muito bem ao produto final.

O Rei do Show, que chega hoje aos cinemas brasilerios, pode não ser o melhor dos musicais lançados nos últimos anos (olá La La Land) mas com certeza é a melhor opção para conferir com a família nesse fim de ano.

Beijos e até a próxima!

16/11/2017

Na Telona :: ‘Liga da Justiça’ #63

Oi, gente. Tudo bem?

Nesta terça-feira, eu e Well participamos de mais uma cabine de imprensa em parceria com a Espaço/Z. Eu aqui em Porto Alegre e Well em Brasília assistimos Liga da Justiça, que é provavelmente um dos filmes mais aguardados do ano. Vamos conferir?!

FILME: Liga da Justiça
TÍTULO ORIGINAL: Justice League
DIRETOR: Zack Snyder
DISTRIBUIDORA: Warner Bros.
DURAÇÃO: 2h00min
LANÇAMENTO: 15 de novembro de 2017
CLASSIFICAÇÃO: 12 anos
GÊNERO: Ação
SINOPSE: Impulsionado pela restauração de sua fé na humanidade e inspirado pelo ato altruísta do Superman (Henry Cavill), Bruce Wayne (Ben Affleck) convoca sua nova aliada Diana Prince (Gal Gadot) para o combate contra um inimigo ainda maior, recém-despertado. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha buscam e recrutam com agilidade um time de meta-humanos, mas mesmo com a formação da liga de heróis sem precedentes – Batman, Mulher-Maraviha, Aquaman (Jason Momoa), Cyborg (Ray Fisher) e Flash (Ezra Miller) -, poderá ser tarde demais para salvar o planeta de um catastrófico ataque.

Após os eventos de Batman vs. Superman, a população está assustada. O Superman está morto e o caos está reinando nas ruas. A culpa ainda assola o Batman, mas ele tenta proteger sua cidade como fazia anteriormente. Isso até uma nova ameaça surgir em seu caminho e fazer ele precisar de toda a ajuda possível.

O Lobo da Estepe, uma criatura mítica, quer reunir as três Caixas Maternas que podem provocar o fim do mundo. Anos antes, homens, atlantes e amazonas lutaram contra o vilão e conseguiram detê-lo. Após a vitória, cada povo ficou responsável pela proteção de uma caixa.

Quando as caixas dos atlantes e das amazonas são levadas, a proteção da caixa dos homens é o foco dos heróis. Para ajudá-lo, Batman recruta sua nova aliada, Mulher Maravilha, e também os novatos Aquaman, Flash e Cyborg. Entretanto, o mal que ronda Lobo da Estepe é tamanho que mesmo juntos esses heróis talvez não consigam detê-lo.

Assim, Batman tem a ideia de usar o poder da Caixa Materna restante para trazer o Superman de volta à vida, o que vai contra os princípios do restante da recém formada Liga. Mas quando o destino da humanidade está em jogo, não vale a pena correr riscos se for para salvá-la?

Querem saber o que vai acontecer? Então corram pro cinema mais próximo!

***
Há cerca de 4 anos a Warner lançava o filme O Homem de Aço e trazia de volta as telonas o tão amado Superman. Alguns anos depois, a produtora decidiu que já estava na hora de trazer seus heróis para um universo compartilhado e acabou lançando o divisor de opiniões Batman v Superman, que mesmo recebendo diversas críticas negativas em sua versão de cinema, ainda assim foi capaz de mostrar que a DC também tinha força para fazer o que a Marvel já vem fazendo há anos.

A força desse universo compartilhado que ainda está tentando descobrir qual caminho seguir se mostrou gigante com o sucesso de Mulher-Maravilha que arrecadou mais de USD 820 milhões e colocou as expectativas para Liga da Justiça nas alturas

O filme que estreia hoje nos cinemas de todo o Brasil trouxe uma pegada completamente diferente de Batman v Superman mesmo sendo dirigido pela mesma pessoa. O filme perdeu aquela pegada mais obscura, em todos os sentidos, ao não tentar se levar tão a sério e ao perder o “filtro Snyder” que deixa tudo mais sombrio e desagrada muitas pessoas (o que não é o nosso caso). Liga da Justiça leva para a tela um filme mais leve e recheado de piadas que por sinal foram muito mais bem colocadas do que certos filmes de uma outra produtora cof Guardiões da Galáxia Vol. 2 cof.

Os atores parecem estar bem mais confiantes e seus papéis e isso reflete claramente em seus personagens, porém é exatamente aí que alguns problemas começam a aparecer. Com pressa de acompanhar sua maior concorrente e lançar um filme com seus principais heróis trabalhando lado a lado a DC acabou se precipitando e lançou o filme um pouco antes da hora.

Assim como aconteceu com Batman v Superman, Liga da Justiça é um filme bem competente mas que infelizmente foi lançado no momento errado, pois mesmo estando familiarizados com todos os heróis presentes em tela, o que pode não ser o caso de todo mundo, durante praticamente todo o filme ficou uma impressão de que aqueles personagens (Aquaman, Cyborg e Flash) não deveriam estar alí pois não fomos devidamente apresentados a cada um deles.

Liga da Justiça pode não ser o melhor filme do ano mas com certeza cumpre o principal objetivo de qualquer filme que é te manter entretido durante as duas horas que você permanecerá na sala de cinema.

Beijos e até a próxima!

06/07/2017

Na Telona :: ‘Homem-Aranha: De Volta Ao Lar’ #62

Oi, gente. Tudo bem?

Esta semana participei de mais uma cabine de imprensa aqui em Brasília, em parceria com a Espaço/Z, e vim contar para vocês o que achei do filme em questão, que chega hoje aos cinemas de todo o país. Vamos conferir?!


Filme: Homem-Aranha: De Volta Ao Lar
Título Original: Spider-Man: Homecoming
Diretor: Jon Watts
Distribuidora: Sony Pictures
Duração: 2h13min
Lançamento: 06 de julho de 2017
Classificação: 12 anos
Gênero: Aventura
Sinopse: Peter Parker/Homem-Aranha ficou muito empolgado em ter ajudado Homem de Ferro e companhia na Guerra Civil. Ele precisa manter sua identidade em segredo enquanto tenta levar uma rotina comum na escola e na casa onde mora com sua tia, May. Mas com a chegada de Vulture, Peter, sua tia e a população de Nova York ficam em perigo.

Homem-Aranha: De Volta ao Lar era com certeza um dos lançamentos de 2017 mais aguardados por mim. O herói se tornou um dos meus favoritos há mais de uma década, quando o primeiro filme da trilogia do Sam Raimi foi lançado lá em 2002. De lá para cá, Peter já tinha sido levado às telonas cinco vezes e por dois atores diferentes, sendo que a última dessas adaptações conseguiu ser nada mais nada menos que um terrível desastre.
Quando um novo reboot foi anunciado pela Sony, os fãs do cabeça de teia não conseguiram esconder a animação, mas também precisaram lidar com a preocupação que veio com ela. Quando anunciaram que a Marvel estaria envolvida no projeto, muitos fãs conseguiram se acalmar um pouco, mas como (para mim) alguns dos últimos filmes do Universo Cinematográfico Marvel deixaram muito a desejar, a minha preocupação só aumentou.

Dessa vez nós fomos apresentados a um Peter Parker mais jovem, com problemas de um verdadeiro aluno do ensino médio. Ele precisa chegar a escola no horário, ir ao baile, participar de um decatlo acadêmico e tudo isso enquanto ele também age como o Homem-Aranha, que é exatamente o que faz com que as pessoas se identifiquem com o personagem há tantos anos e consequentemente faz dele um dos personagens mais amados do Universo Marvel.

Tom Holland (O Impossível) consegue interpretar ambas as faces do personagem com perfeição, balanceando muito bem o lado mais inseguro, puro e inocente de Peter com o lado mais confiante e corajoso do Homem-Aranha. O ator é com certeza um dos motivos que fizeram esse filme o melhor filme do personagem em 13 anos.
O outro motivo foi a decisão de não cometer o mesmo erro de O Espetacular Homem-Aranha e fazer mais um filme de origem seguindo a mesma formula usada em 2002. Nessa nova abordagem eles optaram por seguir uma fórmula já batida mas que ainda não havia sido utilizada em filmes do gênero: o filme de colegial. Essa decisão pode não agradar aqueles que adoram a fórmula utilizada pela indústria cinematográfica há décadas, pois durante a maior parte do longa quem está em cena é o Peter lidando com assuntos de adolescentes comuns mesmo após ter lutado ao lado dos Vingadores.

Um dos pontos que mais aguçou a ansiedade dos fãs foi a estréia do Abutre na telonas. O vilão, que seria abordado no falecido Homem-Aranha 4 (R.I.P.), é interpretado em De Volta ao Lar pelo incrível Michael Keaton (Birdman) e tem uma profundidade dificilmente encontrada em vilões hoje em dia.
O restante do elenco também foi super bem escolhido. Marisa Tomei foge completamente do que imaginamos quando pensamos na tia May mas mesmo assim conseguiu encarnar a personagem muito bem. Jacob Batalon que interpreta Ned, melhor amigo de Parker, nos presenteia com um personagem extremamente engraçado mas que em momento algum passa do limite ao ponto de se tornar algo forçado. Para mim o único problema com escolha de elenco foi a decisão de colocar a atriz Zendaya para dar vida a uma personagem com pouquíssimo tempo de tela e vender o filme como se ela fosse alguém de extrema importância.
Talvez um dos pontos negativos do filme é que embora ele seja surpreendentemente bom, a falta de profundidade na história deixa muito claro que ele foi feito apenas para dar as boas vindas oficiais ao personagem e criar uma ponte para que a história pudesse prosseguir após os acontecimentos de Guerra Civil. Isso fica mais claro se compararmos com os dois primeiros filmes da trilogia do Sam Raimi, onde algumas cenas fazem com que você se sinta conectado ao personagem de uma forma mais intensa.
A música do filme foi composta por Michael Giacchino (Rogue One: Uma História Star Wars), e embora ela não se compare a de Danny Elfman, ela é com certeza uma das melhores entre os últimos lançamentos da Marvel.

Homem-Aranha: De Volta ao Lar é com certeza um dos maiores acertos do Marvel nos últimos anos e merece ser assistido por aqueles que acompanham o herói há anos e também por aqueles que chegaram agora nesse universo e ainda não teve a oportunidade de conhecer o cabeça de teia.

01/06/2017

Na Telona :: ‘Mulher Maravilha’ #61

Oi, gente. Tudo bem?

Esta semana participei de mais uma cabine de imprensa aqui em Brasília, em parceria com a Espaço/Z, e vim contar para vocês o que achei do filme em questão, que chega aos cinemas de todo o país hoje. Vamos conferir?!


Filme: Mulher Maravilha
Título Original: Wonder Woman
Diretor: Patty Jenkins
Distribuidora: Warner Bros.
Duração: 2h21min
Lançamento: 01 de junho de 2017
Classificação: 12 anos
Gênero: Aventura
Sinopse: Treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível, Diana Prince nunca saiu da paradisíaca ilha em que é reconhecida como princesa das Amazonas. Quando o piloto Steve Trevor se acidenta e cai numa praia do local, ela descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e decide deixar seu lar certa de que pode parar o conflito. Lutando para acabar com todas as lutas, Diana percebe o alcance de seus poderes e sua verdadeira missão na Terra.

Ao contrario de muitas pessoas, pra mim Batman vs. Superman foi o melhor filme de super-herói de 2016, então a minhas expectativas para o primeiro filme solo da heroína mais icônica da história estavam extremamente altas, e posso garantir que quase todas elas foram alcançadas.

O filme logo no início me pegou de surpresa ao nos mostrar Diana Prince entrando no Louvre nos dias atuais, o que me deixou bastante preocupado pois logo imaginei que o filme iria continuar de onde BvS parou. E embora isso realmente aconteça para nos deixar cientes da continuidade do universo DC, rapidamente somos levados em uma viagem ao passado e conhecemos a origem de Diana.

Nascida e criada em Themyscira, a filha de Hippolyta e princesa das Amazonas sempre teve uma paixão especial pela luta, mas por ser a única criança da ilha e filha de uma rainha super protetora, nunca teve a oportunidade de receber um treinamento de verdade. Temendo que um dia seja necessário uma batalha para defender sua ilha da a fúria de Ares, o deus da guerra, a general Antíope decide treinar a garota sem que sua mãe saiba.

Após anos de treinamento, Diana, que agora se tornou uma guerreira invencível, se depara com um homem que acidentalmente chegou em sua ilha. Esse homem é o piloto Steve Trevor, um espião americano infiltrado no exercito alemão para descobrir seus planos e dar um fim nessa guerra que está se espalhando pelo mundo.

Convencida de que Ares é quem está por trás de todo esse terror, Diana decide deixa a ilha e ir a terra para tentar acabar de vez com todas as guerras. Lutando pela primeira vez ao lado de homens, Diana embarca em uma aventura que revelará todos os seus poderes e seu verdadeiro destino.

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir!

Como falei anteriormente, Mulher Maravilha é a primeira adaptação solo da heroína para os cinemas. Essa espera de mais de 20 anos desde o anúncio da primeira possível adaptação dos quadrinhos foi devidamente recompensada nesse longa.

A direção de Patty Jenkins (Monster – Desejo Assassino) é espetacular. Ela consegue deixar claro a paixão que sente pela heroína ao abordar com tanto facilidade as diversas faces da princesa. A diretora conseguiu ainda aproveitar as mais de 2 horas de filme sem deixar que o filme ficasse arrastado, o que foi uma das maiores críticas a BvS.

A atuação de Gal Gadot é com certeza o ponto mais alto desse filme. A atriz israelense conseguiu encarnar a personagem como nenhuma outra atriz conseguiria. Talvez isso tenha acontecido por causa do seu treinamento no exército israelense por mais de 2 anos ou por seu sotaque que só acrescentou a personagem, mas a atriz consegue nos deixar claro que ela é a Mulher Maravilha em todos os momentos, até mesmo quando não está usando seu clássico traje vermelho e azul.

Chris Pine, que no ano passado já tinha me surpreendido com seu papel no incrível A Qualquer Custo, também não deixou a desejar. O ator, que mostrou possuir um química espetacular com a protagonista, consegue manter um equilíbrio perfeito ao mostrar a todos que está presente em cena mas sem em momento algum tentar roubar o holofote para si.

O longa tenta seguir ao máximo aquele padrão de filmes de super-heróis, mas ao mesmo tempo consegue colocar um pouco de personalidade. Isso fica absurdamente claro durante as piadas espalhadas pelo filme. Todas elas foram colocadas em locais extremamente apropriados e nenhuma delas soa como um tentativa falha de se igualar aos filmes da Marvel.

A trilha sonora ficou sob a responsabilidade de Rupert Gregson-Williams (embora eu tenha pensado durante todo o filme que a trilha era do Hans Zimmer) e novamente foi algo certeiro. Todas as músicas absolutamente bem colocadas fazem com que o ar épico do filme fique ainda mais evidente e envolvente.

O filme obviamente possui alguns pontos que não me agradaram, tais como o uso excessivo de CGI durante o terceiro ato e a motivação da personagem também durante o terceiro ato e que vai contra praticamente tudo que foi defendido durante o filme, mas nada que vá afetar significativamente a qualidade do longa.

Mulher Maravilha é um filme que agradará desde os fãs da heroína até aqueles que nunca se aventuraram nesse universo dos quadrinhos mas que adoram um filme com uma personagem principal feminina e empoderada.

06/04/2017

Na Telona :: ‘A Cabana’ #60

Oi, gente. Tudo bem?

Na semana passada participei de mais uma cabine de imprensa aqui em Porto Alegre, em parceria com a Espaço/Z. Dessa vez, fui conferir a adaptação de um dos livros mais controversos da minha vida e hoje, dia da estreia, vim contar para vocês o que achei. Vamos conferir?!

Filme: A Cabana
Título Original: The Shack
Diretor: Stuart Hazeldine
Distribuidora: Paris Filmes
Duração: 2h13min
Lançamento: 06 de abril de 2017
Classificação: 12 anos
Gênero: Drama
Sinopse: Um homem vive atormentado após perder a sua filha mais nova, cujo corpo nunca foi encontrado, mas sinais de que ela teria sido violentada e assassinada são encontrados em uma cabana nas montanhas. Anos depois da tragédia, ele recebe um chamado misterioso para retornar a esse local, onde ele vai receber uma lição de vida.

Mackenzie Phillips nunca foi um homem muito religioso. Sua esposa era devota e chamava Deus de Papa, uma ligação extremamente forte a qual ele compreendia, mas não compartilhava, apesar de ir à Igreja com a família todos os domingos. Quando uma tragédia cai sobre ele, a fraca ligação se rompe.

Durante um fim de semana de acampamento, a filha mais nova de Mack, Missy, desaparece misteriosamente. Eles estavam se divertindo, mas por conta de alguns minutos de distração do pai, a menina foi raptada. As autoridades acreditam que ela foi levada por um serial killer, procurado há tempos por sequestrar garotinhas e depois matá-las.

As buscas se iniciam e, em uma cabana no meio da floresta, o vestido que Missy usava quando desapareceu é encontrado, sujo de sangue, e logo a menina é dada como morta. Isso abala Mackenzie de uma forma dura e o homem se torna apenas uma sombra daquilo que um dia foi, uma casca vazia.

Certo dia, enquanto está limpando a neve da casa, Mack encontra um bilhete convidando-o para passar um fim de semana na tão desoladora cabana. Esse bilhete está assinado por ninguém menos que Papa. É isso algum tipo de piada ou Deus realmente está convidando Mack para encontrá-lo? Determinado a descobrir o que está acontecendo, o homem vai de encontro à verdade e vai viver uma experiência única, que tem como objetivo recuperar a sua fé.

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir!

Eu li A Cabana em 2010 e foi uma das experiências mais desastrosas da minha vida. Acreditando que o livro se tratava de um thriller, fui surpreendido com sua trama religiosa e foi um sacrifício finalizar a leitura, mas consegui. Quem me conhece sabe que não acredito em Deus e a forma como o autor construiu a devoção do protagonista não foi bem aceita pela minha cabeça.
Contudo, após assistir os trailers da adaptação, resolvi que iria dar uma chance à película. Tudo parecia estar ótimo e fui empolgado para a cabine de imprensa. Isso até descobrir a duração do filme, que tem mais de duas horas onde absolutamente nada acontece. De verdade, o filme é tão moroso quanto o livro e foi difícil me segurar na cadeira e seguir assistindo.
Como adaptação, a obra funciona muito bem. Uma das cenas mais marcantes do livro ficou de fora, mas entendi o objetivo dos roteiristas ao fazerem isso. Mas não pensem que eu sou um sem coração! Talvez eu seja realmente, mas tiveram duas cenas que me emocionaram bastante e que tornaram a experiência de entretenimento menos terrível.
Sobre o elenco, é difícil de falar. Octavia Spencer está fabulosa no papel e ofuscou completamente todos os outros. Pra mim, Sam Worthington está péssimo, completamente apático e sem expressão, mas não sei se achei isso porque ele está realmente ruim ou pelo fato de Octavia estar tão sensacional. Fica no ar a dúvida, mas acho que a primeira opção é a correta.

Alice Braga fez uma pequena participação e todo seu talento foi desperdiçado. A cena que ela participa é até interessante, mas tão sem propósito que, por mim, poderia ser cortada. Muitos dizem que é uma das cenas mais importantes da obra, mas não consigo ver com esses olhos. Como dito anteriormente, essa questão de fé não é meu forte.
Em suma, A Cabana não é um filme que eu veria de novo, mas quem gosta dessa vibe drama religioso com certeza vai se identificar. E, se você gostou do livro, será presenteado com uma excelente adaptação. Então deixo aqui minha recomendação, mas com todas as ressalvas possíveis. Depois me contem o que acharam…
Beijos e até a próxima!