sobre livros e a vida

06/04/2017

Na Telona :: ‘A Cabana’ #60

Oi, gente. Tudo bem?

Na semana passada participei de mais uma cabine de imprensa aqui em Porto Alegre, em parceria com a Espaço/Z. Dessa vez, fui conferir a adaptação de um dos livros mais controversos da minha vida e hoje, dia da estreia, vim contar para vocês o que achei. Vamos conferir?!

Filme: A Cabana
Título Original: The Shack
Diretor: Stuart Hazeldine
Distribuidora: Paris Filmes
Duração: 2h13min
Lançamento: 06 de abril de 2017
Classificação: 12 anos
Gênero: Drama
Sinopse: Um homem vive atormentado após perder a sua filha mais nova, cujo corpo nunca foi encontrado, mas sinais de que ela teria sido violentada e assassinada são encontrados em uma cabana nas montanhas. Anos depois da tragédia, ele recebe um chamado misterioso para retornar a esse local, onde ele vai receber uma lição de vida.

Mackenzie Phillips nunca foi um homem muito religioso. Sua esposa era devota e chamava Deus de Papa, uma ligação extremamente forte a qual ele compreendia, mas não compartilhava, apesar de ir à Igreja com a família todos os domingos. Quando uma tragédia cai sobre ele, a fraca ligação se rompe.

Durante um fim de semana de acampamento, a filha mais nova de Mack, Missy, desaparece misteriosamente. Eles estavam se divertindo, mas por conta de alguns minutos de distração do pai, a menina foi raptada. As autoridades acreditam que ela foi levada por um serial killer, procurado há tempos por sequestrar garotinhas e depois matá-las.

As buscas se iniciam e, em uma cabana no meio da floresta, o vestido que Missy usava quando desapareceu é encontrado, sujo de sangue, e logo a menina é dada como morta. Isso abala Mackenzie de uma forma dura e o homem se torna apenas uma sombra daquilo que um dia foi, uma casca vazia.

Certo dia, enquanto está limpando a neve da casa, Mack encontra um bilhete convidando-o para passar um fim de semana na tão desoladora cabana. Esse bilhete está assinado por ninguém menos que Papa. É isso algum tipo de piada ou Deus realmente está convidando Mack para encontrá-lo? Determinado a descobrir o que está acontecendo, o homem vai de encontro à verdade e vai viver uma experiência única, que tem como objetivo recuperar a sua fé.

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir!

Eu li A Cabana em 2010 e foi uma das experiências mais desastrosas da minha vida. Acreditando que o livro se tratava de um thriller, fui surpreendido com sua trama religiosa e foi um sacrifício finalizar a leitura, mas consegui. Quem me conhece sabe que não acredito em Deus e a forma como o autor construiu a devoção do protagonista não foi bem aceita pela minha cabeça.
Contudo, após assistir os trailers da adaptação, resolvi que iria dar uma chance à película. Tudo parecia estar ótimo e fui empolgado para a cabine de imprensa. Isso até descobrir a duração do filme, que tem mais de duas horas onde absolutamente nada acontece. De verdade, o filme é tão moroso quanto o livro e foi difícil me segurar na cadeira e seguir assistindo.
Como adaptação, a obra funciona muito bem. Uma das cenas mais marcantes do livro ficou de fora, mas entendi o objetivo dos roteiristas ao fazerem isso. Mas não pensem que eu sou um sem coração! Talvez eu seja realmente, mas tiveram duas cenas que me emocionaram bastante e que tornaram a experiência de entretenimento menos terrível.
Sobre o elenco, é difícil de falar. Octavia Spencer está fabulosa no papel e ofuscou completamente todos os outros. Pra mim, Sam Worthington está péssimo, completamente apático e sem expressão, mas não sei se achei isso porque ele está realmente ruim ou pelo fato de Octavia estar tão sensacional. Fica no ar a dúvida, mas acho que a primeira opção é a correta.

Alice Braga fez uma pequena participação e todo seu talento foi desperdiçado. A cena que ela participa é até interessante, mas tão sem propósito que, por mim, poderia ser cortada. Muitos dizem que é uma das cenas mais importantes da obra, mas não consigo ver com esses olhos. Como dito anteriormente, essa questão de fé não é meu forte.
Em suma, A Cabana não é um filme que eu veria de novo, mas quem gosta dessa vibe drama religioso com certeza vai se identificar. E, se você gostou do livro, será presenteado com uma excelente adaptação. Então deixo aqui minha recomendação, mas com todas as ressalvas possíveis. Depois me contem o que acharam…
Beijos e até a próxima!

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