sobre livros e a vida

06/07/2017

Na Telona :: ‘Homem-Aranha: De Volta Ao Lar’ #62

Oi, gente. Tudo bem?

Esta semana participei de mais uma cabine de imprensa aqui em Brasília, em parceria com a Espaço/Z, e vim contar para vocês o que achei do filme em questão, que chega hoje aos cinemas de todo o país. Vamos conferir?!


Filme: Homem-Aranha: De Volta Ao Lar
Título Original: Spider-Man: Homecoming
Diretor: Jon Watts
Distribuidora: Sony Pictures
Duração: 2h13min
Lançamento: 06 de julho de 2017
Classificação: 12 anos
Gênero: Aventura
Sinopse: Peter Parker/Homem-Aranha ficou muito empolgado em ter ajudado Homem de Ferro e companhia na Guerra Civil. Ele precisa manter sua identidade em segredo enquanto tenta levar uma rotina comum na escola e na casa onde mora com sua tia, May. Mas com a chegada de Vulture, Peter, sua tia e a população de Nova York ficam em perigo.

Homem-Aranha: De Volta ao Lar era com certeza um dos lançamentos de 2017 mais aguardados por mim. O herói se tornou um dos meus favoritos há mais de uma década, quando o primeiro filme da trilogia do Sam Raimi foi lançado lá em 2002. De lá para cá, Peter já tinha sido levado às telonas cinco vezes e por dois atores diferentes, sendo que a última dessas adaptações conseguiu ser nada mais nada menos que um terrível desastre.
Quando um novo reboot foi anunciado pela Sony, os fãs do cabeça de teia não conseguiram esconder a animação, mas também precisaram lidar com a preocupação que veio com ela. Quando anunciaram que a Marvel estaria envolvida no projeto, muitos fãs conseguiram se acalmar um pouco, mas como (para mim) alguns dos últimos filmes do Universo Cinematográfico Marvel deixaram muito a desejar, a minha preocupação só aumentou.

Dessa vez nós fomos apresentados a um Peter Parker mais jovem, com problemas de um verdadeiro aluno do ensino médio. Ele precisa chegar a escola no horário, ir ao baile, participar de um decatlo acadêmico e tudo isso enquanto ele também age como o Homem-Aranha, que é exatamente o que faz com que as pessoas se identifiquem com o personagem há tantos anos e consequentemente faz dele um dos personagens mais amados do Universo Marvel.

Tom Holland (O Impossível) consegue interpretar ambas as faces do personagem com perfeição, balanceando muito bem o lado mais inseguro, puro e inocente de Peter com o lado mais confiante e corajoso do Homem-Aranha. O ator é com certeza um dos motivos que fizeram esse filme o melhor filme do personagem em 13 anos.
O outro motivo foi a decisão de não cometer o mesmo erro de O Espetacular Homem-Aranha e fazer mais um filme de origem seguindo a mesma formula usada em 2002. Nessa nova abordagem eles optaram por seguir uma fórmula já batida mas que ainda não havia sido utilizada em filmes do gênero: o filme de colegial. Essa decisão pode não agradar aqueles que adoram a fórmula utilizada pela indústria cinematográfica há décadas, pois durante a maior parte do longa quem está em cena é o Peter lidando com assuntos de adolescentes comuns mesmo após ter lutado ao lado dos Vingadores.

Um dos pontos que mais aguçou a ansiedade dos fãs foi a estréia do Abutre na telonas. O vilão, que seria abordado no falecido Homem-Aranha 4 (R.I.P.), é interpretado em De Volta ao Lar pelo incrível Michael Keaton (Birdman) e tem uma profundidade dificilmente encontrada em vilões hoje em dia.
O restante do elenco também foi super bem escolhido. Marisa Tomei foge completamente do que imaginamos quando pensamos na tia May mas mesmo assim conseguiu encarnar a personagem muito bem. Jacob Batalon que interpreta Ned, melhor amigo de Parker, nos presenteia com um personagem extremamente engraçado mas que em momento algum passa do limite ao ponto de se tornar algo forçado. Para mim o único problema com escolha de elenco foi a decisão de colocar a atriz Zendaya para dar vida a uma personagem com pouquíssimo tempo de tela e vender o filme como se ela fosse alguém de extrema importância.
Talvez um dos pontos negativos do filme é que embora ele seja surpreendentemente bom, a falta de profundidade na história deixa muito claro que ele foi feito apenas para dar as boas vindas oficiais ao personagem e criar uma ponte para que a história pudesse prosseguir após os acontecimentos de Guerra Civil. Isso fica mais claro se compararmos com os dois primeiros filmes da trilogia do Sam Raimi, onde algumas cenas fazem com que você se sinta conectado ao personagem de uma forma mais intensa.
A música do filme foi composta por Michael Giacchino (Rogue One: Uma História Star Wars), e embora ela não se compare a de Danny Elfman, ela é com certeza uma das melhores entre os últimos lançamentos da Marvel.

Homem-Aranha: De Volta ao Lar é com certeza um dos maiores acertos do Marvel nos últimos anos e merece ser assistido por aqueles que acompanham o herói há anos e também por aqueles que chegaram agora nesse universo e ainda não teve a oportunidade de conhecer o cabeça de teia.

11/02/2016

Na Telona :: ‘Deadpool’ #35

Oi, gente. Tudo bem?

Ontem participei de mais uma cabine de imprensa aqui em Porto Alegre e hoje vim contar para vocês o que achei do novo filme da Fox, em parceria com a Marvel, que chega aos cinemas nacionais hoje! Vamos conferir?!

Filme: Deadpool
Título Original: Deadpool
Diretor: Tim Miller
Distribuidora: Fox Filmes
Duração: 1h49min
Lançamento: 11 de fevereiro de 2016
Classificação: 16 anos
Sinopse: Ex-militar e mercenário, Wade Wilson (Ryan Reynolds) é diagnosticado com câncer em estado terminal, porém encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica. Recuperado, com poderes e um incomum senso de humor, ele torna-se Deadpool e busca vingança contra o homem que destruiu sua vida.

Wade Wilson é um mercenário sarcástico e tagarela que ganha a vida passando seus dias fazendo serviços de matador de aluguel. Sua vida muda radicalmente quando ele encontra seu grande amor, a ex-prostituta Vanessa. Os dois vivem seus dias com experiências sexuais cada vez mais inusitadas e o amor e afeição entre os dois é palpável.
Isso até que uma triste notícia abala as estruturas do relacionamento deles. Wade é diagnosticado com câncer terminal e tem pouco tempo de vida. Ele não quer que Vanessa estrague sua vida ficando ao lado dele e decide deixá-la para seguir em frente, quando um misterioso homem surge em sua vida e diz poder curá-lo.

A coisa parecia bem simples: Wade alistaria-se em um experimento que modificaria seus genes, assim transformando seu DNA e ocasionando uma mutação. Só que os métodos para ativar essa mutação não são dos mais ortodoxos e Wade sofre muito nas mãos de Dr. Francis, ou Ajax, até que ela se concretize, deixando-o com o poder de regenerar-se rapidamente de ferimentos.
O problema é que, quando acontece, Wade está deformado e sabe que não poderá retornar ao mundo com essa aparência e que com certeza Vanessa irá rejeitá-lo assim. A única pessoa capaz de reconstruir sua beleza é Francis, mas após uma briga homérica, o Dr. tem certeza de que Wade está morto e foge.

Agora, Wade precisa partir em uma missão para encontrar Francis e retomar sua vida, adotando o alter ego Deadpool e matando todos aqueles em seu caminho que tentam impedi-lo de alcançar seus objetivos. É claro que a jornada não será nada fácil, principalmente com um X-Men querendo recrutá-lo a qualquer custo…
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir!

Não sou o tipo de garoto que é fã de quadrinhos e conhece todos os universos da Marvel. Muito pelo contrário. O máximo que acompanhava eram os desenhos dos heróis na televisão e pouco tempo atrás os filmes que surgiram no mercado. Por esse fato, não tinha a menor ideia de quem era Deadpool, mas quando assisti o trailer, soube que PRECISAVA ver o filme e conhecer mais sobre esse anti-herói.

A jornada de Deadpool é um tanto característica de filmes de herói: ele sofre, perde alguém importante e parte para tentar recuperar sua vida anterior. O diferencial? Seus métodos de ação não são de um herói, o que faz com cabeças rolem – literalmente – e muito sangue seja derramado. Além disso, o humor do personagem é sarcástico e irreverente, de forma que damos risada em mais da metade do filme e não tem uma única piada que não seja engraçada.
Devemos a maior parte do sucesso do filme à interpretação de Ryan Reynolds. O ator nunca esteve entre meus favoritos – principalmente depois de assistir Lanterna Verde -, mas dessa vez ele conseguiu me convencer passando a personalidade de Pool e deu um show de atuação.

A classificação indicativa do filme, na minha opinião, poderia ter sido de 18 anos. O filme é pesado, com cenas de conotação sexual e muita brutalidade nas lutas. Além disso, não fizeram aquele trabalho tosco de legendar palavrões de forma branda. ‘Fuck you’ é traduzido ao pé da letra, o que deixa a linguagem mais pesada.
O final do filme conta com aquela tão esperada cena pós-créditos, típica dos filmes da Marvel, mas no padrão Deadpool de ser, então esperem até as últimas letrinhas subirem na tela para saírem da sessão, hehe.
Em suma, Deadpool é um filme divertido, instigante e que cumpre com totalidade sua função de entreter e mostrar a história do anti-herói mais querido de todos nas telonas. Recomendo com certeza!
TRAILER

Beijos e até a próxima!

28/01/2016

Tá Na Estante :: ‘Vingadores – Todos Querem Dominar o Mundo’ #500

E aí, gente. Como estão?

Meu nome é Ellen, sou colaboradora dos blogs Recanto da Mi e Guardiã da Meia-Noite e estou aqui hoje pra resenhar para vocês um livro do selo Marvel, da editora Novo Século, a pedido do Leo. Vamos conferir?!

Livro: Vingadores – Todos Querem Dominar o Mundo
Autor: Dan Abnett
Editora: Novo Século
Páginas: 320
Sinopse: Quantos vilões são necessários para dominar o mundo? A Hidra desenvolve um patógeno sintético para o qual apenas ela tem a cura. Enquanto isso, a I.M.A. (Ideias Mecânicas Avançadas) está prestes a contaminar o suprimento mundial de água com um letal composto nanotecnológico. Ultron dispõe da mais avançada tecnologia da Terra nas pontas de seus dedos metálicos. O demônio Dormammu tem um plano ímpar para o planeta: reivindicá-lo para si próprio. Alto Evolucionário está reescrevendo o genoma humano, numa tentativa de transformar a humanidade numa raça eugênica de escravos. TODOS QUEREM DOMINAR O MUNDO. Mas somente os Vingadores poderão salvá-lo. Serão eles capazes de resistir quando não apenas um, mas muitos desses vilões atacarem ao mesmo tempo? Essa crise está longe de ser mera coincidência. Há alguém por trás desses ataques simultâneos. Uma grande sombra paira sobre os heróis mais poderosos da Terra, e, mais uma vez, a raça humana se encontra à beira da aniquilação.

 – Ultron? Ele queria dominar o mundo.
– Todos querem dominar o mundo – observou Fury.

Se você quer ler a romantização do filme dos Vingadores, desista da leitura. O livro não é uma cópia do filme! É uma história nova, diferente, que ainda merece sua atenção. Todos os Vingadores estão presentes e cada um está em um canto do mundo, enfrentando uma ameaça distinta. E todos eles estão sem comunicação com o resto do mundo. Sim, a comunicação foi cortada. Telefones não funcionam, nada mais.
Capitão América, nosso Steve Rogers, ou simplesmente Cap, como é bastante chamado no livro, está na Alemanha enfrentando a HIDRA, uma organização do mal que quer dominar o mundo. O Homem de Ferro, Tony Stark, está em Washington enfrentando uma ameaça tecnológica que quer dominar o mundo: Ultron
Gavião Arqueiro e Viúva Negra estão em um lugar meio incomum, desconhecido, onde os dinossauros ainda vivem. Lá, eles invadem a central da I.M.A. procurando informações. Na Sibéria, nosso asgardiano Thor está com Wanda, a Feiticeira Escarlate, tentando descobrir o que está acontecendo e enfrentando um ser muito poderoso que quer dominar o mundo. E por último, mas não menos importante, Dr. Banner, está em Madripoor em uma missão secreta. Todos eles estão enfrentando ameaças que querem dominar o mundo. 

As histórias seguem separadas até o 2/3 do livro, onde eles finalmente começam a entender tudo e encaixar as peças que cada um colheu em suas batalhas. Junto deles surgem os outros vingadores que faltavam: Mercúrio, irmão de Wanda, e Visão
Liderados pelo capitão Fury, da S.H.I.E.L.D., pelo Capitão América e pelo Homem de Ferro, os heróis se unem para enfim tentar salvar o planeta do inimigo que talvez eles não conheçam.

– Você quer fazer isso ou eu posso? – perguntou.
– Fique a vontade – falou Cap.
– Acho que é a sua vez – disse Stark.
– Apenas prossiga – disse Cap.
– Deve vir de você – disse Stark. – Soa melhor vindo de você.
– Senhores… – rosnou Fury.
Stark sorriu e assentiu para Cap.
– Tudo bem – concordou o Capitão América. – Avante, Vingadores!

Eu esperava ler a história parecida do filme. Mas ainda bem que isso não aconteceu. Nesse livro nós temos uma nova aventura do time dos Vingadores. Inclusive, heróis que morreram nos filmes aparecem vivos por aqui (viva!) e heróis que ainda não tiveram chance de mostrar quem são tem tanta importância quanto os mais antigos Vingadores. 
Todas as histórias acontecem exatamente no mesmo tempo. Os capítulos são intercalados, ora um herói, ora outro, sempre seguindo a mesma ordem. Cada final de capítulo nos faz ansiar desesperadamente para que o chegue logo o capítulo daquele herói de novo. Isso deixou a narrativa bem fluída, pois diminuía o tamanho dos capítulos, e tornava a leitura mais dinâmica.
O final me surpreendeu, pois eu realmente não conseguia decifrar quem estava por trás do ataque maior. Foi um final divertido e correto, que teve a presença ilustre de um herói que todos nós amamos! (Mas vocês vão ter que ler para saber de quem estou falando!).
Exceto pelo Capitão América, todos os heróis são aqueles que conhecemos do cinema. O Capitão America fala um pouco mais de palavrão do que deveria, mas toda a essência dele continua ali presente. De todos, o herói que mais me cativou e arrancou risos da minha boca foi o Thor. Aquele jeito de deus superior que ele tem é encantador! E gente, tem algumas revelações que eu não conhecia, eu nunca acreditei muito no Visão, mas me surpreendeu positivamente (segredos, segredos). E falando no Visão, sua aparência não é igual ao do filme. Ele é o Visão dos quadrinhos, verde e amarelo.

– Que parte disso é uma boa ideias – perguntou o Homem de Ferro.
– A parte em que nós ganhamos – respondeu Thor.

Thor e Wanda tem um papel muito importante no livro e no entanto não aparecem na capa. Mercúrio que também está na história, não está na capa. Mas ela não deixa de estar lindíssima. A ilustração de Will Conrad está magnifica. Mas infelizmente a Novo Século pecou um pouco na revisão. Durante a leitura, alguns erros de digitação apareceram. Mas as páginas amareladas, a fonte escolhida, e claro, as páginas pretas internas, dão um toque a mais no quesito design.
Existem partes que queremos matar os heróis. Existem partes que não sabemos quem está mentindo. Existem partes engraçadas. Existem partes com mortes. E toda essa combinação resultou num ótimo livro de heróis! E um time de heróis que deu certo, cada um da sua maneira, cativa e cumpre seu papel na equipe. 
Para quem curte, é uma ótima pedida. Inclusive vale a pena acompanhar os outros livros da Novo Século, que tratam das histórias dos heróis individualmente, ou outros heróis da Marvel. E para quem ainda não gosta muito, vale dar uma chance. O livro não conta como cada nada herói nasceu, mas isso não influencia na leitura. E com certeza você vai se conectar com algum personagem.

Juntos, combinavam magia, tecnologia, velocidade, pontaria e habilidades de combate incomparáveis. Moviam-se como um só. Um time. Os mais poderosos heróis da Terra.

Beijinhos e até mais!

20/11/2015

Na Telinha #28 – 05 Motivos para assistir Marvel’s Jessica Jones, nova série da Netflix.

Hey, mates! Tudo bem com vocês? Olha eu aqui enchendo o saquinho de vocês com uma dica quente de uma série, a qual definitivamente vocês irão ouvir falar – e muito. Marvel’s Jessica Jones estreia hoje com altas expectativas por conta de seu primo antecessor, Daredevil. Jessica Jones vem com o dever de emplacar mais um grande sucesso para a Marvel e a Netflix, como conquistar o seu coração. Pronto ou não, Hell’s Kitchen tem uma nova heroína.

                                            

Desde que sua curta jornada como super-heroína terminou em tragédia, Jessica Jones (Krysten Ritter) tem reconstruído sua vida pessoal e carreira como uma detetive particular em Hell’s Kitchen, bairro de Nova York, conhecido por ser o bairro do Demolidor (Charlie Cox). Atormentada por autodepreciação e um forte caso de estresse pós-traumático, Jessica luta contra demônios que vem de dentro de si e os de fora, usando suas habilidades para aqueles que precisam… Principalmente se eles estão dispostos a pagar a conta.

1. Girl Power.Heroínas e vilãs não costumam ter muita sorte no mundo cinematográfico, muito menos no universo das séries, é só lembrar o horrível ‘Elektra’ (e eu adorava esse filme na minha infância) e a versão cancelada de ‘Mulher Maravilha’ (graças a Deus!) antes se quer de ser lançada na televisão. Se é por conta de ser uma mulher, heroína ou uma péssima produção e roteiro, não entraremos em detalhes, só não podemos negar que uma série com uma heroína é algo difícil e arriscado de termos com constância na televisão americana. Com a hype Super herói em alta riscos precisam ser tomados pelas produtoras. É difícil ter produtos com as super heroínas secundárias, imagina uma destaque tão grande num filme/série, fugindo do papel de dama em perigo ou par romântico? O público quer uma série com uma heroína como protagonista e mesmo que eu discorde com os pedidos de ter um filme da Viúva Negra (Sério? Não sei se vocês estão ligados, mas ela não é uma heroína e nem tão interessante assim para ter um filme, é só dar uma lida nos quadrinhos), em breve teremos ‘Mulher Maravilha‘ com a Gal Gadot e ‘Capitã Marvel‘.

Jessica Jones não é uma personagem conhecida amplamente pelo público, o que pode ser um grande risco para um eminente sucesso. Todavia, essa também pode ser a grande carta na manga da Netflix/Marvel: uma personagem desconhecida, jovem no universo dos quadrinhos e extremamente humana, o que traz empatia dos olhos do público. Num período em que o emponderamento feminino e o movimento feminista estão em alto e até a CBS arriscou numa série sobre a Supergirl (a qual anda capengando na opinião publica) Jessica Jones vem para apresentar um universo soturno, depressivo e nostálgico, onde uma mulher busca seu lugar no mundo, através do seu trabalho, como também busca tranquilidade na sua consciência pesada. O Girl Power estará presente na série através do faro investigativo de Jones, como também da sua independência e os seus super poderes (Vocês sabiam que Jones tem super força e consegue quase voar?), quanto também na presença de sua melhor amiga Trish Walker, a qual eu não sei qual será o seu futuro e desenvolvimento na série, mas nos quadrinhos também se torna uma super heroína conhecida como Hellcat.

2. Essa não é uma história de origem.

Por mais que seja muito bom conhecer o passado e a origem de um herói, todavia em
alguns casos é interessante reinventar a forma de apresentar isso ou talvez seja mais atraente usar o recurso dos flashbacks para garantir um novo tipo de dinamismo, como
ocorreu em Daredevil. Assim não teremos sempre uma história de origem por trás
do personagem titulo, assim não teremos uma repetição de segmento série após série, como também assistiremos o surgimento de camadas daquele
herói e vilão, consequentes de quem eles foram em seus passados. Em Daredevil isso ocorre três vezes ao longo de sua primeira temporada, quando vemos o surgimento
do Demônio de Hell’s Kitchen, Fisk e sua ideologia e por fim o Daredevil.

Nos quadrinhos Jessica Jones raramente usa
os seus poderes e mesmo não tendo lá muitos dons, a grande sacada da
personagem é a sua personalidade e noção de certo e errado, vez ou outra deturpados pelo espectro de Kilgrave. Jones não quer ser
uma vigilante, muito menos busca ser uma justiceira ou quisá uma heroína, mesmo que essa seja a frase da chamada da série. Jessica trabalha como detetive apenas
como seu ganha pão, se ela vai conseguir justiça, esses são outros
quinhentos… Ela faz o melhor que pode para merecer aquele dinheiro no final do dia e nem sempre isso é o bastante e essas consequências
lhe afetam emocionalmente.


3. Se você espera um Matt Murdock de saia, nem assista a série. Ela não é uma vigilante, muito menos uma heroína.

Diferente da maioria dos heróis apresentados até hoje
pelo Universo Cinematográfico da Marvel, Jessica não tem o menor ímpeto de ser
uma vigilante e heroína. Além do mais, ela abandonou a vida de heroína após uma
experiência traumática e só de pensar nisso ela é jogada num espectro depressivo regado de bebidas e sexo violento. Como a série irá abordar isso, eu não sei, mas posso
garantir que será muito interessante ver uma nova abordagem no Universo dos Super Heróis,
fugindo da velha receita de anti-herói ou anti-herói buscando vingança e acabando por gostar do papel de Justiceiro.


Jessica é solitária, com isso não é de admirar que ela tenha poucos amigos,
desconfie até da própria sombra e tem um dedo podre para relacionamentos. Nos
quadrinhos suas relações são marcadas por problemas de relacionamentos, brigas
e desentendimento, mas mesmo através de sua depressão e vícios, Jessica busca com
dificuldade se reconectar com aqueles que amam e tentar consertar os seus erros. Sua humanidade é tão marcante
quanto a sua vontade de fazer o que é certo e ganhar um dinheirinho para pagar
suas contas e uísque.


4. Nós somos humanos, antes de heróis.

Fugindo da temática: pessoa com superpoderes e uma enorme responsabilidade com o mundo,
Jessica Jones apresenta em primeiro lugar uma mulher depressiva, traumatizada e
solitária. Seus poderes são parte de si, mas eles demarcam uma mulher que não
existe mais e a qual Jessica não quer também mais ser. Esses dons não lhe dão
nada mais do que um peso em sua consciência. De qualquer modo, os seus dons
serão mostrados na série, em poucos momentos, mas eles estarão lá para demarcar quem Jones foi e é.

5. Kilgrave


Kilgrave
é o vilão de Jessica Jones e o cara não é humanizado em nenhum momento nos quadrinhos e duvido muito que isso acontecerá na série. Diferente do que aconteceu com Fisk, em Daredevil Kilgrave não será descamado aos olhos dos telespectadores para eles se questionarem do porquê dele ter se tornado aquilo ou até mesmo criar uma duvida na mente do telespectador de acreditar em seus
motivos perversos como consequência do seu passado negro ou crer que isso não explica o que ele se tornou? Como aconteceu com Wilson Fisk. Ele apenas aparece em Daredevil no 1×04 e sua presença é quase fantasmagórica,
mas quando ele chega definitivamente na série, se torna uma oposição marcante a ideologia de Murdock.
Contudo, diferente do esperado, Fisk não é só o cara ruim tornando a vida de
Murdock difícil. Ele tem uma crença, uma ideologia e um passado negro e marcado por violência e perdas. Quando Fisk é humanizado, ganhamos uma comparação tendenciosa, onde podemos analisar as dificuldades vividas por Murdock e Fisk e o que essas experiências serviram
como molde para os seus caracteres. Dificilmente você terminará a temporada torcendo cegamente por Murdock. Você irá se questionar: Será que Matt tem razão, será que Fisk está realmente errado?

A primeira coisa que você precisa saber sobre Kilgrave é que ele teve uma vida
normal. Sem traumas, sem dramas, sem doenças e muito menos perdas. Ele é ruim,
por ter nascido com essa índole em sua alma. Ele não quer poder, ele é poder. Ele é arrogante, sádico, um estuprador
e sem limites. Com o particular dom de controlar mentes, Kilgrave é
incontrolável e perigoso. Ele usa os seus dons desregradamente por seus motivos
pessoais ou simplesmente por diversão e ele não poupa ninguém. Se ele quiser
você morto, só por querer, ele irá matá-lo com apenas uma frase.

E aí, pipoca pronta, refrigerante geladinhos e chocolate a disposição? É só apertar o play, mates e curtir uma maratona de treze episódios do próximo hit da Netflix, Marvel’s Jessica Jones. Assista em primeira mão exclusivamente pelo Netflix.  

31/07/2014

Na Telona :: ‘Guardiões da Galáxia’ #07

Oi, gente. Tudo bem?

Na última segunda-feira eu tive uma cabine de imprensa e hoje vim contar para vocês o que achei do novo filme da Marvel que chega às telonas hoje. Vamos conferir?!

Filme: Guardiões da Galáxia
Título Original: Guardians of the Galaxy
Diretor: James Gunn
Lançamento: 31 de julho de 2014
Duração: 2h01min
Distribuidor: Disney
Classificação: 12 anos
Sinopse: Da Marvel, o estúdio que trouxe franquias globais campeãs de bilheteria como Homem de Ferro, Thor, Capitão América e Os Vingadores – The Avengers, chega uma nova equipe — os Guardiões da Galáxia. Uma aventura espacial com muita ação, Guardiões da Galáxia da Marvel expande o Universo Cinemático Marvel para o cosmo, onde o impetuoso aventureiro Peter Quill se vê como objeto de uma caçada implacável após roubar uma misteriosa esfera cobiçada por Ronan, um vilão poderoso com ambição que ameaça todo o universo. Para fugir do determinado Ronan, Quill é forçado a fazer uma complicada aliança com um quarteto de desajustados — Rocket, um guaxinim atirador, Groot, uma árvore mutante humanoide, a mortal e enigmática Gamora e o vingador Drax, o Destruidor. Mas quando Quill descobre o verdadeiro poder da esfera e o perigo que ela representa para o cosmo, ele deve fazer seu melhor para reunir seu grupo desorganizado para uma última e desesperada resistência — com o destino da galáxia em jogo.

Guardiões da Galáxia inicia-se no ano de 1988, onde conhecemos o jovem Peter Quill. A mãe de Peter está em seu leito de morte e dando seus últimos suspiros. Quando ela finalmente parte, uma comoção se inicia entre parentes e médicos e o garoto, transtornado com a perda da mãe, corre descontroladamente para fora do hospital. Nisso vemos uma nave alienígena abduzindo o garoto e o filme dá um salto para os tempos atuais.
Quill cresceu fora do planeta em uma nave de saqueadores, onde aprendeu esta função com maestria. Agora ele denomina-se o Senhor das Estrelas e acabou de roubar um artefato valiosíssimo, um orbe, que está sendo procurado pelo temível Ronan, que deseja entregá-lo a Thanos para que este destrua um planeta para ele. Quando descobre que o artefato foi roubado, Ronan manda sua assistente, Gamora, resgata-lo.
Além disso, os saqueadores amigos de Quill querem sua cabeça após a traição e colocam uma recompensa para quem capturá-lo. E é atrás dessa recompensa que está o guaxinim Rocket e seu fiel escudeiro, Groot. Com três pessoas em seu encalço fica difícil para Quill escapar, mesmo com toda sua ardilosidade. No fim, os quatro causam uma confusão tão grande que acabam sendo presos em uma unidade intergalática de segurança máxima.
A fama de Gamora no presídio não é das melhores, já que Ronan fez atrocidades com muitas pessoas que estão presas por lá. Com isso conhecemos Drax, que perdeu a esposa e a filha, assassinadas por Ronan. Ele deseja mais do que tudo vingar-se do Acusador e acha que matando Gamora irá atingi-lo. Porém, a situação toma um rumo inesperado. Gamora conta que nunca apoiou Ronan e que deseja mais do que tudo sua destruição e usaria o orbe para conseguir isso.
Com essa reviravolta, Quill, Gamora, Rocket, Groot e Drax armam um plano para escapar da prisão, para poderem vender o orbe e dividir o dinheiro entre eles. O grande problema é que ninguém sabe o real valor do artefato e quando este se revela, os improváveis aliados percebem que devem protegê-lo a todo custo, pois se chegar nas mãos de Ronan pode ser o fim de tudo que eles conhecem.
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir.
Adoro filmes com uma pegada despretensiosa e quando assisti o trailer de Guardiões da Galáxia achei que a Marvel ousou bastante ao investir em um longa dessa forma. Mas preciso dizer a vocês que foi um investimento de sucesso. Guardiões da Galáxia foi um dos melhores filmes que assisti esse ano e, se duvidar, foi o melhor do gênero.
O filme é bem diferente dos padrões Marvel, pois os Guardiões não são super-heróis e nem queridinhos do público. Isso não foi motivo para que o trabalho não saísse perfeito. Os efeitos especiais estão sensacionais, como já era de se esperar e achei a tecnologia 3D muito bem utilizada. Tenho certeza que se tivesse assistido em uma sala IMAX, teria percebido ainda mais os efeitos e aproveitado muito mais. A trilha sonora também ficou sensacional. Os responsáveis pela trilha abusaram de músicas que dessem um maior efeito cômico às cenas e estas ficassem ainda mais divertidas.
O elenco está impecável. Não conhecia o trabalho de Chris Pratt, mas achei que ele foi um ótimo Quill. O personagem está longe de ser um herói e tem toda uma personalidade sarcástica e metida a comediante. As múltiplas facetas de Pratt realmente me convenceram. Zoe Saldana também deu um show. É suspeito eu falar, já que gostei dela até em Crossroads, aquele filme bizarro da Britney Spears, mas foi impossível não sentir uma empatia por Gamora e Zoe conseguiu me fazer sentir isso. Vin Diesel foi responsável pela voz de Groot e, embora falasse apenas três palavras, conseguia carregá-las com diferentes entonações e passar os sentimentos do personagem. Groot conquistou meu coração e já quero um filme solo dele (sim, estou sonhando. Muito).
O único motivo de o filme não ter sido cinco estrelas foi uma cena específica, que aguardei o filme inteiro para que acontecesse e, quando finalmente ela chegou, foi rápida, sem graça e broxante. Sério, gente. A Gamora tem uma irmã recalcada, que sempre sentiu inveja dela por ser a preferida do pai. Enquanto Gamora traiu Ronan, a irmã permaneceu ao lado dele e fiquei ansiando por um embate entre elas, mas a cena durou poucos segundos e me deixou bem chateado.
Porém, isso não é motivo para que eu deixe de recomendar o filme para vocês. Muito pelo contrário. Guardiões da Galáxia deve ser assistido por todos e eu com certeza assistirei outra vez – até porque há uma cena pós-créditos que não foi liberada na cabine. Quem for assistir ao filme, por favor deixe aí nos comentários o que tem nessa cena, mas não esqueçam de avisar que é spoiler. 
*Agradeço ao Espaço/Z pela oportunidade de assistir ao filme em primeira mão em uma cabine de imprensa.

TRAILER

BEIJOS E ATÉ A PRÓXIMA!
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01/05/2014

What Is Coming #16 :: O Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça de Electro

Oi, gente. Tudo bem?

Não, eu não estou roubando a coluna de Well. Só peguei emprestada essa semana pra falar de um filme que chega aos cinemas amanhã. É a primeira vez que escrevo aqui, então ignorem a qualidade do post, hahaha.

Sinopse: Peter Parker (Andrew Garfield) adora ser o Homem-Aranha, por mais que ser o herói aracnídeo o coloque em situações bem complicadas, especialmente com sua namorada Gwen Stacy (Emma Stone) e sua tia May (Sally Field). Apesar disto, ele equilibra suas várias facetas da forma que pode. No momento, Peter está mais preocupado é com o fantasma da promessa feita ao pai de Gwen, de que se afastaria dela para protegê-la. Ao mesmo tempo ele precisa lidar com o retorno de um velho amigo, Harry Osborn (Dane DeHaan), e o surgimento de um vilão poderoso: Electro (Jamie Foxx).

Eu tive a oportunidade de assistir esse filme em uma cabine de imprensa, quinze dias antes do lançamento, e esse é o motivo de eu estar aqui. Minha crítica vocês podem conferir lá no Recanto da Mi.
O filme consegue ser mais incrível que o primeiro. As cenas de ação não deixaram em nada a desejar, mesmo sendo um tanto escassas. O romance está sensacional, com cenas tocantes e muito bem interpretadas.
Confiram o trailer abaixo.

Gente, bora correr pro cinema mais próximo e assistir. Se vocês curtiram o primeiro filme, vão amar o segundo. Se não curtiram, vão passar a curtir.
Beijos e até qualquer hora.