sobre livros e a vida

31/08/2013

Aleatoriedades e um café, por favor #13 – Do Outro Lado do Mundo

Hey, folks 🙂

Tudo bem?





Do Outro Lado do Mundo
No Brasil,
você em algum lugar, no dia 27/08/2013

E se tem que ser assim?
Eu aqui e você aí, do outro lado do mundo?
Me pergunto isso nesse momento, mas penso isso há muito tempo, pois percebi que
entre milhões de pessoas você está com outro alguém nesse instante ao qual
escrevo isso, talvez rindo, talvez chorando, talvez sendo completamente feliz,
sem se quer sentir a falta de um outro alguém, desconhecido, que talvez esteja
escondido o mais próximo que você imagina, ou só talvez, essa pessoa seja eu,
escondia a quilômetros de distância com oceanos e países no caminho,sendo
obstáculos, quer dizer, seria um obstáculo ou um desafio, ou talvez, a vida
queira assim?!
Sabe, quer que vivemos nossas vidas separados, pois saibam que juntos ou no
mesmo estado/pais/região não conseguiríamos alcançar o que almejamos, pois de
algum modo soturno nos encontraríamos feito imãs.
Bom, eu estou aqui, pensando em como seriamos perfeitos como ‘nós’ e você nem
ao menos sabe que eu existo, como outras milhões de pessoas, o que deveria ser
importante também,mas só é importante você e agora me pego pensando, e se eu
não soubesse que você existe? 
Essa idéia me deixou seu ar um pouco …

Eu …
Eu
continuaria almejando você. Você pode ser o que para mim eu considero de mais
perto de alma gêmea, então mesmo sabendo que você não é real ou que
provavelmente levou um raio na cabeça quando tinha uns 15 anos o que o
desintegrou e afastou a minha outra metade de mim, eu iria buscar em você, em
cada corpo vivo, rosto, olhar … e um dia eu iria te encontrar, seja aqui ou
do outro lado.

Se acontecesse nossa história seria como um conto de fadas, não é?
Eu, a garota normal e você, um grande alguém.
Nossos mundo se colidem com um encontro inesperado no meio de uma rua, dentro
de uma loja, em uma festa, numa troca de olhares num parque.
Imagina nosso amor seria como um daqueles romances que preenchem as almas dos
românticos ou tórridas paixões de romances joviais, mas amores assim não
acontecem … na vida real, na minha vida.
Isso é o mundo de Alice dentro de minha cabeça, mas posso sonhar, enquanto isso
for de graça, você viverá em minha mente, quem você é e me completa.

Você, aí, talvez e apaixone e se case com alguém do seu mundo, tenha filhos,
seja feliz por completo, morra com 89 anos de um enfarte porque você sempre foi
teimoso e ficou comendo escondido gordura daquelas cebolas empanadas que eu
sempre disse que te mataria um dia. Eu? Talvez eu me case com algum escritor,
fã de My Chemical Romance, talvez ele me complete e eu a ele, talvez … talvez
eu nem case ou me apaixone, vai saber …

Amar é difícil, é caro demais para o coração e escasso hoje em dia, por isso eu
devo aceitar tão bem não ter alguém, porque antes de vir para cá eu deva ter
optado assim, viver longe de você, vendo o conseguir tudo que almeja com um
outro alguém do seu lado, enquanto eu faço o mesmo aqui, mas sem você, pois eu
sabia que se você optasse por isso, você não seria feliz por completo, pois
sempre me buscaria e nunca viveria, eu devo ter escolhido assim, na realidade,
isso é muito a minha cara, ser a mártir, até no amor, já eu … eu sei que você
existe, por mais que eu te busque, saber que você está aí em algum lugar a
minha espera – ou não – e a qualquer instante podendo entrar na minha vida – ou
não – como num conto de fadas me mantém completa e esperançosa, e talvez nossa
história deva ser assim. Você feliz com alguém e eu te esperando …
Almas gêmeas?

Talvez, um dia iremos descobrir, mas até lá … te vejo do outro lado.

Ann

A autora não sabe onde você se encontra, mas mal pode esperar para te
encontrar, baby. 

21/07/2013

Aleatoriedades e um café, por favor #10 – Nova Chance

Hey, Folks?
Tudo bem?

Nova Chance

Perdida no meio de crianças gritonas que não param de correr, som de apitos,
brigadeiros e docinhos de coco, música infantil e balões coloridos que estão a
me distrair, no dia 20/07/2013

Essa é uma carta aleatória.
Eu não tinha o que fazer na festa de aniversário da Emily,
aquela garotinha de 6 anos, que vive no meu prédio, e chora feito uma
protagonista de novela mexicana, sua mãe me convidou, fez olhinhos de Gato de
Shrek, dizendo que Emily adoraria me ver lá – mentira! Ela queria presente – e
como eu não tinha o que fazer MESMO, achei que comer alguns docinhos e beber
refrigerante de graça teria seu lado positivo. Vesti um moletom e fui, saldo
positivo: comi docinhos, bebi refrigerante e ganhei saquinho de presentes.
Saldo negativo: Vomitaram em mim três vezes, e me senti adolescente novamente,
em uma festa de criança. Saldo Bônus: Peguei um guardanapo e escrevi essa carta
aleatória, bebendo Coca Cola – tem cafeína – e comendo um hambúrguer. Me perdoe
pelo guardanapo amassado, sujo de gordura, espero que você entenda a minha
letra:

Sempre amei aniversários, dos outros, ligar, desejar um dia especial, regado
de tudo que eu desejo de bom para quem amo, ficar dias planejando um presente,
uma festa surpresa, e quando chega o dia, me dedico inteiramente àquela pessoa,
pois ela está na minha vida e o dia de seu nascimento deve ser comemorado,
porque sem essa pessoa, eu não seria nem metade do que sou. As vezes a pessoa
nem nota meu esforço, as vezes sim, mas isso realmente não importa, aquele dia
é dela, e seria capaz de tudo para fazê-lo ser especial e inesquecível ao lado
das suas pessoas amadas.

Quando essa posição muda, não me sinto tão bem, pelo menos era assim
antigamente. Tenho uma necessidade de me isolar no meu aniversário, eu não se;,
tem algo de peculiar em fazer aniversário, ficar mais velho – mais experiente –
ter um novo ano de chances e oportunidades, de ver e viver sonhos, desilusões,
novas esperanças, amigos, namoros e desejos. É como uma preparação para o dia
seguinte, no qual tudo vai iniciar. É como se aniversário não fosse naquele
dia, e sim no dia seguinte, entendeu? Aquela sensação de frio na barriga, de
quem vai ligar, de quem vai na sua festa …
Esse frio me assombra durante todo
o dia do meu nascimento e só me liberta no dia seguinte, que estou mais velha,
e ferrada, porque tenho 1 ano de novas possibilidades e ainda nem superei o
último. 
É como no ano novo, aquele dia especial, cheio de uma energia de renovação e
futuro, preparamos listas de desejos, de coisas que desejamos realizar durante
o novo ano, mas cada vez que o relógio vai mostrando que faltam poucas horas
para esse novo ano, ferra tudo, porque começamos a pensar no ano que passou das
coisas que não foram, e então, como mágica, lembramos do que poderá ser.

Fazer aniversário é um novo começo.

Uma nova chance.
Não é um dia de festa, presentes e bolos, apenas.
Não é um dia de sorrisos e agradecimentos.
É um dia de renovação, de reavaliar sua vida, de se
reavaliar e de ver o seu futuro.
          Ou pelo menos, imaginar esse futuro.



[…]

Certas coisas mudaram de uns anos para cá. 

Não tenho mais apenas essa visão tão sombria do meu aniversário mais.Conquistei novos amigos, descobri novos caminhos e
sentimentos.
Surpreendentemente comecei a amar comemorar meu
aniversário.
Com direito a festa, bolo, docinhos, chamar os amigos e
familiares, a ganhar presente e até mesmo a parabéns para você com palmas sem
sincronia e animação espontânea.
Meus amigos me mostraram que fazer aniversário não é
apenas um dia de renovação, e sim, de retribuição. Os meus amigos buscam
agradecer pela minha amizade – e existência – através de uma comemoração,
presentes, mimos e ligação, e eu aceito isso, pois é o dia do meu nascimento. É
o dia que há tantos anos atrás, por alguma razão mística ou não eu vim ao mundo
para cumprir um papel – ou não – o que importa é que eu aprendi, através dos
meus amigos, que um aniversário não é um dia apenas dedicado a mim, mas a eles
também, através de uma comemoração, eles se sentem completos por poderem estar
ao meu lado naquele dia especial, agradecendo por eu estar na vida deles.

Um aniversário não é um dia no qual você conquista uma
nova idade, mas é um dia que você conquista um ano de oportunidades e futuro. É
uma nova chance.

Então, eu penso assim: se você era como eu, não gosta de
aniversários, fica enjoado só com a ideia de uma festa surpresa ou um parabéns
coletivo, repense, esse dia não é seu apenas, é de todos que estão em sua vida,
e talvez, devemos deixar de lado alguns preconceitos e aceitar o modo que as
pessoas encontram de agradecer nossa existência, e de ser gratos a Deus por
mais um dia de vida. Se você gosta de comemorar seu aniversário – e de todos –
continue assim, e repasse essa ideia aos outros, principalmente aqueles que
entortam o nariz para aniversários, eles não tem ideia da magia, poder e
oportunidade que esse dia tem especialmente para você.

Um grande beijo,
daquela que é sua pessoa hoje e sempre,

Ann

Ann teve o melhor aniversário da vida dela no dia 17 72013, e  uma continuação no dia 18 72013, pois ela
tem os melhores amigos e mãe que uma garota poderia desejar ter.

06/07/2013

Aleatoriedades e um café, por favor #8 – ABC do Ser

Hey, Folks?
Tudo bem?








ABC do Ser

Tomando sol, 06/07/2013

E ela esbravejou: “EU NUNCA MAIS IREI CONSEGUIR RESPIRAR SEM ELE.

E eu respondi:” Eu não sabia que ele era os seus pulmões, para mim, ele era
apenas o seu namorado.”

Eu pensei que ela fosse me dividir em duas, pois a maneira que ela me olhou
deixou bem claro que ou eu falei uma grande ofensa ou eu era a grande ofensa.
”Olha Anne, eu adoro você, você sabe disso, mas você está sendo uma bitch total
nesse momento. Você nunca se apaixonou? Nunca sentiu que se aquele relacionamento
acabasse, você nunca mais poderia … viver?”
”Não.” Respondi firme e seca, a olhando com uma expressão de “É CLARO QUE NÃO.
Ela desistiu. Simplesmente pegou a canga dela, se enrolou feito uma múmia,
botou os óculos e escuros e disse de modo frio e cortante, como a brisa nessa
manhã na praia:” Vou caminhar, vou entender se não me esperar …”
E foi.
Me deixando com essa.
O que eu disse de errado?
Eu deveria ter dito “sim”, mesmo quando a minha resposta era “não”, apenas para
ela se sentir bem? 
Que tipo de amizade é essa? Troca – Troca? Eu digo o que você precisa ouvir, e
depois, você fará o mesmo por mim? Que coisa ridícula! Isso não é amizade, é um
mercado de venda e troca por aquilo que você precisa ouvir para se sentir certo
em suas decisões.

Amizade de verdade é quando a pessoa te responde tudo que acha, sendo cortante,
voraz e sem um pingo de medo que você pense em se jogar da ponte após ouvir
aquilo, porque aquela pessoa é sua amiga, e quer o seu bem, e por mais que
saiba que ouvir a VERDADE dói, ela sabe, que ouvir a MENTIRA ou aquilo que te
AGRADA, será muito pior, em algum momento de sua vida. Então, por mais que doa,
um amigo de verdade, aquele que te ama, te quer bem e é verdadeiro contigo a
todo instante, ele te dirá a verdade, por mais que doa e corroa, ele irá fazer
aquilo que quer em retribuição, se você fala a verdade, ele confia em você, e
também falará a verdade, sobre tudo, então se ele mente, ele vai querer que
você minta também quando for a vez dele – em alguns casos não funciona assim,
ele omite para você, mas na vez dele, ele quer a verdade. Isso, de fato, não é
nem amizade de troca, é apenas falsidade.

Em todos os relacionamentos existem uma fórmula, tipo de matemática. Não,
matemática não porque 99% da população odeia essa coisa, então a partir desse
parágrafo meu pensamento será ignorado. Então, deixa eu refazer.

Em todos os relacionamentos – de amor, amizade, família, com seu filhote de
panda, com sua televisão, seu computador, aquele ator que você acha que é
casada com … conheço uma autora que pensa assim, julguem ela. – existem uma
fórmula, tipo de FÍSICA para tudo que você e a pessoa X irão ter que passar, e
com isso, a fórmula funciona para a resposta que será definidor para o
relacionamento de vocês:

Verdade + Verdade = Amizade Verdadeira



– Mentira + Verdade = Falsidade



Mentira – Mentira= Amizade da Onça


+ Verdade – Mentira – Verdade –Mentira= Você está ferrado!

E assim vai.
É a ordem natural da vida. 
Acreditamos em destino, em que o tempo irá fortificar as coisas, em macumbeira,
ciganos, amigo cupido, mas no fundo, existe essa misteriosa força, que nos leva
até determinada pessoa, nós gostamos dela, nos envolvemos com ela, tanto faz em
que tipo de relacionamento, e em um determinado momento – que a pessoa termina
um namoro, por exemplo – e ela precisa de um amigo, para lhe ouvir e
aconselhar, chega o instante que ela precisa ouvir o que irá lhe definir na
direção de dois destinos em sua vida: o A e o B. Ambos serão bons, ambos serão
moldados para aquela pessoa, no entanto, em um deles, ela irá se modificar. Irá
se tornar uma nova pessoa, que irá para alguns, ser boa, e para outros, nem
tanto, e no outro caminho? Também, a mesma coisa, porque não existe essa coisa
de caminho bom e ruim, isso é o ponto de vista de um observador meio cego que
só consegue ver o copo meio vazio. Todos os caminhos de nossas vidas são bons,
nós é que o vemos ruins quando as coisas não vão da forma que desejamos, e não
somos os únicos assim.

Como essa minha amiga. 

Ela quer ouvir uma mentira, mas eu dei a verdade. 

Ela está acostumada a ouvir a mentira, e a achar que aquilo é o certo, e a
viver sob aquilo, sob aquele mundo de Alice no qual tudo é perfeito, e quando
alguém, lhe dá a passagem para o mundo real, através da verdade, ela recebe um baque,
e vê tudo, tudo que escondeu por tanto tempo embaixo do tapete, e se pergunta:
PORQUE? O QUE FIZ? O QUE FAREI? PARA ONDE IREI? A OU B? Procuro outra pessoa,
para ouvir a mentira que quero ou Volto e escuto a verdade.
Ela voltou.

Se sentou do meu lado, se desmumificou e ficou observando o oceano, pensativa,
presa em seu mundo de Alice que estava se desmoronando, ela olhou em minha
direção e disse: “O que devo fazer sem ele, Ann?”

Respirei fundo.
Ela queria a verdade.
E ela teria, e agora cabia a ela escolher …

”Você viveu 23 anos de sua vida sem ele. Seus pulmões funcionaram e seu coração
não deixou de bater por nenhum segundo, fisicamente, você não precisa dele;
Emocionalmente, também não. Você viveu 23 anos sem precisar dos “eu te amos”
dele, das flores nos dias especiais, dos beijos nos dias comuns e do sexo, que
por mais que fosse bom, no meio da madrugada. Ele não morreu, está por aí,
seguindo com a vida dele, como você. É normal se sentir mal com um termino?
Sim, mas você não deve se terminar por causa disso. A vida continua. Não estou
dizendo que amar ele foi algo descartável, não, foi uma experiência, algo impar
que você nunca mais vai ter novamente em sua vida, e isso é bom, sabe porque?”

”Porque?” Ela perguntou, sem reação.

”Porque significa que haverão outros amores impares, e isso, é a melhor coisa
que a vida pode lhe oferecer. Opções de se descobrir, de descobrir o mundo e de
viver.”
Ou A ou B.

Um grande beijo, daquela que é sua pessoa hoje e sempre,

Ann.

Ann está vivendo um momento que apenas escolhe a opção C.

* * *
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29/06/2013

Aleatoriedades e um café, por favor #7 – Dolce Far Niente

Hey, Folks 🙂
Tudo bem?

Dolce Far Niente
Esperando o metrô, em horário de pique, e meia hora atrasada para a aula de
Pilates, 29/06/2013
Me falaram essa semana que eu ando sumida.
Eu, com a minha simpatia habitual, respondi que quando se sente falta, nós
procuramos, e como ninguém me procurou, acreditei que meu “sumiço” não havia
sido notado, e completei que não havia sumido, e que estava aqui o tempo todo
 
Então especificaram, apontando 5.587 problemas diferentes, falando que não ando
mais tão presente entre os meus amigos, não converso tanto, não riu, me divirto
como antes, que estou … me isolando.
Eu ri e não fui contra tal pensamento … Sim, estou me isolando.
Eu amo a solidão.
Sou desse tipo de pessoa que gosta de estar sozinho – e que gosta de estar
junto também -, mas as pessoas não respeitam isso nem sua família, namorado,
amigos, colegas, vizinhos, porteiro, cachorro que foge da casa do dono para
comer biscoito em sua casa …
Acham que você DEVE querer durante TODA a sua vida ESTAR junto de ALGUÉM.
QUE
NÃO! 
Insere meus gritos aqui __________________________

Todo mundo diz que gosta de solidão, que entende esse
momento no qual um ser humano se isola para se concentrar em si mesmo e –
choquem! – passam por esse período várias vezes por ano, no entanto, quando um
amigo, distinto e de grande importância, passa por esse processo, é o fim do
mundo, e deve haver algo de errado físico, emocional e espiritualmente nessa
pessoa.
Porque essa pessoa não pode simplesmente querer estar consigo mesmo.

Porque isso deve ser muito chato.
Quem vai querer ficar consigo mesmo quando pode estar
rodeado de pessoas?
Isso porque ESSA PESSOA diz QUE GOSTA DE ESTAR SÓ, mas não
aceita quando OS OUTROS também gostam.
 Hipocrisia?
Falsidade? Mentira? Bipolaridade? Loucura? Não, isso se chama: Ser Humano. 
É natural do ser humano fazer uma coisa, considerar aquilo normal, mas quando
outra pessoa faz, e isso de algum modo o afeta negativamente, isso se torna
errado, mesmo que não seja, e isso se transforma em uma sucessão de conflitos
que não aconteceriam se simplesmente, aquele ser humano – ou todos do universo
– respeitassem o direito de uma pessoa de (insere aqui QUALQUER coisa que eu,
você, Dona Hermínia, Seu Chico e qualquer outra pessoa do mundo pode fazer
).

Porque é fácil para qualquer um se isolar, e achar isso normal, mas quando você
se isola, e com isso, se afasta das pessoas do seu convívio, elas não
compreendem isso e começam a desenvolver teorias conspiratórias do porque de
você ter se afastado, e quando você explica, como eu, que se afastou por que
está cansado, e precisa de um tempo para si, elas não acreditam! 
Reforçam o estímulo mental que isso que você falou faz parte da teoria
conspiratória que ele criou e que você, VOCÊ que só queria um tempo para si,
está na realidade, querendo afastar mais aquelas pessoas dos seus “verdadeiros”
problemas.
E sabe o que acontece com você?
Ou você rir PORQUE realmente não existem problemas, e você só queria se enfiar
em seu edredom e ver filmes na televisão ou você SE descobre realmente com
problemas, o que é algo positivo ou – isso não é legal! – VOCÊ CRIA problemas.
Difícil? 
Imagina viver isso.

E tentar explicar que por DEUS, eu só quero ficar em casa,
enfiada dentro do meu edredom, comendo tudo que minha dieta não permite, enquanto
assisto a uma maratona de uma série que eu quero ver a muito tempo. Isso é algo
normal!
Querer um tempo SÓ para mim.
Entendam, se na sua cabeça, quando você faz isso, é normal, quando eu faço, é
normal também. 
Mas adianta explicar? 
Não! Porque sempre é mais fácil – e confortável – acreditar que você, que só
queria uns dias para si, no fundo, está querendo se isolar do mundo porque está
tudo uma droga ou porque você não que estar mais naquele circulo de pessoas ou
porque você está com algum problema emocional.

Óbvio, tem pessoas que se isolam por estarem com
problemas, a depressão começa assim, no entanto, vamos analisar o que é uma
depressão e um simples ato de querer um tempo para si antes de querer colocar
sua melhor amiga, filha, irmã, namorada em uma terapia intensiva ou exigir
dessa pessoa que seja presente quando ela não quer ou simplesmente, a pessoa
que ela é não consegue estar presente.
Entendam.

Se você pode ter um momento para si, Eu e todo mundo
também podem ter.
Na realidade, TODOS temos direito a tudo que desejarmos,
mas isso é assunto para outra carta.
Apenas tenha isso em mente.
Se você quiser se isolar, de tudo e todos, faltar um monte
de aula, dar uma desculpa no emprego que está doente, pegar esse tempo tirar
para si, para ver filmes/séries, ler um livro, ir ao cinema, se enfiar no
edredom, fazer uma comida especial para a pessoa mais importante do mundo, que
é você, dançar nu dentro de casa ao som de Milkshake da Kelis, FAÇA.
Se você sente a necessidade de se isolar porque está tudo
errado na sua vida, e você precisa de um momento para reorganizar sua vida e se
moldar, FAÇA.
Se você … quer, FAÇA. 
Não importa o que seja, mesmo que digam que é errado, que você está diferente,
que há algo de errado em você, meu amor, quem decide a sua vida É VOCÊ,quem
sabe como você está, É VOCÊ, sempre, até o seu último suspiro. 
E viva o Dolce Far Niente.

Um grande beijo, daquela que é sua pessoa hoje e sempre,
Ann

Ann está vivendo um momento Dolce Far Niente.

23/06/2013

Aleatoriedades e um pouco de café, por favor #6 – Esquizofrenia Social

Hey, Folks 🙂
Tudo bem com vocês?

Esquizofrenia Social
No engarrafamento, em 22/06/2013

Ela me chamou de nojenta.

Ainda soletrou cada letra ao ver minha expressão de choque
ao ela dizer tais palavras, quase cuspi meu café na cara dela, o meu choque foi
por um motivo simples, de acordo com ela, mas para mim, foi algo sério.
Ela simplesmente achou no direito de me considerar nojenta
porque eu não tenho neuroses com meu corpo e minha beleza. Nas palavras dela:
“TODAS as mulheres do PLANETA tem alguma insatisfação em quem aparentam ser.” Eu
respondi: “Eu tenho insatisfação com quem criou essas neuroses a partir desses
conceito do que é “bonito” e o que é “feio”, e eu não sou todo mundo.” Odeio
generalização. Em tudo.
– Porque as mulheres precisam ser delicadas;

– Porque se um na turma tira 10, TODOS tem que ficar no
nível daquele aluno;
– A mulher precisa ser cortejada, e não ir em busca de um
par;
ARGH! Eu, na época romana, seria apedrejada em praça
pública porque eu não conseguiria ser uma bonequinha, controlada, sendo sempre
educada, calada e linda, para se casar com um homem mais velho, qualquer, sem
amor, apenas para procriar, e com o passar dos anos, as coisas não melhoraram
para nós, mulheres, se acham que hoje em dia, estamos vivendo o nosso auge de
liberdade gargalho para a sua ingenuidade. Olhar pro espelho, e não gostar do que
ver, é só mais um meio de controle, que a sociedade descobriu por meio do
inconsciente de nos controlar. Como a moda, os costumes e até mesmo pequenas
regrinhas do tipo: esperar o cara chegar em você, no entanto, pode se divertir
ficando com outros em uma balada que você não será chamada de “vadia”, apenas
de fácil dependendo da situação; Esses tipos de modelos que devem ser seguidos
são hipocrisias que nos tornam inseguras e quando seguimos isso, robôs.

E ai, surge uma mulher como eu, que diz não ter neurose em
NADA, e pronto, automaticamente, todas as mulheres ao seu arredor, do seu
bairro, do estado, do pais, do continente, do mundo, se unem contra você, te
olham, te julgam e gritam em uníssono: IMPOSSÍVEL! Você tem que ter alguma
neurose, você PRECISA ser insegura em algo.
E ai começa o momento maldoso, de apontar os defeitos que
você tem para tentar te levar para o grupinho das neuróticas:
– seu cabelo tem pontas duplas;
– Sua pele é oleosa;
– Você tem mal hálito.

– Você tem uma gordurinha escrota aqui;
– Você é alta demais;
– Você é baixa demais;
– Seu nariz é grande e a arredondado, e não combina com
seu rosto;
– Você deveria … mudar isso, aquilo, usar esse creme, se
maquiar menos, mais, pentear seu cabelo, deixá-lo crescer, cortar, pintar,
deixa na cor natural, e seus olhos: óculos são feios, bonitos, lentes nem
pensar, só colorido, da cor natural, se não, você fica fútil.
Gritei.
Desmaiei.
Acordei e elas continuaram com a listinha.
Gritei denovo, e corri como se fugisse de uma horda de
zumbis, mas estava era fugindo daquelas frases, neuras, conceitos da sociedade
que começaram a me assombrar enquanto fugia; um olhar torto para mim e sentia
que tinha algo errado com meu corpo, aquela ruiva na capa de revista de
exercício moveu a sobrancelha para mim com as letras em vermelho gritando
“tenha o corpo perfeito”, abafei um grito e corri direto para minha casa, me
tranquei lá dentro, aflita, com medo, começando … começando a ficar
neurótica, gritei, começando a sentir que havia algo de errado em mim. Como eu
poderia nunca ter notado tantos defeitos em mim, como eu achava que estava tudo
bem e não tinha nenhuma neurose, quando estava tudo errado?
Parei em frente do espelho, procurando e caçando cada um
daqueles detalhes destacados pela sociedade, e nada.
Eles não me incomodavam.
Nem os cabelos (era só hidratá-los), as gordurinhas não eram lá grandes coisas,
e nem me incomodavam, como minha pele, nariz, minha altura … Eu era assim. Eu
era uma garota de 1.80, de 68 kg, sobrancelhas grossas, olhos escuros, pele
parda e seca, cabelos longos, as vezes enrolados, as vezes lisos, nariz grande,
pequeno e arredondado, dependia do ângulo, e eu me amava assim, e isso deveria
bastar, não só para mim, mas para toda a sociedade. Ser assim faz parte da
pessoa que eu sou, e eu me amo assim.
Não estou dizendo que não devemos nos moldar, no entanto, vejo tantas pessoas
se moldando porque a sociedade diz isso, a sociedade aponta o que é “bonito”
para eles e as pessoas, inseguras e querendo ser parte da tendência, se arriscam
a fazerem parte daquilo. Se você quer mudar seu corpo, porque seu nariz não lhe
faz bem, seus seios são pequenos demais e você queria mais, você tem uns quilos
a mais e quer perdê-los de um modo saudável – ou cirúrgico – e você quer fazer
isso, porque você quer, e não porque alguém disse que é bonito.

As minhas imperfeições que a sociedade aponta são lindas
para mim e elas me definem, e se alguém não gosta delas ou me diz que devo
mudá-las para se adequar, é como se estivessem dizendo: Você não é boa o bastante
e precisa mudar quem é. E não, quem não é bom o bastante é quem não aceita você
da forma que você é, e enquanto todas as mulheres – e homens – não perceberem que
ser do modo que vocês são: altos, baixos, cabeludos, loiros, carecas, de
cabelos enrolados, lisos, gordos, magros, normais, flácidos, gostosos,
narigudos, nariz de boneca, lábios de Jolie, com seu tipo de lábios, etc …
fazem parte de você e que ser assim é um modo que te define, o mundo vai
continuar assim, julgador, vazio e cheio de inseguranças invalidas. Ah, e sabe
aquela história de que você precisa se amar primeiro, para depois, amar o
próximo? É verdade, depois que eu comecei a me amar, me apaixonar se torno um
ato muito prazeroso, respeitador e impar. Todos deveriam tentar.
Não se apaixonar.
Quer dizer, devem se apaixonar sim, mas antes
Devem se amar, como se não houvesse amanhã.
“Então, sou nojenta sim, pois gosto de ser assim, de ser
eu.”
Um grande beijo, daquela que é sua pessoa hoje e sempre,

Ann

Pessoal, desculpe não ter postado semana passada um novo conto da Ann, estou sofrendo com uma gripe e é semana de provas na Universidade, então já conseguem imaginar como a minha vida está gostosinha nesse momento, só que infelizmente, não :/
Desculpem pela falta de Ann semana passada, mas não abandonei vocês, nunca faria isso, juro 🙂

Aguardo comentários de vocês, um beijão!

09/06/2013

Aleatoriedades e um café, por favor #5 – Não é o que Você Está Pensando

Hey, folks 🙂
Tudo bem?
Não é o Que Você está Pensando …
Na pracinha em frente ao meu edifício, tomando um café sem
açúcar, porque esqueci do mesmo, e tendo minha bota devorada por um yorkshire
de dono desconhecido, em 08/06/2013
Informo a todos que não acreditaram na minha capacidade
física, emocional – e de sensualidade arrebatadora – que ESTOU namorando.
Sim, estou completamente apaixonada por ele.
Você iria adorá-lo, é exatamente o tipo de cara que você
gosta, sabe?
Ele é doce, sem ser enjoativo, tem um jeito encorpado de
ser, não é do tipo que fica grudado que nem chiclete, que chega a ponto de
quando está distante de fazer uma falta viciante, é claro que ele tem seu lado
negativo, às vezes pode ser amargo, mas já aprendi, quando ele se encontra
nesse modo devo estar com ele de modo moderado, o que não deixa de ser algo
ruim, aquela história de que quando nós sentimos falta e podemos matar saudades
é incrível, é verdade. Nada como alguns dias afastados que quando nos
encontramos novamente o meu corpo parece ser tomado por uma onda de prazer
único.
Ah, nem te conto.
Quer dizer, conto sim. Nunca fui tão feliz com um cara
como estou sendo com ele em relação ao quesito prazer. Ele sabe o que faz. Oh,
e como … Apenas um contato breve em minha pele, e o mesmo derrete em meus
lábios, em meus dedos, em minha mão … Seu toque quente, fixador e
enlouquecedor.
E seu cheiro … impactante e incontrolável.
E quando ele está nesses dias amargos, nossa, é
quando eu tenho o melhor dele. No entanto, não iria menosprezar suas outras
características, tem dias que ele está suave, doce, cafeinado, escuro,
courveture, diet, caramelizado, … Ai, que saudade que deu dele agora!
Como ele é fisicamente?
Moreno, branco, liso, crispado, grande, pequeno, gordo ou magro, isso importa?
Claro que não.
E o engraçado: ele sempre esteve em minha vida, mas sempre
tentei o manter afastado, temia que ele me fizesse mais, que nos envolvêssemos
demais e nós dois acabássemos como em todos os meus relacionamentos, cada um
para um lado, sem amizades, apenas querendo a distância um do outro e do nosso
amor.
Óbvio, tem muita gente que fala que eu não devo me
envolver, que ele vai me magoar, me encher, me fazer mal de n formas possíveis,
mas sou teimosa e luto pelo nosso amor, sei que … sei que nascemos um para o
outro e se você estivesse aqui, também veria isso, com toda certeza.
Na realidade, você viveu um amor parecido com o meu, sendo
que era diferente, ele tinha aquele jeito gasoso de ser, frio e misterioso, só
você o entendia, eu tinha longas conversas com ele, mas não conseguíamos nos
entender de uma maneira saudável.
Mesmo tendo apoiado você nesse amor, precisava concordar
com sua mãe, coca cola faz mal para o corpo de formas horríveis, aquela
história de que ele corroe o estomago é verdade, já vi algumas fotos, mas agora
eu e o meu amor … por favor, não há nada errado em estar em um relacionamento
sério com uma barra de chocolate. Pelo contrário, é muito saudável: ele não
gruda no meu pé, não me cobra atenção, não tem ciúmes, só quando como doritos,
mas isso é raro hoje em dia, e com um pouco de controle, ele nem me engorda e
ainda faz bem para o coração. Como isso poderia me fazer mal?
 Na boa, as pessoas
reclamam demais, elas queriam o que, que eu estivesse com um cara?
Tudo bem, eu queria estar com um cara também, mas isso ta
tão difícil quanto São Pedro decidir se faz Sol ou Chuva.
Brutamontes, fedidos de axe, com cantadas manjadas, que
tratam as mulheres como um pedaço de carne ambulante, que tem ciúme de qualquer
coisa que olhar para mim, que me proíbe de usar saia, mas se ver qualquer coisa
que respira usando já olha – e quer –, que só querem mulheres que seguem seu
padrão cultural de certo – Mulher que fala palavrão e vê futebol? Não pode,
imagina que joga videogame e troca uma praia, fácil fácil por uma sessão de
Pedro Almodóvar em casa com balde de pipoca? É fim de relacionamento na certa –
que ameaça terminar o relacionamento se não parar de falar com aquele seu amigo
gato – que é gay – ou se você não mudar de “atitude” na frente dos amigos, mas
se você fizer o mesmo, ai que ele termina mesmo, e o pior, caras
costumam trazer passado com problemas, cobranças e outras coisas que
sinceramente, estou querendo distância no momento. Tudo bem, nem tudo pode ser
perfeito, príncipes encantados não existem, e se existissem seriam chatos, eu
gosto de caras problemáticos – você deve ter dito: eu sei – porque eles tem
vida, mas caras como os brutamontes descrito acima – que tem a baldes no mundo
– é o que tem normalmente caído na minha rede ultimamente e estou descartando
esse tipo de cara. Ficar solteira é muito mais cômodo. Eu comigo mesma, com
minhas neuras e cobranças, quando o cara certo aparecer, ele vai se encaixar
perfeitamente com minhas neuras, cobranças e personalidades, mas enquanto esses
brutamontes insensíveis e sem cérebro – eu disse que eles são acéfalos? –
continuarem brotando em minha vida, vou continuar em um relacionamento sério
com minha barra de chocolate, muito obrigada.
 Um grande beijo,
daquela que é sua pessoa hoje e sempre,
Ann
P.S: Estou pensando em fazer uma Lua de Mel na Suíça, mas
o meu chocolate atual – um 88% cacau – não aprovou, disse que a tentação será
grande para mim lá e ele não quer correr o risco de me perder. Não é um fofo?
P.S²: Sim, eu já marquei a psiquiatra, falaremos sobre
esse distúrbio de eu achar que estou namorando um chocolate na primeira sessão.
P.S³: Freud me entenderia, só digo isso.

Olá, leitores lindos 🙂
Espero que gostem desse conto inspirado no Dia Dos Namorados, fugindo de todos os clichês, Ann tinha que falar de algo impar, não acham?
Curiosa com a opinião de vocês. E não esqueçam, se tiverem ideia de um conto, por favor, é só me falar, tenho alguns em mente, mas sempre uma opinião é bem vinda o/
Críticas, dúvidas, elogios, reclamações, estamos aí para isso.
Um grande beijo, uma ótima semana e um bom dia dos namorados, tchucos 😀