sobre livros e a vida

15/12/2014

Tá Na Estante :: ‘Dark House’ #345

Olá galerinha!

Hoje eu vim aqui falar para vocês de um livro que me atraiu desde o momento em que eu soube da existência do mesmo. Todos sabem que sempre tive uma leve inclinação ao terror, certo? Então não é surpresa nenhuma eu estar aqui para resenhar Dark House para vocês. Vamos lá?

Livro: Dark House
Autora: Karina Halle
Editora: Única
Páginas: 352
Sinopse: Há sempre algo fora do normal em Perry Palomina. Embora ela esteja vivendo uma crise ao passar pela síndrome pós-faculdade, assim como qualquer garota de vinte e poucos anos, ela não é o que chamaríamos de comum.Perry possui um passado que prefere ignorar, e há também o fato de que ela consegue ver fantasmas. Tudo isso vem a calhar quando se depara com Dex Foray, um excêntrico produtor que está trabalhando em um webcast sobre caçadores de fantasmas.Dex, que se revela um enigma enlouquecedor, arrasta Perry para um mundo que a seduz e ameaça sua vida. O farol de seu tio é pano de fundo de um mistério terrível, que ameaça a sanidade da moça e faz com que ela se apaixone por um homem que, como o mais perigoso dos fantasmas, pode não ser o que parece.

Dark House foi um livro que me ganhou pela capa. Afinal, ela é bem comercial. Assim que a vi, fiquei morrendo de vontade de tê-la na estante para exibir para todo mundo. Quando li a sinopse, então, foi amor a segunda vista <3

Dark House nos apresenta a Perry Palomino. Perry é a típica garota deslocada, um pouquinho acima do peso e com sérios problemas de auto estima. Perry sabe que tem um propósito maior nessa vida, somente não o encontrou ainda. Ou seja, a receita certa para uma vida solitária.

A vida de Perry finalmente começa a mudar após um fim de semana em que ela passa na casa do seu tio Al. A casa do tio fica em um terreno bem próximo ao mar, e lá também se encontra um antigo farol abandonado. O curioso é que, mesmo sem saber exatamente, Perry tem estranhos sonhos envolvendo o tal farol.
Por algum motivo que ainda não consegui descobrir, Perry resolve visitar o farol abandonado (sério, quem em sã consciência faria isso?). Envolta em toda a aura sombria do lugar, ela percebe que aquele é o mesmo cenário de todos os seus sonhos assustadores. 
Tudo começa a ficar ainda mais interessante quando ela encontra um homem misterioso no farol. Declan, ou somente Dex, é um produtor / diretor / camera man de uma empresa que produz webcasts. Dex é misterioso e cheio de charme, logo de cara já me apaixonei por ele. Cansado de produzir sempre os mesmos webcasts sobre vinho, ele vê no farol uma oportunidade de alavancar a sua carreira.
Porém, tem um pequeno probleminha no seu caminho. O farol é famoso por sua história e muitas pessoas parecem acreditar que ele é habitado por fantasmas. Sendo assim, várias equipes de caça-fantasmas já demonstraram interesse em filmar no local. Mas o tio de Perry nunca deu permissão para nenhuma delas.
E é aí que ele tem a brilhante ideia de chamar Perry para estrelar o programa. Assim, a permissão seria garantida.
Após publicar sua experiência gravada no farol no blog de sua irmã, Perry se vê rapidamente fazendo um tremendo sucesso e não pensa duas vezes ao aceitar a proposta de Dex.
Logo de cara podemos prever que algum romance irá rolar entre os dois. Nesse ponto, devo dizer que tirei o chapéu para Karina Halle. Estamos em uma época onde livros de romance brotam como água da terra, e tudo se desenrola de forma rápida e superficial.
Karina dedicou uma atenção maior ao seu casal principal. O romance entre Perry e Dex não é algo forçado e apressado. Na verdade, nem chega as vias de fato. É mais como um amor platônico da parte de Perry. Não o vemos, mas sabemos que está lá.
Um dos pontos positivos da trama de Karina está justamente na sua protagonista. Perry não é uma adolescente boba e imatura. Mas também não é uma mulher decidida e que sabe o que quer. Ela tem 22 anos e se porta de acordo com sua idade, com a fase pela qual está passando. Definitivamente, é uma pessoa com a qual podemos nos identificar.
Uma das maiores razões que me fez ler esse livro foi a frase “Experimente o Terror” impressa na capa. Sempre fui atraída pelo sobrenatural, pelo obscuro. Então não é de se espantar que tenha escolhido esse livro para ler. Entretanto, o terror proposto por Halle não é nada do que eu esperava.
Estou acostumada a ler histórias de terror que congelam o sangue, que entram na sua mente e se recusam a sair por dias. Karina desenvolveu um terror psicológico em Dark House. Ela lida com os próprios medos de seus personagens, e soube desenvolver esse quesito com uma maestria divina.
Ela brinca com a realidade e os sonhos de Perry, nos confundindo sobre o que realmente acontece e o que é fruto da imaginação. Não consigo nem descrever o quanto aprecio narrativas nesse estilo. De fato, estava procurando algo nesse estilo para ler depois que terminei a leitura de Atormentada e A Evolução de Mara Dyer.
Com tantos pontos positivos, chegou a tão temida hora de falar sobre coisas incômodas.
Senti falta de um desenvolvimento maior em cima do Dex. Ele é um personagem com tanto potencial, tanto para dar. Mas senti como se a Karina priorizasse a protagonista feminina.
O final foi outro ponto que me incomodou bastante. Como o livro é o primeiro volume de uma série, esperava um cliffhanger maior e mais interessante para o desfecho da história. Sabe quando você acaba de ler um livro e secretamente se pergunta se o seu exemplar não veio faltando páginas? Foi exatamente essa sensação que tive ao finalizar a leitura de Dark House.

Fora esses pequenos detalhes, só tenho elogios para a Editora Única! Fizeram um ótimo trabalho com a capa que, por sinal, ficou muito melhor que a original. O cuidado com a diagramação e revisão também foi um primor. Só espero que não demorem tanto para lançar os próximos volumes da série!

Mas já me demorei demais por hoje. Me despeço de vocês com uma citação, na esperança de despertar a vossa curiosidade sobre o tal farol.

A única coisa mais assustadora que lidar com os mortos é lidar com nós mesmos.

BEIJINHOS E ATÉ A PRÓXIMA! 
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