Heey gente, tudo bem??
Hoje eu vim terminar a trilogia de Cinquenta Tons. Confesso que adorei as reações de vocês quanto a resenha do primeiro livro, no segundo foi mais fraca, quero só ver como estaremos por aqui. Mas afinal, será que E L James conseguiu fechar com êxito a trilogia erótica?
Livro: Cinquenta Tons de Liberdade
Autor:E L James
Editora: Intrínseca
Páginas: 544
Sinopse: Quando a ingênua Anastasia Steele conheceu o jovem empresário Christian Grey, teve início um sensual caso de amor que mudou a vida dos dois irrevogavelmente. Chocada, intrigada e, por fim, repelida pelas estranhas exigências sexuais de Christian, Ana exige um comprometimento mais profundo. Determinado a não perdê-la, ele concorda. Agora, Ana e Christian têm tudo: amor, paixão, intimidade, riqueza e um mundo de possibilidades a sua frente. Mas Ana sabe que o relacionamento não será fácil, e a vida a dois reserva desafios que nenhum deles seria capaz de imaginar. Ana precisa se ajustar ao mundo de opulência de Grey sem sacrificar sua identidade. E ele precisa aprender a dominar seu impulso controlador e se livrar do que o atormentava no passado. Quando parece que a força dessa união vai vencer qualquer obstáculo, a malícia, o infortúnio e o destino conspiram para transformar os piores medos de Ana em realidade.
Cinquenta Tons de Liberdade é o terceiro, e último, livro da trilogia erótica de Cinquenta Tons que, venhamos e convenhamos, de erótica não tem quase nada. Nesse livro E L James se permitiu arriscar um pouco mais, em momentos teve êxito, em outros nem tanto. Por ser o terceiro livro de uma trilogia, atento que pode haver – e com certeza haverá – spoilers sobre os dois primeiros livros da mesma, portanto se você se importa com isso, favor pare aqui.
Depois de erros, acertos, incertezas, brigas e muito mais, Christian e Anastásia começam o livro casados, e muito bem casados. Nessa parte da história a autora deixa o romance embebedar a todos, e tudo parece bem tranquilo. Na verdade por todo o livro tudo parece tranquilo, o que é um saco. Sim, os mistérios de Grey são totalmente revelados, agora, mais do que nunca, Anastásia sente esta mais próxima dele, e ele dela. Mas o medo, fruto de outras ocasiões passadas pelo casal, continua lá. E Christian está mais protetor do que nunca.
Realmente o tédio é a alma desse livro, durante as primeiras 250 páginas – ou mais adiante? – estamos parado em toda aquela história de Ser submissa ou não ser? Heis a questão. sofrida por Anastásia. Por vezes o sentimento pervertido da protagonista se destaca, mas o medo de algo acontecer – como no fim do primeiro livro – deixa Ana meio receosa.
O mais incrível é que, apesar de tamanho tédio, esse é o livro mais interessante e emocionante. Como já comentado, o início é uma maresia só, mas o final… Segurem o fôlego. Quando a primeira grande revelação acontece, várias outras reações se sucedem, e a trama fica deverás envolventes. Em determinadas partes a vontade de jogar Grey pela janela é incontrolável, mas logo após vem a pena que sentimos dele. Ana então… A arte dela desafiar Christian é maravilhosa, mulheres dominantes se apaixonarão pela personagem, mas então ela cede aos encantos dele, e isso é tão repetitivo.
Acredito que sim, Cinquenta Tons de Liberdade conseguiu fechar a trilogia de forma satisfatória, e a Auto-Ajuda fugiu totalmente nesse volume. Mas o enredo poderia ter sido muito mais bem aproveitado. No total, a trilogia de Cinquenta Tons seria um ótimo livro, se não fosse tachado como um livro erótico. Ok, os jogos de olhares e as cenas quentes do casal protagonista traz um erotismo para os livros, mas a história por trás desse erotismo é muito mais bonita e interessante e seria muito mais bem aproveitada pelos leitores.
“Você fez meu mundo virar de cabeça para baixo. — Ele fecha os olhos, e quando os abre novamente, vejo que estão tomados pela emoção. — Meu mundo era organizado, calmo e controlado. Aí você entrou na minha vida, com essa sua boca afiada, a sua inocência, a sua beleza e a sua coragem discreta… e todo o resto, tudo antes de você simplesmente ficou bobo, vazio, medíocre… nada. Eu me apaixonei. — sussurra ele.”