sobre livros e a vida

14/02/2018

Tá Na Estante :: ‘Um Sedutor sem Coração’ #762

Heeey, gente. Tudo bem??

Hoje vou contar pra vocês sobre um livro que eu estava super ansiosa para ler especialmente pela capa, confesso. Vocês também são apaixonados por capas de livros? Beleza, deixa eu parar de enrolar e começar a contar sobre a história.

Livro: Um sedutor sem coração
Série: Os Ravenels #01
Autora: Lisa Kleypas
Editora: Arqueiro
Páginas: 320
Sinopse: Devon Ravenel, o libertino mais maliciosamente charmoso de Londres, acabou de herdar um condado. Só que a nova posição de poder traz muitas responsabilidades indesejadas – e algumas surpresas.A propriedade está afundada em dívidas e as três inocentes irmãs mais novas do antigo conde ainda estão ocupando a casa. Junto com elas vive Kathleen, a bela e jovem viúva, dona de uma inteligência e uma determinação que só se comparam às do próprio Devon.Assim que o conhece, Kathleen percebe que não deve confiar em um cafajeste como ele. Mas a ardente atração que logo nasce entre os dois é impossível de negar.Ao perceber que está sucumbindo à sedução habilmente orquestrada por Devon, ela se vê diante de um dilema: será que deve entregar o coração ao homem mais perigoso que já conheceu?Um sedutor sem coração inaugura a coleção Os Ravenels com uma narrativa elegante, romântica e voluptuosa que fará você prender o fôlego até o final.


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Nunca passou pela cabeça de Devon a possibilidade de herdar o condado de Trener, do seu primo Theo. Por mais que este último fosse um garoto mimado, mesquinho e arrogante e Devon fosse o primeiro na linha de sucessão, ele jamais imaginou que o Conde seria tolo o suficiente para cair de um cavalo, quebrar o pescoço e morrer apenas três dias após o casamento, sem deixar qualquer herdeiro. Por isso, quando pisa os pés na propriedade do Condado e descobre que além de deixar o título, o primeiro também lhe deixou um arsenal de dívidas, o jovem libertino só falta cair para trás. 
Agora ele terá que deixar a mordomia de Londres para se dedicar a uma terra que nunca quis ter. Mas, juntamente com seu irmão West, Devon têm a solução para os seus problemas em mão: manter o título de conde, vender as propriedades para quitar as dívidas e voltar à sua vida boêmia de outrora. O plano seria perfeito, não fosse Kathleen, a jovem condessa viúva, repreender solenemente as atitudes do recente conde.

A partir de então culmina uma briga entre o conde e a condessa de Trener, que sequer são parentes de sangue, mas dividem um título, ao mesmo tempo em que, mutuamente,  escondem o desejo que sentem um pelo outro. Na tentativa vã de, de alguma forma, entender o que se passa na cabeça de uma jovem tão obstinada, Devon acaba cedendo aos caprichos da moça e em pouco tempo assume a posição que outrora recusou. 
A medida em que o tempo passa, Kathleen e Devon passam a desejar ainda mais um ao outro e tendem a esconder esses sentimentos cada vez mais profundamente. Isso resulta em brigas constantes entre os dois, já que eles não concordam em nada. No entanto, em constantes viagens entre Londres e o condado, Devon começa a perceber que vai ser difícil ficar longe da condessa viúva e que talvez ele a queira junta contigo a todo momento. 
Do outro lado da balança estão os personagens secundários que margeiam a história e dão base para que o casal protagonista esteja sempre se engalfinhando. Helen é a irmã mais velha de Theo, uma jovem tímida e compreensiva, que ainda não encontrou o seu papel na sociedade. Cassandra e Pandora são gêmeas que já atingiram a idade adulta, mas não tiveram maturidade para compreender isso e West é o personagem mais intrigante da trama, assim como que mais se modifica com o passar do tempo.
***
As quatros estações do amor é uma das minhas favoritas séries de romance de época, portanto quando a Arqueiro anunciou o lançamento d’Os Ravenels eu já criei expectativas altíssimas para a trama e estava muito empolgada quanto a leitura. Concluí o livro em apenas um dia e como vocês podem ver a seguir, acredito que minhas expectativas tenham sido superadas. 
Trazendo mais um protagonista libertino e livre, Lisa conseguiu desenvolver essa história de uma forma diferente. Ao tratar sobre um homem que não tinha responsabilidades, mas que passa a tê-las e a princípio pensa em abandonar tudo, ela mostra a infantilidade os homens da época que tinha condições, mas fugiam de obrigações que tirassem sua liberdade. 
A mocinha, por sua vez, traz uma necessidade de amor familiar, já que foi deixada pelos seus pais nas mãos de tios que a criaram muito bem, mas que ainda assim não conseguiram lhe suprir esse sentimento de abandono, encontra pela primeira vez uma família ao mesmo tempo em que a enxerga desmoronar quando um novo conde se apropria de sua casa e decide colocá-la abaixo. 
O encontro de dois personagens com personalidades tão distintas e, lá no fundo, problemas parecidos faz com que uma explosão aconteça na trama e a forma como eles se identificam acaba blindando um contra o outro e fazendo com que desentendimentos ocorram a todo momento. Todavia, é explícita a carga emocional que eles têm que lidar diariamente, além do desejo que os sucumbe desde a primeira vez em que se olham. 
Observar o casal se redescobrindo um no outro é ao mesmo tempo divertido e intrigante. A forma como Lisa cria personagens contemporâneos, dentro de uma trama de época e sem deixar que nos esquecemos que estamos no século XIX é surpreendente e envolvente. Devo mencionar, acima de tudo, o aspecto como ela caracteriza suas personagens femininas que são fortes, mas trazem toda a sensibilidade feminina na forma de agir. Donas de si, mas que ainda assim precisam ser protegidas. 
No meu ponto de vista, o mais interessante em Um Sedutor sem coração é a forma como a história é dividida. Ao mesmo tempo em que um casal protagonista toma a frente da história, tramas secundários vão acontecendo e vamos conhecendo diversos personagens que, futuramente, terão suas próprias histórias contadas, mas que não serão indiferentes para nós, como leitores.
Devo mencionar, no entanto, que em alguns momentos de trama são protagonizados por personagens altamente machistas e que diversas das situações me irritaram continuamente, mas não posso deixar de avaliar isso como costume da época e, tenho absoluta certeza, que algumas das minhas maiores raivas serão concertadas no próximo volume.
Minhas expectativas estavam alta e graças a Deus. Lisa Kleypas me vendeu mais uma série, me cativou com uma história envolvente e muito gostosa de ler. Mal posso esperar pelo segundo volume da trama e, obviamente, indico muito a leitura. Acredito que irão se deliciar com este romance, assim como eu.
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E aí, também estava esperando por essa série? Me conta! Aproveita para comentar o que achou da resenha e quais os seus romances de época favoritos. 
Beijocas e até a próxima!!!

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