sobre livros e a vida

18/08/2016

Tá Na Estante :: ‘Um Mundo Melhor’ #565

Oi, gente. Tudo bem?

Estou de volta com mais uma resenha para vocês. O escolhido da vez é o segundo de uma trilogia, que está garantindo seu lugar eterno na minha lista de favoritos. Vamos conferir?!

Livro: Um Mundo Melhor
Série: Brilhantes (#02)
Autor: Marcus Sakey
Editora: Galera Record
Páginas: 420
Compre aqui: AmazonSinopse: Pessoas com poderes especiais numa trama que envolve conspiração, política e terrorismo. O aguardado segundo volume da série Brilhantes. Nick Cooper lutou para que os brilhantes, parcela da população dotada de habilidades incomuns, fossem aceitos e integrados na sociedade até uma rede terrorista, liderada por brilhantes, atingir três cidades e deixar o país à beira de uma guerra civil. Cooper é brilhante e agora também consultor do presidente dos Estados Unidos, e contra tudo o que os terroristas representam. Porém, conforme o país descamba para o caos, ele se vê forçado a participar de um jogo que não aceita perdedores, pois seus oponentes têm uma visão particular de um mundo melhor. 

Em Brilhantes, Nick Cooper infiltrou-se nas linhas inimigas com o intuito de deter o terrorista John Smith, mas descobriu uma verdade arrasadora. Smith não era culpado do que o governo pelo que lhe acusavam. Pelo contrário. Tudo havia sido um plano do chefe de Cooper, Drew Peters, em associação com o presidente dos Estados Unidos. Um vídeo provando isso foi divulgado, forçando assim a renúncia do presidente e atestando a inocência de Smith.

Alguns meses se passaram e Nick está tentando seguir com sua vida. Sua divisão no Departamento de Análise e Reação, os Serviços Equitativo, foi oficialmente fechada e ele está num limbo sem emprego. Cooper foi o responsável pela divulgação do vídeo que mudou toda percepção de uma nação acerca de seus governantes e precisa lidar com isso.

Certo dia, ele é procurado por Lionel Clay, o novo presidente dos Estados Unidos, que pede que Cooper comece a trabalhar para ele. Um emprego na Casa Branca é a última coisa que Nick quer no momento, mas acaba aceitando a proposta de Clay. Alguns motoristas de caminhão tem sido brutalmente assassinados, queimados na beira de estradas, e os responsáveis são um grupo de terroristas brilhantes, autodenominados Filhos de Darwin. Cooper precisa reunir mais informações acerca disso tudo e estar próximo ao presidente pode fornecer as informações que precisa.

O problema é quando todas as pistas começam a apontar mais uma vez para John Smith. Após ele ter sido inocentado, tornou-se um mártir, publicou um livro e faz palestras pelo país todo sobre os acontecimentos que mudaram sua vida, sendo amado pela população em geral. Seria ele realmente o responsável por tudo isso, tendo manipulado Cooper apenas para dar continuidade a um plano maior?

Cooper começa a se questionar e a culpa começa a corroê-lo. Se Smith está mesmo por trás dos Filhos de Darwin, almejando uma guerra entre brilhantes e normais, Cooper foi o responsável por tornar isso possível, então será ele que precisará usar todas as armas possíveis para impedir que a noção distorcida de Smith de um mundo melhor torne-se realidade.

Por outro lado, vamos conhecer Erik Epstein, um epigeneticista que mora em Cleveland. Seus trabalhos confidenciais com seu chefe acerca dos brilhantes está tomando rumos inimagináveis, mas agora o Dr. Couzen está desaparecido e o DAR está atrás de Erik. Com a esposa e a filha pequena, o homem está preso numa quarentena na cidade, montada pelo governo para impedir o que eles acreditam ser um plano dos Filhos de Darwin. Só que Erik está desconfiando de tudo e de todos e quer escapar a qualquer custo. Se o governo está atrás de seu trabalho, boa coisa não pode ser, e ele precisa guardar esse segredo, custe o que custar.

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!

Quando eu li Brilhantes no ano passado (resenha aqui), me apaixonei imediatamente pela história. Com um enredo repleto de ação do começo ao fim, Marcus Sakey me conquistou e fiquei imediatamente ansioso pela continuação. Não sabia bem o que esperar de Um Mundo Melhor, mas quando a Galera Record disponibilizou o livro para solicitação, não hesitei em pedir meu exemplar e ler assim que possível. O que encontrei? Bem…

A escrita de Marcus Sakey está ainda mais envolvente. Eu estava em meio a uma ressaca literária e o autor conseguiu me prender na sua narrativa logo nas primeiras páginas. Achei que por ter lido Brilhantes há mais de um ano não lembraria bem dos fatos, mas o autor deu aquele relembrada básica, de forma sutil, deixando o leitor a par dos acontecimentos mais importantes.

Nesse segundo volume, Sakey abriu mais a perspectiva. Enquanto em Brilhantes a narrativa era em terceira pessoa, seguindo apenas a perspectiva do protagonista, aqui temos a visão de outros personagens importantes, que com suas visões preenchem as lacunas para deixar o leitor a par da história como um todo, não apenas como Cooper vê. Além disso, Sakey desenvolveu toda uma subtrama em cima de Erik Epstein e conseguiu me tirar o fôlego várias vezes.

Preciso dizer o quanto eu amei Um Mundo Melhor. Eu já tinha amado Brilhantes por conta da ação, mas aqui ela é superada, só que de uma forma diferente. Enquanto no livro um a trama estava em cima da caçada a John Smith, aqui vemos as consequências das ações de Cooper, além de toda uma trama política, que faz nossos cérebros se revirarem tentando acompanhar – de uma forma boa, tá? Não é difícil de entender, apenas muito abrangente.

Sobre os personagens, poderia ficar horas falando sobre eles, mas não quero me estender. Preciso apenas dizer que Cooper está ainda mais badass que no primeiro livro e que eu queria muito ter seu dom. Shannon não teve tanto destaque aqui, mas suas poucas aparições me lembraram do porquê de eu gostar tanto dela. A única coisa que me incomodou foi que Sakey inseriu um triângulo amoroso na história. Já shippava Nick com Shannon loucamente, mas agora não sei se torço para ela ou para Natalie, a ex-mulher de Cooper, que mostra-se ainda apaixonada por ele. Oh, God. Como lidar?!

O final foi simplesmente UAU! Perdão a expressão empolgada, mas não tinha outra pra definir. O último volume da trilogia passou a ser o livro mais aguardado de 2017 para mim. Sakey construiu reviravolta atrás de reviravolta, surpreendendo a gente a cada virar de página. E, não o bastante, terminou o livro com um cliffhanger daqueles. Galera, por favor, não demora pra lançar o terceiro. Nunca te pedi nada!

A edição física está excelente. A capa é muito bonita, num tom de azul que eu amo, e combina perfeitamente com a do volume anterior, deixando eles lindos na estante. A diagramação é simples, as páginas são amareladas e a fonte é grande. A revisão está ótima. Encontrei alguns errinhos, mas nada muito gritante ou que prejudique a leitura.

Um Mundo Melhor entrou para a lista de favoritos e garante, sem sombra de dúvida a minha recomendação. Leiam, se joguem, invistam. Vale realmente a pena. E que venha 2017 e Written in Fire.

Beijos e até a próxima!

***
Esta postagem está concorrendo ao TOP COMENTARISTA.
Clique aqui e saiba como participar.

Comentários

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Ei, eu sou a Barb, tenho 27 anos, sou baiana, estudei Letras e compartilho conteúdo desde 2010 na internet. Por aqui, escrevo sobre tudo que faz meu coração bater mais forte.

Se inscreva no meu canal do youtube

Além do meu amor pela leitura e pelas histórias de romance, eu compartilho vlogs sobre a minha rotina e trabalho, mostrando como é a vida de uma baiana morando em Madrid, na Espanha.

Ei, inscritos no Telegram

Faça parte do nosso grupo aberto e gratuito no Telegram. Lá os inscritos recebem novidades, conteúdos exclusivos, além de um podcast semanal (em áudio) sobre o que se passa na mente da criadora de conteúdo.

Telegram

Quer receber minha newsletter?

Vamos conversar mais de pertinho? Enviamos conteúdos semanais sobre assuntos mais intimistas: reflexões sobre a vida e situações cotidianas.