sobre livros e a vida

26/07/2016

Tá Na Estante :: ‘Silêncio #558

Heeey, gente. Tudo bem??

Esse mês não foi tão bom de leituras quanto o mês passado, mas eu consegui concluir alguns livros e vou trazendo as resenhas pra vocês. Pela primeira vez dei chance à Richelle Mead e estou altamente chateada por não ter o feito antes. Mas chega de enrolação e vamos para a resenha.

Livro: Silêncio
Autora: Richelle Mead
Editora: Galera Record
Páginas: 280
Sinopse: Um romance de fantasia e aventura da mesma autora de Vampire Academy.Pelo que Fei se lembra, nunca houve um ruído em seu vilarejo todos são surdos. Na montanha, ou se trabalha nas minas ou na escola, e as castas devem ser respeitadas. Quando algumas pessoas começam também a perder a visão, inclusive a irmã de Fei, ela se vê obrigada a agir e a desrespeitar algumas leis. O que ninguém sabe é que, de repente, ela ganha um aliado: o som, e ele se torna sua principal arma. Ao seu lado, segue também um belo e revolucionário minerador, um amigo de infância há muito afastado em função do sistema de castas.Os dois embarcam em uma jornada grandiosa, deixando a montanha para chegar ao vale de Beiguo, onde uma surpreendente verdade mudarásuas vidas para sempre. Fei não demora a entender quem é o verdadeiro inimigo, e descobre que não se pode controlar o coração.



Paço do Pavão é um pequeno vilarejo que se abriga no alto de uma montanha há muitos séculos. Devido a uma avalanche ocorrida, os moradores do povoado estão completamente presos no alto da montanha. Por isso, para sobreviver, dependem do vale de Beiguo, que fica aos pés da montanha. Dessa forma, num sistema de trocas, eles recebem mantimentos enquanto enviam os minérios que são encontrados apenas naquela localidade.

Além disso, Paço do Pavão é um dos poucos lugares do mundo onde existem pessoas, mas que está sempre em silêncio. Nenhum morador ouve ou fala, e isso já vem de muitos anos. Não existe uma explicação, foi ocorrendo com o passar dos anos e hoje eles já nascem assim. O som é algo desconhecido. 

Lá o povo é dividido em três casas. Os minerados são os que trabalham na mina de forma a tirarem os materiais usados de troca com o pessoal da parte de baixo da montanha. Essas trocas são feitas pelos fornecedores. Eles são responsáveis por enviar, receber e distribuir todo o material da aldeia. E no topo da cadeia hierárquica estão os artistas. São eles que têm a incumbência de registrar toda a história do vilarejo, exibindo-as no dia seguinte e logo após guardando para as futuras gerações.

Fei é a nossa protagonista. Ela é uma das artistas mais promissoras e é quase certeza que se tornará uma mestre. Sua irmã, Zhang Jing também é uma artista, mas está tendo alguns problemas quando ao seu dom. A verdade é que uma outra praga vem se abatendo sobre o pequeno povoado; as pessoas estão ficando cegas. Zhang é uma dessas pessoas! Devido a essa cegueira iminente dos moradores, a extração de minério vem diminuindo, e com menos material descendo, a quantidade de alimentos subindo também é menor.
Fei é daquelas pessoas que tem o dom de ajudar a outra. Seu maior medo é que sua irmã perca a visão ao ponto de não conseguir pintar mais nada nos quadros e acabe sendo mandada para as minas. Apesar de serem o topo da cadeia hierárquica, os artistas já não recebem muito alimento, já podemos imaginar que os mineiros recebem menos ainda. 
A grande questão é que essa cegueira vem aumentando gradativamente, fazendo com os minérios e suprimentos também sejam diminuídos. Os habitantes do vilarejo percebem que o próximo passo será a morte de muito deles, devido a falta de alimento. Vendo essa situação, Li Wei, um mineiro que era amigo de Fei, mas que teve que se separar devido ao sistema de castas, decide arriscar a sua vida descendo a montanha.

A grande questão é que a montanha é muito ingrime, e as pedras são muito soltas. Por serem surdos, os habitantes do povoado não poderiam descê-la, pois em caso de desmoronamento, não saberiam até que fossem atingidos. Muitos desceram e não retornaram. Li decide que vai, pelo bem do seu povo. Inexplicavelmente, a partir desse momento, Fei começa a ouvir e decide, então, acompanhar Li nessa jornada que trará as respostas para as perguntas que eles tanto fazem.
***
Richelle Mead tem uma narrativa que prende o leitor desde a primeira página. Foi a primeira vez que tive contato com qualquer influência chinesa durante a leitura, e isso me deixou bastante entusiasmada. A autora utiliza da mitologia e do folclore Chinês de uma forma tão dominante e nada cansativa. 
Adorei a forma como ela tratou a desigualdade social. Somos acostumados a, em distopias, acompanharmos o protagonista da casta mais baixa e que está sempre lutando contra o sistema. Neste livro temos uma protagonista da casta mais alta e que mostra que nem tudo é como parece. Para ser quem é ela precisou abdicar de muitas coisas, inclusive do seu amor por Li.

Enquanto o casal protagonista desce a montanha, vamos compreendendo um pouco mais sobre a histórias dele e do vilarejo. Além da aventura de estarem fazendo algo tão perigoso, ainda somos agraciados com doses de mistério e muito romance. Aliás, é interessante como o livro foca muito nos sentimentos dos personagens, e não só nas suas personalidades. 
Fiquei procurando, durante muito tempo, um grande vilão para a história. No fim das contas, acho que isso está implantando em cada um de nós. Como aquela coisa de ver somente a si, não parar para perceber o outro, sabe? É interessante trazer essa reflexão em um livro que irá falar para muitas pessoas.

Eu amei e fiquei curiosa para ler mais da autora. Adorei a forma como ela abordou o amor de uma forma simples e delicada e de como ela mostrou o quão longe as pessoas são capazes de ir nos ene motivos, entre proteger os que amam e terem o poder em mãos. É um daqueles livros que eu indico de olhos fechados, pois sei que tocará, de uma forma única, qualquer pessoa.

Beijocas e até a próxima!!!
***
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Este livro foi recebido de parceria com a editora, mas eu realmente curti, tá?

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