sobre livros e a vida

18/07/2016

Tá Na Estante :: ‘A Rebelde do Deserto’ #556

Oi, gente. Tudo bem?

Estou de volta com mais uma resenha para vocês. O livro da vez é uma fantasia, recebido de uma ação promocional da Editora Seguinte. Vamos conferir?!

Livro: A Rebelde do Deserto
Série: Rebel of the Sands (#01)
Autora: Alwyn Hamilton
Editora: Seguinte
Páginas: 288
Sinopse: O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher. Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele. Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo — é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por lhe revelar o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir.

Amani sonha com deixar a Vila da Poeira e ir até Izman, cidade da qual ouvia muitas histórias fabulosas contadas pela mãe. Mas para ir embora ela precisa de dinheiro e depois que a mãe foi enforcada por ter assassinado o marido, Amani foi morar com a tia, que a despreza, e dinheiro não é algo fácil de conseguir.
A grande chance de Amani juntar uma quantia considerável para fugir é usando suas habilidades com armas. Desde pequena ela treinou muito sua mira e consegue acertar qualquer alvo. Por isso, certa noite, a jovem foi para a cidade de Tiroteio, onde haveria uma competição de tiro ao alvo. Vestida de menino para poder participar, Amani sabia que a competição estava no papo, até uma comoção se instaurar e ela precisar fugir.
Na manhã seguinte, Amani é surpreendida quando a noite anterior volta para cobrar seu preço. Jin, um dos competidores de Tiroteio, que ajudou a moça lá, apareceu na loja do tio dela, sendo perseguido pelo exército do Sultão. O forasteiro é acusado de ser um traidor, mas Amani usa suas habilidades de ludibriar e consegue esconder Jin dos soldados que o procuram. O preço? Ela quer que o rapaz a leve embora de Vila da Poeira.

Só que os planos de Amani não dão muito certo. Um novo caos se instaura na cidade e, com a distração, Jim foge. Mas esse não é o único problema. Fazim, um idiota da Vila, sabe o segredo de Amani e diz que se ela não se casar com ele, irá contar às autoridades que ela e o traidor estavam envolvidos e as consequências não seriam nada agradáveis para a moça.
Amani então se vê em um beco sem saída. Ela precisa escapar de Vila da Poeira o quanto antes. Se ficar, precisará casar-se com Fazim – ou pior, ser tomada como uma das esposas de seu tio. Porém, se partir, ela precisará deixar tudo aquilo que conhece para trás e aventurar-se em um mundo totalmente desconhecido. A escolha parece bem fácil, né?
E é quando Jin retorna para buscá-la que Amani percebe que seus dias naquele inferno estavam contados. Ela e o forasteiro partem rumo a lugar nenhum, fugindo do exército do sultão. Amani terá sua chance de ir para Izman e conhecer o mundo que sua mãe tanto falava. O problema é que ela se afeiçoa a Jin e não quer separar-se do rapaz.
Juntos, Jin e Amani vão desbravar as areias do deserto e, aos poucos, a menina vai constatando que o seu companheiro de viagem não está sendo totalmente sincero com ela. Quando a real identidade de Jin é descoberta, Amani percebe que sua aventura está apenas começando…
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
Quando eu vi A Rebelde do Deserto dentre os lançamentos da Seguinte, soube que precisava lê-lo o mais rápido possível. Então, quando a editora ofereceu para o blog um exemplar para resenha, não hesitei em aceitar e assim que o livro chegou, corri para ler. Já tinha ouvido maravilhas sobre essa história e minhas expectativas estavam nas alturas. E todas elas foram superadas.
A escrita de Alwyn Hamilton é simplesmente maravilhosa. Há tempos não lia um livro de fantasia tão bem construído e me apaixonei logo de cara pela construção. Somando isso com a fluidez da narrativa, li o livro em poucas horas e fiquei com aquele gostinho de quero mais. O universo criado pela autora é fantástico. Nele, existe a magia e criaturas boas que podem manipulá-la. Por outro lado, também temos criaturas obscuras, que esperam a oportunidade perfeita para devorar os desavisados. 
A narrativa é toda feita em primeira pessoa, sob a perspectiva da protagonista Amani. E que protagonista! Amani é uma jovem impetuosa e de língua afiada, que não se deixa menosprezar apenas por ser mulher em uma sociedade altamente machista. Ela é forte, uma exímia atiradora e não tem aqueles vários mimimis aos quais somos submetidos em outros livros do gênero.
Jin também é um personagem maravilhoso. Ele despertou a atenção de Amani por levar a vida que ela sempre sonhou, mas não podia porque era mulher, e mostrou-se um guerreiro leal, além de um grande amigo para a jovem. Quer dizer, não só amigo. É evidente que existirá algo a mais entre os dois, mas o romance não é o foco da trama.
O cenário político construído também é divinamente construído. O país é comandado pelo Sultão e seus filhos competiram nos Jogos do Sultim para alcançar seu posto. Porém, um dos filhos mais velhos do Sultão, conhecido por todos como o príncipe rebelde Ahmed, retornou do seu esconderijo para competir pelo seu direito, mas algo aconteceu e ele foi impedido de vencer. Entretanto, Ahmed conquistou vários simpatizantes ao longo de Miraji, que estão insatisfeitos com o comando do país e o querem no trono. Podemos esperar muita confusão em torno disso no decorrer da série.
Outro ponto extremamente positivo do livro é a quantidade de ação inserida. Hamilton não deixou em momento algum sua narrativa cair na monotonia, sempre surpreendendo o leitor e inserindo uma nova reviravolta a cada virar de página, além de explorar todo seu universo fantástico. Amei cada segundo da experiência.
O final foi de tirar o fôlego e devo dizer que estou até agora processando os acontecimentos. A autora construiu um clímax ímpar e o modo como formou o desfecho me fez favoritar o livro e dar cinco estrelas antes mesmo de saber o que aconteceria. O que me deixa triste é que ainda não há previsão para o lançamento do segundo livro, já que esse primeiro volume recém foi lançado nos EUA também.
A edição física é uma maravilha à parte. A capa é belíssima e conta com efeitos metalizados, que a deixam ainda mais incrível. A diagramação conta com alguns detalhes a cada início de capítulo, no mesmo padrão das ranhuras da capa. As páginas são amareladas, a fonte é grande e a revisão está impecável. Mais um trabalho esplêndido da editora Seguinte
A Rebelde do Deserto é um livro único, que me fez retomar minha paixão pelo gênero e que merece ser lido por todos. Com certeza recomendo essa leitura. Se joguem e se apaixonem pela criação de Alwyn Hamilton assim como eu. Não há como se arrepender!

Beijos e até a próxima!

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