sobre livros e a vida

02/02/2018

Tá Na Estante :: ‘Quando o Mal tem um Nome’ #756

Oi, gente. Tudo bem?

Recentemente li uma obra de terror nacional fabulosa, publicada de forma independente na Amazon, e hoje vim contar para vocês o que achei. Vamos conferir?!

Livro: Quando o Mal tem um Nome
Autora: Glau Kemp
Editora: Amazon
Páginas: 174
Sinopse: “Sinto medo. O tipo de medo que persegue até a presença de outras pessoas. Segue até a luz e entra nas cobertas. Não está debaixo da cama ou dentro armário. Está em minha pele e tem um nome. Não pergunte. Não descubra. Nunca saiba o nome do seu medo, ou irá chamá-lo… Seus lábios podem estar selados, mas sua mente repetirá: Donavan… Donavan… Donavan”. Na Aparecida dos anos 70, uma cidade erguida no centro de um milagre, conhecemos a história de Marta e sua filha Clara. De sua terra cultivada por fé a malignidade cresce no coração de uma mãe devota. As orações que a padroeira não atende são feitas agora para eles: anjos caídos. Ela não deveria saber o nome do demônio que atendeu sua prece, e a abominação despertada é tão grande que todos vão pagar pelo seu pecado. O mal só precisava que alguém o chamasse pelo nome e agora está entre nós. “Faça uma oração antes de dormir e deixe a luz acesa. Se vir a fé em seus olhos, talvez vá embora. Mas ele virá”.

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O ano é 1971, cidade de Aparecida. Aos 42 anos, Marta está grávida de seu terceiro filho e sonha que dessa vez nasça uma menina. Após ter dois garotos, a senhora deseja uma filha para lhe fazer companhia quando seus meninos forem para o mundo. Ela até fez uma promessa para Nossa Senhora e espera que tenha sua bênção atendida.

Contudo, a dúvida ainda corrói a mente de Marta. Ela precisa saber qual o sexo do bebê que espera e, assim, resolve fazer uma ultrassonografia, que naquele ano estava ganhando sua primeira clínica em São Paulo. Com o resultado veio a decepção. Marta estava grávida novamente de um menino. E agora, como lidar com essa situação?

Com a obsessão de ser mãe de menina em mente, Marta vai procurar ajuda de um lado oculto, já que sua fé não atendeu seu desejo. Assim, ela vai parar em uma casa onde existem pessoas capazes de convocar demônios, estes que podem acatar a vontade da dona de casa. Passando por um ritual satânico, Marta enfrenta todos os seus medos e pecados, mas não desiste.

Quando o bebê nasce, Marta vê que é uma menina e fica extremamente feliz. Mas essa felicidade dura pouco quando ela nota que Maria Clara não é um bebê como os outros. Com seis meses a menina já falava eloquentemente e coisas estranhas aconteciam ao seu redor.

Com a certeza de que sua filha é uma encarnação de Satanás, Marta vai usar de todas as suas artimanhas para esconder seu segredo e proteger os outros da maleficência de Clara. Mas será que quando o pacto é selado e o destino traçado existe uma possibilidade de reverter o futuro?
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
***
Eu conheci a Glau Kemp através da Increasy, nossa agência literária. A vi divulgando a obra no nosso grupo no Whatsapp e a partir dali fiquei curioso. Resolvi então comprar o e-book, me preparando para o horror que a trama prometia. E não é que o livro superou todas as minhas expectativas?!
Glau Kemp, para mim, se tornou um dos grandes nomes nacionais do horror. Com uma narrativa simples e fluida, mas bastante descritiva e trabalhada, a autora criou uma trama única e repleta de terror. Cada detalhe foi minimamente pensado, o que deixou tudo ainda mais real. Eu me senti dentro daquele cenário, vivendo as angústias dos personagens. Foi surreal.

A obra é dividida em duas partes. Ambas são narradas em terceira pessoa: a primeira sob a perspectiva de Marta e a segunda pela de Clara. As duas personagens foram muito bem construídas, mas devo confessar que tenho uma quedinha por Marta. A mulher é desprezível, não posso negar, mas ela tem algo que me cativa. 
As cenas assustadoras, por assim dizer, me deram um frio na espinha que até agora, escrevendo essa resenha, não passou. Glau trata de cada nuance espiritual com naturalidade e uma riqueza de detalhes que deixa tudo ainda mais surpreendente. Teve uma cena específica, no final do livro, que me fez dar um pulo enquanto lia. Acho que nunca me senti assim lendo um livro de terror.

O final foi surpreendente. Quando a parte dois se iniciou, não consegui sequer cogitar para onde a autora levaria a história. Conforme as coisas foram avançando, Glau foi criando um clímax sensacional e mostrou que sabia o que estava fazendo. Então, quando o desfecho foi apresentado, só consegui aplaudir a autora.
Em suma, Quando o Mal tem um Nome é um livro aterrorizante, bem escrito e surpreendente, que vai deixar até o mais corajoso dos leitores arrepiado. Sendo assim, deixo aqui minha recomendação para vocês. Vale muito a pena!

Beijos e até a próxima!

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