Oi, gente. Tudo bem?
Estou de volta com mais uma resenha pra vocês. Dessa vez vim falar sobre um livro que causou um enorme burburinho na blogosfera quando foi lançado e é o primeiro volume da série The Royals. Vamos conferir?!
Livro: Princesa de Papel
Série: The Royals (#01)
Autora: Erin Watt
Editora: Essência
Páginas: 368
Sinopse: Ella Harper é uma sobrevivente. Nunca conheceu o pai e passou a vida mudando de cidade em cidade com a mãe, uma mulher instável e problemática, acreditando que em algum momento as duas conseguiriam sair do sufoco. Mas agora a mãe morreu, e Ella está sozinha. É quando aparece Callum Royal, amigo do pai, que promete tirá-la da pobreza. A oferta parece tentadora: uma boa mesada, uma promessa de herança, uma nova vida na mansão dos Royal, onde passará a conviver com os cinco filhos de Callum. Ao chegar ao novo lar, Ella descobre que cada garoto Royal é mais atraente que o outro – e que todos a odeiam com todas as forças. Especialmente Reed, o mais sedutor, e também aquele capaz de baixar na escola o “decreto Royal” – basta uma palavra dele e a vida social da garota estará estilhaçada pelos próximos anos. Reed não a quer ali. Ele diz que ela não pertence ao mundo dos Royal. E ele pode estar certo.
Quando tinha 15 anos, Ella Harper viu-se obrigada a trabalhar como stripper para sustentar a si mesma e a mãe com câncer. Após a morte da mãe, ela passou a viver sozinha, escondendo sua condição para poder formar-se no ensino médio e entrar em uma faculdade. Ainda trabalhando de stripper, a jovem guarda cada centavo que recebe para poder mudar de vida.
E essa mudança chega de uma forma surpreendente quando Callum Royal entra em seu caminho. O bilionário diz ser o melhor amigo do pai que ela nunca conheceu e, com a morte deste, é seu novo tutor. Callum deseja dar à Ella tudo que ela nunca teve. Para começar, se ela for morar com ele e largar o strip, ele lhe dará mensalmente 10 mil dólares. E, quando ela se formar, uma quantia ainda maior será depositada para ela.
À princípio, Ella não tem a menor vontade de morar com Callum, mas, quando percebe a oportunidade, deseja arriscar essa mudança. Mal sabe ela que sua vida está prestes a virar de cabeça para baixo. Do pior jeito possível.
Callum é um bilionário viúvo e seus cinco filhos são deuses gregos em formas adolescentes. E estão determinados a fazer da vida de Ella um inferno. Liderados por Reed, os irmãos Royal acreditam que Ella está tendo um caso com o pai deles e não medem esforços para aterrorizá-la e diminuí-la, para tentar fazê-la ir embora.
Como de boba Ella não tem nada, vai bater de frente com todos, provocando cada vez mais e recebendo o troco de formas inimagináveis. Contudo, quando seu coração começa a bater mais forte por Reed, as coisas podem sair um pouco do controle e ninguém está preparado para tudo que está por vir.
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
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Quem me recomendou Princesa de Papel foi minha amiga Scheila, do blog
Guardiã da Meia-Noite. Há tempos a ouço falando sobre essa história, mas só fiquei interessado realmente após ver nas redes sociais uma pessoa falando que esse livro continha cenas de romantização de abuso. Curioso e com a problematização pronta a ser feita, resolvi solicitá-lo para ver o que achava. E me apaixonei por essa história.
Erin Watt é o pseudônimo das autoras Elle Kennedy e Jen Frederick. Nunca li nada delas e, se suas obras solo forem tão boas quanto as em conjunto, quero pra ontem! A narrativa é leve, fluida e envolvente, daquelas que te arrebatam nas primeiras páginas e não te deixam largar até concluir a leitura.
O livro é narrado em primeira pessoa, sob a perspectiva de Ella, e preciso dizer que me apaixonei pela personagem logo de cara. Ella já sofreu muito na vida, mas isso tudo só a deixou mais forte e determinada, sem baixar a cabeça para ninguém. Ela pena muito nas mãos dos irmãos Royal e de uma garota na escola que quer tratá-la como animal, mas só mostra que não é bagunça e bate de frente, mostrando que não é porque era pobre que pode ser subestimada.
Sobre os irmãos Royal, mesmo sendo completamente babacas no começo, é impossível não se apaixonar por eles. O que mais chamou minha atenção foi Easton e espero, do fundo do meu coração, que as autoras invistam em um spin-off protagonizado por ele. Que personagem incrível! Com um humor ácido e uma personalidade apaixonante, Easton foi o primeiro a se render aos encantos de Ella e tornou-se um grande amigo dela.
Quanto à cena de abuso que é muito comentada, devo falar que não vejo dessa forma. “Ah, mas você é homem. O que quer um homem falando sobre o que é ou não estupro?”. Bom, eu conversei com algumas outras amigas que leram o livro e que concordam comigo. Ella deixou bem claro diversas vezes que o que aconteceu foi consensual e mesmo após o efeito das drogas passarem ela diz não se arrepender do que aconteceu.
O desfecho foi de tirar o fôlego. As autoras encerraram a história com um fim tão “OMG” que queria muito ter o segundo livro em mãos. Tanto que tive que comprar o e-book em inglês e ler imediatamente. Em menos de dois dias concluí a trilogia e não vejo a hora da Planeta lançar os outros livros aqui no Brasil.
A edição física está bem trabalhada. A capa é uma adaptação da original e é lindíssima. A diagramação é simples, as páginas são amareladas e a fonte é grande. A revisão deixou um pouco a desejar. Encontrei alguns erros bobos que me incomodaram, mas nada que prejudique o entendimento.
Princesa de Papel foi uma enorme surpresa e uma das melhores leituras do ano até então. Sem sombra de dúvidas recomendo essa história a todos. Se joguem, porque vale muito a pena. E Scheila, muito obrigado pelo incentivo. Te amarei eternamente por ter me apresentado essa série.
*Resenha postada originalmente por mim no blog Prazer, Me Chamo Livro.
Beijos e até a próxima!