sobre livros e a vida

02/01/2016

Tá Na Estante Premiada :: ‘Doce Perdão’ #491

Oi, gente. Tudo bem?

Hoje vim falar de um livro pra vocês que não me agradou muito, mas me fez pensar sobre várias coisas. E, mais uma vez, trago resenha dupla com a Nathy, representando o Recanto da Mi. Vamos conferir?!

Livro: Doce Perdão
Autora: Lori Nelson Spielman
Editora: Verus
Páginas: 322
Sinopse: Hannah Farr é uma personalidade de New Orleans. Apresentadora de TV, seu programa diário é adorado por milhares de fãs, e há dois anos ela namora o prefeito da cidade, Michael Payne. Mas sua vida, que parece tão certa, está prestes a ser abalada por duas pequenas pedras… As Pedras do Perdão viraram mania no país inteiro. O conceito é simples: envie duas pedras para alguém que você ofendeu ou maltratou. Se a pessoa lhe devolver uma delas, significa que você foi perdoado. Inofensivas no início, as Pedras do Perdão vão forçar Hannah a mergulhar de volta ao passado – o mesmo que ela cuidadosamente enterrou -, e todas as certezas de sua vida virão abaixo. Agora ela vai precisar ser forte para consertar os erros que cometeu, ou arriscar perder qualquer vislumbre de uma vida autêntica para sempre. Após o sucesso mundial de A lista de Brett, Lori Nelson Spielman retorna com este romance terno e esperto sobre nossas fraquezas tão humanas e a coragem necessária para perdoá-las – assim como para pedir perdão.

Aos trinta e quatro anos, Hannah Farr é uma celebridade em New Orleans. Seu programa matinal, o The Hannah Farr Show, tem lhe trazido muitos prêmios e a consolidado cada vez mais no mercado televisivo. Sua vida amorosa também está ótima. Ela é namorada do Prefeito da cidade e está certa de que em breve irá se casar. Mas nem tudo é um mar de rosas.

O The Hannah Farr Show está com a audiência cada vez mais baixa e os produtores da emissora querem elevar esses picos. Para isso, contratam Claudia Campbell e Hannah sente no ar a ameaça de que logo Claudia começará a dividir o programa com ela. Além disso, Michael parece ter estacionado no relacionamento e não querer dar o próximo passo, sempre usando a sua filha adolescente, a rebelde Abby, como desculpa.

Quando Hannah recebe uma proposta de uma emissora de Chicago para concorrer a uma vaga para apresentar um talk-show matinal, podendo transformá-la na nova Oprah, vê nisso a oportunidade de convencer Michael a casar-se com ela, mas, ao invés de pedi-la para ficar, o Prefeito apoia a decisão de Hannah e ela se vê obrigada a criar um roteiro original para um programa piloto do Good Morning, Chicago, e é aí que sua vida vira de cabeça para baixo.

A moda atual na mídia são as Pedras do Perdão. Criadas por Fiona Knowles, as Pedras têm como objetivo algo simples: envie duas para alguém de quem você deseja o perdão. Se receber uma de volta, você foi perdoado, e a pessoa que as recebeu precisa seguir a corrente e enviar pedras para alguém, e assim sucessivamente.

Hannah e Fiona têm um passado em comum e, por isso, a apresentadora foi uma das primeiras pessoas a receber a pedras, dois anos antes, mas nunca pensou em devolver. Com a expectativa do programa, Hannah decide devolver a pedra e seguir a corrente, fingindo para a emissora de Chicago que enviou as pedras para sua mãe, com quem não fala há mais de vinte anos, alegando que elas finalmente se reconciliaram.

Claro que é tudo uma farsa. Hannah não quer saber da mãe, mas o destino discorda dessa sua decisão. Quando sua amiga Dorothy pede, Hannah se vê obrigada a procurar a mãe e adentrar em uma época há muito enterrada. Assim, ela vai percebendo que existe muito mais por trás de tudo que pensava saber e o muro que ergueu após todos esses anos começa a se romper, e o que ela vai mostrar pode não agradar a todos…

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!

Quando vi Doce Perdão dentre os lançamentos do Grupo Editorial Record, fiquei bem curioso sobre a obra e resolvi solicitar. Já tinha ouvido falar maravilhas sobre o outro livro da autora, A Lista de Brett (resenha aqui), e quis arriscar a leitura. Entretanto, este volume não foi nada do que eu imaginava.

A escrita de Lori Nelson Spielman é leve e fluida, mas o enredo não me convenceu em momento algum. Por esse motivo, demorei mais de uma semana para concluir a leitura e senti um peso saindo de cima de mim quando cheguei à última página. Foi uma decepção tremenda.

A obra é narrada em primeira pessoa, sob a perspectiva da protagonista. Hannah é uma personagem vazia e com falta de personalidade. Muitas de suas atitudes não condiziam com seu perfil de mulher independente e determinada. Na maior parte do tempo ela só se mostrava extremamente carente e insegura. Isso a torna real, claro, mas irritante até dizer chega.


Os outros personagens centrais da trama também foram pouco explorados, de forma que foi difícil criar empatia com qualquer um deles. A única que me cativou realmente foi Dorothy. A senhora de setenta e seis anos é ex-sogra de Hannah e lhe ensina lições fantásticas sobre a vida, lições essas que eu acrescentei ao meu modo de pensar. São coisas que te fazem refletir toda vez que coloca a cabeça sobre o travesseiro.

A proposta de Doce Perdão é interessante, mas acho que Lori se perdeu no que pretendia desenvolver. O final do livro foi um pouco vago e foi o que mais me frustrou em todo o enredo. A jornada de autoconhecimento da protagonista foi rasa e sem muita emoção. No fim, achei que Hannah sofreu tudo o que precisava, mas ainda assim podemos ver que não foi suficiente. Se eu falar o que não gostei exatamente seria um spoiler daqueles, mas posso acrescentar que, para mim, a resolução foi fácil demais.

O exemplar também fala muito sobre a questão da aparência de pessoas públicas. O que um escândalo pode mudar na vida de alguém famoso? Spielman mostrou essa faceta em vários personagens e pôde-se notar que todos se preocupavam mais com sua imagem do que com seu próprio ser, o que é uma triste realidade no mundo atual. 


A edição física do livro está maravilhosa. A capa segue o mesmo padrão de A Lista de Brett e está lindíssima. A revisão me incomodou um pouco, mas foram mais erros de digitação do que qualquer outra coisa. Muitos travessões foram “esquecidos”, dificultando saber quando era diálogo ou apenas um pensamento de Hannah. As páginas são amareladas e a fonte é grande, facilitando a leitura.


Doce Perdão foi uma grande decepção literária, mas ainda assim o livro me fez pensar e desejar ser uma pessoa melhor. É por isso que recomendo a vocês essa leitura. Alguns talvez consigam se emocionar e aproveitar mais do que eu.

Se você acha que vai aproveitar essa leitura mais do que eu, participe da promoção.

Regras:

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  • Curta a página do Segredos Entre Amigas;
  • Tenha endereço de entrega no Brasil.

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Beijos e até a próxima!

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