sobre livros e a vida

27/03/2017

Tá Na Estante :: ‘Pela Noite Eterna’ #648

Oi, gente. Tudo bem?

Estou de volta com mais uma resenha para vocês. O escolhido de hoje é o segundo volume da trilogia Never Sky, lançado no ano passado pela editora Rocco. Vamos conferir?!

Livro: Pela Noite Eterna
Série: Never Sky (#02)
Autora: Veronica Rossi
Editora: Rocco Jovens Leitores
Páginas: 304
Sinopse: Ária tem lutado para construir uma vida para si mesma. Não foi fácil se adaptar à vida no deserto, mas a luta valeu a pena, pois Perry estava ao seu lado. Só que Perry tem outros desafios. Seu povo conta com ele para obter respostas sobre o que aconteceu com seu sobrinho e o que está acontecendo ao seu mundo. E ninguém confia na presença de Ária, uma inimiga entre eles. Logo Perry será forçado a escolher entre a liderança de sua tribo e a garota que ama. Com a tempes­tade de éter piorando a cada dia, a única esperança de paz e segurança que resta é chegar a Azul Sereno. Pela noite eterna é o segundo volume da trilogia, iniciada por Sob o céu do nunca. 

Atenção! Essa resenha pode conter spoilers do primeiro volume da trilogia.
No final de Sob o Céu do Nunca, Ária descobriu verdades sobre quem é que ainda não conseguiu processar, mas precisa deixar seus anseios de lado e focar em seu novo objetivo. A jovem está sendo chantageada pelo Cônsul Hess, para encontrar o Azul Sereno e garantir a segurança dos Ocupantes, já que as Colônias estão prestes a ruir.
Já Perry conseguiu tudo o que queria, mas o gosto do sucesso se mostra amargo em sua boca. Ele tornou-se o Soberano de Sangue dos Marés e agora deve liderar sua tribo, dando-lhes comida, abrigo e proteção. Contudo, essa não é uma tarefa nada fácil para alguém tão impulsivo quanto Perry. E a volta de Ária ao mundo exterior pode comprometer ainda mais o fraco laço de confiança que o Olfativo desenvolveu com seu grupo.
Ária precisará de toda ajuda possível para encontrar o Azul Sereno e Perry oferece-se para ajudá-la. Eles sabem que sua melhor chance está com Sable, o Soberano da tribo dos Galhadas, que afirma saber a localização de um lugar onde o Éter não é um problema. Só que para chegar até Sable, eles precisarão viajar por semanas até o norte e com o Éter causando cada vez mais estragos para os Marés, Perry não tem como abandonar sua tribo.

E, não obstante, Perry quer acolher Ária na tribo enquanto esperam para iniciar sua jornada e é claro que os Marés não vão aceitar uma Ocupante, por conta de todo seu histórico com os Tatus. Ária sabe que sua melhor chance está se esvaindo e, após um membro da tribo tentar matá-la, ela escapa com Roar em direção aos Galhadas.

Essa jornada pode ser ainda mais eletrizante do que eles esperavam. Roar descobriu que Liv está lá e a possibilidade de encontrá-la é o que o motiva. Enquanto isso, na tribo, Perry começa a questionar a fuga de Ária e quando Kirra chega aos Marés, o que começou como uma suspeita pode tomar outras proporções…
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
Após o final de Sob o Céu do Nunca, estava extremamente empolgado pela continuação. Então, assim que recebi o livro, tratei de lê-lo o mais rápido possível. Infelizmente, acho que não deu muito certo, porque o livro não foi nada do que eu esperava e me decepcionei bastante.
A escrita de Veronica Rossi segue envolvente, mas o modo como a autora desenvolveu os acontecimentos desse segundo volume me incomodou bastante. Pareceu que a primeira metade do livro era uma enrolação sem fim e demorei quase três dias para chegar em 50% da obra. Conforme mais tempo eu ficava preso no início, menos vontade eu tinha de seguir adiante.
A narrativa é, mais uma vez, feita em terceira pessoa, alternando as perspectivas de Perry e Ária. Nossa protagonista está muito mais madura, dando um show de coragem e sagacidade. Já Perry me irritou muito. Suas atitudes estão ainda mais egoístas. Ele finalmente conseguiu tornar-se Soberano de Sangue, como tanto queria, mas é só Ária arfar que ele coloca ela acima de toda tribo. Entendo que ele é apaixonado por ela, mas logo ele deveria ser capaz de separar as coisas.
O romance dos dois já viu dias melhores. Não sei se foi a intenção da autora dar uma quebrada naquele amor todo, mas foi o que aconteceu. Eu já não shippava tanto os dois, agora então… Prefiro nem comentar. Quando Perry começou com suas inseguranças, achando que Ária o estava traindo com Roar, sabendo de tudo que ela passou por ele e o quanto o amigo sofria por Liv, só comecei a pensar que seria mesmo melhor que ele ficasse sozinho.
Faltando umas cinquenta páginas para o fim do livro, a autora deu um up no enredo e mostrou aquela narrativa que tanto me cativou no primeiro livro. Fiquei angustiado sobre como as coisas se desenrolariam e fui surpreendido mais uma vez pelo final. Quero muito saber o que vai acontecer em A Caminho do Azul Sereno, último livro da trilogia, mas estou um tanto receoso em iniciar a leitura.
A edição física está muito bem trabalhada. A capa é uma adaptação da original e combina bastante com a do primeiro volume. A diagramação segue com os desenhos de espirais a cada início de capítulo. A revisão deixou um pouco a desejar, encontrei alguns erros durante a leitura, mas nada que prejudique o entendimento. 
Pela Noite Eterna, pra mim, é uma continuação que se encaixa naquela tão temida “maldição do segundo livro”, mas ainda tenho esperanças de que o final valerá a pena. Sendo assim, deixo aqui minha recomendação. Vai que vocês gostam mais do que eu…

Beijos e até a próxima!

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