sobre livros e a vida

23/04/2017

Tá Na Estante :: ‘O Ceifador’ #655

Oi, gente. Tudo bem?

Recentemente recebi da nossa mais recente editora parceira, a Companhia das Letras, a prova do novo livro do autor Neal Shusterman, lançado pelo selo Seguinte. Hoje vim contar pra vocês o que achei dessa distopia que, já adianto, entrou para as minhas favoritas. Vamos conferir?!

Livro: O Ceifador
Série: Scythe (#01)
Autor: Neal Shusterman
Editora: Seguinte
Páginas: 448
Sinopse: A humanidade venceu todas as barreiras: fome, doenças, guerras, miséria… Até mesmo a morte. Agora os ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, impedindo que o crescimento populacional vá além do limite e a Terra deixe de comportar a população por toda a eternidade. Citra e Rowan são adolescentes escolhidos como aprendizes de ceifador — um papel que nenhum dos dois quer desempenhar. Para receberem o anel e o manto da Ceifa, os adolescentes precisam dominar a “arte” da coleta, ou seja, precisam aprender a matar. Porém, se falharem em sua missão — ou se a cumplicidade no treinamento se tornar algo mais —, podem colocar a própria vida em risco.

Nessa distopia, a humanidade venceu seu maior medo: a morte. Agora, as pessoas são imortais e, se por alguma inconveniência, morrerem, centros de revivificação estão à disposição para trazê-las de volta. Além disso, se quiserem, é possível passar por um processo de rejuvenescimento, garantindo até mesmo a juventude eterna.
Esse mundo é governado pela Nimbo-Cúmulo, que conhecemos atualmente como Nuvem. Ela criou consciência e livrou a Terra de questões como violência, desemprego, pobreza, preconceito e desmatamento. A única coisa que a Nimbo-Cúmulo não conseguiu controlar foi o crescimento populacional, que aumentava a cada dia com o fim da morte.
Por conta disso, foi criada a Ceifa. Para manter o equilíbrio populacional os ceifadores devem coletar – ou seja, matar – um certo número de pessoas durante o ano, de forma aleatória. Eles são a única coisa que os humanos temem e são vistos como deuses por muitos e conseguindo tudo o que querem, sem precisar pedir, já que os bajulam pensando na imunidade que podem obter ao beijar o anel de um ceifador.

Rowan e Citra nunca pensaram em ser ceifadores. Aliás, ninguém em sã consciência pensa em seguir essa função. Rowan era aquele garoto invisível, que as pessoas raramente lembravam da existência e sentia-se confortável nessa posição. Já Citra é uma garota estudiosa, com seu futuro já bem decidido e sem aceitar nada menos do que a glória.

Contudo, quando o caminho dos dois jovens cruza-se com o do ceifador Faraday, suas vidas mudaram para sempre. Faraday resolveu tornar Rowan e Citra seus aprendizes o que quer dizer que, ao fim de um ano de treinamento, aquele que se saísse melhor se tornaria um ceifador. No início os dois não concordaram com a ideia, mas a ideia da competição os empolgou, mesmo que o objetivo final de tirar vidas não os agradasse.
O que Rowan e Citra não imaginavam é que o universo dos ceifadores era repleto de artimanhas e tramas políticas perigosas. Agora, eles estão envolvidos até o pescoço em tudo isso e suas vidas – e de toda a humanidade – está nas mãos daquele que vier a receber o anel.
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
Eu conheci Neal Shusterman em 2015, quando li Fragmentados, publicado pela editora Novo Conceito. Me apaixonei pela escrita do autor e decidi que leria tudo que ele publicasse. Então, quando a editora Seguinte ofereceu a prova de O Ceifador, não pude sequer cogitar a ideia de recusar. Passei o livro na frente de toda a minha meta e isso valeu totalmente a pena.
Em O Ceifador, a escrita de Shusterman está ainda mais envolvente. Peguei o livro para dar uma folheada nos primeiros capítulos e, quando me dei por conta, já estava na metade da obra. O autor tem uma característica única, que consegue nos prender logo de cara e deixar a história sempre empolgante, inserindo diversas reviravoltas surpreendentes.
A narrativa é feita em terceira pessoa. A grande maioria dos capítulos alterna as perspectivas de Rowan e Citra. Gostei muito desse estilo de ponto de vista, pois deixa todo o contexto da obra mais amplo, não prendendo o leitor em uma única perspectiva e apresentando informações que os protagonistas ainda não receberam, só aumentando nossa aflição.
Falando em personagens, todos aqui foram muito bem construídos. Citra é a minha favorita. Sua personalidade forte e sua determinação me cativaram logo no começo e me vi torcendo por ela o livro todo. Todavia, Rowan não fica muito atrás. Me identifiquei bastante com sua história de “garoto alface”, aquele que se sumir não vai fazer falta e queria vê-lo dando a volta por cima.
A trama distópica do livro é fantástica. Temos um mundo praticamente perfeito, mas aos poucos Shusterman vai desconstruindo essa ideia, apresentando as falhas e mostrando que nada é perfeito. Em certos momentos até me vi cogitando morar num lugar como a MidMérica, mas conforme as páginas foram avançando, a ideia se foi completamente.
Não sei se posso caracterizar isso como um defeito, mas me incomodei um pouco com o romance desenvolvido entre Citra e Rowan. Foi algo que achei um tanto desnecessário no contexto da trama. Acho que uma forte amizade entre os dois seria bem mais interessante. Porém, talvez Neal tenha inserido isso aqui para desenvolver mais à frente… Veremos.
O Ceifador é com certeza um livro que merece ser lido por todos e receber um grande hype. Ouso dizer que, até agora, é a melhor distopia do ano. Peço a todos que deem uma chance a essa história, porque garanto que serão surpreendidos do começo ao fim!
Beijos e até a próxima!!!

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