sobre livros e a vida

23/08/2016

Tá Na Estante :: ‘Noites Roubadas’ #567

Oi, gente. Tudo bem?

Com a ansiedade da chegada da Bienal batendo, quase não estou conseguindo ler. Entretanto, ontem finalizei uma leitura e hoje vim contar para vocês o que eu achei dela. Vamos conferir?!

Livro: Noites Roubadas
Série: Vampire Queen (#02)
Autora: Rebecca Maizel
Editora: Galera Record
Páginas: 384
Sinopse: Um novo ano começa no Internato Wickham. Mas as coisas não são tão simples como parecem… No ano anterior, o grande amor da vida de Lenah Beaudonte morreu ao conduzir um ritual para torná-la humana outra vez. Agora, ela executou uma cerimônia idêntica para o amigo Vicken, sem nenhuma consequência drástica para nenhum dos dois. A poderosa mágica usada no culto fez mais que tornar Vicken humano. Ela atraiu alguém a Lover’s Bay… Alguém que não pertence à pequena e charmosa cidade. Ela quer o ritual; quer Lenah morta. E irá matar os amigos de Lenah um a um, até que a ex-vampira lhe entregue a fórmula. Como se não bastasse, o ritual também despertou a ira dos Aeris, os quatro elementos e mais fundamentais poderes da Terra. O resultado é uma punição capaz de esmagar o coração de Lenah… Ela deve fazer uma impossível escolha: amor ou vida; presente ou passado; anseio ou realidade.

No final de Dias Infinitos, Lenah Beaudonte abriu mão da própria vida para realizar um ritual e transformar seu antigo amor, o vampiro Vicken, em humano outra vez. Ela deveria morrer, assim como aconteceu com Rhode quando fez esse mesmo ritual para transformá-la, mas, misteriosamente, Lenah conseguiu sobreviver.
Quatro dias se passaram e após um tempo no hospital, Lenah está de volta ao Internato Wickham. Ao lado de Justin e do recém-humano Vicken, ela pretende seguir com sua vida, tentando entender como sobreviveu àquilo tudo. Só que as coisas não vão ser tão simples assim. Uma vampira, conhecida de Lenah do passado, está aterrorizando o internato e já fez sua primeira vítima, Kate, uma amiga de Lenah e membro das Três Peças.
Além disso, Suleen, um antigo vampiro, apareceu em Lovers Bay para dizer que a magia liberada no ritual foi o que atraiu essa vampira para lá. Mas não é só isso. Esse ritual vai contra a natureza dos vampiros e despertou a fúria dos Aeris, os quatro elementos que controlam o equilíbrio da Terra. Não fosse suficiente, Lenah também descobre que Rhode, seu amado companheiro, está vivo.

Os Aeris dão à Lenah a chance de mudar o curso da história. Eles podem fazê-la voltar no tempo, direto para o ano de 1418, quando foi transformada. Isso mudará suas escolhas e fará com que todas as vítimas suas e daqueles vampiros que transformou, possam voltar a viver. A outra opção é permanecer ali, em Lover’s Bay, mas sem poder entregar-se ao amor de Rhode nunca mais. O egoísmo acaba falando mais alto e Lenah prefere a segunda opção, porém, isso não vai dar muito certo, já que a jovem está disposta a tudo para ficar com Rhode.

Com a ajuda de Vicken, Lenah vai descobrir que a vampira que está atacando em Lovers Bay é Odette, a última vampira que transformou antes de sua hibernação. Odette vai contra tudo aquilo que Lenah acreditava saber sobre vampiros. Seus poderes são inacreditáveis e ela é extremamente perigosa. O pior de tudo é que Odette está atrás de Lenah e do ritual. A vampira quer ocupar o posto de Lenah de Rainha Vampira e acha que esse ritual lhe dará os poderes necessários para ser invencível. Assim, matará um por um daqueles com quem Lenah se importa, até que a ex-vampira entregue o ritual.
Sem saber o que fazer, Lenah precisará de toda ajuda necessária para descobrir mais a respeito de Odette e como derrotá-la, antes que seja tarde demais. Ela sabe que Rhode é sua única chance, mas como lidar com os sentimentos conflituosos dentro dela em meio a essa batalha por suas vidas. E o mais importante: onde Justin se encaixa nisso tudo?
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
Quando eu li Dias Infinitos no ano passado, não esperava ser arrebatado por essa história da forma como aconteceu. O tema vampiros já estava saturado no mercado, por isso solicitei o livro totalmente sem expectativas e fui surpreendido pelo que encontrei, ficando assim extremamente ansioso pela continuação. A Galera Record é conhecida por deixar algumas séries pela metade e não tinha esperanças que Noites Roubadas seria lançado aqui, então nem preciso dizer que comemorei muito quando anunciaram o lançamento, né?!
Rebecca Maizel continua com sua escrita envolvente e logo nas primeiras páginas apresenta a premissa da continuação, deixando o leitor empolgado pelo que está por vir. Esse segundo volume se inicia quatro dias após o fim do primeiro e vamos ver as consequências das atitudes de Lenah serem absorvidas por ela e seus amigos. Além disso, temos a grande vilã, Odette, armando inúmeros planos e matando personagens muito queridos, o que me deixou extremamente embasbacado.
A narrativa segue em primeira pessoa, sob a perspectiva de Lenah. Aqui, devo confessar que me irritei com a protagonista e não foi pouco. Assim que ela descobriu que Rhode estava vivo, jogou Justin para escanteio e entrou num mimimi eterno porque Rhode não queria falar com ela. “Por que Rhode desapareceu? Por que ele não me ama mais? É por que eu era uma vampira má?”. Foi mais ou menos assim que as coisas se desenrolaram e me incomodei bastante.
Quem salvou a história do fracasso foi Vicken. Que personagem fabuloso. Ele está se acostumando a ser humano outra vez e tudo para ele é uma festa. Com uma personalidade irreverente e um jeito malandro, logo Vicken conquista todos na escola e o leitor também. As cenas em que ele aparecia com Lenah – que não foram poucas, graças a Zeus – deixavam-na menos chata e davam um ar mais cômico a tudo.
A vilã do livro foi uma grande relação de amor e ódio comigo. Ela é um tanto burra demais para ser considerada uma grande vilã, mas matou tanta gente que eu gostava que senti muita raiva. Mas, ao mesmo tempo, torcia para que ela desse uns bons tapas em Lenah, pra ver se a garota acordava pra vida e via que existem coisas mais importantes no mundo do que o próprio umbigo. Sério! Se Lenah pensasse um pouquinho mais antes de agir, muito sangue teria sido poupado.
Eu estava com as expectativas altíssimas para esse livro e acho que foi o que não deixou eu aprová-lo em sua totalidade. Quer dizer, a história se tornou extremamente previsível. Pouco depois da página 100 adivinhei onde a autora queria chegar e mesmo me surpreendendo algumas vezes até o desfecho enfim acontecer, não teve a mesma graça por eu já saber o que ia acontecer.
Como disse, o final foi previsível, mas Rebecca inseriu uma carta nas últimas páginas, que deixou um gancho enorme para o terceiro livro da série. Fico me perguntando o que vai acontecer, já que parece ser meio impossível que os acontecimentos mudem outra vez, mas estou ansioso pelo terceiro livro. Galera, desculpe ter duvidado de você por conta da publicação de Noites Roubadas, mas agora eu acredito que Amanhecer Eterno não vai demorar a sair aqui. Por favor, não me decepcione.
A edição física está bem trabalhada. A capa segue o padrão de Dias Infinitos, o que deixa os dois livros perfeitamente combinando na estante. A diagramação é simples, as páginas são amareladas e a fonte é grande. A revisão que deixou um pouco a desejar. Encontrei tantos errinhos bobos, como letras a mais ou a menos e acentos onde não deviam, que acabei me incomodando. Espero que na próxima edição do livro eles sejam corrigidos.
Noites Roubadas pode ter caído na maldição do segundo livro, mas ainda assim deixo minha recomendação. Essa série tem muito potencial e merece ser conhecida por todos. Vamos lá, se joguem sem medo e aproveitem o que Rebecca Maizel tem a oferecer.
Beijos e até a próxima!
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