sobre livros e a vida

24/07/2015

Tá Na Estante :: ‘A Morte de Sarai’ #423

Oi, gente. Tudo bem?

Estou de volta com mais uma resenha, que estou devendo pra vocês há tempos. O livro foi lançado em fevereiro pela Suma de Letras e é o primeiro de uma série. Vamos conferir?!

Livro: A Morte de Sarai
Série: Na Companhia de Assassinos (#01)
Autora: J. A. Redmerski
Editora: Suma de Letras
Páginas: 255
Sinopse: Sarai era uma típica adolescente americana: tinha o sonho de terminar o ensino médio e conseguir uma bolsa em alguma universidade. Mas com apenas 14 anos foi levada pela mãe para viver no México, ao lado de Javier, um poderoso traficante de drogas e mulheres. Ele se apaixonou pela garota e, desde a morte da mãe dela, a mantém em cativeiro. Apesar de não sofrer maus-tratos, Sarai convive com meninas que não têm a mesma sorte. Depois de nove anos trancada ali, no meio do deserto, ela praticamente esqueceu como é ter uma vida normal, mas nunca desistiu da ideia de escapar. Victor é um assassino de aluguel que, como Sarai, conviveu com morte e violência desde novo: foi treinado para matar a sangue frio. Quando ele chega à fortaleza para negociar um serviço, a jovem o vê como sua única oportunidade de fugir. Mas Victor é diferente dos outros homens que Sarai conheceu; parece inútil tentar ameaçá-lo ou seduzi-lo. Em “A morte de Sarai”, primeiro volume da série Na Companhia de Assassinos, quando as circunstâncias tomam um rumo inesperado, os dois são obrigados a questionar tudo em que pensavam acreditar. Dedicado a ajudar a garota a recuperar sua liberdade, Victor se descobre disposto a arriscar tudo para salvá-la. E Sarai não entende por que sua vontade de ser livre de repente dá lugar ao desejo de se prender àquele homem misterioso para sempre.


Sarai tinha 13 anos quando se viu obrigada a abandonar sua vida nos Estados Unidos para viver com a mãe e o novo namorado traficante em algum lugar do México. Ela estava acostumada com as trocas de namorado frequentes da mãe, mas Javier era um fornecedor das drogas que a mãe tanto gostava e dessa vez seria diferente.

Porém, a mãe de Sarai não viveu muito tempo depois da mudança e a garota se viu presa. Javier se dizia apaixonado por Sarai e a menina passou a habitar a cama do traficante de forma que pudesse se proteger, até ter condições de fugir. Javier possuía um harém, com várias garotas à sua disposição. Se alguma tentasse fugir, morria. Mas Sarai era diferente, ela era a favorita, tinha regalias que as outras não tinham e isso despertava a fúria da irmã de Javier, Izel, que fazia de tudo para deixar Sarai em apuros. Nove anos se passaram e a situação continua igual.

Pela primeira vez em anos, Sarai encontra uma chance de escapar. Javier contratou um assassino de aluguel para fazer um serviço a ele. O fato de esse homem ser americano, cria em Sarai a expectativa de que ele vai ajudá-la, fazendo com que ela esconda-se em seu carro e espere sua tão liberdade chegar ao sair dos portões da fortaleza de Javier.

Só que não é tão fácil assim. Victor é um assassino de sangue frio e não se apieda nem um pouco com a história de vida de Sarai e está determinado a devolvê-la para Javier. Mas Sarai não desiste e acaba revelando os planos de Javier, de forma que manter Sarai viva é mais útil para Victor do que sua morte. Com isso, Victor passa a usar Sarai para atingir seus objetivos e ao mesmo tempo a protege das garras do traficante.

Com o tempo que passam juntos, algo começa a nascer entre os dois. Victor é fechado e não conta nada de sua vida, mas há algo nele que desperta a atração de Sarai. Por mais que tente negar, Victor sabe que Sarai também mexe com ele e, para sua profissão, isso é algo extremamente perigoso.

Quando a jornada dos dois toma um rumo inesperado, Sarai precisa usar de todos seus artifícios pra permanecer viva em um jogo sensual e perigoso, ao mesmo tempo que tenta resistir ao homem que está ao seu lado e pode destruí-la com um toque. Enquanto isso, Victor precisa cumprir sua missão, mas como fazê-lo quando a segurança de Sarai tornou-se sua prioridade?

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!

Quando vi A Morte de Sarai entre os lançamentos do mês da Suma de Letras, eu precisei solicitar. Sou apaixonado pela duologia The Edge of Never, escrita também por J. A. Redmerski e precisava de mais livros da autora em minha vida. Esperava algo próximo dos outros livros, talvez um pouco mais sombrio, mas não estava preparado para o que encontrei.

A escrita de J. A. Redmerski é espetacular. É daquela que você vai lendo devagar pra aproveitar cada nuance da trama. O livro começa um pouco parado, mas depois das primeiras cinquenta páginas o ritmo já se torna alucinante e é impossível largar o livro, tendo que se controlar para não ler tudo de uma vez e perder algo.

O livro se encaixa no gênero dark romance, que vem ganhando força no mercado editorial. Está acima do new adult, mas não chega a ter aquela pegada do erótico. É extremamente sensual, é sombrio, é instigante… É perfeito!

Os protagonistas foram muito bem construídos. A narrativa é feita alternando seus POV’s. Foi impossível não criar um laço de empatia com Sarai. Conhecer sua triste história e ver tudo que ela precisou passar para sobreviver fizeram com que eu gostasse bastante dela, mas não me impediu de querer dar uns sopapos nela quando fazia besteira. E como fazia besteira! Jeová!

Já Victor é aquele cara mais velho, um badman, de coração gelado e que esconde as emoções. No começo eu peguei um ódio danado dele, mas depois que fui o conhecendo melhor o ódio foi diminuindo. Não gosto totalmente dele ainda, mas também não odeio. Muitas de suas atitudes me fizeram tirar o chapéu, mas também senti vontade de atirar nele. Acontece nos melhores livros.

O final foi de tirar o fôlego. Achei que Redmerski seguiria por uma linha de narrativa e o livro se estenderia até o final nisso, mas a autora não só encerrou muito bem a primeira linha, como criou outra e a entrelaçou de forma condizente ao enredo que estava construindo. Minha ansiedade pela continuação, O Retorno de Izabel, é enorme. Ainda bem que o livro sai esse mês, mas o tempo de demora foi grande demais pro meu pobre coração.

Sobre a edição física, a editora Suma de Letras deu um show. A capa é uma adaptação da edição britânica e é linda. O material é texturizado e fosco, uma delícia ao toque. A diagramação é bem simples, a revisão está impecável. As folhas são amareladas e a fonte tem um tamanho médio.

Em suma, A Morte de Sarai é um excelente começo para a série Na Companhia de Assassinos e é um livro que merece bastante destaque. Eu amei a leitura e com certeza recomendo a todos.

Beijos e até a próxima!

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