sobre livros e a vida

15/10/2016

Tá Na Estante :: ‘A Maldição do Vencedor’ #584

Oi, gente. Tudo bem?

A vida anda bastante corrida, mas aproveitei o feriadão pra colocar as leituras em dia e hoje vim contar pra vocês o que achei de um livro que recebeu bastante hype na época do lançamento. Vamos conferir?!

Livro: A Maldição do Vencedor
Série: The Winner’s Curse (#01)
Autora: Marie Rutkoski
Editora: Plataforma 21
Páginas: 328
Sinopse: Kestrel quer ser dona do próprio destino. Alistar-se no Exército ou casar-se não fazem parte dos seus planos. Contrariando as vontades do pai – o poderoso general de Valória, reconhecido por liderar batalhas e conquistar outros povos –, a jovem insiste em sua rebeldia. Ironicamente, na busca pela própria liberdade, Kestrel acaba comprando um escravo em um leilão. O valor da compra chega a ser escandaloso, e mal sabe ela que esse ato impensado lhe custará muito mais do que moedas valorianas. O mistério em torno do escravo é hipnotizante. Os olhos de Arin escondem segredos profundos que, aos poucos, começam a emergir, mas há sempre algo que impede Kestrel de tocá-los. Dois povos inimigos, a guerra iminente e uma atração proibida… As origens que separam Kestrel de Arin são as mesmas que os obrigarão a lutarem juntos, mas por razões opostas. A maldição do vencedor é um verdadeiro triunfo lírico no universo das narrativas fantásticas. Com sua escrita poderosa, Marie Rutkoski constrói um épico de beleza indômita.

Nessa sociedade, o povo valoriano conquistou e escravizou os herranis após uma guerra épica, que entrou para os livros de história e mudou o rumo de toda uma nação. O pai de Kestrel é o general mais conhecido do Império, por ter sido um dos melhores soldados na guerra de expansão do território e a menina sofre com as expectativas do pai sobre ela.
Aos 17 anos, tudo que Kestrel deseja é tocar seu piano e jogar Morder e Picar com os amigos, mas isso não é o que o general Trajan deseja para sua única herdeira. Aos vinte anos, Kestrel deverá decidir se vai se alistar ou se casar, mas nenhuma das opções lhe agrada. O pai tenta pressioná-la a entrar para o exército, mas apesar de ser uma grande estrategista, suas aptidões para batalha são nefastas.

Certo dia, enquanto caminha pelo centro da cidade com sua amiga Jess, Kestrel vai parar em meio a um leilão de escravos, algo que repudia com todas as forças. Porém, o primeiro herrani a ser ofertado atrai a atenção da moça com seus olhos cinzentos. Quando o leiloeiro anuncia que o escravo é um cantor, Kestrel age por impulso e acaba comprando o rapaz por uma quantia exorbitante.

O dinheiro não é problema para a família de Kestrel, mas o que ela vai fazer com mais um escravo? Quando percebe o erro que cometeu, a jovem deixa o escravo, Arin, a cargo do mordomo da residência e tenta esquecer que aquilo tudo aconteceu. Mas é claro que isso não será nem um pouco fácil. Algo em Arin despertou um sentimento dentro de Kestrel, que a está deixando extremamente confusa.
Aos poucos, Kestrel e Arin vão se aproximando e ela vai conhecendo mais sobre o misterioso escravo que comprou. Porém, será que o rapaz é exatamente quem diz? Arin possui inúmeros segredos que podem ferir Kestrel, mas quando a paixão fala mais alto, fica difícil resistir a tudo…
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!

Quando a V&R anunciou o selo Plataforma 21 e seu primeiro lançamento, A Maldição do Vencedor, fiquei bastante empolgado. Já tinha visto a capa da obra blogosfera afora e estava bastante curioso a respeito do que a trama trataria. Então, quando recebi de parceria um exemplar da obra, quis ler assim que possível, mas não consegui. E me arrependi de não ter lido antes.
A escrita de Marie Rutkoski é simplesmente viciante. Sua trama não é muito original, mas ela conseguiu me prender e me deixar curioso acerca do que aconteceria. O livro é narrado em terceira pessoa e foca principalmente na perspectiva da protagonista Kestrel, mas alguns capítulos possuem também a visão de Arin.
Kestrel é uma protagonista que entra para o ranking daquela relação de amor e ódio. Ela é bastante a frente do seu tempo e tem ideias bastante maduras, mas em certos momentos surge aquele seu ar de menina mimada que faz birra quando não consegue o que quer e tenho vontade de estrangulá-la. Porém, no geral, gostei da inteligência e da sagacidade da personagem.
Quanto a Arin, não consegui me apaixonar por ele. Seu jeito de badboy sofrido foi interessante no comecinho, mas depois que ele se aproximou de Kestrel, perdi a paixão por ele. Fora que a ideia de romance entre os dois é muito nula. Sério. Não sei em que momento aquela paixão arrebatadora começou e isso não me convenceu nem um pouco.
Gostei bastante da forma com que Rutkoski apresentou a sociedade valoriana e seus costumes. É aquela típica sociedade onde as fofocas correm soltas e a reputação é o que mais importa, mas ao mesmo tempo tem um lado diferente, onde as mulheres podem também se alistar no exército e serem guerreiras, não apenas frágeis donzelas.
O desfecho foi bastante previsível, mas ainda sim envolvente. A autora soube desenrolar bem as cenas de ação e mostrar um lado ainda mais ágil da protagonista. Além disso, Rutkoski deixou um gancho para a continuação que me deixou intrigado. O segundo livro se chama O Crime do Vencedor e já foi lançado aqui no Brasil.
Sobre a edição física, a Plataforma 21 deu um grande show no seu primeiro lançamento. A capa é uma adaptação da original e é belíssima. A diagramação é muito bem trabalhada, as páginas são amareladas e a fonte é grande. Meu problema se deu com a revisão. Encontrei muitos errinhos durante a leitura e isso me incomodou um pouco, já que foram coisas bobas que poderiam ter sido evitadas.
A Maldição do Vencedor não é uma obra prima, mas é um livro que merece um bom destaque e que vale a pena ser lido. Com certeza recomendo e não vejo a hora de ler as continuações.
Beijos e até a próxima!
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