sobre livros e a vida

28/09/2018

Tá Na Estante :: ‘A Incendiária’ #811

Oi, gente. Tudo bem?

Nossa, que saudade eu estava de publicar por aqui! Há tempos que minhas leituras já não fluem como antigamente, mas percebi que há algum tempo eu li um livro e ainda não tinha contado sobre ela para vocês. Vamos conferir?!

Livro: A Incendiária
Autor: Stephen King
Editora: Suma
Páginas: 448
Sinopse: Uma criança com o poder mais extraordinário e incontrolável de todos os tempos. Um poder capaz de destruir o mundo. Após anos esgotado no Brasil, A incendiária volta às livrarias como parte da Biblioteca Stephen King, coleção de clássicos do mestre do terror em edição especial, com capa dura e conteúdo extra. No livro, Andy e Vicky eram apenas universitários precisando de uma grana extra quando se voluntariaram para um experimento científico comandado por uma organização governamental clandestina conhecida como “a Oficina”. As consequências foram o surgimento de estranhos poderes psíquicos — que assumiram efeitos ainda mais perigosos quando os dois se apaixonaram e tiveram uma filha. Desde pequena, Charlie demonstra ter herdado um poder absoluto e incontrolável. Pirocinética, a garota é capaz de criar fogo com a mente. Agora o governo está à caça da garotinha, tentando capturá-la e utilizar seu poder como arma militar. Impotentes e cada vez mais acuados, pai e filha percorrem o país em uma fuga desesperada, e percebem que o poder de Charlie pode ser sua única chance de escapar.

Quando estava na faculdade, Andy entrou em um projeto para conseguir uma grana extra. Nessa época, que jovem não está passando por problemas financeiros, não é mesmo? Em troca de alguns dólares, o rapaz deveria receber uma injeção de uma droga chamada Lote Seis, em um experimento realizado por um professor conhecido como Doutor Louco.
Nesse projeto, Andy conhece Vicky, uma garota que o atrai imediatamente e logo os dois se envolvem e se apaixonam, criando uma forte ligação. Ao longo dos anos, Andy e Vicky percebem que a injeção gerou consequências e lhes deu certas habilidades. Não fosse o bastante, quando a pequena Charlie nasce, fruto dessa relação, eles percebem que a garota é muito poderosa.

Foto por Resenhando Sonhos

O projeto do Doutor Louco era financiado pela Oficina, que dizia ter ligação com o governo. Contudo, existe um certo mistério ao redor dessa organização e muitas pessoas que a conhecem parecem temê-la. Sabendo disso, Andy e Vicky começam a se perguntar se fizeram uma boa escolha quando participaram do teste, principalmente quando a Oficina demonstra um interesse por Charlie.

Agora, anos depois, Andy está sozinho com a filha, em uma fuga incessante da Oficina. Mas por que isso está acontecendo? Quais os reais objetivos do projeto? O que é o Lote Seis? E por que a Oficina está tão interessada em Charlie? Essas e outras perguntas vocês são vão desvendar depois de lerem!

***
Todo ano, no Vórtice Fantástico, temos apenas uma única certeza: algum livro de Stephen King será lido. Em 2016 tive uma grata experiência com O Cemitério e ano passado foi a vez de A Hora do Lobisomem. Quando A Incendiária foi escolhido para ser o livro de maio, fiquei super empolgado. A edição da Biblioteca Stephen King estava fabulosa e a sinopse atraiu meu interesse logo de cara. Contudo, o livro não foi bem o que eu esperava. 
A Incendiária foi publicado originalmente em 1980 e ficou bastante conhecido pela adaptação, lançada em 1984 e estrelada por uma Drew Barrymore de 8 anos. Por conta da época, vocês já devem imaginar que aquele estilo de escrita de Stephen King, com bastantes minúcias e pormenores, era sua marca registrada. E aqui isso não mudou, mas ainda assim, ao mesmo tempo, foi diferente. Faz sentido?

Foto por Resenhando Sonhos

O livro começa com bastante ação, mas quando chegamos em 15% ele entra numa morosidade sem fim. Parece que King se perdeu no meio do plot que estava desenvolvendo e deixou tudo um tanto repetitivo e engessado. Boa parte da obra se desenvolve em cima da fuga que comentei acima e por conta disso a sensação de estar preso num looping de 400 páginas não saía de mim. Só pelos quase 90% que a história realmente andou, mas o sentimento de decepção permaneceu.

Todavia, os personagens são muito bem caracterizados. King sabe muito bem como desenvolver personagens cativantes e aqui não é exceção. A pequena Charlie é simplesmente sensacional. Ela é uma menina de sete anos, mas que tem atitudes de uma pessoa muito mais velha. Depois da morte da mãe, ela precisou assumir certas responsabilidades e tenta sempre evitar fazer a “coisa ruim”, culpando-se pelo uso de seus poderes.
Andy também é ótimo. Ele é um pai muito amoroso e faz de tudo pra proteger Charlie, abrindo mão da própria vida pra correr pelo país para ela não ser capturada. Mas em alguns momentos ele se perde dentro da própria cabeça e faz uns monólogos sem fim que deixam o livro ainda mais parado. 
Esse foi um dos livros mais diferentes de King que eu já li. A história tinha um enorme potencial, mas não teve a devida exploração. O autor optou por focar na fuga o tempo todo, ao invés de destacar o contexto dos poderes e na história de Charlie e como ela os desenvolveu. Contudo, num contexto geral, eu acho que a leitura é válida. Fãs do Mestre do Terror: se joguem! 
Beijos e até a próxima!

Comentários

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Ei, eu sou a Barb, tenho 27 anos, sou baiana, estudei Letras e compartilho conteúdo desde 2010 na internet. Por aqui, escrevo sobre tudo que faz meu coração bater mais forte.

Se inscreva no meu canal do youtube

Além do meu amor pela leitura e pelas histórias de romance, eu compartilho vlogs sobre a minha rotina e trabalho, mostrando como é a vida de uma baiana morando em Madrid, na Espanha.

Ei, inscritos no Telegram

Faça parte do nosso grupo aberto e gratuito no Telegram. Lá os inscritos recebem novidades, conteúdos exclusivos, além de um podcast semanal (em áudio) sobre o que se passa na mente da criadora de conteúdo.

Telegram

Quer receber minha newsletter?

Vamos conversar mais de pertinho? Enviamos conteúdos semanais sobre assuntos mais intimistas: reflexões sobre a vida e situações cotidianas.