sobre livros e a vida

25/07/2015

Tá Na Estante :: ” A Herdeira ” #424

Hey galera!

Hoje eu vim aqui para falar com vocês sobre um livro que deixou muita gente surtada por aí. Não é segredo para ninguém que a história épica de amor narrada nos três primeiros livros de A Seleção deixou não somente a mim, mas praticamente toda a equipe do SEA suspirando. E eis que aqui está a tão aguardada continuação: A Herdeira!

Livro: A Herdeira
Série: A Seleção (#04)
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 390
Sinopse:  Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.



Em A Herdeira, Kiera Cass mais uma vez nos presenteia com o mundo de Illéa. Mas desta vez, Maxon e América não são o foco de sua narrativa (embora ainda estejam presentes).

Vinte anos se passaram após o casamento de América e Maxon Schereave e agora, por uma diferença de 7 minutos no nascimento, Eadlyn é quem está sendo treinada para o cargo de Rainha de Illéa e não Ahren, embora ambos sejam gêmeos primogênitos do casal Real, seus pais decidiram pela igualdade de direitos para a sucessão da coroa.

Eadlyn não tem a típica vida de princesa de contos de fadas à qual todas as garotas idealizam. A realidade é bem distante disso, na verdade. Seu dia-a-dia consiste em orientação e treino, tanto da parte do pai quando da parte de assessores particulares, para que esteja preparada para o dia em que assumir o trono.

Nem preciso dizer que essa não era a vida que Eadlyn sonhava para ela, não é mesmo? Mas ela passa a encarar o seu treinamento como um emprego e como uma obrigação para com o seu povo.

Se, por um lado, a vida de Eadlyn é pura burocracia e tédio, Ahren não podia viver melhor. O príncipe é o típico sonhador/bobo apaixonado. Gasta seus dias escrevendo cartas para a sua amada Camille – sua namorada e princesa da França – e sonhando com o dia em que a verá novamente.

A Illéa que encontramos em A Herdeira é muito diferente da Illéa que conhecemos em A Seleção. Assim que se tornou rei, Maxon foi gradativamente eliminando o sistema de castas, que outrora fora motivo de revoltas no país. Mas nem tudo são rosas, e embora as castas não existissem oficialmente, o sentimento ainda estava lá, inconsciente. E as revoltas continuaram.

Maxon, como o bom Rei que é, tentou e fez tudo ao seu alcance para apaziguar a situação em seu reino, porém suas tentativas foram frustradas e se provaram ineficazes. Como última saída, o Rei recorreu à Eadlyn, na esperança que a filha servisse de distração para o povo. E assim, “A Seleção” recomeça. A primeira edição realizada com uma princesa.

Eadlyn, a princípio, foi totalmente contra a ideia. Se casar não era algo que ela planejava para o seu futuro próximo, muito menos com alguém que ela mal conhece. Porém, seus irmãos entram na história. Ahren, por ser seu irmão gêmeo, tem uma ligação muito especial com Eadlyn, e com o seu jeitinho meigo a convence a aceitar realizar a seleção. Isso, e Osten.

Osten é o irmão caçula de Eadlyn, e posso dizer que é uma verdadeira peste em forma de criança. Eadlyn aceita realizar a seleção já contando com as traquinagens do irmão, já com planos secretos de fazê-la fracassar.

Então, trinta e cinco jovens de todo o país são sorteados em rede nacional e partem para o castelo com a difícil tarefa de conquistar a princesa Eadlyn. Mal sabem eles que essa tarefa não será tão fácil, afinal, a princesa é uma jovem mulher independente, de personalidade forte e muito arisca.


Assim que a notícia do lançamento de A Herdeira saiu, já comecei a contar os dias para poder lê-lo, afinal, sou fã incondicional de A Seleção. Quando a venda do ebook foi liberada, já me joguei madrugada a dentro e finalizei a leitura em incríveis três horas e meia (dormir pra quê, né?).

A experiência de reviver no mundo de Illéa, no castelo de Angeles, foi simplesmente incrível. Até deu para matar as saudades dos personagens que marcaram tanto os três livros anteriores, como Marlee, Lucy e Aspen.
Foi bem difícil para mim, como fã alucinada da série, visualizar Maxon e America com seus aproximados 40 anos e pais de 4 filhos, dentre eles o casal de gêmeos Eadlyn e Ahern com 18 anos! E mais difícil ainda foi conviver com a versão adulta dos mesmos.

Em A Seleção, estávamos acostumados com uma América forte, destemida, cheia de personalidade. Em A Herdeira, essa personagem parece ter sido abduzida e no lugar deixaram uma nova versão da rainha Amberly, centrada, resignada, praticamente dependente do marido.

Eadlyn foi outra personagem que não ganhou minha simpatia. A forma como foi construída me desagradou bastante. A senti excessivamente arrogante, mimada e egocêntrica para ser um filha do casal mais fofo do mundo e, com isso, resisti a ela, ficando em dúvida se foi proposital para fazer com que tivéssemos a mesma impressão que seus súditos.


Já seu irmão gêmeo, Ahren, caiu nas minhas graças assim que apareceu na narrativa. Fofo, lindo e totalmente apaixonado, Ahren é o tipo de personagem carismático, que te faz torcer pela felicidade dele não importa a idiotice que ele faça.

O trabalho da Editora Seguinte com esse livro foi incrível! Mantiveram o mesmo padrão de capa e diagramação já usados nos volumes anteriores. A capa é simplesmente de tirar o fôlego. Diria que é a segunda mais bonita da série (nada tira o pódio de A Escolha). Nem preciso dizer que a lombada fica linda na estante junto com os outros livros, não é?

A diagramação é simples e elegante ao mesmo tempo. As folhas são amareladas e temos o começo dos capítulos destacado com aquela coroa fofinha que já é marca registrada da Kiera Cass.

No geral, a história é instigante – mesmo sentindo uma aversão profunda à personagem principal – e nos deixa querendo mais. Kiera não poupou o nosso coração e concluiu o volume com mais um daqueles finais matadores ao quais nunca conseguirei me acostumar. Quero o próximo: sim, claro ou com certeza?

Acho que A Seleção já tem um público bem definido, seus fiéis seguidores e fãs incondicionais, então a recomendação não se faz necessária. Mas se você ainda não conhece a série, clique aqui e leia a resenha do primeiro volume e caia de amores por essa história, assim como eu.,

Mas chega de falar por hoje. Deixo vocês com uma citação de um dos momentos mais heartbreaking que li durante os quatro livros já publicados da série.

Desejo que você encontre o amor, Eadlyn. Um amor inconsequente, incansável, que a consuma. Se isso acontecer, talvez você entenda. Espero que esse dia chegue.

Beijos e até mais.

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