Oi, gente. Tudo bem?
Dezembro está sendo um mês bem cansativo pra mim e minhas leituras andam um tanto empacadas. Hoje trouxe mais uma resenha pra vocês, dessa vez de cortesia da editora Farol Literário. Vamos conferir?!
Livro: Exodus
Autora: Julie Bertagna
Editora: Farol Literário
Páginas: 343
Sinopse: É 2100 e o mundo como conhecemos não existe mais. As cidades estão debaixo d’água e a civilização foi revertida a um estado primitivo. Em uma ilha isolada do norte, Mara, de apenas quinze anos, tem vontade de liderar seu povo em busca de um recomeço. Esta história comovente e poderosa leva à reflexão sobre a crise climática que enfrentamos hoje e as relações humanas levadas ao extremo.
Uma Escolha Capaz de Mudar o Futuro.
A história se inicia na virada para o século 22. Nessa distopia a natureza se revoltou contra os seres humanos: os oceanos subiram tanto que praticamente submergiu grande parte da Terra. Apenas algumas ilhas restam, mas o oceano continua a subir e essas ilhas estão próximas do fim.
Nossa protagonista, Mara, vive em uma dessas ilhas. Os habitantes acreditam ser a única ilha que há habitantes. O clima em Wing é caótico, sendo a maior parte do tempo chuvas torrenciais intercaladas com poucos momentos de bom tempo.
Mara já é acostumada com essa vida, sempre presa dentro de casa durante as tempestades, sempre com medo de que uma onda apareça e acabe com tudo. Quando o nível de água começa a subir cada vez mais, o desespero bate. Os habitantes de Wing são obrigados a aceitar que a vida na ilha está cada vez mais difícil e que devem procurar outro lugar para seguir e poder sobreviver.
Nossa protagonista esconde um segredo. Ela é a única pessoa de Wing que tem acesso a Weave, uma antiga rede de computadores do mundo antigo. Mara então passa a procurar na Weave algo que possa ajudar os moradores da ilha e descobre informações sobre cidades resistentes criadas para abrigar pessoas após as inundações. Mara conversa com uma ciber-raposa, que lhe conta sobre Munno, um lugar livre dos riscos do oceano.
Mara vê em Munno um lugar potencial para levar as pessoas da ilha, mas é difícil convencer todos a acreditarem que essa cidade realmente existe. Muitos crêem que essa cidade nada mais é que uma fantasia da garota, que não existe lugar livre do terror das inundações.
Quando os habitantes resolvem viajar em busca de Munno eu já comecei a ficar com um pé atrás. Mara foi muitas vezes comparada com a avó, que foi uma grande líder de Wing. Achei que ela lideraria a expedição, viraria heroína e todos a tratariam com admiração. Não foi bem assim… Tivemos diversas reviravoltas, mas Mara foi apenas uma espectadora.
A narrativa de Julie Bertagna é um tanto cansativa e confusa. Ela abusa de detalhes em cenas desnecessárias e quando precisamos de mais detalhes para entender o que se passa na história, ficamos decepcionados, pois Julie simplesmente resume em um ou dois parágrafos algo que poderia ser escrito em 2 páginas.
O enredo foi bem desenvolvido, mas não me surpreendeu, achei mais do mesmo. A premissa do livro é muito boa, mas Julie se perdeu ao desenvolver. Poderia ter sido muito melhor. O final foi muito corrido e tão previsível que me fez tirar mais uma estrela do livro.
O livro foi razoável e em nada se compara a outras grandes distopias. Não sei se recomendo a história pra vocês, pois o fato de ser um grande fã do gênero pode ter sido um fator pra rejeitar a simplicidade da história. Exodus possui duas continuações – Zenith e Aurora – e ainda não tenho certeza se quero lê-las.