Tá Na Estante :: ‘Dia 21’ #365

Estou de volta com mais uma resenha para vocês. O escolhido de hoje é um lançamento recente da Galera Record e continuação de uma série que gosto bastante. Vamos conferir?!

Dia 21 inicia-se exatamente dois dias após o final de The 100. O tão temido Dia 21 chegou, o momento onde os efeitos causados pela radiação começam a aparecer nas pessoas após o contato. Mas esse não é o único problema dos cem jovens que vieram à Terra.

No final do primeiro livro os jovens descobriram da pior forma que não estão sozinhos no planeta. De alguma forma, humanos sobreviveram ao Cataclismo e estão habitando a Terra desde então. Porém, o que poderia ser a salvação dos 100 torna-se seu pior pesadelo. Os Terráqueos são hostis no primeiro contato e não tem medo de matar para mostrar que eles não são bem-vindos.

Após uma confusão no acampamento, a irmã de Bellamy, Octavia, desapareceu e agora ele e Clarke estão atrás da menina, sem saber sobre os Terráqueos. Os dois estão seguindo uma trilha de pegadas e surpreendem-se ao encontrar destroços que parecem pertencer ao módulo de transporte, mas estão longe demais do local do acidente para que sejam realmente. Só que antes que possam investigar mais a respeito, algo de ruim acontece e os dois precisam retornar ao Acampamento.

Wells está tentando controlar os outros jovens. Ele é um líder nato, mas ser filho do Chanceler não lhe dá muita credibilidade. Porém, após o ataque dos Terráqueos, Wells conseguiu coordenar as pessoas e transformar o acampamento em um lugar melhor para viverem.

Após todo o tempo confinada, Glass foi perdoada e reencontrou seu amor, Luke, mas os problemas técnicos na nave os deixaram com problemas. Arcadia e Walden foram isoladas e o nível de oxigênio e mantimentos reduzido, de forma que as pessoas de Phoenix tivessem mais chances de viver. Glass fugiu para Walden para ficar com Luke e agora os dois estão sofrendo as consequência. Porém, os dois não querem continuar nessa situação. Então eles bolam um plano de voltar à Phoenix e embarcar em um módulo de transporte rumo à Terra, para terem uma chance real de sobreviver.

De volta ao acampamento, Clarke e Bellamy estão cada vez mais próximos, o que provoca uma onda de ciúmes em Wells. Só que muitas coisas começam a acontecer a partir daí. Pra começar, alguns dos adolescentes começam a aparecer doentes, com sintomas parecidos com o da contaminação por radiação. Clarke possui os medicamentos necessários para tratamento, mas se não for realmente radiação, pode matá-los.

Além disso, Wells conseguiu capturar uma Terráquea. A princípio, Sasha não interage com eles, mas depois torna-se uma fonte de informações, contando que aquele módulo onde os cem desceu não foi o primeiro, que um ano antes outros Colonos desceram em uma missão. O problema é que boa parte dos jovens não confia na garota e cabe a Wells protegê-la da agressividade do grupo.

Agora que sabe sobre uma missão anterior, Clarke está determinada a descobrir o que aconteceu com seus participantes e qual o objetivo desta. Mas será que ela conseguirá encontrar as respostas que tanto procura? E Bellamy conseguirá reencontrar Octavia? E quanto à Glass e Luke, será que conseguirão escapar vivos da Colônia?

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!

Quando eu terminei de ler The 100, eu fiquei um pouco decepcionado. Estava no clima da série e desejava que o livro fosse como sua adaptação, o que não aconteceu. Porém, o desfecho do livro me deixou curioso em ler sua continuação e por isso tratei de solicitar Dia 21 assim que a Galera Record o disponibilizou. 

Esse segundo volume seria o responsável por minha decisão de continuar ou não lendo a série. Já iniciei com as expectativas lá embaixo, achando que encontraria os mesmos defeitos do primeiro livro. Enretanto, fui surpreendido.

A escrita de Kass Morgan evoluiu bastante em Dia 21. Ela ainda apostou em dividir os capítulos em pontos de vista de quatro personagens, assim como inserir flashbacks. O legal é que o número de flashbacks diminuiu drasticamente, o que deixou a narrativa ainda mais interessante.

Os personagens também evoluíram muito nesse segundo volume. Clarke, que me irritou constantemente no primeiro livro, parece ter amadurecido. Sua ânsia em tentar desvendar os mistérios me fez querer ajudá-la e gostar mais dela. O mesmo posso dizer de Wells, que era bem chatinho e agora ficou legalzinho.

Sasha, a Terráquea, foi uma grande surpresa. A personagem é extremamente cativante e tornou-se a minha favorita de todos. Espero que a autora tenha planos em desenvolvê-la ainda mais nas continuações da série.

A única coisa que me incomodou no livro e não me deixou dar cinco estrelas foi que achei que a autora viajou em certos momentos. Ela criou alguns conflitos e os desenvolveu rápido demais pro meu gosto. Além disso, ela deu uma de Tahereh Mafi e isso me incomodou um pouco.

Sobre o trabalho gráfico, a Galera Record está de parabéns. A tradução está ótima, mas encontrei alguns erros de revisão no decorrer da leitura. A capa está sensacional e segue o padrão do primeiro livro. A diagramação é simples, a fonte e o espaçamento são ótimos de ler e as páginas são amarelas.

Chega de falar. Dia 21 foi um livro sensacional e com certeza quero ler os próximos. Homecoming, terceiro da série, saiu lá fora esse mês e espero que não tarde a sair no Brasil. Recomendo a todos.