sobre livros e a vida

28/12/2015

Tá Na Estante :: ‘Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor’ #489

Heeey, gente. Tudo bem??

Ultimamente não tenho lido tanto, mas consegui ler esse romance lindinho em dupla com o Leo, que está representando o Recanto da Mi, e hoje viemos contar pra vocês o que achamos de Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor. Vamos conferir?!

Livro: Dez Coisas que Aprendi Sobre o Amor
Autora: Sarah Butler
Editora: Novo Conceito
Páginas: 256
Sinopse: Por quase 30 anos, quando a brisa de Londres torna-se mais quente, Daniel caminha pelas margens do Tâmisa e senta-se em um banco. Entre as mãos, tem uma folha de papel e um envelope em que escreve apenas um nome, sempre o mesmo. Ele lista também algumas coisas: os desejos e o que gostaria de falar para sua filha, que ele nunca conheceu. Alice tem 30 anos e sente-se mais feliz longe de casa, sob um céu estrelado, rodeada pela imensidão do horizonte, em vez de segura entre quatro paredes. Londres está cheia de memórias de sua mãe que se fora muito cedo, deixando-a com uma família que ela não parece fazer parte. Agora, Alice está de volta porque seu pai está morrendo. Ela só pode dar-lhe um último adeus. Alice e Daniel parecem não ter nada em comum, exceto o amor pelas estrelas, cores e mirtilos. Mas, acima de tudo, o hábito de fazer listas de dez coisas que os tornam tristes ou felizes. O amor está em todas as partes desta história. Suas consequências também. Sejam boas ou más. Até que ponto uma mentira pode ser melhor do que a verdade?

Daniel vaga pelas ruas de Londres buscando nos lixos o que pode ser reaproveitado para a sua arte. Ele não tem uma vida fácil, entretanto nutre lembranças boas de um passado doce. Ele sonha em encontrar sua filha, a qual nunca conheceu, e isso é um grande amargo em sua vida.
Na outra ponta da história temos Alice. Na casa dos 30 anos, ela é a filha caçula de três irmãs e perdeu a mãe muito cedo. E é claro, ela é a ovelha negra da família. Ela deseja viajar pelo mundo e aproveitar a vida, uma atitude clara de quem busca escapar de seus problemas pessoais.

Em uma de suas viagens, ela descobre que seu pai está muito doente e precisa retornar para Londres o quanto antes. Ela não quer ficar naquele lugar ao qual não sente mais pertencer, mas seu pai está perto do fim e ela não pode mais fugir…

Num primeiro momento não encontramos nada em comum entre Alice e Daniel, além do hábito de listarem tudo em suas vidas, mas com o caminhar da história descobrimos que a dupla tem uma ligação muito mais forte do que essa pequena mania.
O livro é narrado em primeira pessoa e os capítulos se alternam entre Alice e Daniel, começando com uma lista de dez coisas que cada um deles gosta, querem fazer, motivos e etc. Identificamos a quem pertence a lista por conta das fontes diferenciadas utilizadas para demarcar quem é quem.
Suas histórias acontecem paralelamente, o que pode ser incômodo para alguns leitores, mas aos poucos eu consegui me habituar a esse tipo de abordagem e a leitura começou a fluir, ainda mais com o caminhar dos arcos.
Duas coisas me atraíram para esse romance: as listas e Londres. Acabei me encantando pelo livro por conta dos seus personagens bem construídos e sua história. Daniel é sensível, um artista de alma e não desiste por nenhum segundo da ideia de encontrar sua filha. Alice, por outro lado, destrói tudo que toca. Encontrou na fuga uma forma de sobreviver aos seus erros e perdas, mas retornar para o lugar ao qual foi seu lar um dia acaba lhe trazendo de volta temores e horrores. 
A realidade por trás dos temas abordados são comuns e possíveis de serem vividos por qualquer pessoa, às vezes você até viveu. Isso te trás diretamente para dentro da trama, pois você pode se sentir parte da história ou melhor se relacionar com os seus personagens, por compreender seus impulsos e atitudes. É uma história apaixonante, emocional e dramática. É difícil não se envolver com o romance e não se pegar emocionado com alguma passagem.
Por outro lado, em alguns momentos os arcos são meio arrastados, não sei se era pela autora querer desenvolver mais a frente certas situações, ou passar a ideia de tempo cotidiano ou até mesmo para não entulhar o livro com várias histórias, apenas para ocupar espaço. Por outro lado, amei a sutileza da narrativa. Cada detalhe revela um fator importante por trás de cada personagem.
A edição física do livro está linda. A capa é maravilhosa e chama muito a atenção. A diagramação está muito bem trabalhada, as páginas são amareladas e a fonte é grande. Encontrei alguns errinhos de revisão durante a leitura, mas pouca coisa, nada que tenha atrapalhado.

Dez coisas que Aprendi sobre o Amor é sobre escolhas, consequências e sentimentos. É um livro para ser lido e sentido junto aos personagens e, por que não, seguindo o hábito deles e você criando a sua própria lista durante a leitura?
Beijos e até a próxima!

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