sobre livros e a vida

27/01/2015

Tá Na Estante :: ‘Despedaçada’ #355

Olá turma!

Depois de sumir novamente por um tempo, cá estou eu para resenhar um livro que me tirou o fôlego e encerrou uma das minhas trilogias distópicas favoritas. Já sabem qual é? Quem falou Despedaçada acertou! Se preparem que muita coisa boa vem por aí!

Livro: Despedaçada
Série: Slated (#03)
Autora: Teri Terry
Editora: Farol Literário
Páginas: 400
Sinopse: Kyla foi Reiniciada: sua memória foi apagada pelo Opressivo governo dos Lordeiros. Mas, quando lembranças proibidas de um passado violento começam a aparecer, surgem também dúvidas: ela pode confiar naqueles que passou a amar, como Ben? As autoridades querem a morte de Kyla. Com a ajuda de amigos no DEA, ela vai a fundo, sondando seu passado e fugindo. A verdade que ela busca desesperadamente, no entanto, é mais surpreendente do que ela poderia imaginar. Ao final do terceiro volume desta aclamada série, os mais profundos e imprevisíveis segredos serão revelados.



Essa resenha pode conter spoilers dos livros anteriores. Resenhas aqui e aqui.
Quando comecei a leitura de Despedaçada, juro que não sabia o que esperar. Teri Terry é o tipo de autora que ama uma reviravolta e que não segue o caminho óbvio que todos esperam. Sendo assim, já comecei a ler sem nenhuma expectativa – nem boa, nem ruim – o que acabou sendo uma benção no fim, já que fiquei completamente sem palavras com a finalização da trilogia.

Como já era de se esperar, Despedaçada começa alguns dias após os acontecimentos finais de Fragmentada, com Kyla fugindo e sendo dada como morta após a explosão da bomba destinada a matar a sua família.

Com a ajuda de Aiden, o líder do DEA – Desaparecidos em Ação – Kyla consegue uma nova identidade e transforma um pouco a sua aparência para que não seja reconhecida. Porém, ela não se sente como Kyla mais, mas também não se sente como Lucy – a garotinha que ela era quando desapareceu – ou como Chuva – a garota que se tornou no TAG.

A única alternativa que Kyla vê é mudar de nome, criando um que englobe todas as fases de sua vida. Assim, com um novo nome – Riley Kain – ela parte para sua cidade natal em busca de sua mãe biológica – Stella – e de respostas sobre as lacunas do seu passado.

Quando Riley/Kyla se vê na casa em que cresceu, várias lembranças sobre a cidade, a família e sobre ela mesma começam a aflorar. Isso a faz entrar em um conflito de identidade ainda maior. É gratificante ver como ela interage com Stella e com as pessoas que conhece por lá.

Novos personagens são inseridos na história nesse novo volume, e alguns deles são fundamentais para a motivação de Kyla e para o desfecho digno que a trama teve. Dentre esses personagens está Madison.

Madison é uma garota que vive no lar para garotas que a mãe de Kyla gerencia. A personalidade forte dela me conquistou logo de cara. Madison é o tipo de garota que “não leva desaforo pra casa” e isso acaba a metendo em sérios problemas. Mas o que é mais cativante em Madison é a amizade que ela e Kyla desenvolvem e a forma como ela a ajuda a passar por esse momento complicado em sua vida, mesmo sem saber quem ela realmente é.

Outra personagem importante para a conclusão é a avó de Kyla e seu emprego como OCJ, uma espécie de chefe dos Lordeiros. O súbito aparecimento dela na casa de Stella faz com que Kyla recupere ainda mais memórias sobre sua origem e sobre a motivação por trás dos Lordeiros.

Quanto à escrita, Teri acertou em cheio. Como aconteceu na transição de Reiniciados para Fragmentada, o crescimento da autora é notório. A evolução da série foi muito bem construída, sendo gradativa e nos deixando sempre com um gostinho de quero mais.

Em Despedaçada, todas as pontas soltas deixadas nos primeiros livros se conectam e juntos formam uma trama que nunca poderíamos imaginar ao ler Reiniciados. Esse é um ponto importante para mim, odeio séries previsíveis e que não tenham pelo menos o mínimo de estruturação na trama.

Kyla é uma das personagens mais complexas que já encontrei em minhas leituras. Todo o processo de reiniciamento a transformou, mudou um pouquinho quem ela é. E, como consequência disso, ela tem uma crise de identidade enorme e a busca dela para se encontrar, para descobrir quem realmente é, é um dos fatores mais interessantes no livro.

Assim como a autora, assistimos Kyla crescer como pessoa gradualmente. E quando chegamos ao final, a desolação nos atinge com força. Eu, pessoalmente, me peguei desejando mais um livro, só para acompanhar a vida da Kyla após os acontecimentos finais de Despedaçada.

E não poderia deixar de mencionar o trabalho magnífico da Farol Literário. A trilogia Slated possui algumas das melhores capas na minha estante, e o fato da editora decidir manter as capas originais ajudou e muito para isso. Quando à revisão e diagramação, só tenho elogios.

A diagramação segue o mesmo padrão dos dois livros anteriores. Isso me encantou. A editora permaneceu fiel ao que foi proposto no primeiro livro e isso contribuiu imensamente para a beleza visual da obra geral. Já a revisão está magnífica. Nem tenho palavras para expressar a sensação boa que dá ao ler um livro sem erros de digitação e de gramática!

Mas acho que já escrevi demais por hoje. Vou parar de entediá-los e ir embora de uma vez. Mas antes, não se esqueçam da minha costumeira citação para deixá-los morrendo de vontade de ler.

A cada dia que passa, percebo mais e mais que há momentos em que, não importa o risco, alguma coisa precisa ser feita. Algumas coisas devem ser ditas. Este é um desses momentos?

Agora vou mesmo. Não se esqueçam de me contar ali nos comentários o que acharam da minha resenha e do livro, caso tenham lido.

Beijinhos e até a próxima.
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