sobre livros e a vida

19/06/2018

Tá na Estante :: “Dentes de Dragão” #792

Oi gente!

O autor do clássico Jurassic Park está de volta trazendo seus dinossauros. Venha conhecer Destes de Dragão!

Livro: Dentes de Dragão
Autor: Michael Crichton
Editora: Arqueiro
Páginas: 304

Sinopse: Em 1876, no inóspito cenário do Oeste americano, os famosos paleontólogos e arquirrivais Othniel Marsh e Edward Cope, saqueia o território à caça de fósseis de dinossauro. Ao mesmo tempo, vigiam, enganam e sabotam um ao outro numa batalha que entraria para a história como a Guerra dos Ossos.Para vencer uma aposta, o arrogante estudante da Universidade de Yale, William Johnson, se junto à expedição de Marsh. A viagem corre bem, até que o paranoico paleontólogo se convence de que o jovem é um espião a serviço do inimigo e o abandona numa perigosa cidade.William, então, é forçado a se unir ao grupo de Cope e eles logo deparam com uma descoberta de proporções históricas. Mas junto com ela vêm grandes perigos, e a recém-adquirida resiliência de William será testada na luta para proteger seu esconderijo de alguns dos mais ardilosos indivíduos do Oeste.
Estamos no ano de 1876 e William Johnson – rico, inconsequente, preguiçoso, teimoso e mimado – acaba de entrar em uma aposta com seu arquirrival da universidade de Yale, Harold Marlin. Marlin aposta mil dólares com Johnson que este não passará as férias de verão no Oeste americano junto com o professor Othniel Marsh e um grupo de alunos em uma expedição de caça ao fósseis.
Marsh é um professor prepotente, desconfiado a ponto de ser paranoico, e não acredita que Johnson realmente tenha interesse na expedição. Mas, após algumas tentativas de convencimento de Johnson, Marsh o aceita como fotógrafo. Só que Johnson não sabe fotografar nada. Para não perder a aposta e conseguir ir, o estudante irá fazer um curso de fotografia, comprar equipamentos e acessórios para poder entrar e companhar o grupo de Marsh.
Mas seus pais nem desconfiam desse plano do filho. Acreditando que ele iria passar o verão na Europa, os pais ficam surpresos com a decisão dele de ir para o Oeste com o professor. Sua mãe está em choque e quer, de todo modo, que ele não vá, por conta das guerras entre o exército americano e os índios. O pai apoia a decisão de Johnson e acredita que essa experiência será muito boa para o filho. Então, em 14 de junho de 1876, Johnson e a equipe de Marsh partem para o Oeste.

No decorrer da viagem, a paranoia do professor em relação a Johnson cresce muito, por achar que o mesmo, por ser natural da Filadélfia, tem ligação com seu inimigo Professor Edward Cope. Em uma das paradas do trem na cidade de Cheyenne, Marsh abandona o estudante e parte com o grupo com o trem mais cedo do que havia combinado com Johnson. 
Sem perspectiva de para onde ir, e tendo recebido um convite convincente, Johnson passa a fazer parte da equipe de Cope, vinda de Haverford College, Pensilvânia. Juntos, Cope e sua equipe, irão passar por diversas situações complicadas armadas por Marsh para impedi-los de chegar a seu destino final para escavar fósseis.

“Se quiser aprender alguma coisa, antes de mais nada terá que aprender a ser um pouco mais paciente.”

Em Dentes de Dragão, tive contato com uma literatura que está um pouco fora de minha zona de conforto. Comecei esse livro com a expectativa de encontrar algo próximo a Jurassic Park, contudo, encontrei um livro sobre Velho Oeste, bang-bang, ataques indígenas e tabernas. Mas, me cativou muito.
O livro é dividido em três partes. Num primeiro momento, achei os capítulo iniciais lentos, sem profundidade, quando o autor nos apresenta nosso personagem principal, William Johnson, seu modo de vida, suas intriga universitárias. Também apresenta Othniel Marsh e suas paranoias, a família Johnson, e uma viagem pacata até o “começo do verdadeiro Oeste”. 
Estes capítulos se arrastaram para mim. Dentro dessa primeira parte, os capítulos ficam interessantes com a deixada de Johnson na cidade de Cheyenne e a junção dele à equipe de Cope, onde vamos descobrir um lado de professor Marsh que não conhecíamos.
Na segunda parte, tive a sensação de retomada de ritmo que aconteceu com a primeira. Os capítulos inciais mais lentos, sem muita coisa que me prendesse, apenas descrições de uma caminhada no deserto do Oeste americano, um desenrolar lento de ações, contudo, no meio da segunda parte, começamos a ter mais ação, principalmente com a chegada da equipe às Badlands, onde vão escavar os fósseis e ter contato com indígenas.
A terceira parte, sem dúvida, é a melhor delas. Com muita ação, muito mistério a ser descoberto, muitas intrigas, muitos encontros ruins, ela nos dá a vontade de não parar de ler pois queremos saber o que irá acontecer com Johnson e seus velhos ossos de dinossauro.
O livro traz uma construção muito boa dos personagens e, o personagem principal, tem um crescimento emocional durante o desenrolar da história que é surpreendente. O mais interessante é que este livro é baseado em fatos reais, com até mesmo referências bibliográficas (livros e artigos científicos), sendo que Cope e Marsh realmente eram professores universitários e paleontólogos, se sabotavam mesmo, e fizeram muito por essa ciência. Johnson, entretanto, não é um personagem real. Ao fim do livro, é possível encontrar uma breve bibliografia dos personagens reais e o que aconteceu com eles após 1876.
Michael Crichton foi maravilhoso ao escrever este livro, que é original. Nunca vi nada igual, pois mescla histórias de velho oeste e ciência. O manuscrito foi terminado na década de 70, porém foi encontrado quase 40 anos depois de sua escrita, e quase 10 anos após a morte do autor, por sua esposa Sherri Crichton, sendo publicado nos EUA em 2017.
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Vocês já leram Michael Crichton? Já leram Dentes de Dragão? Gostam deste tipo de livro? Comentem aqui embaixo!

BEIJÃO E ATÉ MAIS!

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