sobre livros e a vida

13/05/2015

Tá Na Estante :: ‘Cinderela Pop’ #396

Oi, gente. Tudo bem?

Eu disse que ia aparecer bastante por aqui essa semana, né? Então hoje vim trazer mais uma resenha para vocês. O livro escolhido de hoje é a nova adaptação de contos de fada de Paula Pimenta, publicada mês passado pela Galera Record. Vamos conferir?!

Livro: Cinderela Pop
Autora: Paula Pimenta
Editora: Galera Record
Páginas: 160
Sinopse: Nesta versão estendida do super conto de Paula Pimenta no Livro das Princesas, Cinderela é reinventada. Cintia é uma princesa dos dias atuais: antenada, com opiniões próprias, decidida e adora música! Mas a garota vê seu cotidiano virar de cabeça para baixo depois da separação dos pais: vai morar com a tia, se afasta do pai e, principalmente, deixa de acreditar no amor. Até que um encontro inesperado e revelador a faz rever as próprias escolhas – havia mesmo um belo príncipe em sua história, e tudo que ele mais queria era descongelar o coração da nossa gata (nada) borralheira!

Cintia é uma jovem de 17 anos que teve seu mundo virado de cabeça para baixo. Um ano antes, ela descobriu que seu pai estava tendo um caso com a secretária enquanto sua mãe, uma importante arqueóloga, estava viajando. Cintia não conseguiu perdoar o pai e saiu de casa, indo morar com a tia, com planos de viajar com sua mãe.

Porém, a mãe da garota aceitou um contrato para ficar no Japão durante 03 anos e Cintia precisou ficar sozinha, desacreditando no amor e fechando-se para relacionamentos. Sua única amiga é Lisa, que tenta de toda forma levantar o astral de Cintia.

A história começa quando a escola proíbe o uso do celular pelos alunos enquanto estiverem nas imediações, mesmo que na hora do intervalo. Esse é o único momento que Cintia tem para falar com a mãe, devido ao fuso horário com 12 horas de diferença. Ela sabe que a única pessoa que consegue convencer a diretora a revogar a regra é o pai, com quem não fala há muito tempo.

Quando ela liga para pedir o favor, ele lhe obriga a ir na festa de 15 anos de suas meia-irmãs, filhas da atual esposa dele. Se Cintia recusar a ir, ele não falará com a diretora e a garota ficará impedida de falar com a mãe durante a semana.

Sem ter escolha, Cintia precisa ir a essa festa, mas há um problema. Cintia é DJ e por uma coincidência do destino ela será a responsável pela música na festa das irmãs. Porém, ela sabe que o pai a proibiria se soubesse de sua profissão e a privaria da única alegria que lhe resta. Mas como ela fará pra ir na festa e discotecar sem ser reconhecida?

Por grande sorte, a festa é à fantasia e Cintia, com ajuda da tia e de Lisa, consegue criar dois trajes, de forma que possa discotecar sem problemas e ainda fazer uma social na festa para agradar o pai. Com uma máscara que cobre todo seu rosto, ela passa a noite tocando as músicas e agradando todos os convidados, mas também desperta a atenção de um garoto mascarado.

Frederico aborda Cintia na cabine de DJ e os dois conversam sobre música. Naquele momento, Cintia sente algo diferente, mas é quase meia-noite e ela precisa trocar de roupa e deixar o palco disponível para a sensação teen, o cantor Fredy Prince, fazer seu show. Cintia não gosta nem um pouco do garoto e deixa isso bem claro para Frederico em sua conversa.

Quando Cintia está com seu vestido, sendo ela mesma, não a DJ Cinderela, tem uma grande surpresa. Frederico está no palco. Cantando. Caramba, ele é o Fredy Prince e Cintia falou mal dele para ele mesmo. E agora ele a estava chamando para dançar, quer dizer, chamando a DJ Cinderela. Com medo e sem reação, Cintia foge da festa e volta para casa.

Na manhã seguinte, Cintia tem uma nova surpresa. Fredy Prince realmente estava interessado nela e postou em seu Twitter que estava com seu sapatinho de cristal e ela deveria encontrá-lo para reformar o par. Entretanto, a madrasta da garota tem outros planos. Ela sabe do segredo de Cintia e quer que uma das filhas seja a princesa de Fredy Prince. Com isso, ela ameaçará a garota, podendo colocar mais uma vez sua felicidade em risco.

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler.

Não sou muito fã de Paula Pimenta e não pretendia solicitar o livro. Porém, Barbara queria ler e acabei solicitando. Quando o livro chegou, vi que era uma coisinha de nada, bem fininho, e resolvi arriscar a leitura, vai que né? E não é que eu gostei!

A escrita da Paula é bem fluida. Isso somado às poucas páginas do livro, fez com que eu o lesse em pouco mais de uma hora. Gostei da releitura que a autora fez, mas preciso dizer que faltou um quê a mais ali. Não li o conto que foi publicado em O Livro das Princesas, mas achei esse livro com cara de conto mesmo.

Os personagens são bem interessantes, mas achei Cintia, nossa protagonista, imatura demais. Caramba, nós temos a mesma idade e eu não faço metade das coisas que ela faz. Tudo bem que ela era toda mimadinha, tinha tudo que queria e uma família perfeita. Mas eu também enfrentei um divórcio complicado dos meus pais e nem por isso me tornei amargurado. Dá pra entender?

Paula tocou nesse ponto mega delicado para mim que é a relação com o pai após o divórcio. Então me sentia na pele de Cintia quando o pai dela acreditava nas maldades da esposa ao invés de na própria filha. Pais bananas são tão comuns… A madrasta da garota é uma maldita e eu super entendia a vontade de Cintia de dar na cara dela, porque sentia o mesmo. Na real ainda sinto, tanto com a dela quanto com a minha.

Deu pra notar todos os elementos do conto original da Cinderela no livro, mas achei que a autora abusou um pouco dos clichês e foi um tanto romântica demais pro meu gosto. Tipo, a menina se fechou para o amor e aí encontrou o menino que despertou algo nela, eles se apaixonaram e tudo conspirava contra eles… Troca a fita, please.

Além disso, onde existem meninos como Fredy Prince hoje em dia? Acorda pra vida! Sou romântico, gente, e acredito que existem sim meninos gentis e carinhosos (eu sou um, caso alguém queira se candidatar), mas tudo tem um limite e Fredy o ultrapassa.

Fora esse pequeno detalhe, achei o romance dos dois bem bonitinho. Bobinho sim, mas ainda assim bonitinho. Ficava torcendo pra tudo dar certo e a madrasta se ferrar bonito no final. Me senti assistindo novela mexicana, hahaha. Foi divertido.

O trabalho da Galera Record com o livro foi . A capa é linda e tem tudo a ver com a história e a diagramação e revisão estão impecáveis. Não lembro de ter encontrado nenhum erro de digitação. A fonte é um pouco maior que o normal, ótima para leitura.

Em suma, Cinderela Pop é um livro bom, mas não a melhor leitura que já tive na vida. Eu recomendo sim e estou até pensando em ler Princesa Adormecida e os outros livros dessa série de releituras.

Beijos e até a próxima!

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