sobre livros e a vida

26/04/2017

Tá Na Estante :: ‘Caraval’ #657

Oiiiii, mates. Tudo bem?

Chegando aqui com a aguardadíssima resenha de Caraval, da autora Stephanie Garber. 

LIVRO: Caraval
SÉRIE: Caraval (#1)
AUTORA: Stephanie Garber
EDITORA: Novo Conceito
PÁGINAS: 298
SINOPSE: Scarlett nunca saiu da pequena ilha onde ela e sua irmã, Donatella, vivem com seu cruel e poderoso pai, o Governador Dragna. Desde criança, Scarlett sonha em conhecer o Mestre Lenda do Caraval, e por isso chegou a escrever cartas a ele, mas nunca obtivera resposta. Agora, já crescida e temerosa do pai, ela está de casamento marcado com um misterioso conde, e certamente não terá mais a chance de encontrar Lenda e sua trupe, mas isso não a impede de escrever uma carta de despedida a ele. Dessa vez o convite para participar do Caraval finalmente chega à Scarlett. No entanto, aceitá-los está fora de cogitação, Scarlett não pretende desobedecer ao pai. Sendo assim, Donattela, com a ajuda de um misterioso marinheiro, sequestra e leva Scarlett para o espetáculo. Mas, assim que chegam, Donattela desaparece, e Scarlett precisa encontrá-la o mais rápido possível.O Caraval é um jogo elaborado, que precisa de toda a astúcia dos participantes. Será que Scarlett saberá jogar? Ela tem apenas cinco dias para encontrar sua irmã e vencer esta jornada.
Scarlett vive com a sua irmã e o seu pai em uma pequena ilha. Por conta da crueldade e manipulação do seu pai, o Governador Dragna, Scarlett mal pode esperar para se casar com o seu prometido, um Conde. Ela não o conhece, mas vê nele a sua chance e consequentemente da sua irmã de escapar das maldades de seu pai e viver longe de sua posse para sempre. 
Só que Scarlett não podia esperar que, após anos sem respostas, o Mestre Lenda do Caraval responderia a sua carta pedindo para retornar as atividades da sua ilha mágica e assim permitisse a sua entrada e a da sua irmã. Um sonho para realizar no meio do inferno da sua vida. Após um mal entendido, um incidente e a aproximação do seu casamento, Scarlett amedrontada teme não poder mais escapar das garras do seu pai para conhecer o sonhado Caraval.
É quando Julian, um marinheiro conhecido de sua irmã entra em cena e faz uma proposta irrecusável. O que acontece daqui em diante é perigoso demais para dividir com você, leitor. Apenas um conselho posso lhe dar. Se algum dia você tiver a sorte (ou não) de conhecer Caraval, lembre-se: é tudo um jogo.

QUE LIVRO! Terminei a leitura na segunda feira, meia noite e meia. Em ponto. Até agora eu estou em conflito com a minha opinião. Gostei muito do livro, mas preciso destacar alguns pontos que causaram incomodo para mim. 
Começando pelo lado positivo. A narrativa de Stephanie Garber é incrível. Eu consegui viver em Caraval. Ela tem uma escrita um tanto que rebuscada e descritiva, beirando a cenas capazes de causar um efeito caleidoscópico em sua mente com menções de cores e sensações e gostos. É uma imersão de todos os nossos sentidos. Fenomenal. Eu acredito que esse elemento de afetar todos os nossos sentidos foi planejado por ela durante a escrita, como uma tentativa de trazer um pouco da magia e terror do mundo de Caraval durante a nossa leitura.

A história é muito boa. Ela não se prende a dramaticidade de alguns eventos e na primeira oportunidade, Garber se joga na aventura, brinca um pouco no romance e rapidamente arremessa o leitor no suspense envolvente de um Jogo que pode ou não ser uma ilusão, como também nos seduz com as dúvidas da protagonista, Scarlett.
É uma leitura rápida. Não sei dizer se é a escrita boa da autora ou se eu me senti instigada para descobrir como Scarlett seguiria em sua jornada, mas em nenhum momento fui acometida com o sentimento de não ler naquele dia ou seduzida para continuar a leitura de outro livro.
Agora, vamos falar dos pontos negativos? Scarlett. No começo do livro, a protagonista não me convenceu. Uso a palavra ‘convencer’ aqui no sentindo literal. Eu simplesmente não comprei ela como personagem. Sentia que faltava algo nela. Sentia ela caminhar apática na história. Ela tinha papas nas línguas e até toma atitude quando a hora clama, mas em alguns momentos, eu sentia que ela se entregava a situação e remoía rapidamente as suas faltas e os seus desejos cegos e duvidas aterradoras. 
Sem contar que ela é muito agarrada a algumas esperanças pouco credíveis. Ela se sentir segura com um casamento arranjado pelo pai (um monstro) com um homem que ela nunca conheceu? Ao fim da leitura, eu entendi o motivo por trás desse meu sentimento, mas não entregarei aqui para não estragar a leitura para ninguém.
As repetições também me incomodaram. Existem capítulos seguidos que a autora reforça pensamentos da protagonista e é desnecessário, como excessivo. Ela repete para mais de dez vezes que quer se casar com o Conde, não por amor, mas para ter um futuro seguro com a irmã, longe do pai, mesmo sem saber quem é o homem. Ela repete que quer encontrar a irmã, o que é um fato, pois é o plot central da história. Enfim, isso tornava a leitura pouco agradável e confesso ter usado da minha leitura dinâmica nesses momentos.
E por fim, a polêmica: não sei se gostei do final. Por um lado: AMEI. Não esperava por TODAS aquelas reviravoltas. Em nenhum momento eu pensei: isso pode rolar. Foi uma surpresa. Foi positiva. Até que eu dormi, acordei e analisei. Talvez, não tenha sido esse Doritos todo. Por outro lado, após todas as reviravoltas, os capítulos se tornaram uma enciclopédia. 
A autora resolveu fazer altas explicações sobre os conceitos de magia, tomou algumas decisões a lá Deus Ex Machina, explicou detalhes do jogo, acontecimentos desconhecidos por Scarlett e chegou um ponto que eu fiquei me questionando se não teria sido melhor ela ter usado outro recurso narrativo, mostrar a cena ou só descrever.
É uma excelente leitura. Eu estava LOUCA para ler esse livro e, agora, eu quero saber como vou ficar sem sequer uma previsão para a continuação. Vou ter que ir pessoalmente em Caraval para resolver isso.
Beijos e até mais!

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