Olá, pessoal!
Quem ama romances envolventes e capazes de nos fazer sorrir e chorar algumas vezes?
Livro: Aos Dezessete Anos
Autora: Ava Dellaira
Editora: Seguinte
Páginas: 445
Sinopse: Em seu novo romance arrebatador, a autora de Cartas de amor aos mortos apresenta uma mãe e uma filha que precisam compreender o passado para poder seguir em frente. Quando tinha dezessete anos, Marilyn viveu um amor intenso, mas acabou seguindo seu próprio caminho e criando uma filha sozinha. Angie, por sua vez, é mestiça e sempre quis saber mais sobre a família do pai e sua ascendência negra, mas tudo o que sua mãe contou foi que ele morreu num acidente de carro antes de ela nascer. Quando Angie descobre indícios de que seu pai pode estar vivo, ela viaja para Los Angeles atrás de seu paradeiro, acompanhada de seu ex-namorado, Sam. Em sua busca, Angie vai descobrir mais sobre sua mãe, sobre o que aconteceu com seu pai e, principalmente, sobre si mesma.
Angie tem apenas dezessete anos e está em busca de alguns fatos sobre a sua própria vida. Cansada das esquivas de Marilyn, sua mãe, a garota deseja descobrir a verdade sobre seu pai e os motivos que levaram Marilyn a esconder os acontecimentos do passado. O que Angie não poderia imaginar era que a mãe guardava um segredo amargurante, capaz de mostrar a crueldade do mundo. O que Marilyn estaria escondendo? O que houve com seu pai?
[…] você tem que ser quem as pessoas que ama esperam que você seja. E nem sempre é você mesmo, infelizmente.
A linguagem do livro é coloquial e objetiva, o que, particularmente, tornou a leitura rápida e cativante porque consegui sentir que a narração acompanhava a personalidade das personagens e os acontecimentos vividos por Marilyn e Angie. Um aspecto importante a comentar é que a história intercala-se sob os pontos de vista de ambas ainda que a obra seja narrada em terceira pessoa. Com Angie temos acesso ao presente enquanto que, com Marilyn, mergulhamos no passado e desvendamos sua vida aos dezessete anos ao conhecer James, o primeiro amor desta e pai de Angie.
Marilyn não toma banho antes de ir para a cama. Não quer lavar o oceano do corpo, a prova silenciosa de que, pelo menos pela tarde, pertenceu a algum lugar.
Com certeza quase todas as pessoas no mundo, os sete bilhões, já tiveram seu coração partido, mas quantas delas foram tolas o bastante para fazer isso consigo mesmas?
O ponto em comum entre Marilyn e Angie, neste aspecto, é que ambas tentam trilhar seu próprio caminho de acordo com aquilo que acreditam. Aos dezessete anos, Marilyn foge para se livrar do peso da culpa e para criar sozinha o fruto do seu amor. Angie, por sua vez, foge para descobrir o que sempre desejara. Isso não é apenas emocionante, mas nos permite pensar muito sobre as motivações e consequências daquilo que fazemos.
— Eu amava muito seu pai. Ainda amo. Mas, às vezes, é preciso esquecer para conseguir seguir em frente…
Nesse momento, Marilyn quer dar tudo a ele — toda a bondade que existe dentro de si, todo o encantamento que reside no mar ecoando em seus ouvidos, na curva do horizonte aberto, visível através das tábuas de madeira. Não é só um beijo, Marilyn pensa. É o único beijo que já mudou alguma coisa.
Aos Dezessete Anos é um livro emocionante e capaz de conquistar um espaço cativo no coração de cada leitor. Na obra, é possível encontrar um pouco de tudo (romance, drama, suspense) e acho que, ao iniciar a leitura, dificilmente alguém conseguirá se desprender rápido da história. É um livro que fala, sobretudo, do amor, mas que nos mostra sobre a necessidade de combater qualquer tipo de preconceito.