sobre livros e a vida

07/09/2015

Tá Na Estante :: ‘Albertine’ #444

Heey, galera. Tudo bem? 

Eu sei que andei bem sumido do blog e vocês nem perceberam mas ainda estou aqui firme e forte e trazendo mais uma resenha de uma obra nacional. Dessa vez o livro é o Albertine, primeiro volume da trilogia As Crônicas de Ridell, o romance de estréia do autor pernambucano Décio Gomes.

Livro: Albertine
Série: As Crônicas Ridell #1
Autor: Décio Gomes
Editora: GARCIA
Páginas: 318
Sinopse: Albertine e Jeremy cresceram juntos, e com eles cresceu também o amor. Após tragédias familiares, separações e infortúnios do destino, os dois jovens realizam o tão sonhado casamento. Uma cerimônia simples, proferida naquela que seria sua nova moradia: a mansão Ridell, uma gigantesca e lúgubre construção herdada por Jeremy, descoberta por acaso dentre os documentos ocultos pela tirania de seu pai.
Na nova moradia, juntos dos criados e de Rosa, a fiel governanta que cuidara do rapaz desde a morte de sua mãe, o casal lentamente passa a descobrir que a herança ia muito além daquela grande casa. Havia algo muito maior: algo que colocaria não só o amor dos dois, mas também a vida de Albertine em um perigo mortal e irremediável. Enquanto o medo e o horror espreitam em cada um dos corredores da mansão, Albertine terá, então, que descobrir como escapar do terrível destino que a espera, enquanto luta por seu grande amor, mas também por sua própria vida.

Por onde seguir quando o amor e a morte cruzam o mesmo caminho?
Jeremy e Albertine são um jovem casal de amigos e vizinhos. Em sua adolescência, o destino os separou devido a um incêndio que levou a vida dos pais de Albertine e fez com que garota deixasse sua vida no vilarejo para ir morar com sua tia em Paris. 
Após a partida de sua jovem amada, Jeremy assumiu o comando da empresa de sua família, a Ridell Imobiliária, para tentar reerguer a empresa. Porém, mesmo com toda a papelada que lidava diariamente, a companhia da governanta de sua família, Rosa, e de sua amiga e secretária Ellie, ainda havia um vazio na vida de Jeremy, um vazio sem esperança de preenchimento. 
Devido às duradouras viagens regadas a mulheres e festas que eram realizadas por seu pai e bancadas pelas finanças da empresa, a Ridell Imobiliária veio a falência, levando não apenas o escritório e as finanças, como também 37 dos 38 imóveis da família, deixando apenas a misteriosa e até então desconhecida Mansão Ridell.
Junto com a queda do império da família, uma noticia trouxe uma pequena faísca de esperança ao coração de Jeremy: uma carta escrita por Albertine, informando que em breve os jovens apaixonados estariam juntos novamente. 
Com o retorno de Albertine e o casal vivendo em sua nova moradia no meio da floresta, parecia que a situação dos dois não tinha como melhorar. Porém, com o passar do tempo, as coisas foram mudando. A saúde de Albertine não era mais a mesma de alguns meses atrás e Jeremy não era mais o garoto que ela conhecera em sua infância. Além disso, a misteriosa mansão Ridell carregava muito mais do que apenas história. 
Albertine começa a ter sonhos estranhos, que parecem muito reais, onde uma estranha mulher sem olhos tenta se comunicar com ela. Em certo momento, a aparição aponta para Albertine onde está localizado um misterioso livro. Só que em outros momentos, a mulher tenta matá-la. 

Assim, com o auxílio de Rosa e do Padre Julian, um homem que parece saber tudo a respeito do livro, Albertine tenta desvendar o que está por trás de todos esses acontecimentos e pôr um fim a isso tudo, antes que a situação saia do controle e tome proporções catastróficas que colocam sua vida em risco.

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!

[…] Jeremy significava seu amor incontestável, seu sorriso matinal e seu beijo de boa noite. Apenas seu nome, a junção de algumas letras, traduzia-se para Albertine em toda uma enciclopédia de sensações e sentimentos, ou em uma bela canção da qual somente ela conhecia a melodia.

Navegando pelo Facebook há algum tempo atrás, me deparei com a capa de um livro que instantaneamente prendeu minha atenção. Após muitos meses de conversas com o autor e com livro em mãos, resolvi iniciar a leitura de Albertine, uma obra que me surpreendeu do começo ao fim.

Embora seja o primeiro livro de uma trilogia e tenha como um dos objetivos nos apresentar à história, o livro possui uma narrativa em terceira pessoa que consegue ao mesmo tempo ser refinada, cativante e bem fluída, fazendo com que você não queira larga-lo nem na hora de dormir. Os personagens são construídos com tamanha perfeição que podemos sentir na pele todas as suas alegrias, tristezas e acima de tudo todos os seus medos.

Falando neles, os personagens são muito bem construídos e totalmente distintos. Temos Albertine, uma garota doce e com um passado triste mas que consegue manter a esperança em todos os momentos de sua vida. Jeremy, um jovem rapaz de bom coração, capaz de qualquer coisa em nome de seu amor à Albertine e que faz de tudo para não se tornar um homem igual a Joseph, seu perverso pai. Para acompanhá-los temos o padre Jullian, Rosa, Ellie e os outros criados que mesmo não tendo tanto destaque conseguem deixar sua marca na história.

Décio conseguiu inserir na trama um lindo romance sem tirar o foco principal do livro. Você consegue suspirar e se apaixonar nos doces momentos entre o casal, porém continua com receio do que irá encontrar no próximo parágrafo.

Talvez seja o anseio por um pouco mais dessa incrível história, mas para mim o final poderia ter sido um pouco mais trabalhado, tendo em vista que o início e o meio do livro são muito bem detalhados. Mas mesmo assim o autor conseguiu finalizar o livro de uma forma surpreendente, nos deixando extremamente ansiosos por sua continuação.

Em questões físicas o livro não surpreende, principalmente se você teve a oportunidade de conhecer a primeira edição. A versão lançada pela editora GARCIA Edizioni possui uma capa envernizada, páginas amareladas, diagramação simples, fonte e espaçamento de bom tamanho, margens laterais quase inexistentes e uma margem inferior exageradamente grande.

Para finalizar, Albertine foi uma excelente introdução a história da família Ridell e é um livro que todo amante do gênero deve ter em sua estante. Uma das melhores leituras do ano e com certeza merece a indicação.

Beijos e até a próxima!!

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