sobre livros e a vida

31/10/2014

É DIA DAS BRUXAS, PESSOAL! | Quando cachorros deixam de ser fofinhos

Metade lobo, metade homem. Os lobisomens estão no imaginário mitológico como uma fera indomável e mortal. Sua parte animal é incontrolável, já a parte humana, na maioria das vezes, sofre pelas ações cometidas pelo seu lado bestial. Eu sou apaixonada pela lenda do lobisomem. Não nego que tenho uma quedinha pelos vampiros, mas os lobisomens sempre me conquistaram com seus personagens que viviam na berlinda entre o bem e o mal dentro deles mesmo.

No conhecimento geral para se transformar em um lobisomem necessita de duas influências: primeiro, ser mordido por um outro lobo e segundo, a lua cheia. Com o passar dos séculos, o que é natural acontecer, a lenda começou a ganhar novas formas. Em algumas o lobisomem se transforma sem a influência da lua, às vezes cobrindo-se com uma pele de lobo ou bebendo a água depositada numa pegada de lobo e até utilizando de magia. 

Diferente dos seus inimigos naturais, os vampiros, os lobisomens costumam andar em grupo, ganhando o termo em inglês ‘pack’ para designar o bando em que vive com outros iguais a si. Normalmente há um líder nesse grupo chamado de ‘Alpha’ e é ele que comanda os outros lobisomens instituindo regras e sendo a base da sua família. Contudo, vale ressaltar, que na literatura e filmografia atual está tornando-se comum os vampiros deixarem de ser seres solitários e ganhando um tom mais humano constituindo famílias e alguns até intitulando seus grupos de ‘clã’.

Raramente temos a chance de ler e assistir uma história em que o lobisomem é explorado como um personagem inteiramente bom. Normalmente, ele é o vilão ou um personagem cinza: nem bom ou ruim, apenas adapta-se àquilo que é desejado para si. De acordo com antigas crenças, um homem que possui a maldição após uma mordida ou poder de transformar-se em lobo durante a noite, em particular sob a influência da lua carrega esse dom sobrenatural pelo resto de sua vida como uma maldição. Cabe a esse homem decidir utilizar isso para o bem ou mal.
A imagem mais comum é a de uma criatura do mal, percorrendo a noite em busca de vítimas, tanto animais quanto humanas. Os lobisomens, na maior parte das histórias, tem uma fome feroz, ataca suas vitimas e se alimentam delas, similar ao seu inimigo natural, os vampiros. As pessoas que são ameaçadas pelos lobisomens usam vários métodos para trazê-los de volta à forma humana. Vale anotar essa , pessoal: Entre esses métodos incluem-se dizer o verdadeiro nome do lobisomem, bater três vezes na testa dele e fazer o sinal-da-cruz e até mesmo, o atingir com prata. 

As histórias sobre os lobisomens já foram muito comuns na Europa, com vários nomes, e se difunde no Brasil pelas vilas e roças. É um homem que se transforma em lobo ou cão. Geralmente é descrito como um homem recoberto de pêlos de lobo que, nas altas horas de Sexta-feira, sai à procura de suas vítimas, de quem bebe o sangue. Lendas de outras partes do mundo contam sobre pessoas que se transformaram em outras espécies de animais. Entre esses animais estão os tigres, em Mianmá e na Índia; as raposas, na China e no Japão; os leopardos, na África ocidental; e as onças, entre os índios da América do Sul.

Hora da aula de história do Lobisomem com a professora Barbara Snape.

Todos abrindo seus livros na página 329.

A palavra técnica para lobisomem é licantropo. Essa palavra vem do nome de um rei da mitologia grega, Licaão, que foi transformado em lobo pelo deus Zeus. Licantropia é uma forma de doença mental em que a pessoa imagina que é um lobo.
Um homem ou espírito na forma de um lobo que vaga pela terra à noite. De acordo com antigas crenças, é um homem que possui a habilidade da transmutação em um lobo durante a noite, em particular sob a influência da lua.
Esse termo foi originalmente usado para descrever um homem capaz de transformar-se em um lobo, mas hoje é mais utilizada na psiquiatria para descrever um bem conheçido tipo de alucinação. É uma doença psicológica a qual o efeito é a crença, por parte do infectado, de que seja realmente um lobisomem. Em muitos casos Lincantropia é o resultado de um ocorrido desejo por poder ou até mesmo desejos sexuais reprimidos. Mas existem alguns lincantropos que são mais afetados mentalmente do que outros, tornando-os muito perigosos por seus arredores, e até por matar em extremo.


Atualmente, na televisão temos, na minha humilde opinião, uma das melhores séries sobrenaturais da atualidade, ‘Teen Wolf’ do canal MTV, em que seu protagonista, Scott McCall (Tyler Posey) é um lobisomem que precisa proteger seus amigos e família contra os males sobrenaturais que assombram a cidade de Beacon Hills, como aprender a lidar com os seus novos dons sobrenaturais e sua vida cotidiana. 

Bitten’ foi uma tentativa do canal canadence Space de emplacar com uma adaptação da obra literária ‘Fome de Loba.’ A série apresenta Elena Michaels (Laura Vandervoort, de Smallville), uma fotógrafa. Quando era mais jovem, Elena foi mordida por um lobisomem, a partir daí, ela passa a se transformar em mulher lobo, a única no mundo. De início, ele se une ao grupo, formado por outros como ela, mas o sonho de Elena é viver uma vida normal. Assim, aos 28 anos de idade, ela se muda para Toronto onde passa a dividir um apartamento com seu namorado, Phillip McAdams (Paul Greene), evitando Stonehaven e Clayton Danvers (Greyston Holt, de Durham County) desde então. No entanto, após misteriosos assassinatos que ameaçam seu pack, Elena vê a necessidade de voltar ao grupo para ajuda-los a deter os que estão querendo desafiar as regras que mantém a ordem entre os da sua espécie.Para mim, a série não funcionou, não apenas pelo elenco péssimo elenco, como a adaptação não foi uma das melhores, assim vou dar chance apenas ao livro.

Por fim, vale destacar ‘The Vampire Diaries’ que retrata um tipo ‘novo’ de lobisomem, utilizado muito nesses últimos anos: o metamorfo. Na série dos irmãos Salvatore e a sua musa Elena Gilbert temos Tyler Lockwood que herdou o dom de ser um lobisomem – para mim é um metamorfo, como em Crepúsculo e quem conhece o mínimo de mitologia vai concordar comigo – outra lenda utilizada é a do híbrido, uma mistura de lobisomem com vampiro e vemos não só Tyler, mas o todo malévolo, maravilhoso e rei do samba Klaus Mikaelson ser essa versão mais perigosa dessa criatura na série queridinha internacionalmente. 

Nos cinemas vivemos diversas fases instáveis em que os lobisomens são explorados e, outros, que eles são deixados beeeeem de lado – como agora. Tivemos uma seqüência de filmes ótimos abordando essa criatura. Recomendo darem uma conferida em: ‘Van Helsing’, ‘Harry Potter e o Prisoneiro de Azakaban’, ‘Anjos da Noite‘ – para mim, uma das melhores representações de lobisomem até hoje – e por fim, a refilmagem de ‘O Lobisomem’ com Benicio Del Toro no papel titulo.

De livro, temos uma infinidade de títulos, cito aqui: ‘Os Lobos de Mercy Falls’, ‘Hemlock Grove’, ‘Os Instrumentos Mortais’, entretanto, quero destacar um dos meus favoritos de todos os tempos e, pouquíssimo, conhecido: ‘Sangue & Chocolate‘. Para quem não conhece, aqui vai a sinopse e pelo amor de deus, vai ler o livro e ver o filme, tá? Tá!

Sangue e Chocolate (Blood and Chocolate), escrito por Annette Curtis Klause, conta a história de Vivian Gandillon que saboreia a mudança, a dor doce e poderosa que a leva de garota à lobo. Com dezesseis anos, ela é bonita e forte, e todos os lobos jovens estão em seu pé. Mas Vivian ainda está de luto pela morte de seu pai; seu grupo continua sem um líder e em desordem, e ela se sente perdida nos subúrbios de Maryland. Ela deseja uma vida normal. Mas o que é normal para um lobo que precisa a todo custo esconder a sua identidade dos humanos? Vivian ganha a vida trabalhando numa loja de chocolates e acaba se apaixonando por um garoto humano, bom e gentil, gatoso um alívio bem vindo para ela. Ele é fascinado por magia, e Viviam deseja se revelar para ele. Provavelmente ele a entendêria sua natureza dupla e não sentiria medo ou repulsa como um humano normal faria. A lealdade dividida de Vivian é forçada ainda mais quando um assassinato brutal ameaça expor o grupo. Movendo-se entre dois mundos, ela não parece pertencer a nenhum dos dois e se sente perdida entre as regras de lealdade de seu mundo e a vontade de se revelar seu amado.

Esse é um daqueles livros que você lê em um dia e fica com gostinho de quero mais. Ainda – por incrível que pareça – não assisti a adaptação cinematográfica, mas é claro que li críticas e elas não são as melhores. 

De qualquer modo, os fãs da Licantropia não tem o que reclamar, não só temos um extenso e interessante material para usufruir, como vemos que com o passar do tempo, existe uma inovação no tema, sempre tentando atrair um novo público com o mesmo tema, mas com uma cara nova e atraente.  

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