sobre livros e a vida

02/12/2016

Tá Na Estante :: ‘Perdido Em Marte’ #618

E aí, pessoal! Tudo bem?

No ano passado, um dos maiores sucessos do cinema foi um filme futurista estrelado pelo incrível Matt Damon. Hoje eu vim falar para vocês o que achei do livro que deu origem ao longa indicado ao Oscar de Melhor Filme.

Livro: Perdido Em Marte
Autor: Andy Weir
Editora: Arqueiro
Páginas: 336
Sinopse: Há seis dias, o astronauta Mark Watney se tornou a décima sétima pessoa a pisar em Marte. E, provavelmente, será a primeira a morrer no planeta vermelho. Depois de uma forte tempestade de areia, a missão Ares 3 é abortada e a tripulação vai embora, certa de que Mark morreu em um terrível acidente. Ao despertar, ele se vê completamente sozinho, ferido e sem ter como avisar às pessoas na Terra que está vivo. E, mesmo que conseguisse se comunicar, seus mantimentos terminariam anos antes da chegada de um possível resgate. Ainda assim, Mark não está disposto a desistir. Munido de nada além de curiosidade e de suas habilidades de engenheiro e botânico e um senso de humor inabalável , ele embarca numa luta obstinada pela sobrevivência. Para isso, será o primeiro homem a plantar batatas em Marte e, usando uma genial mistura de cálculos e fita adesiva, vai elaborar um plano para entrar em contato com a Nasa e, quem sabe, sair vivo de lá. Com um forte embasamento científico real e moderno, Perdido em Marte é um suspense memorável e divertido, impulsionado por uma trama que não para de surpreender o leitor.

Em um futuro não tão distante, a NASA deu início a um projeto chamado ARES que tem como objetivo estudar a superfície de Marte, o famoso planeta vermelho. Duas etapas desse projeto já foram concluídas e agora é a hora da terceira equipe colocar os pés no planeta.
A missão que deveria durar cerca de um mês teve que ser interrompida durante o sexto sol devido a uma grande tempestade de areia. Durante o trajeto até a nave responsável pela retirada dos astronautas do planeta, Mark Watney, o botânico selecionado para fazer parte da equipe, é atingido por uma antena e após perder todos os seus sinais vitais é deixado para trás. O que o restante da equipe não imaginava é a ausência de sinais vitais do botânico não foi causada por sua morte e sim por mal funcionamento de seu traje espacial.

Sozinho em um planeta desconhecido e sem a possibilidade de contato com a Terra, Mark se encontra sentenciado à morte, mas não a aceita tão facilmente. Com suprimentos suficiente para seis pessoas, Watney precisará utilizar de todo o seu conhecimento e lutar de todas as formas possíveis e impossíveis para sobreviver nesse planeta inabitado.

Eu conheci o livro Perdido em Marte durante o encontro da editora Arqueiro na Bienal do Rio de 2015 e já senti uma vontade imensa de comprá-lo naquele dia mesmo e já iniciar a leitura, porém, por diversos motivos, isso não aconteceu. Algumas semanas se passaram, o filme lançou nos cinemas e eu finalmente conheci a história de Mark Watney e me apaixonei imediatamente pelo personagem. Mais de um ano depois, eu finalmente criei vergonha na cara e solicitei o livro para a editora e com certeza a espera valeu a pena.
Logo de início eu me assustei ao começar a leitura pois imaginei que seria extremamente cansativa e arrastada tendo em vista que boa parte do livro é escrito em forma de diário e a maior parte das páginas está recheada de explicações sobre química, física, biologia e tecnologia. Porém, o personagem criado por Andy Weir é tão maravilhoso e cativante que ele consegue usar o humor de uma forma incrível durante todas essas explicações que elas passam quase que despercebidas.
O livro é dividido em duas formas de narrativa. Em primeira pessoa durante os capítulos do diário de bordo do Mark e em terceira pessoa durante os capítulos que se passam na terra. O autor fez um trabalho incrível em manter a qualidade de escrita em ambos os cenários, o que nem sempre acontece em livros onde essa mistura é utilizada.
Mark Watney é aquele tipo de personagem que você faria de tudo para ser amigo dele. Ele é inteligente, carismático, engraçado e super positivo. E é exatamente por isso que o livro consegue ser tão bom. Você instantaneamente cria uma amizade imaginária com ele e passa a leitura inteira tendo a sensação de que tudo aquilo realmente está acontecendo com um amigo próximo. E embora ninguém possa dizer que já se encontrou na mesma situação que ele, as suas emoções durante todo o livro são extremamente reais e conseguimos nos identificar com elas.
Como citei anteriormente, o livro é recheado de questões físicas, químicas e biológicas e essas questões são bem aprofundadas. O autor nos explica passo a passo tudo o que Mark precisará fazer para sobreviver em Marte. Seja o processo químico que será realizado para se obter água, o processo químico realizado para obter os elementos para iniciar o processo para se obter água, o processo biológico necessário para multiplicar as bactérias da terra para a plantação de batatas ou o processo físico para que ele possa ser resgatado.

Tudo isso é abordado de uma forma completa mas ao mesmo tempo simples, que nos deixa completamente fascinados pelo processo e nos faz perguntar o motivo dos nossos professores não terem nos ensinado dessa forma.
O livro possui uma boa revisão, encontrei poucos erros durante a leitura, e nas questões físicas também não deixou a desejar. A capa, que é uma adaptação do poster do filme, é fosca com aplicação de verniz localizado no texto. As páginas são amareladas e possuem margens, fonte e espaçamento de bom tamanho.
Perdido Em Marte é um história única, completamente cativante e que merece ser lido por todos, não importa se você é uma pessoa fissurada por essa pegada futurista ou um marinheiro de primeira viagem.
Beijos e até a próxima!

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