sobre livros e a vida

29/01/2015

Na Telinha #24 :: ‘The Librarians’

Opa! Olha eu aqui para falar de mais um dos meus vícios como seriadora. Na Telinha dessa semana falaremos da estreia do canal TNT ‘The Librarians’. Os fãs estão a nomeando como a ‘Doctor Who’ americana, mas eu confesso que a série está bem longe de seguir os padrões da série britânica, e vai por um caminho bem diferente, e se bem trabalho, pode se tornar interessante. ‘The Librarians’ estreou em Dezembro de 2014 com uma grande promessa: ser uma série do Domingo americano com muita aventura, magia e comédia. Até aí, tudo bem, mas ‘The Librarians’ não é tão nova ao público quanto parece. A série é uma segmento dos filmes televisivos de mesmo nome, estrelado por Noah Wyle (E.R, Falling Skies). Os filmes tiveram um grande reconhecimento na televisão americana, e a TNT achou que seria interessante levar as tramas para a televisão, o que seria uma grande empreitada e o revival de um gênero pouco utilizado atualmente: a aventura mágica, tipica em Indiana Jones e na franquia ‘A múmia’.

Sobre a série… Uma antiga organização escondida por detrás da Biblioteca Pública Metropolitana em Nova York dedica-se a proteger um mundo desconhecido da realidade mágica e secreta. O grupo resolve mistérios impossíveis, luta contra ameaças sobrenaturais e recupera artefatos poderosos ao redor do globo.

Com apenas 10 episódios de 42 minutos, a série começa apresentando Eve Baird, a guardiã e protetora do Librarian (em português, bibliotecário) oficial Flyn Carsen. Ela tem o dever de protegê-lo de qualquer perigo durante as suas missões, entretanto o inesperado ocorre, quando Flyn descobre que a Biblioteca, com sua magia, arrumou uma maneira de enviar cartas a futuros Librarians, que como Flyn, terão que proteger aquelas relíquias dos inimigos que buscam poder em todo o mundo. Sendo que as regras são claras, só pode existir um Librarian por dinastia e como Flyn não pretende morrer, ele não compreende o por quê desses novos librarians estarem sendo requisitados, e com seu espirito anti social, ele não gosta nada disso. Então conhecemos Jake Stone, um curador de artes, Cassandra Cillian, que é praticamente um gênio em matemática e logica, e o rebelde Ezekiel Jones. Quando Flyn descobre que eles foram convidados a serem Librarians anos atrás, Flyn vê que tem algo bem mais perigoso por trás daquilo. É quando conhecemos o vilão da temporada, Dulaque e sua protetora, Lamia, que com seus capangas, roubam os principais artefatos da Biblioteca, fazendo com que Flyn tenha que tomar uma atitude brusca: sumir com a Biblioteca, que iria parar em um lugar desconhecido do universo, o obrigando a ter que ir em busca dele, enquanto os artefatos roubados e outros teriam que ser encontrados e protegidos pela Guardiã Eve e os novos Librarians. Com ajuda de Jenkins, eles vivem em uma espécie de QG escondida do mundo e com ajuda de um globo terrestre, em poucos segundos eles podem estar em qualquer lugar do mundo, prontos para ajudar e salvar o universo do mal.

‘The Librarians’ é uma série com uma proposta simples, já muito utilizada de diversas formas, mas que ganha um revival com um novo plano de fundo e motivação. Adoro séries que trabalham com história, arqueologia e magia. Confesso que ao começar a assistir não esperava que fosse gostar, só pelo teaser exibido pelo canal Universal Chanel (no Brasil) achei a série com uma qualidade baixa, meio forçada, meio antiga. Não apostei minhas fichas, acreditando que seria cancelada antes de chegar na metade de seus episódios. MAS, eu me enganei. A série pode não ser sensacional, mas é boa. A série realmente tem uma qualidade de uma produção de 2006, quando se trata de efeitos, fotografia e trilha sonora, mas o roteiro e seus personagens são bem construídos. Distrai, ensina e diverte. Os seus episódios são estáveis, mas falham em não ter uma temática central para os seus protagonistas. Flyn aparece no primeiro episódio e parte, em busca de um modo de salvar a Biblioteca. Retorna, apenas para partir novamente, e voltar com uma solução no final da temporada.

The Librarians lembra… Indiana Jones, Franquia ‘A Múmia‘, Warehouse 13 e para alguns, Doctor Who.

A grande motivação da série fica nas costas de um personagem que não vemos seu crescimento, muito menos as suas batalhas para chegar a solução. Talvez, essa tenha sido a tentativa de inovar, contudo, eu não gostei. Uma série sem motivação deixa seus episódios sem ligamento, trazendo dificuldade para o espectador ter interesse de acompanhar, e até mesmo, se importar com seus personagens. Sobre o elenco, és outro problema. Adorei o trabalho de Lindy Booth, como a espertinha e emotiva Cassandra, Christian Kane está maravilhoso como o sarcástico e charmoso Stone e o John Larroquete é um lorde como Jenkins, mas infelizmente, Rebecca Romijn não me convenceu como a guardiã Eve. Ela é extremamente apática e inexpressiva. Uma personagem tão cética merecia uma atriz mais expressiva e expansiva. Tinha episódios que eu achava que tinha a trocado por uma robô. John Kim também não ajuda como Jones. Ele é um novato na atuação, mas é muito fraquinho. O ator e o personagem eram australianos, mas o sotaque dele era tão pesado que parecia forçado por um não-falante do idioma, e as caretas e expressões exageradas que não combinavam com as suas atitudes. Ele me irritava muito. A melhor carta da série era Noah Wyle que apareceu em três episódios, e mesmo assim, conseguia roubar a atenção com o seu hiperativo e divertido Flyn. Se a série conseguir uma segunda temporada, eu espero muito que o Noah se torne uma presença mais constante a série, faria muito bem ao andamento da série.

Veredito: Para quem gosta de magia, aventura e muitas histórias através do tempo, ‘The Librarians’ é uma ótima pedida.

Quanto tempo investirei fazendo maratona? São 10 episódios de 42 minutos, tendo disposição e gosto com a série, você verá 5 episódios fácil, fácil, concluindo a série em dois dias. A segunda temporada ainda não foi oficializada, então fique a vontade para iniciar sua maratona sem pressa.

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