Opa! Olha eu aqui para falar de mais um dos meus vícios como seriadora. Na Telinha dessa semana falaremos da estreia do canal TNT ‘The Librarians’. Os fãs estão a nomeando como a ‘Doctor Who’ americana, mas eu confesso que a série está bem longe de seguir os padrões da série britânica, e vai por um caminho bem diferente, e se bem trabalho, pode se tornar interessante. ‘The Librarians’ estreou em Dezembro de 2014 com uma grande promessa: ser uma série do Domingo americano com muita aventura, magia e comédia. Até aí, tudo bem, mas ‘The Librarians’ não é tão nova ao público quanto parece. A série é uma segmento dos filmes televisivos de mesmo nome, estrelado por Noah Wyle (E.R, Falling Skies). Os filmes tiveram um grande reconhecimento na televisão americana, e a TNT achou que seria interessante levar as tramas para a televisão, o que seria uma grande empreitada e o revival de um gênero pouco utilizado atualmente: a aventura mágica, tipica em Indiana Jones e na franquia ‘A múmia’.
Sobre a série… Uma antiga organização escondida por detrás da Biblioteca Pública Metropolitana em Nova York dedica-se a proteger um mundo desconhecido da realidade mágica e secreta. O grupo resolve mistérios impossíveis, luta contra ameaças sobrenaturais e recupera artefatos poderosos ao redor do globo.
Com apenas 10 episódios de 42 minutos, a série começa apresentando Eve Baird, a guardiã e protetora do Librarian (em português, bibliotecário) oficial Flyn Carsen. Ela tem o dever de protegê-lo de qualquer perigo durante as suas missões, entretanto o inesperado ocorre, quando Flyn descobre que a Biblioteca, com sua magia, arrumou uma maneira de enviar cartas a futuros Librarians, que como Flyn, terão que proteger aquelas relíquias dos inimigos que buscam poder em todo o mundo. Sendo que as regras são claras, só pode existir um Librarian por dinastia e como Flyn não pretende morrer, ele não compreende o por quê desses novos librarians estarem sendo requisitados, e com seu espirito anti social, ele não gosta nada disso. Então conhecemos Jake Stone, um curador de artes, Cassandra Cillian, que é praticamente um gênio em matemática e logica, e o rebelde Ezekiel Jones. Quando Flyn descobre que eles foram convidados a serem Librarians anos atrás, Flyn vê que tem algo bem mais perigoso por trás daquilo. É quando conhecemos o vilão da temporada, Dulaque e sua protetora, Lamia, que com seus capangas, roubam os principais artefatos da Biblioteca, fazendo com que Flyn tenha que tomar uma atitude brusca: sumir com a Biblioteca, que iria parar em um lugar desconhecido do universo, o obrigando a ter que ir em busca dele, enquanto os artefatos roubados e outros teriam que ser encontrados e protegidos pela Guardiã Eve e os novos Librarians. Com ajuda de Jenkins, eles vivem em uma espécie de QG escondida do mundo e com ajuda de um globo terrestre, em poucos segundos eles podem estar em qualquer lugar do mundo, prontos para ajudar e salvar o universo do mal.
‘The Librarians’ é uma série com uma proposta simples, já muito utilizada de diversas formas, mas que ganha um revival com um novo plano de fundo e motivação. Adoro séries que trabalham com história, arqueologia e magia. Confesso que ao começar a assistir não esperava que fosse gostar, só pelo teaser exibido pelo canal Universal Chanel (no Brasil) achei a série com uma qualidade baixa, meio forçada, meio antiga. Não apostei minhas fichas, acreditando que seria cancelada antes de chegar na metade de seus episódios. MAS, eu me enganei. A série pode não ser sensacional, mas é boa. A série realmente tem uma qualidade de uma produção de 2006, quando se trata de efeitos, fotografia e trilha sonora, mas o roteiro e seus personagens são bem construídos. Distrai, ensina e diverte. Os seus episódios são estáveis, mas falham em não ter uma temática central para os seus protagonistas. Flyn aparece no primeiro episódio e parte, em busca de um modo de salvar a Biblioteca. Retorna, apenas para partir novamente, e voltar com uma solução no final da temporada.
The Librarians lembra… Indiana Jones, Franquia ‘A Múmia‘, Warehouse 13 e para alguns, Doctor Who.
A grande motivação da série fica nas costas de um personagem que não vemos seu crescimento, muito menos as suas batalhas para chegar a solução. Talvez, essa tenha sido a tentativa de inovar, contudo, eu não gostei. Uma série sem motivação deixa seus episódios sem ligamento, trazendo dificuldade para o espectador ter interesse de acompanhar, e até mesmo, se importar com seus personagens. Sobre o elenco, és outro problema. Adorei o trabalho de Lindy Booth, como a espertinha e emotiva Cassandra, Christian Kane está maravilhoso como o sarcástico e charmoso Stone e o John Larroquete é um lorde como Jenkins, mas infelizmente, Rebecca Romijn não me convenceu como a guardiã Eve. Ela é extremamente apática e inexpressiva. Uma personagem tão cética merecia uma atriz mais expressiva e expansiva. Tinha episódios que eu achava que tinha a trocado por uma robô. John Kim também não ajuda como Jones. Ele é um novato na atuação, mas é muito fraquinho. O ator e o personagem eram australianos, mas o sotaque dele era tão pesado que parecia forçado por um não-falante do idioma, e as caretas e expressões exageradas que não combinavam com as suas atitudes. Ele me irritava muito. A melhor carta da série era Noah Wyle que apareceu em três episódios, e mesmo assim, conseguia roubar a atenção com o seu hiperativo e divertido Flyn. Se a série conseguir uma segunda temporada, eu espero muito que o Noah se torne uma presença mais constante a série, faria muito bem ao andamento da série.
Veredito: Para quem gosta de magia, aventura e muitas histórias através do tempo, ‘The Librarians’ é uma ótima pedida.
Quanto tempo investirei fazendo maratona? São 10 episódios de 42 minutos, tendo disposição e gosto com a série, você verá 5 episódios fácil, fácil, concluindo a série em dois dias. A segunda temporada ainda não foi oficializada, então fique a vontade para iniciar sua maratona sem pressa.