sobre livros e a vida

18/03/2016

Let’s Talk About… Revenge Porn

Oi, gente. Tudo bem?

Nesse mês de março, a editora Arqueiro está lançando os livros Profundo e Intenso, da autora Robin York. Os livros contam a história de Caroline Piasecki, uma jovem que tem suas fotos íntimas vazadas na internet pelo ex-namorado após o término do relacionamento. Confiram as sinopses abaixo.

Sinopse: Caroline Piasecki vê sua vida se transformar em um pesadelo quando o ex-namorado espalha fotos dela nua na internet. De uma hora para outra, sua reputação é arruinada e o futuro promissor que a aguardaria após a faculdade já não parece tão garantido. Desesperada, ela tenta fazer com que as imagens sumam da rede e, ao mesmo tempo, procura se defender da multidão de pessoas que a julgam. Um dia, quando um cara que ela mal conhece sai em sua defesa e dá uma surra em seu ex-namorado, tudo muda. À primeira vista, West Leavitt é a última pessoa de quem Caroline deveria se aproximar – ele tem um ar sombrio e ganha a vida de forma ilícita. Ela, por sua vez, é o tipo de garota que West sempre tentou evitar. Rica e privilegiada, jamais entenderia as dificuldades pelas quais ele já passou. Mesmo com todas as diferenças, os dois se tornam amigos. Com Caroline West sente que fará de tudo para ser um homem melhor, e ela encontra nele a força para reagir. Quando parece impossível resistir à paixão avassaladora, West e Caroline descobrem que às vezes a única opção que resta é ir mais fundo.

Sinopse: A vida de West Leavitt foi do céu ao inferno em poucos meses. Ele achava que era possível ter um futuro melhor, mas acabou retornando para os dramas diários de sua família. Agora, em meio a uma tragédia, o rapaz não sabe o que fazer para ajudar Frankie, sua irmã caçula. Quando ele está prestes a desmoronar, só uma pessoa lhe vem à mente: a jovem segura e determinada que ele um dia pensou merecer. Longe dali, Caroline Piasecki sonha mais uma vez com West: a pele contra o seu corpo, o cheiro dele, a mão deslizando pela sua barriga… Mas sonhos são apenas sonhos. Ela sabe que o ex foi embora e não vai voltar. Por mais doloroso que seja, Caroline precisa se esquecer do tempo que passaram juntos. Até que seu celular toca e um West transtornado está do outro lado da linha. Sem pensar duas vezes, Caroline vai ao seu encontro. Só que muita coisa mudou desde que eles terminaram. West tenta afastar Caroline de sua vida de todas as maneiras. Ao mesmo tempo, o desejo que sentem um pelo outro parece ter ficado até mais forte no período em que estiveram separados. West ainda sente algo por ela, mas não se considera uma boa companhia para ninguém. Caroline quer estar nos braços de West, mas sabe que deve partir para que ele não sofra. Nesse embate de emoções, eles precisarão encontrar os próprios caminhos e descobrir: por mais intenso que seja o laço que os une, ainda é possível um recomeço?

Na nossa sociedade atual, esse tipo de crime é bastante comum, infelizmente, principalmente com pessoas da mídia, que já tem a privacidade invadida apenas por serem quem são. Mas nós, meros mortais, também podemos sofrer com esse tipo de invasão.
Com a Internet estando cada vez mais acessível remotamente, os relacionamentos vão se estreitando. É tão mais prático passar horas no Facebook e WhatsApp conversando do que pessoalmente e muitos casais acabam usando esses aplicativos para o compartilhamento de fotos íntimas, os famosos “nudes”. Minha intenção com esse texto não é problematizar quem toma tal atitude, apenas abrir os olhos de quem quer que esteja o lendo.
O principal fator para se ter os “nudes” vazados é você ter tirado-os. “Ah, então agora eu não posso mais tirar fotos nu/nua?”. Não, não é bem assim. Tirar você pode, enviar também, se quiser. Mas pense bem antes de fazê-lo. Você nunca sabe o que pode acontecer com seu celular ou o que a pessoa que está recebendo suas fotos pode fazer com isso. “Mas eu só mando pro meu/minha namorado/namorada”. Sei que existe o sentimento e a certeza de que vocês ficarão juntos para sempre, mas em algum momento o relacionamento pode acabar e você não sabe o que vai acontecer em seguida. “Tá, mas nos meus nudes eu nem mostro o rosto, não tem como saberem que sou eu”. Você que pensa. Um mero detalhe em uma foto é capaz de identificar a pessoa, seja do cenário ou do seu próprio corpo, como sinais, cicatrizes ou tatuagens. Ninguém está livre de ser identificado.
Um caso – ou vários – extremamente comum são os aspirantes a famosos que entram no Big Brother, por exemplo. Eles até entrarem na casa são pessoas comuns, mas assim que o elenco é anunciado, os participantes tem sua vida vasculhada e logo descobrem algo. Até hoje não teve uma única edição onde não vazaram “nudes” ou “sextapes” dos integrantes. E como viver com isso dali pra frente? “Ah, mas Big Brother é uma pouca vergonha, até sexo na casa eles fazem”. Alguns, nem todos. Tem gente que preza a própria intimidade. “Se preza, que não entre no BBB”. Eu poderia ficar aqui horas argumentando, mas é o mesmo que dizer “se não quer que seus nudes vazem, então não tire-os”. Não é assim que as coisas funcionam, meus caros. Todos devem ter a liberdade de fazerem o que quiserem. Meu corpo, minhas regras. Se eu quero tirar fotos, tenho esse direito e não devia temer pela invasão, mas também, por outro lado, devo estar preparado para o que virá, caso aconteça.
E essa história de nudes, na minha concepção, acaba englobando a questão do machismo. Se um homem tem sua intimidade publicada, ele passa por garanhão, aumenta seu status e coisas do tipo. Já com as mulheres não. Uma mulher tendo suas imagens vazadas já é taxada de diversas maneiras, sempre colocando-as lá embaixo, desmerecendo-as por tal atitude. Quem não lembra de Jennifer Lawrence, que há mais de um ano teve sua conta no iCloud invadida por um hacker e teve as fotos divulgadas. Ou aqui mesmo no Brasil, com a atriz Carolina Dieckmann, que ao ter as fotos divulgadas gerou um projeto de lei, aprovado em abril de 2013, que condena a invasão de dispositivos com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular.
E chegamos ao cerne da questão. A autora Robin York está fazendo um apelo, porque nos EUA, apenas dois estados (New Jersey e Califórnia) condenam esse tipo de crime. Aqui no Brasil, além da lei Carolina Dieckmann, o deputado Romário apresentou um projeto de lei que altera o Código Penal tipificando “a conduta de divulgar fotos ou vídeos com cena de nudez ou ato sexual sem autorização da vítima”, devido ao fato de isso ser um crime cada vez mais comum e estar tomando proporções cada vez mais catastróficas, como quando uma adolescente suicidou-se após ter suas imagens vazadas.
Na minha opinião, esse tipo de crime virtual devia ser punido severamente, sob a Constituição, e de forma global. É triste ver nosso mundo se encaminhando para um lado onde as pessoas tem seu próprio corpo usado para atingi-las. E quanto a vocês, o que acham? Deixem aqui nos comentários!
Beijos e até a próxima!

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