sobre livros e a vida

01/10/2016

Tá Na Estante :: ‘Labirinto’ #579

E aí pessoal, tudo bem?

Hoje eu vim contar para vocês um pouco sobre Labirinto, romance escrito por A.C.H. Smith em parceria com Jim Henson e baseado no clássico dos anos 80 estrelado por David Bowie. O livro foi lançado no Brasil pela DarkSide Books e cedido para resenha através de parceria.

Livro: Labirinto
Autor: A.C.H. Smith e Jim Henson
Editora: DarkSide Books
Páginas: 272
Sinopse: Trinta anos sem perder a magia. Tudo começou em um pequeno “labirinto” real na cabeça de James Maury, mais conhecido pelo nome de Jim Henson. O cartunista, músico, roteirista, designer e diretor sabia acessar como ninguém o coração das pessoas e o seu maior dom foi dar vida a seres inanimados. A nova geração pode não lembrar do seu nome, mas com certeza tem seus personagens gravados na memória: Os Muppets, Vila Sésamo, Muppets Babies e até a inesquecível Família Dinossauro. Além deste, Henson também criou fábulas como “Labirinto”, em parceria com George Lucas, filme que encantou toda uma geração quando foi lançado, há 30 anos, com David Bowie como Jareth, o Rei dos Duendes, e também responsável pela trilha sonora, e uma jovem Jennifer Connelly no papel de Sarah, a protagonista que deseja que os duendes levem Toby, seu meio irmão e – para seu espanto – é atendida. Arrependida, ela é desafiada pelo Rei dos Duendes a atravessar o sombrio Labirinto, repleto de perigos e seres mágicos.

Incompreendida por seu pai e sua madrasta e cansada de trabalhar como babá cuidando de seu meio-irmão, Toby, Sarah, uma garota de 15 anos, que atualmente está ensaiando as falas do livro Labirinto, decide usar uma das passagens do livro para se livrar do meio-irmão chorão. O pedido para que os duendes viessem buscar Toby não deveria passar de uma brincadeira para aliviar o estresse, porém a passagem que aparentava ser algo completamente inofensivo acabou se tornando um dos maiores pesadelos da garota.
Atendendo ao pedido da garota, Jareth, o Rei dos Duendes, acompanhado de seu exército de pequenas criaturas, invade sua casa e leva o pequeno garoto para o seu castelo em uma realidade paralela. Completamente arrependida do que fez, Sarah tenta de todas as maneiras convencer Jareth a devolver seu irmão. Vendo que a garota não irá aceitar nada em troco de Toby, o Rei dos Duendes decide então fazer uma proposta: se em 13 horas ela conseguir desvendar todos os mistérios e atravessar o labirinto até o castelo, ela poderá ter a criança de volta.

Sem pensar no que poderia dar errado, Sarah embarca nessa jornada em busca de seu meio-irmão e logo percebe que nem tudo é o que aparenta ser. O que deveria ser apenas um labirinto comum se prova um lar para diversos tipo de criaturas, desde as mais inofensivas até os mais mortais dos monstros. Com o relógio contra ela, a garota precisará descobrir em quem confiar para poder alcançar o seu destino e impedir que Jareth transforme Toby em mais um de seus duendes.
Desde a primeira romantização de um clássico que eu li já me apaixonei por esse estilo de livro. Há algo mágico em já saber o que vai acontecer e mesmo assim experienciar algo completamente novo. Foi esse mesmo sentimento que me fez solicitar Labirinto para a DarkSide sem nem pensar duas vezes. Esse filme fez parte de muitas das minhas tardes enquanto estava crescendo e eu obviamente não poderia deixar essa oportunidade de finalmente ler essa história passar.
Caso você ainda não tenha assistido ao filme, o que eu acho difícil, a jornada de Sarah é algo que nos lembra bastante as aventuras da tão querida Alice (aquela mesma do País das Maravilhas). Uma garota em um lugar completamente desconhecido, que ao tentar encontrar o seu caminho conhece diversas criaturas mágicas. Sendo algo que já foi feito antes, o autor precisa encontrar algo a mais para nos manter preso e é aí que A.C.H Smith acerta.

A narrativa em terceira pessoa do autor nos transporta para dentro da história de uma maneira que até quem nunca assistiu o filme consegue ver perfeitamente cada detalhe imaginado por Jim Henson. A.C.H. conseguiu manter todos os detalhes do filme que já conhecemos e ainda conseguiu colocar tão bem diversas informações extras que até quem já assistiu chega a duvidar que aquilo não estava na história desde o início.
Logo no início do livro já conhecemos um pouco mais da história da mãe da Sarah. No filme podemos ver em seu quarto fotos e recortes de jornal de Linda Williams e do misterioso Jeremy, e ao menos que você pause o filme para ler com detalhes, isso é tudo o que você saberia sobre a progenitora da garota. Na romantização nós descobrimos que Jeremy vivia um romance dentro e fora dos palcos com Linda e que era uma imagem muito presente na vida de Sarah.
Durante a aventura somos apresentados a uma imensa variedade de personagens que vão desde pequenas aparições de simples batedores de portas até homenzinhos que terão grande importância na história. Conhecemos Hoggle, um homenzinho com sanidade questionável mas que após ser conquistado será fiel a você não importa o que acontecer; Ludo, um monstro visualmente assustador mas que carrega um enorme coração; e Senhor Dídimo, um sábio homem de extrema coragem e muitos outros.

Esses personagens possuem pouca ou nenhuma história anterior ao encontro deles com Sarah. Isso em muitos livros acaba dificultando um pouco a simpatização com os mesmos, o que não acontece em Labirinto. Os personagens mesmo não possuindo um passado aprofundado conseguem nos conquistar de uma maneira incrível. A falta de detalhes também é bem compreensível se você levar em consideração que o livro possui apenas 190 páginas de romance. O que nos leva a um ponto muito importante: o livro físico.
Mais uma vez se faz necessário os aplausos a essa editora. O livro foi publicado aqui no Brasil com a capa exatamente igual ao livro que nós vemos no filme. A capa tem acabamento fosco com aplicações de verniz nas bordas e detalhes metalizados na escrita. As páginas amareladas seguem o mesmo padrão dos outros livros da editora e traz ilustrações no início de cada capítulo. A fita de cetim vermelho vem para dar aquele toque sofisticado ao livro.
Como você deve ter notado no início do post, o livro possui 272 páginas porém apenas 190 contém o romance de A.C.H Smith. No restante das páginas nós podemos encontrar centenas de ilustrações feitas por Brian Froud entre 1984 e 1985 e ainda o diário de criação original de Jim Henson com detalhes do processo criativo do filme.

Labirinto é aquele tipo de livro escrito para conquistar desde crianças até idosos. É um ótima leitura para os fãs de fantasia e uma aquisição necessária para os fãs do longa. O livro com certeza leva 5 estrelas e a minha recomendação.

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