sobre livros e a vida

07/06/2014

Aleatoriedades e um café, por favor #25 – É uma questão de sorte

Hey, mates!
Tudo bem?

Num café, dividindo a mesa com um estranho, tomando, é claro, o meu café favorito, 31/05/2014
Ouvindo Aloe Blacc – The Man
Discordo de quem diz que Amar é difícil. Assim, generalizado.
Amar JÁ foi mais fácil, hoje é mais difícil, e é normalmente, por opção ou sorte. 
Digo opção por motivos de que aparentemente gostamos de sofrer por amor – característica muito forte antigamente também. Nunca vou esquecer do patriarca da família Bennet dizendo a sua filha Lizzie que era bom uma vez ou outra uma dama sofrer por amor.
Ouso completar aqui, Sr. Bennet: ‘Mas sofrer sempre, é tolice.
Me peguei pensando nisso quando me veio um pensamento sobre essa geração e as duas últimas.
Já perceberam como existem, não importando a idade, poucos relacionamentos amorosos?
Você pode até discordar, mas digo aqui um relacionamento amoroso sério, com meses, anos de duração e não acabando por iniciar. Já perceberam quantas pessoas estão optando por não ter filhos por causa das profissões e/ou por não encontrarem o parceiro?
Tenho visto muito isso, muitos começam a namorar pelo fogo da paixão, curiosidade e necessidade de estar com alguém, mas termina quando se percebe que vai precisar conviver, respeitar e aceitar o outro.
Pode parecer um pensamento duro, mas não é a verdade? Para se ter um relacionamento precisa mais que amor. Hoje em dia as pessoas tem se tornado intolerantes quanto ao próximo. Como constituir um relacionamento com alguém, se não nos permitimos relacionar? Talvez seja fácil falar isso, pelo simples motivo que eu – nem você – vivemos naquela época, mas analisando o que conheço daquele período, que é muito, ouso dizer que era mais fácil amar há 200 anos atrás. Você não conhecia o seu pretendente, apenas a distância em festas e por minimas conversas com ele, e muitos comentários de terceiros e mesmo assim, confiava, respeitava e se apaixonava pelo pouquinho que tinha dele incondicionalmente. Cegamente.
O pouco que você sabia, era muito. 
Hoje em dia, cada vez que mais sabemos, menos conhecemos com quem estamos. 
Honestidade, respeito, amor não são opções, são obrigações, em qualquer relacionamento. 
Será que é isso que nos falta? Amar cega e incondicionalmente?
Nos entregamos a amores mais rápidos que uma brisa de verão, apenas pelo intuito da busca de algo, que no fundo não sabemos o que buscamos. Ou sabemos? Dizemos que queremos encontrar os amores de nossas vidas. Nossas almas gêmeas. Amor digno de filmes hollywoodianos. Nunca vivemos nada disso, mas mesmo assim, imaginamos e por algum motivo, queremos isso. Como aquele sapato, que vemos numa vitrine e a imaginamos em nossos pés, num conjunto de roupa, enquanto caminhamos na rua ao som de Louis Armstrong e pensamos: Hum, esse sapato é perfeito para mim!
Sorte.
Acreditar ou não?
Jogar a moedinha na fonte da fortuna ou entregar o seu caminho ao tal Fado? 
Ou talvez, seguir aquela história de que o destino quem faz é você, então levante lá bundita della cadeira e vá fazer acontecer.
Eu não sei. Sou suspeita para falar.

Eu acredito, desacreditando da sorte.
Tenho mais certeza do azar, pois ela tem algo de peculiarmente mágico.
Chover no seu casamento, quando você tinha certeza meteorologia de que faria sol de 40º e pediu que os convidados viessem vestidos casualmente e preparados para uma cerimonia na praça, entregues a natureza. Você chegar atrasada exatamente naquele dia que aquele seu amigo, que você não vê a semanas está livre, mas você, atrasada e em cima da hora, não tem tempo para lhe dar aquela atenção. E quando você escolhe aquela sua bebida favorita, e bizarramente, o ingrediente principal acabou de terminar? Azar ou alguns segundos atrasada? Ou talvez, é sorte. Você, uma control freak, se viu desafiada ao ter o seu casamento todo modificado por causa do tempo, e teve a melhor cerimonia de acordo com todos seus amigos, o que provavelmente não aconteceria com a sua cerimonia planejadinha e perfeitinha. Se você tivesse chegado na hora e encontrado seu amigo, você talvez teria faltado aquela aula, que falaria exatamente, da prova surpresa da próxima aula e é claro, se você bebesse aquela mesma bebida de sempre, você não descobriria aquele adorável café irlandês, não acha? 

Eu acredito nisso. 
Existe uma certa sorte no azar – e vice versa. 
Como em tudo na vida, só é uma questão de ponto de vista. Será que não é assim com o amor, e nós, apenas generalizamos demais, em busca de ideais, sonhos e conceitos? Será que não é tudo questão de pesar o que é sorte transformado em azar, que um dia, transformaremos em sorte?

Comentários

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Ei, eu sou a Barb, tenho 27 anos, sou baiana, estudei Letras e compartilho conteúdo desde 2010 na internet. Por aqui, escrevo sobre tudo que faz meu coração bater mais forte.

Se inscreva no meu canal do youtube

Além do meu amor pela leitura e pelas histórias de romance, eu compartilho vlogs sobre a minha rotina e trabalho, mostrando como é a vida de uma baiana morando em Madrid, na Espanha.

Ei, inscritos no Telegram

Faça parte do nosso grupo aberto e gratuito no Telegram. Lá os inscritos recebem novidades, conteúdos exclusivos, além de um podcast semanal (em áudio) sobre o que se passa na mente da criadora de conteúdo.

Telegram

Quer receber minha newsletter?

Vamos conversar mais de pertinho? Enviamos conteúdos semanais sobre assuntos mais intimistas: reflexões sobre a vida e situações cotidianas.