Oi, gente. Tudo bem?
Hoje vim falar pra vocês de um lançamento recente da editora Novo Conceito que chamou muito minha atenção assim que vi a capa entre os lançamentos. Vamos conferir?!
Livro: A Menina da Neve
Autora: Eowyn Ivey
Editora: Novo Conceito
Páginas: 352
Sinopse: Alasca, 1920: um lugar especialmente difícil para os recém-chegados Jack e Mabel. Sem filhos, eles estão se afastando cada vez mais um do outro. Em um dos raros momentos juntos, durante a primeira nevasca da temporada, eles constroem uma criança feita de neve. Na manhã seguinte, a criança de neve some. Dias depois, eles avistam uma criança loira correndo por entre as árvores. Uma menina que parece não ser de verdade, acompanhada de uma raposa vermelha e que, de alguma formam consegue sobreviver sozinha no frio e rigoroso inverno do Alasca. Enquanto Jack e Mabel se esforçam para entender esta criança que parece saída das páginas de um conto de fadas, eles começam a amá-la como se fosse sua própria filha. No entanto, nesse lugar bonito e sombrio, as coisas raramente são como aparentam, e o que eles aprenderão sobre essa misteriosa menina irá transformar a vida de todos.
Mabel e Jack são um casal de velhos solitários que se mudaram para o Alasca a fim de tentar recomeçar depois de uma dolorosa perda. Mabel sempre sonhou em ser mãe, mas seu primeiro e único filho morreu no parto, deixando nela uma ferida que nunca cicatrizou.
A velha se ressentia com o marido, por ele não ter dado o apoio e o conforto que ela precisara naquele momento. Não foi à toa que a relação entre ambos esfriou a ponto de não serem mais capazes de trocar palavras de carinho e olhar nos olhos um do outro.
Sua esperança era de que, sozinhos no Alasca, longe de tudo e de todos, eles resgatassem o amor que um dia já sentiram, mas, infelizmente, o tiro saiu pela culatra.
Para sobreviver, Jack precisou tocar a fazenda da propriedade sozinho, mas suas costas e juntas desgastadas não ajudavam, e ele não dava conta do recado. Isso só o deixava ainda mais ressentido e amargurado, com o sentimento de que não prestava nem para sustentar a mulher e a casa.
Por conta disso, Mabel ficava o dia inteiro em casa, sem ter muito o que fazer, deprimida e com ideias suicidas na cabeça. Até que um certo dia, Mabel passou a ver uma linda garotinha, loira e branca feito a neve, correr nos arredores.
Será que aquela era a menina da neve, um boneco de neve que ela e Jack haviam construído numa noite de forte nevasca, em um instante de pura loucura (ou espontaneidade), e que depois havia derretido? Ou estaria Mabel sucumbindo aos delírios da febre da cabana, vendo coisa que não existia?
Querem saber o que vai acontecer? Então leiam!
Me interessei por A Menina da Neve desde que li sua sinopse. Adoro histórias sobre magia, que mexem com a nossa imaginação e nos deixam curiosos para descobrir o que é real e o que é invenção dos personagens. Entretanto, o livro não era como eu pensava e acabou rolando uma certa decepção por causa disso.
Narrado em terceira pessoa e ambientado em 1920, num local inóspito feito o Alasca, nos deparamos com uma trama sombria, melancólica e cheia de sofrimento. Demorou para o enredo adquirir ritmo tendo em vista de que, em boa parte, apenas nos era dito o que os protagonistas faziam no seu dia a dia e o que pensavam.
Curiosamente, quando a Menina da Neve apareceu, percebi que o foco do texto não era a respeito dela, mas sim sobre o que a sua aparição veio a causar na vida do casal de velhos. Nesse sentido, infelizmente, a autora pouco nos revelou acerca da menina, aguçando-nos a desvendar diversos enigmas.
Por esse motivo, acabei não gostando da história como pensei que gostaria e demorei muito a encerrar a leitura. Acho que se Ivey tivesse feito algo mais dinâmico para com o leitor, o potencial e o alcance da trama seriam ainda maiores.
Com uma escrita muito poética e semelhante aos contos de fadas, foi bonito acompanhar a evolução dos personagens, a superação de obstáculos e a chance que eles mesmos se deram de se renovar.
A Menina da Neve fala que nunca é tarde para acreditarmos nos nossos sonhos e que as bênçãos podem chegar quando menos esperamos.
Beijos e até a próxima!