sobre livros e a vida

21/01/2015

Tá Na Estante :: ‘Uma Manhã Gloriosa’ #353

Olá, pessoal lindo. Estou trazendo hoje uma resenha fresquinha de um livro não tão fresquinho assim, mas isso importa? Nope! ‘Uma Manhã Gloriosa’ comédia estrelada por Rachel McAdams e Patrick Wilson virou livro em 2011 escrito pela autora Diana Peterfreund e publicada aqui no Brasil pela Record. Vamos ver o que eu achei?

LIVRO: Uma Manhã Gloriosa
AUTORA: Diana Peterfreund
EDITORA: Editora Record
Ano: 2011
PÁGINAS: 267
SINOPSE: Becky Fuller trabalha como produtora de um programa de televisão numa emissora local de Nova Jersey. Ela é despedida, mas vê seu sonho de trabalhar em Nova York se tornar realidade quando surge uma vaga no Daybreak, programa com péssimos índices de audiência, equipamentos ultrapassados e uma equipe excêntrica. A única descoberta agradável para Becky é Adam Bennet, seu lindo colega de trabalho. Agora ela terá de salvar sua carreira, sua vida amorosa e, não esqueçamos, o Daybreak.

A vida pessoal de Becky Fuller é um desastre. Mesmo tendo encontros marcados pelos seus amigos com caras legais, Becky é uma workaolic compulsiva e não consegue viver em um mundo que não gire em torno de um programa jornalistico. Por outro lado, a vida profissional de Becky Fuller não podia ser melhor. Ela é produtora de um programa popular na emissora local de Nova Jersey e sonha com um cargo no famoso Today Show, mas para isso acontecer, ela precisa crescer dentro da sua emissora e isso pode acontecer antes do que ela pode sonhar. Ou não. Becky acaba demitida, sendo substituída por alguém com uma faculdade e qualificações melhores do que seu simples currículo.

Desesperada, Becky não sabe fazer outra coisa a não ser produzir. Ela passa semanas em busca de um novo emprego sendo rejeitada e ignorada, principalmente por ter qualificações abaixo da expectativa. Sozinha, desempregada e desolada, Becky aceita, quase implorando, o cargo de produtora ‘Daybreak’, programa matutino que está com um pezinho na cova em um dos canais favoritos de Fuller. Sua primeira visita é regada de esperanças, mas assim que aceita a proposta, seu mundo vem abaixo. Para fechar com chave de ouro ela conhece uma das três piores pessoas do mundo: Mike Pomeroy, ele é só o seu maior ídolo que revelou ser um babaca. Nem tudo estar perdido, nesse encontro, ela conhece Adam Bennet, um produtor reconhecido que sabe um pouquinho sobre os programas e jornalistas do canal e mostra ser um aliado interessante a recém chegada Becky, e mesmo não pensando nisso, ela não deixou de reparar na beleza e simpatia do moço.

Pronta para qualquer desafio, Becky acha que qualquer aviso é um exagero de principiante. Ela não se incomoda nem um pouco com o salário abaixo da sua realidade e que o cargo já rodou na mão de vários outros produtores, ela só quer trabalhar. Ao chegar no novo emprego ela acaba descobrindo que o buraco é bem mais embaixo. A condição do local, o pouco recurso, pessoal, as atrocidades e o comportamento egocêntrico de um dos ancoras leva Becky a tomar uma posição quase heroica. Aquele programa precisa de um recomeço e muita coisa vai precisar ser feita para isso se tornar uma realidade. Talvez tenha sido impulsividade ou muito estresse por tanta tolice sendo cuspida na mesa de reunião, mas Becky demite o ancora do ‘Daybreak’ numa lufada de ar e em sua primeira reunião no Canal, transformando-se para muitos uma lenda e para outros, um navio prestes a naufragar. Se Becky parecia perdida antes agora ela era mais um trem desgovernado e Becky terá que se armar com o seu conhecimento, esperteza e intuição para conseguir salvar o ‘Daybreak’ do cancelamento e, é claro, conseguir trazer amor para sua vida mesmo com o seu espirito Workaholic sendo um pouquinho mais forte que a sua consciência.

Quer saber o que acontece? Vai ler o livro, meu querido!

Normalmente não gosto de filmes transformados em livros. Sempre sinto que a história passada para as páginas fica muito robótica e fechada, e isso tira muito da imaginação do leitor (o caminho contrário, normalmente, isso não acontece). De qualquer modo, Uma Manhã Gloriosa estava na pilha dos meus livros, me namorando e eu pensei: Bom, não estou lendo nada mesmo, no minimo, vou ter uma distração para algumas semanas. Bom, transforme esse semanas em DOIS DIAS. Eu devorei o livro.

A história de Becky flui deliciosamente pelas páginas. Ela é uma jovem da atualidade antenada em dezenas de programas jornalísticos, no seu celular, no seu emprego, na sua família e não tem tempo para si. Ela não se incomoda com as olheiras pesadas desde que seu trabalho seja feito com perfeição. Não tem nada haver com posição ou dinheiro, Becky só quer ser boa naquilo que ela ama. Curiosamente, para mim, ela é a imagem da mulher dos nossos tempos. Me apaixonei pela sua fibra, coragem e impulsividade. Eu queria ser amiga da Becky. Os outros personagens conseguem ganhar espaço nos momentos certinhos, principalmente Mike e Adam. Mike é o ancora metido e o grande ídolo de Becky, ele, como a nossa protagonista, temos próprios demônios para lutar contra. Adam vem como o par romântico da nossa heroína. Ele é compreensivo, fofo e um romântico. Impossível não gostar dele e torcemos para que ele e Becky consigam ter um final feliz.

Diana escreve muito bem. Me surpreendi horrores com ela. Quero e preciso ler mais livros dela. A autora consegue ser descritiva sem deixar de ser direta e sucinta, quero ser assim quando crescer. Confesso que queria que ela tivesse ido um pouquinho além na história, mas ela seguiu página por página do roteiro. Para quem viu o filme vai ver cada cena transmitida fielmente naquelas páginas, incluindo diálogos e reações dos seus personagens, sem tirar ou por. Diana não mostra sua criatividade como autora, mas respeita a criatividade dos seus colegas roteiristas e isso é muito respeitável. O trabalho da Editora Record é muito bom. A diagramação é simples e a fonte escolhida é ótima para a leitura em qualquer ambiente. Sobre a revisão tem um errinho ali, outro aqui, mas o que é um erro quando a história é boa? Sobre a capa queria que tivessem mantido a capa da versão do livro nos EUA, era bem mais bonita, mas… escolhas, escolhas.    

É um livro gostoso. Você pode lê-lo a qualquer momento: numa viagem de avião, entre a leitura de um livro mais tenso ou até mesmo, naquela visita na casa de algum parente distante. É um livro que lhe tira do seu mundo e o leva ao mundo de Becky por alguns dias e lhe deixa com a sensação de que você gostaria de fazer parte do seu universo por mais tempo. Bom, eu sei que eu adorei conhecer o mundo dos produtores, até me inspirei a pesquisar sobre. Esse é o efeito de Becky em sua vida. Como disse, acho que todo mundo merecia uma amiga como Becky Fuller.

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