Hey Galerinha!
Como estão hoje? Animados para mais uma resenha? Espero que sim, pois hoje venho conversar com vocês sobre um livrinho lançado recentemente pela
Verus Editora. Vamos conferir?
Livro: A Última Chance
Autora: Karen Kingsbury
Editora: Verus
Páginas: 336
Sinopse: Ellie tem quinze anos e um melhor amigo e amor chamado Nolan. Um dia antes de Ellie se mudar para o outro lado do país com o pai, ela e Nolan escrevem cartas um para o outro e as enterram debaixo de um velho carvalho. O plano é se reencontrar no mesmo lugar dali a onze anos para ler o que cada um escreveu apenas para o improvável caso de eles perderem contato. Agora, conforme a data se aproxima, muita coisa mudou. Ellie abandonou sua fé e luta para criar a filha sozinha. Na correria do dia a dia, ela sempre encontra tempo para ver na TV seu antigo amigo Nolan, hoje um famoso jogador profissional de basquete, cuja fé em Deus é conhecida pela nação inteira. O que poucos sabem é que as perdas que ele sofreu na vida pesam em sua alma. Mesmo com toda fama e sucesso, Nolan se sente sozinho, assombrado pelo vazio que domina seu coração desde que sua melhor amiga foi embora. Tanto para a desiludida Ellie quanto para o intenso Nolan, o reencontro é mais do que uma promessa de adolescência é a última chance de descobrir se é tarde demais para se entregar ao amor. Em A última chance, Karen Kingsbury nos brinda com uma história sobre perdas dolorosas, o poder da fé e as feridas que somente o amor pode curar.
A Última Chance é o tipo de livro que nos chama a atenção desde o momento que batemos o olho nele. Capa bonita, sinopse atrativa. Tudo o que nós, pobres leitores, precisamos para nos apaixonar logo de cara por um livro e que nos faz necessitar lê-lo.
Acho que podemos separar esse livro em duas partes: o antes e o depois. Desse modo ficará mais fácil para eu explicar um pouco da história e expor minha opinião a respeito. No “antes”, conhecemos Ellie, uma adolescente de quinze anos que vive atormentada pelos problemas familiares.
Conhecemos também Nolan, seu melhor amigo. Ellie e Nolan são carne e unha: inseparáveis. Nolan até brinca com a ideia de casar com Ellie algum dia em seu futuro. Mas nem tudo são flores para esses dois.
Ellie acaba de descobrir que sua mãe está grávida e que seu pai não é o pai do bebê. Diante da traição da esposa, o pai de Ellie não vê outra alternativa a não ser mudar de cidade para não ter que conviver com tamanha decepção.
E, diante da despedida e separação iminentes, Ellie e Nolan escrevem cartas um para o outro e enterram sob a árvore favorita dos dois. O acordo era que eles iriam se reencontrar dali a onze anos para ler a carta um do outro.
Porém, durante esse tempo os dois perderam o contato. E logo temos o “depois”. Muita coisa mudou desde que Ellie e Nolan se separaram quando tinham quinze anos. Nolan agora é um jogador de basquete profissional nacionalmente conhecido. Ellie é uma mãe solteria que luta para sustentar a filha.
Desde que se mudou da cidade com o pai, Ellie nunca mais teve contado com a mãe. E logo corta a relação com o pai também. Mas sempre arranja um espaço em sua vida para assistir os jogos do seu antigo amigo de infância.
A minha sensação ao ler A Última Chance foi de total e completo desapontamento. Ao longo desses anos em que venho analisando mais criticamente os livros que leio, encontrei muitas histórias com um potencial tremendo e que infelizmente não foram bem escritas ou bem desenvolvidas.
A temática abordada do livro fica muito clara durante a leitura: fé, perdão, exorcizar nossos demônios passados e conquistar o tão esperado “felizes para sempre”. E, se pararmos para analisar isso melhor, não é nada tão inovador ou inédito. Para mim, já é um tema batido e que ficou extremamente chato de tanto ser explorado.
O método de escrita da autora também não me agradou muito. Por ser um livro extremamente pessoal, que trata de dramas pessoais, esperava uma narrativa em terceira pessoa. Mas o livro é todo em primeira pessoa. Isso atrapalhou um pouco na construção dos personagens, ao meu ver, pois não conseguimos sentir a profundidade emocional de cada um.
Outro elemento que realmente me incomodou é a menção constante à religião. Nada contra, eu até fui criada dentro do catolicismo, mas acho que forçar suas crenças em seus leitores do modo que Karen Kingsbury fez nesse livro é desnecessário. Chega a ser forçado, falso, apelativo demais a ponto de ser cansativo.
Poderia ficar aqui por uma eternidade falando dos elementos que me incomodaram durante a leitura de A Última Chance, mas acho que já expressei razoavelmente bem a minha opinião sobre a história. Então, me resta contar um pouco sobre o trabalho realizado pela editora. Como disse anteriormente, a capa desse livro é uma obra prima! É o tipo de capa que te transmite paz, uma calma interior. Esse foi um dos principais motivos para que eu escolhesse esse livro para ler.
A diagramação interna é simples, nada de especial. As páginas são no bom e velho tom amarelado que é tão agradável para nossos olhos. A mudança de capítulos é sinalizada por números ornados com uma pequena folha de árvore. Revisão impecável, como já é de costume da Verus Editora.
Finalizando: recomendaria o livro somente para aquelas pessoas extremamente religiosas. Caso contrário, pode acontecer com vocês o mesmo que aconteceu comigo. Afinal, o livro inteiro é uma baboseira religiosa e repetitiva que realmente cansa o leitor.
Me despeço de vocês, como sempre, com uma citação de A Última Chance. E se alguém aí já leu esse livro, me digam se sentiram o mesmo que eu, okay?
Quando caiu no sono naquela noite, Ellie não rezou como costumava fazer. Rezar não a tinha levado a lugar nenhum. Não fizera seu pai mudar nem fizera com que Nolan escrevesse para ela. Talvez assim fosse melhor. A nova Ellie exploraria a vida sozinha, sem Deus.
BEIJOS E ATÉ A PRÓXIMA!
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